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História Os novos Guerreiros da Esperança (CANCELADA, LEIA A NOVA) - Massacre no Santuário


Escrita por: BajirayaBR

Notas do Autor


Este capítulo se trata da continuação direta da história iniciada no capítulo anterior.

Capítulo 2 - Massacre no Santuário


Santuário de Atena, Grécia – 2019

 

O cheiro de sangue domina o local. O chão da arena, que antes era de uma terra seca e alaranjada, agora é uma espécie de lago vermelho e úmido.

Uma geração de guerreiros acaba de ser abruptamente interrompida, pois a maioria dos pequenos aspirantes a cavaleiros e amazonas, se encontram agora nos portões do mundo dos mortos.

Um dos homens de armadura, segura a cabeça arrancada de uma das vítimas, e olha para ela como se apreciasse o uma bela obra de arte.

Os corpos das crianças mutiladas enfeitam aquela grotesca cena, trazendo instantaneamente uma ânsia de vômito para Horus e Natham, os quais a presenciam imóveis e boquiabertos.

Outro dos inimigos, pressiona com os pés a cabeça de uma das crianças contra o chão, com tamanha força que faz o crânio se quebrar, e espalha sangue por toda a área.  

Enquanto isso, uma mulher vestindo uma armadura vermelha, retira suas unhas de metal pontiagudas da garganta de uma das crianças, e lambe os dedos. Um pouco á direita, outro homem finca uma lança no peito de uma das crianças no chão, a dando um golpe de misericórdia. (Ou seria de crueldade?) Ele remove a lança do peito do jovem, e diz para sua companheira:

-Acho que esse foi o último dos pirralhos. O Mestre pediu para não deixarmos sobreviventes e sermos silenciosos, mas aposto que ele não pensou o quanto essas criaturas gritam.

-Não... Não foi o último... Estou vendo dois logo ali – A mulher aponta na direção de Horus e Natham – Aqueles parecem um pouco mais velhos, mas tem cheiro de novatos....

Ela estica seu punho fechado, que concentra energia tomando uma coloração azulada.

–Agora morram. Projéteis mortais!

A energia acumulada no punho é disparada na direção dos garotos, numa velocidade tão alta, que a única reação que os Cavaleiros de Bronze conseguiram ter, é fechar os olhos.

A rajada de energia atinge o alvo, e se dissipa imediatamente.

A mulher olha para frente, e percebe que os dois garotos estão intactos, e que parece haver uma espécie de vidro reluzente os separando do campo de batalha.

–Muralha de Cristal. –Diz uma voz vinda de trás dos garotos.

Horus se vira rapidamente para trás, e apenas um lance de olhar é o suficiente para fazer o jovem abrir um sorriso e dizer:

–Kiki!! Atlas!!

O Cavaleiro de Ouro de Áries e seu aprendiz aparecem ao lado de seus companheiros, os defendendo de um golpe certeiro.

Ainda de olhos fechados, Kiki pergunta aos garotos:

–Natham, Horus, vocês estão bem?

–Sim... O-Obrigado, Kiki. – Responde Horus.

Ao ver o cenário em que se encontra, Atlas diz a Kiki:

–Mestre... Veja isso...

–Eu já vi, Atlas. –Responde Kiki, olhando na direção dos garotos. – Vão até a casa de Touro, e alertem Aldebaran. Agora!

Os três jovens acatam as ordens do Cavaleiro de Áries, e começam a correr na direção das doze casas, deixando o dourado sozinho contra todos os inimigos.

–Eles são muitos! –Diz Natham a Atlas, preocupado – Acho que precisaremos chamar o cavaleiro da terceira casa também. São mais de 10!

–Muito bem, vamos chamar ele também.

Responde Atlas.

–As crianças... Jacó... –Horus pensa alto – Precisamos avisar Owain! Vão na frente, eu vou procurar por ele.

Horus se separa de seus companheiros e vai na direção dos dormitórios, a fim de encontrar Owain, e avisá-lo sobre a morte de seu mestre. 

Ao subir correndo para o primeiro andar dos quartos, Horus vê Owain ao lado de Cliff andando juntos, e diz:

–Owain! Cliff! –Horus fala, ofegante –A arena... Invadida... Mortes... Jacó...

O jovem repõe seu ar, e conclui sua frase:

–A arena foi invadida por inimigos. Eles massacraram as crianças. –Horus diz muito abalado –E também mataram Jacó...

Ambos olham espantados. Owain franze o cenho e diz:

–Vou pegar minha armadura!

–Eu também! –Completa Cliff.

Os três vão até seus quartos, e pegam suas armaduras.

 

No caminho para as Doze Casas, Atlas e Natham encontram Dervel.

–Natham, Atlas, por que estão tão desesperados?

Eles explicam a situação a Dervel e o mesmo se junta na missão de subir as casas zodiacais.

Os cavaleiros passam pela casa de Áries, que se encontra vazia. Chegando à casa de Touro, eles veem Aldebaran sentado nas escadarias, trajando sua armadura, e o alertam:

–Aldebaran! –Grita Atlas. –O Santuário está sendo atacado. Kiki precisa de você na Arena.

 

–Como assim? –Responde Aldebaran, confuso. –O que está acontecendo?

–As crianças foram mortas, e Jacó também. –Completa Natham.

O Cavaleiro de Touro se levanta, começa a correr em direção à saída das doze casas.

Os Jovens voltam a subir as escadarias, em direção à casa de Gêmeos.

–Espero que o mestre Kiki esteja bem. –Disse Atlas, preocupado.

–Não se preocupe com isso, Atlas. –Respondeu Dervel, colocando a mão no ombro do amigo. –Kiki sabe se virar.

Ao entrar na casa de Gêmeos, os cavaleiros veem Astra, Sibila e Alatus sentados em uma mesa quadrada cheia de comida, conversando.

Natham, Dervel e Atlas ainda não conheciam o Cavaleiro de Gêmeos, mas conheciam Astra e sua mestra Sibila.

Sem demorar, Natham interrompe a conversa e brada:

–O Santuário está sendo atacado!

Na mesma hora, Alatus se levanta, com uma feição séria, e estica seu braço direito para trás.

Imediatamente, as peças da sagrada armadura de Gêmeos começam a se montar no corpo do cavaleiro, e ele anda na direção da saída da casa, enquanto sua armadura é vestida.

Antes de descer as escadas, ele se vira para trás e diz:

–Vistam suas armaduras também! Precisaremos de todos vocês.

O Cavaleiro de Gêmeos dispara em uma velocidade absurda na direção da arena, deixando seus companheiros em sua casa.

Ao ver isso, Sibila diz a Natham:

–O que aconteceu exatamente, Natham?

–As crianças foram mortas, e Jacó também. A arena está banhada com sangue.

Após falar essas palavras, a expressão de Natham volta a ser a mesma de quando ele presenciou as crianças serem assassinadas.

Sibila vira para Astra e diz:

–Astra, vamos pegar sua armadura e ir ao campo! Talvez ainda consigamos salvar alguém.

–Certo!! –Responde Astra, determinado.

 

Todos saem da casa de Gêmeos, para vestir suas armaduras.

Sibila chega a seu quarto, e veste a armadura de prata Águia, de cor prateada, com detalhes em azul

Astra, traja sua recém conquistada armadura de Narval, completamente azulada.

Natham, veste sua armadura de bronze de Dragão Valaquiano, a qual está levemente suja por conta de seu confronto com Horus, no dia anterior.

Atlas por sua vez, veste a armadura de bronze de Hidra. Uma armadura completamente prateada.

Dervel também veste sua armadura pela primeira vez: Dragão. Uma armadura verde, com pequenos detalhes dourados, possuidora do Escudo do Dragão, detentor da maior defesa entre as armaduras de bronze.

Correndo em direção a arena, os cinco encontram seus aliados:

Horus, vestindo a armadura de bronze de serpente, a qual tem um pequeno furo no peito, fruto de seu combate com Natham, no dia anterior.

Cliff, usando a armadura de Andrômeda, uma armadura completamente rosa, dotada de duas poderosas correntes prateadas: Uma com uma esfera na ponta, usada para defender o usuário e seus aliados, e outra com uma ponta triangular, que serve para atacar os inimigos.

Owain trajando sua armadura de bronze de Urso, de um tom azul muito escuro, e com uma feição tão triste quanto determinada.

Ao ver seus companheiros reunidos, Owain limpa uma lágrima de seu rosto, e diz:

–É hora do pau!

 

Chegando na arena, os cavaleiros presenciam Kiki, Aldebaran e Alatus lutando contra os inimigos.

 

Um homem vai na direção de Kiki, e tenta o acertar com um chute alto no rosto. O Dourado bloqueia o golpe com uma de suas mãos, e dá um soco na direção do rosto do adversário. O homem esquiva, consegue confundir Kiki, indo para suas costas, e o acertando com um golpe no pescoço, que faz o dourado cair de joelhos no chão, de cabeça baixa. Aproveitando a guarda baixa, o inimigo acerta uma joelhada certeira no rosto do cavaleiro, o fazendo cair para trás com o nariz sangrando muito.

Depois de ter levado uma sequência de golpes, o dourado se levanta do chão, e grita:

–Já chega!

Kiki levanta sua mão direita, e deixa a palma aberta em direção ao céu. Pequenas bolas de luz branca começam a se juntar e girar acima da palma de sua mão. Mais esferas brancas se juntam, e elas começam a girar em uma velocidade ainda mais intensa, e então, ele grita:

 –Revolução Estelar!

O cavaleiro desce seu braço, apontando a mão na direção do inimigo, e as esferas de luz se lançam na direção do mesmo, o atingindo em vários pontos, causando um dano alto a armadura.

Depois que a fumaça se dissipa, o inimigo se encontra de joelhos, com sangue escorrendo da boca, e com a armadura danificada em vários pontos. E olhando para o cavaleiro, ele diz:

–Finalmente um inimigo de verdade! Achei que aquele cara que cuidava das crianças daria mais trabalho.

–Foi você quem matou Jacó?! –Pergunta Kiki, surpreso.

–Então quer dizer que você conhecia aquele verme? Ele nem me ofereceu desafio. O pescoço dele foi fácil de quebrar.

Kiki se enfurece e parte em direção a seu inimigo para acertar um soco, mas o movimento não foi veloz o suficiente, o que fez o inimigo bloquear e acertar o cavaleiro com um chute na perna, o que trinca a armadura de ouro de Áries, e o faz cair novamente de joelhos. O inimigo tenta repetir a joelhada no rosto, mas o cavaleiro prevê o ataque, e o bloqueia. Kiki então dá um salto para trás na intenção de se afastar.

–Desgraçado! –Diz o cavaleiro de ouro, se colocando em posição para realizar um ataque. –Você vai se arrepender de ter matado meu amigo!

 

Kiki levanta sua mão direita, e logo depois, sua mão esquerda. Ele as deixa na mesma posição da última vez, porém agora, se juntam muito mais esferas, e elas giram numa velocidade tão alta, que parecem formar uma única esfera concentrada de luz dourada.

E então, abaixando seus dois braços ele grita:

–Aniquilação Cósmica!

A esfera gigante acerta o adversário, dizimando quaisquer rastros de sua patética existência.

 

Alatus encontra uma mulher, vestindo uma armadura vermelha, e com unhas pontiagudas cheias de sangue. Ao lado dela, há um corpo de uma garotinha, com vários buracos no pescoço, feitos pelas unhas da mulher.

–Quem são vocês, desgraçados!?

–Pode nos chamar de Berserks, cachorrinho de Atena. –Responde a mulher –Nós estamos aqui em nome do mestre Ares. Viemos buscar o báculo de Atena e matar alguns cavaleiros, mas vou te fazer uma oferta: Rendam-se e entreguem o báculo, e ninguém mais morrerá.

Alatus sorri e diz:

–Você nunca viu um cavaleiro antes, não é mesmo? –O dourado lança um olhar ameaçador à berserk –Nós não nos rendemos!

 

Alatus concentra sua força em seu punho, o brilho dourado de sua armadura, reluz no vermelho escuro do sangue no chão. Ele parte em direção à mulher com uma explosão de força, fazendo sua capa se levantar com o atrito do ar.

A mulher não consegue escapar do golpe a tempo, e é acertada no rosto com força.

O impacto do punho de metal da armadura contra a sua bochecha abre um rasgo por fora, e seus dentes pressionados rasgam a parte interna da boca.

Ela é arremessada para trás, viajando alguns metros, até ser parada pela arquibancada de concreto.

Depois de cair no chão, a mulher começa a se levantar. Tosse uma quantidade grande de sangue, e diz:

–Se não nos entregar por bem, terá de ser por mal!

Ela avança com um chute baixo com a perna direita na direção de Alatus, que bloqueia levantando uma de suas pernas, fazendo o golpe acertar a armadura, porém com este movimento, o cavaleiro se mantém apoiado com apenas uma perna, o que dá a oportunidade da berserk acertar um chute rápido com o pé esquerdo, na perna de apoio do cavaleiro, o fazendo cair no chão.

No chão, a berserk tenta acertar suas unhas na garganta de Alatus, que consegue girar a tempo de sair da trajetória do golpe, fazendo com que as unhas poderosas da mulher se prendam ao chão.

Ao se levantar, antes que a mulher conseguisse se desprender do chão Alatus salta, e certa um chute no rosto da inimiga, fazendo sair mais sangue de sua boca.

Ela parece ter perdido a paciência, e sobe sua mão na direção no pescoço do cavaleiro, afim de acertá-lo com as unhas de baixo para cima. O dourado consegue se esquivar por muito pouco, ainda levando um corte de raspão.

A mulher não perde tempo e investe em mais um golpe contra o rosto de Alatus, que prontamente se esquiva, mas cai na armadilha. Ela atacou seu rosto para distraí-lo, pois seu verdadeiro golpe era em direção ao abdômen do cavaleiro.

Quando o golpe é acertado, ouve-se um barulho de metal partindo.

Ao olhar para suas mãos, suas unhas de ferro estão completamente quebradas. A berserk começa a se desesperar, e Alatus diz:

 

–Suas unhas não são fortes o suficiente para quebrar uma armadura de ouro.

Alatus finaliza a berserk, a acertando com um poderoso golpe que atravessa seu peito.

–Já a armadura de ouro, é mais do que o suficiente para quebrar essa sua armadura fajuta.

 

 Aldebaran chega no campo de batalha e se ajoelha na frente do corpo de uma das crianças, a qual está de olhos abertos, com uma expressão de terror, se engasgando em seu sangue.

Ele vê que os batimentos do garoto diminuem aos poucos.

–Sibila!! –Chama Aldebaran –Sibila!! Achei um sobrevivente!

Sibila está no outro lado da arena, curando uma das crianças que teve sua perna arrancada. Porém, Astra ouve o chamado do cavaleiro de Touro, e vai a seu encontro.

–Obrigado por mostrar, eu vou cuidar dele – Disse o jovem cavaleiro. –Mas acho que temos companhia...

Aldebaran se vira, e vê um berserk o olhando.

–Então você é da Elite de Atena? –Diz o Berserk –Matar um de vocês vai fazer o pessoal pirar.

–É assim que vocês encaram as vidas? –Responde Aldebaran, com raiva. –Como meras medalhas que vocês conquistam? Quem são vocês afinal, para tratarem vidas inocentes dessa maneira, seus animais!

–Eu sou Marcus de Guilhotina. Sou um dos Berserks de Ares. Mas isso não importa, você morrerá antes mesmo de conseguir lembrar deste nome!

O Berserk levanta as duas mãos, e as abaixa com tudo, gritando o nome de seu ataque.

–Guilhotina Sangrenta!

Uma onda de energia cai do céu e rasga o chão onde Aldebaran está, obrigando o cavaleiro a dar um salto para trás, desviando do golpe.

Depois de realizar sua finta, Aldebaran se coloca em posição de luta, e avança na direção de seu inimigo, o acertando com uma sequência de três socos no rosto, fazendo o mesmo se afastar para se recompor.

–Você é realmente forte, Cavaleiro... –Diz o Marcus. –Mas não vai durar muito tempo.

O Berserk vai na direção de Aldebaran e tenta um chute, mas tem sua perna bloqueada pelo Dourado. Aproveitando a abertura na guarda, ele acerta um soco em cheio no roso do Cavaleiro, fazendo-o ficar de joelhos. Depois, ele acerta uma joelhada no rosto, que trinca o elmo do dourado, e o faz cair de costas no chão.

Marcus se aproxima, e pisa no estômago de Aldebaran, tirando seu fôlego e o fazendo gemer de dor.

–Eu realmente esperava mais! –Diz Marcus, zombando de seu inimigo. –Vocês Cavaleiros são uns merdas. Todos. Não importa o posto, seja Bronze ou Ouro, nenhum pode conosco. Nós, Berserks, somos os guerreiros de verdade, nós levamos o desespero ao campo de batalha!

 

Ao ouvir as palavras de seu algoz, Aldebaran se enfurece, junta forças e segura o pé de Marcus que pressionava seu estômago. O Dourado aplica tanta força, que a armadura da perna do Berserk começa a se quebrar.

Depois de tirar o pé de seu inimigo de seu estômago, e retomar seu fôlego, Aldebaran diz:

–Nós também somos guerreiros, Marcus. Mas não trazemos o desespero. Diferente de vocês, respeitamos a vida e tudo o que há de belo nela. Nós somos os Guerreiros da Esperança!

 

Ainda segurando no pé de seu inimigo, Aldebaran o arremessa, fazendo-o cair no chão.

Marcus e Aldebaran se levantam, e o Dourado diz:

–Não perdoarei os seus pecados, maldito!

A aura avermelhada do cosmo de Aldebaran rodeia seu corpo, e forma a imagem de um gigante touro se preparando para uma investida. Fazendo a poeira em volta da arena se levantar levemente, ele avança e grita:

–Impacto do Campeão!

O imponente Cavaleiro de Touro parte em direção a seu inimigo, avançando de forma implacável, com seu ombro posto a frente.

Marcus tenta bloquear, mas o poder físico de Aldebaran é absurdo, e ele quebra a guarda de seu oponente, o acertando com um poderoso encontrão que arremessa o mesmo para fora da arena.

Aldebaran se recupera de seu golpe, que lhe custa muita energia. Ele vai até seu inimigo, que agora se encontra com sua armadura completamente despedaçada, e se abaixa ouvindo a respiração fraca de Marcus, que cospe muito sangue pela boca.

–Me dê-Cof Cof –Tosse o Berserk, se engasgando com sangue na boca, e respirando com dificuldade. –Me dê uma chance...De viver...

–Você não deu uma chance às crianças.

Aldebaran finaliza seu oponente.

 

Astra consegue fechar os ferimentos principais do pequeno garoto, o levanta e o ajuda a ir para dentro do salão principal do santuário.

No meio do caminho, eles dão de cara com um dos guerreiros de Ares, porém este, não parece vestir uma armadura. Ele traja uma roupa de batalha simples, e uma lança.

–Saia da frente! Não quero ter que usar a força.

Diz Astra, tentando evitar o combate, já que está ao lado de uma criança.

–Desculpe garoto, –Responde o inimigo. –Mas não podemos deixar sobreviventes.

O inimigo avança na direção dos dois, e aponta a lança para o garoto.

Astra se coloca na direção do ataque. Por ter tomado sua ação de forma tardia, Astra acaba levando o golpe de lança na perna direita, fora de sua armadura.

–Suma daqui! –Grita Astra, dando um soco no rosto do inimigo, o fazendo cambalear para traz, e soltar sua lança.

Astra aproveita a oportunidade e acerta seu inimigo com uma sequência de golpes nas costelas e no rosto.

O guerreiro se afasta, recupera sua lança, e diz:

–Você verá agora o poder do senhor Ares!

Ele avança na direção de Astra, e acerta a lança em seu ombro, porém o golpe é absorvido pela poderosa Armadura de Bronze de Narval.

Astra segura a lança do inimigo, e a quebra no meio.

Ele acerta um chute em cheio no peito de seu adversário, que quebra diversos ossos e o faz cuspir muito sangue.

Narval deixa sei inimigo agonizando no chão, e volta a ajudar o garoto a andar.

 

 

Owain e Cliff, encontram um Berserk, de armadura completa, e vermelha.

 

–Cliff... Eles mataram meu mestre... Não vou poupar nenhuma vida!

Diz Owain

–Estou contigo nessa, meu amigo!

Responde Cliff

 

Ambos partem em direção ao inimigo e juntos usam uma estratégia de luta já planejada.

Cliff tenta acertar um soco direto no rosto do inimigo chamando sua atenção, enquanto Owain acerta o mesmo com um chute em uma das pernas, o fazendo ficar de joelhos.

Depois, Cliff e Owain acertam juntos um soco no rosto do inimigo, fazendo seu nariz explodir em sangue.

O berserk diz:

–Vocês são bons... Mas ainda são apenas dois.

Ele avança na direção de Owain, com um chute alto, mas seu golpe é bloqueado pelo Cavaleiro de Urso. Cliff vê a oportunidade e acerta o inimigo com suas correntes, pelas costas, fazendo uma fratura na armadura do mesmo.

Owain juta suas duas mãos no alto, eleva seu cosmo e diz:

–Patas pesadas!

Ele desce as mãos com força na direção da cabeça do inimigo, e o acerta com tudo, quebrando seu elmo e o deixando com o rosto enfiado no chão.

Cliff lança uma de suas correntes, que se enrola no pescoço do Berserk, o sufocando.

Owain salta por cima do inimigo com seu cotovelo, quebrando suas costelas com violência.

Ele vira o homem, e começa a socar seu rosto com força, enchendo suas mãos de sangue, e deixando o deixando desfigurado. Depois de ver que o homem já estava morto, Cliff diz:

–Owain. Pare. Você está deixando a raiva te controlar. Não pode fazer isso.

–Achei que tinha dito que estava comigo. –Diz Owain, com raiva.

–Eu estou cara, mas você não pode perder o controle. Se deixar a raiva te dominar, vai acabar como um deles. –Alerta Cliff

–Eu jamais serei igual um deles! Eles matam meu mestre, e nem deram chance de ele revidar. Eles não merecem piedade.

–Piedade e crueldade são coisas diferentes Owain!! Você precisa se concentrar na batalha, e não em fazer seu inimigo sofrer.

Horus vê a discussão de seus amigos, e interfere.

–Gente! O que estão fazendo? Não é podemos brigar entre nós mesmos. Estamos do mesmo lado. Ainda há muitos inimigos, precisamos nos concentrar. –Diz Horus

–Tem razão Horus. Me desculpe Cliff, eu acabei perdendo o controle por um instante. –Fala Owain, arrependido de sua ação.

–Está tudo bem, agora vamos, precisamos acabar com isso logo.

Enquanto os Cavaleiros de bronze conversavam, um berserk se aproximou em silêncio, e atacou Horus pelas costas.

Horus é arremessado pelo poderoso chute do berserk. Ao ver isso, Cliff reage:

–Corrente de Andrômeda!

As correntes de Cliff vão rapidamente em direção ao inimigo, e o deixam preso.

Horus se levanta e vai até o inimigo, o acertando com um soco em cheio no rosto.

As correntes de Andrômeda se soltam do berserk, e ele é arremessado pelo golpe de Horus.

–Eu cuido dele! Vão ajudar a Sibila com os feridos! –Diz Horus, confiante.

Owain e Cliff partem para ajudar seus aliados.

Horus vai até o inimigo, e o acerta com um chute giratório na cabeça, abrindo um corte grande em seu rosto. Ele tenta acertar um segundo golpe, mas o inimigo segura sua perna, e o acerta no rosto com um poderoso soco.

Horus pega distância, e lança seu trunfo:

–Fumaça Tóxica!

O inimigo é cercado por uma fumaça púrpura e densa. Ao respirar ela, o berserk cai de joelhos tossindo, e começa a ter dificuldade de respirar.

–Você morrerá logo, não se preocupe. Depois de respirar minha fumaça tóxica, você não conseguirá lutar direito. –Disse Horus, ameaçando seu oponente.

O homem se levanta e diz:

–Besteira! Isso não é nada, não passa de um truque bara--Cof Cof – O berserk não consegue concluir sua frase, por conta dos danos causados ao pulmão pela fumaça.

Horus acerta um gancho, o inimigo tenta esquivar, mas está com seus movimentos comprometidos.

O homem cai com as costas no chão, e tosse uma quantidade alta de sangue pela boca.

Horus vai até ele, e o finaliza.

 

Natham e Dervel estão de costas um para o outro, encarando quatro inimigos.

Dois na esquerda, olhando para Dervel, e mais dois na direita olhando para Natham.

 

–Dois pra cada? Eu acho que ainda é pouco. –Diz Natham, com um sorriso no rosto.

–Então vamos ver quem acaba primeiro. –Responde Dervel, empolgado.

Ambos partem em direção a seus inimigos.

Dervel começa a luta esquivando e defendendo os golpes de seus oponentes. Na primeira oportunidade, ele acerta um gancho no queixo de um dos inimigos, o fazendo voar alto e cair com tudo no chão. Ao ver isso, o segundo inimigo de Dervel vai em sua direção, e acerta um chute em suas pernas, o fazendo cair de joelhos, e o derrubando com um soco no rosto.

O inimigo que o derrubou chega perto de Dervel no chão, e diz:

–Saiba que você foi morto por Cristopher de Lança!

Christopher acerta um poderoso soco no rosto de Dervel, o que deixa o Cavaleiro apagado e sangrando.

–Mandou bem Christopher. –Diz o primeiro inimigo, que foi arremessado por Dervel.

–Que nada John, esses cavaleiros são uns merdas. Um ou dois golpes já os deixam  no chão.

–É só isso que vocês têm? –Diz uma voz, atrás de Christopher e John.

Ao virar o rosto, ambos veem Dervel de pé novamente, com o rosto sangrando, e em posição de luta.

–Porque agora eu vou mostrar do que é feito um Cavaleiro de Atena! –Dervel mexe seus braços, e no ar, e desenha as pontas de sua constelação protetora. Uma aura esverdeada toma seu corpo, e seus olhos brilham em energia.

–Cólera do Dragão! –Grita o cavaleiro de bronze, levantando seu punho com um gancho que leva a forma de um gigante dragão verde. A fera acerta os dois inimigos de uma só vez, e os deixa no chão, sangrando e imóveis.

Dervel respira fundo e recobra seu fôlego depois de acertar seu ataque, e vê seu amigo ainda lutando.

 

Natham inicia a luta com dificuldade, pois enfrentar vários inimigos nunca foi seu forte.

Ele é acertado várias vezes pelos dois inimigos, pois ao esquivar ou defender um ataque, outro vêm logo em seguida.

Depois de tomar alguns golpes, Natham se irrita, aponta o dedo para um dos inimigos e diz:

–Dragão Espectral!

Uma linha de energia avermelhada sai do dedo de Natham, e vai direto a testa do inimigo, fazendo-o cair desmaiado.

–Droga! –Reclama Natham. –Eu preciso trabalhar melhor esse efeito.

O outro inimigo se assusta com o poder do jovem cavaleiro, e diz:

–Charles! O que você fez com ele cavaleiro de Atena?

–Relaxa, ele tá vivo... Ele está sendo torturado com pesadelos de seus piores pecados. Mas a sua tortura, serei eu!

Natham avança em direção a seu inimigo, e o acerta com um chute duplo no peito, o que faz o mesmo cair no chão.

O Berserk se levanta e diz:

–Você vai morrer, cavaleiro. Tremor supremo!

Ele coloca as duas mãos no chão, e uma grande rachadura começa a se abrir na arena, indo na direção de Natham. O cavaleiro salta para não ser atingido pelo golpe, e grita:

–Empalamento Valaquiano!

Ainda no ar, ele avança na direção do inimigo, e o acerta no peito com seu ataque, perfurando sua armadura, e o fazendo sangrar muito.

Ao tirar a mão do peito de seu inimigo, o cavaleiro coloca as duas mãos em seu rosto, o olha nos olhos e diz:

–Morra.

Natham quebra o pescoço do Berserk.

 

Natham e Dervel se reúnem, e Dervel diz:

–É, eu acho que eu terminei primeiro. Agora nós vam-- –A fala de Dervel é interrompida por um súbito golpe nas costas do cavaleiro, que o arremessa para longe.

Charles, o inimigo que Natham havia deixado vivo, saiu de seu pesadelo de tortura, e voltou à batalha.

–Você matou meu companheiro garoto. Agora vai sofrer as consequências.

O inimigo eleva seu cosmo e grita:

–Restrição!

Os músculos de Natham são completamente travados, e ele não consegue se mover.

Mas antes que pudesse realizar seu ataque mortal, o inimigo é perfurado no peito, por uma mão que parece segurar um raio.

O barulho da eletricidade, se confunde com o canto de vários pássaros de uma vez.

O inimigo cai de joelhos no chão, e atrás dele, está seu executor:

Atlas, o Cavaleiro de Bronze de Hidra.

–Me deve uma, Natham. –Diz Atlas.

–Eu ia conseguir Atlas, não precisava da sua ajuda! –Responde Natham, irritado.

–Sei, e você ia fazer o que estando paralisado? Pedir pra ele parar?

–Ah cala a boca, eu tinha um plano.

Atlas dá de ombros e fala:

–Bom, se você diz, eu acredito. Mas agora já foi, não é? Onde está o Dervel? Ele foi atingido por esse cara, será que ele tá bem?

–Estou aqui Atlas! –Grita Dervel, voltando a seus amigos caminhando. –Esse cara é forte, o golpe dele me acertou em cheio. Se não fosse minha armadura, eu teria me machucado feio.

 

Os cavaleiros observam o campo de batalha, e reparam que a maioria dos inimigos já foram derrotados.


Notas Finais


Muito obrigado pela leitura!
Logo logo teremos mais capítulos, tentarei escrever um pouco todos os dias.

Críticas, sugestões e correções são sempre bem vindas!


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