No dia seguinte no Instituto, Genda não conseguiu se concentrar inteiramente na aula e nem no treino, apesar de conseguir voltar a seu ritmo normal no campo, mesmo que continuasse a descontar a raiva na Barreira Luminosa.
Por fim o treino havia acabado e Genda estava saindo do Instituto Imperial, com sua mente focada em apenas um único tema... Miyuki Onigawara. Até que sua atenção foi chamada ao ouvir barulho de caixas caindo, procurou pelo som aos arredores e logo avistou uma senhora, que havia derrubado algumas caixas que pareciam estar pesadas, e aparentemente sua coluna não estava em condições de carrega-las. Não pensou duas vezes e se aproximou a ajudando.
-A senhora esta bem? – Pergunta ele a ajudando se levantar, e logo começando a empilhar as caixas.
-Obrigada meu jovem, estou bem sim! – Diz ela sorrindo gentilmente, o olhou e o reconheceu de cara. – Ora, você é o rapaz da pulseira do planetário! – Diz ela sorrindo largamente, Genda a olha meio surpreso e a reconhece, era a senhorinha da loja do outro dia, nem havia reparado.
-Sim, sou eu! – Diz Genda sorrindo meio sem jeito.
-E como foi para entregar? – Pergunta ela sorrindo largamente curiosa, mas Genda suspira frustrado, nem tinha conseguido criar a coragem para entregar o presente e logo foi surpreendido pelo casal de Kidokawa.
-Achou que vai demorar um pouco mais até eu conseguir entregar... – Diz o goleiro terminando de empilhar as caixas, a senhora o olha confusa, mas percebe a frustração no olhar e o olha meio triste. Genda suspira e por um momento desvia o olhar para o lado, quando percebe Miyuki andando do outro lado da rua, ficou paralisado por um momento, seu coração apesar de se sentir rejeitado, quando a via parecia que se esquecia de tudo e disparava.
-Hm? – A senhora olha para a garota do outro lado da rua e por fim descobre quem era a pessoa que havia conquistado o goleiro, o olhou e percebeu o olhar, que apesar de frustrado, estava completamente apaixonado. Sorriu encantada por ver como ele se animava apenas por vê-la, e assim que a albina atravessou para a mesma calçada não pensou duas vezes. – Ah! Com licença mocinha! – Chamou a atenção da garota que parou e a olhou.
-Hm? Sim? – Pergunta Miyuki meio confusa.
-Será que você poderia me ajudar? Eu não aguento carregar essas caixas, e acho judiar deixar esse belo rapaz carregar sozinho! – Diz ela apontando para o moreno que cora levemente, Miyuki o olha erguendo uma sobrancelha, mas olhou para a senhora e acenou com a cabeça caminhando para perto das caixas. Genda parecia uma estátua, apenas acompanhando os movimentos da albina sentindo o nervosismo aumentar, mas respirou fundo e voltou a seu estado normal para que não parece um idiota na frente dela.
-Vamos dividir o peso então? – Pergunta Genda sorrindo enquanto a olhava.
-Hm... – Miyuki move os ombros de modo indiferente como se concordasse e pegou duas caixas da pilha, Genda pega as outras duas e os dois se viram para a senhora, que percebeu que a albina não era muito de falar e nem de demonstrar qualquer tipo de afeto para com o goleiro, por mais que as vezes desviasse o olhar discretamente para ele, era como se desconfiasse de algo.
Seguiram caminho para a loja da senhorinha que puxava todo tipo de assunto afim de fazer os dois conversarem, mas Miyuki permanecia a maior parte do tempo calada, e com a rosto inexpressivo, que diferente das outras vezes dava pra ver seu rosto e até um pouco da franja, Genda por outro lado nem parecia se importar com o silêncio, apenas tê-la por perto despertou o sorriso do moreno. Por fim chegaram a loja, a senhora abre a porta acendendo a luz e dando passagem para os dois.
-Ah... por favor meu jovem coloque as caixas ali no balcão, e você poderia colocar as caixas ali naquela prateleira, minha jovem? – Pergunta a senhora sorrindo gentilmente, os dois confirmam e cada um foi para o lugar designado, Genda para o balcão e Miyuki para a primeira prateleira da loja. – E crianças tomem cuidado que minha neta e eu acabamos de encerar o chão, então ele esta meio escorregadio! – Diz ela recebendo a confirmação dos dois em sincronia.
Genda se aproximou do balcão e colocou as caixas em cima do móvel, estava perto de uma escada que dava para o andar de cima da loja.
-QUEM É VOCÊ?? – Uma garota desce correndo com um taco na mão quase o acertando nas costas de Genda, que leva um susto, assim como todos e desvia por um triz da paulada que acerta em cheio a primeira estante, Miyuki se vira para olhar a pessoa surtada, mas acabou escorregando no chão encerado indo ao chão com tudo de costas. As caixas que antes estavam na prateleira agora estavam caindo por causa do impacto da paulada e do braço da albina que tentou se segurar em algo, e em menos de um segundo Genda se colocou por cima de Miyuki a abraçando, as caixas caiam e acertavam suas costas que usava de escudo naquele momento.
-MAAIII!! Sua maluca! Quer matar os dois? – Pergunta a vó quase em pânico, fazendo a garota largar o taco assustada.
-Desculpa! – Diz ela em pânico, Mai possuía uma estatura mediana, cabelos castanhos escuros curtos e olhos mel, usava uma camisa vermelha com uma caveira preta desenhada no meio e uma bermuda jeans, com sapato all star preto. Genda se move devagar se apoiando pelos braços gemendo um pouco de dor pelas costas dolorida.
-A-ai... Você esta bem Miyuki? – Pergunta ele a olhando preocupado, mas assim que seus olhos encontrou os dela paralisou, os olhos azuis claro cristalinos bem abertos fixamente focados em si, o rosto levemente corado pela primeira vez, algumas mexas daquele longo cabelo branco espalhadas pelo chão, ela se mantinha imóvel pelo susto. Genda sentiu seu rosto esquentar levemente e o coração quase sair pela boca, a única coisa que conseguia pensar naquele momento era em como aquela garota era linda.
-Eu hein... – Mai revira os olhos pelo clima meloso. – Nem vo falar nada! – Diz ela cruzando os braços rindo.
-Vocês dois estão bem? – Pergunta a senhora sorrindo levemente corada, contente pela cena que assistia. Ambos acordam do transe percebendo a situação, Genda sai de cima da garota corado e completamente sem jeito.
-E-estou... – Diz ele coçando a nuca sem jeito. – E-e você Miyuki? – Pergunta ele preocupado.
-Sim! – Diz ela desviando o olhar enquanto se sentava, Genda suspira em alívio e se levanta e estende a mão para ajuda-la.
-Meu Deus, desculpem minha neta! – Diz a senhora se curvando levemente.
-Não foi minha intensão quase matar vocês! – Diz Mai rindo sem graça. – MAAASS... A culpa não foi minha, eu vi um cara estranho com topete estranho aqui dentro, o que mais eu poderia ter feito? – Pergunta Mai levantando as mãos em questionamento.
-Sei lá... Primeiro perguntar e depois nocautear? – Pergunta Genda erguendo uma sobrancelha sarcástico.
-Mas foi o que eu quase fiz! – Diz Mai rindo. – Mas devo admitir que seus reflexos são bons! – Diz ela surpresa pela agilidade do moreno de se esquivar tão rápido do taco.
-Tudo bem... deixa pra lá! Acho que só foi um mal entendido! – Diz Genda rindo um pouco e logo olhou para a albina, ainda com a mão estendida. Mas Miyuki se levanta sozinha mas ao pisar no chão com o pé direito segurou um gemido de dor se apoiando na prateleira.
-Eita, tudo bem? – Pergunta Mai quase surtando novamente. – Vai me dizer que quebrou alguma coisa... Já vou avisando que não foi eu hein vó! O grandão que se jogou em cima dela! – Diz Mai apontando para Genda que olhava para a garota meio confuso, já tinha conhecido pessoas energéticas, mas ela superava qualquer nível de cafeína.
-S-sim... não se preocupe! – Diz Miyuki não conseguindo apoiar o pé no chão. – Acho que só torci o pé! – Diz ela tentando mexer o pé parar ver se a dor parava.
-Ah Meu Deus! Vem se sentar aqui! – Diz a senhorinha arrumando um banco para a albina frente ao balcão. – Mai pega a caixa de remédios! – Diz ela olhando para a garota. Genda se aproximou de Miyuki antes que ela forçasse o pé e passou o braço dela pelo seu pescoço causando surpresa a ela.
-Hm? – Miyuki o olha confusa, sentindo as mãos dele em suas costas e o vendo se abaixar um pouco, mal teve tempo de dizer algo e gritou um pouco pelo susto de ter suas pernas erguidas do chão a obrigando laçar o pescoço de Genda. – H-Hein?? – Miyuki cora levemente pela situação.
-Nossa que cavalheiro! – Diz a senhora adorando a cena enquanto Mai se segurava para não rir enquanto pegava a caixa de remédios atrás do balcão, não era muito chegada a romances, Genda sorri sem jeito e a carrega para o banco a sentando.
-Bem, vamos ver! – Diz Genda sorrindo.
-To sentindo cheiro de romance no ar hein! – Diz Mai batendo as mãos no balcão assustando a albina que abraça o moreno a olhando assustada, enquanto que Mai sorria maliciosa para ambos.
-Já tentou maneirar no café? Ou você é assim mesmo? – Pergunta Miyuki a olhando meio assustada.
-Eu sou assim mesmo! E você? Já pensou no caso do seu cavalheiro ai? – Pergunta Mai com o sorriso do tamanho do gato da Alice no país das maravilhas, só que maliciosa.
-Sabia que você ta nos assustando? – Pergunta Genda também arrepiado com aquele sorriso.
-Para de ser psicopata Mai e pega a caixa! – Diz a senhora dando um leve cascudo na cabeça da garota que faz bico e volta a procurar a bendita caixa. Miyuki suspirou de alivio e ao ver que estava abraçada com o goleiro se soltou rapidamente.
-Desculpa! – Diz ela desviando o olhar emburrada.
-Tudo bem! – Diz Genda rindo um pouco se ajoelhando e retirando a bota da garota.
-O que esta fazendo? – Pergunta Miyuki emburrada tentando o impedir, mas é parada ao receber um sorriso de canto de Genda.
-Eu vou pegar gelo! – Diz a senhora indo para um freezer que havia no canto da loja, Miyuki tenta dizer algo mas nada adiantava, ia retirar as luvas mas paralisou, notando aquilo Genda sorriu meio fraco.
-Você não vai conseguir melhorar agora, sabe disso! Então me deixe fazer isso! – Diz Genda sorrindo enquanto deslizava os dedos delicadamente para dentro da barra da calça da albina, procurando a barra da meia, Miyuki prende a respiração se arrepiando pelo toque e desvia o olhar emburrada colocando o capuz. – Bem, foi só um mal jeito no tornozelo! Logo vai passar! – Diz Genda retirando a meia da albina com cuidado, que fecha os olhos se mantendo calada.
-Toma aqui a caixa de remédios! – Diz Mai colocando a caixa do lado do moreno que repousa o pé da albina em seu joelho, e pega o spray para a dor.
-Você é tão cuidadoso! – Diz a senhora se aproximando com uma bolsa de gelo.
-Por que será né? – Pergunta Mai sorrindo maliciosa para ambos, o que faz Genda corar levemente e soltar um riso divertido, terminou com o spray e colocou um adesivo com gel para melhorar a dor.
-Pronto, foi só um susto! – Diz Genda colocando as coisas de volta na caixa, Miyuki toca o tornozelo e o mexe com cuidado, ainda sentia desconforto mas dava pra suportar.
-Ainda bem! Desculpe por isso! – Diz a senhora sorrindo e Miyuki sorri de volta.
-Não foi nada, desculpa se acabei derrubando tudo! – Diz a albina meio sem jeito e logo ficou ainda mais sem graça quando viu o moreno colocando a meia em si, disfarçou desviando o olhar desconfortável.
-Não se preocupe com isso! Ainda bem que estão bem! – Diz a senhora sorrindo. – E também, foi por causa da minha neta doida! – Diz ela apontando para a garota que faz bico emburrada.
-EU?? O que eu fiz?? Só tava defendendo meu lá! – Diz Mai levantando os braços. – Mas, até que foi legal conhecer vocês dois, Topete estranho e Chapeuzinho preto! – Diz Mai batendo nas costas de ambos, que erguem uma sobrancelha ao mesmo tempo.
Genda termina de colocar a bota novamente, se levantou e entregou a caixa para Mai que guardou no mesmo lugar que pegou, Miyuki se levantou do banco e apoiou o pé no chão, estava um pouco melhor que antes.
-Logo vai estar melhor! – Diz Genda piscando para Miyuki que move a cabeça levemente em agradecimento.
-Parabéns! Já pode ser doutor! – Diz Mai batendo com tudo nas costas do garoto que com o impacto empurrou o moreno pra cima da albina, Genda apoiou os braços no balcão meio inclinado prendendo a garota no balcão. – Eita... desculpa! – Diz Mai coçando a nuca sem jeito.
Genda arregalou os olhos azuis acinzentados, corando até o último fio de cabelo, Miyuki o olhava em choque inclinada no balcão levemente corada, seus lábios rosados entre abertos fizeram a respiração do goleiro pesar, estavam a poucos centímetros de distância, Genda sentiu o desejo pela garota aumentar, o coração gritar, e a vontade de comprovar se o gosto da boca da albina seria o mesmo daquele cheiro que o deixava louco. Genda foi desperto do transe quando sentiu seu peito ser afastado por Miyuki.
-A-ah... D-desculpa! – Diz Genda se afastando um pouco e coçando a nuca sem jeito, Miyuki murmura como se dissesse tudo bem.
-Aham, aposto que gostou hein! – Diz Mai baixo para o goleiro que corou ainda mais, se aquilo fosse possível. Por fim ajudaram a arrumar as caixas no lugar e se prepararam para irem embora.
-Muito obrigado pela ajuda de vocês! – Diz a senhora e os dois sorriem gentilmente. – E você vê se aparece mais vezes! E quando... der certo! Venha me dizer! – Diz ela olhando para o moreno que sorri sem jeito entendendo o recado.
-Certo, estamos indo! – Diz Genda sorrindo, os dois se curvam e se despendem da senhora e de Mai.
-Foi impressão minha ou ele ta afim de uma garota que nem liga pra ele? – Pergunta Mai rindo da situação.
-O amor é complicado! Mas tenho certeza que ele vai conseguir amolecer aquele coração de gelo! – Diz a senhora sonhadora.
-AHAHAHA só se ele for com um lança chamas! Ele ficou mais vermelho que ela você viu? – Pergunta Mai morrendo de rir.
-Ela parece ser difícil, mas tenho certeza que ele vai se aproximar! – Diz a senhora suspirando. – Mas e ai? Já arrumou suas coisas? – Pergunta a senhora fazendo a menina bufar.
-Já... mas eu não sei porque eu tenho que voltar pros Estados Unidos, podia muito bem fazer a cirurgia da perna aqui! – Diz Mai emburrada.
-Já conversamos sobre isso, lá tem os melhores médicos! Agora para de reclamar! – Diz a senhora com a mão na cintura, recebendo a confirmação lamentosa da neta.
Genda e Miyuki andavam pelas ruas com uma distância significativa entre eles, nenhum dos dois dizia uma palavra sequer, Miyuki parecia nem ligar para a existência do moreno ao seu lado, enquanto que ele a observava por alguns segundos, não conseguiu conter um sorriso meio bobo.
-Espero que esteja melhor! – Diz Genda sorrindo gentilmente.
-Hm, obrigado por antes! – Diz Miyuki ainda sem olha-lo. Genda sorri com a resposta e abre a mochila e de lá retira o doce que a senhora havia dado a ele.
-Quer? – Pergunta ele sorrindo estendendo o doce, ela o olha e olha para o doce meia confusa e por um momento desconfiada. – A oba-chan me entregou! Mas pode ficar! – Diz Genda sorrindo. Miyuki ergue a sobrancelha e pega o doce, abriu e comeu metade.
-É gostoso... – Diz ela estendendo o outro pedaço a ele que cora levemente. – Vamos dividir! Afinal, o doce é seu! – Diz Miyuki o olhando, Genda cora ainda mais, pegou o doce e comeu.
-É gostoso mesmo! – Diz Genda sorrindo mas dessa vez sua resposta foi o silêncio, andaram por mais alguns minutos calados, e Miyuki vira a esquina seguindo sem ele. – Miyuki! – A parou e recebeu um olhar por cima do ombro.
-Hm? – Pergunta ela confusa. Genda não sabia o que dizer, havia a chamado por impulso.
-Até logo! – Diz ele sorrindo acenando gentilmente, Miyuki o olhou surpresa mas se virou e voltou a andar, Genda suspirou frustrado até que percebeu ela levantar a mão mesmo de costas e dar um aceno rápido, e logo abaixar o braço. Se surpreendeu com o ato e logo sorriu. – Você é difícil...
Genda seguiu caminho para casa, anunciou sua chegada e foi jantar com sua família, depois fez sua higiene bucal e se deitou para dormir, longos minutos se passou, mas quem disse que o moreno conseguiu pegar no sono? Estava eufórico, borboletas no estômago, e sua mente relembrando dos acontecimentos anteriores. Nunca tinha visto o rosto branco da albina tomar outra cor, e naquele dia pode ver de perto.
Seu coração ainda estava disparado, sorriu ao se lembrar que a segurou, a sensação de ter seu corpo tão junto ao da menor era algo inexplicável, uma corrente elétrica percorria seu corpo inteiro, mordeu o lábio inferior para conter um suspiro, sua mente foi ainda mais perversa, se recordando da pequena briga, a garota sentada sobre seu quadril, o olhar penetrante...
-Hhmm... – Genda balança a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos, passou a mão o rosto já ofegante, precisava controlar os pensamentos, mas ao passar a mão nos lábios se lembrou do empurrão que levou de Mai, com isso sua respiração pesou de vez, estava a poucos centímetros da boca de Miyuki, o desejo de beija-la só aumentou. E por um momento reclamou que o empurro de Mai poderia ter sido um pouco mais forte.
A sensação térmica de seu quarto estava insuportável, ofegava sentindo o calor do corpo aumentar a cada detalhe que lembrava de Miyuki, tanto corpo como jeito, aquela garota conseguia o deixar louco, a camisa que usava já estava se tornando uma fornalha. Depois de várias reviradas na cama e de longos minutos sem conseguir pegar no sono, se sentou e retirou a camisa a lançando longe, suspirou em alívio passando a mão no rosto, quase beija-la naquele dia tinha despertado todos seus instintos de uma forma monstruosa.
Mordeu o lábio inferior mais uma vez para conter um suspiro alto, retirar a camisa pareceu ter deixado seus pensamentos ainda mais perversos, a ideia de amar e não poder tê-la parecia ter quase sumido da sua cabeça. O que mais queria era estar com ela.
Não aguentando mais aquele calor, se levantou e foi para o banheiro apressado, ligou o chuveiro o máximo que pode e adentrou na água fria rosnando em reprovação, sentia os pingos de água caírem como pedras de gelo em seu corpo másculo. Precisava se acalmar, e nada melhor naquele momento para amenizar aquele calor do que um banho frio. Depois de longos minutos debaixo da água desligou o chuveiro já um pouco mais calmo, se secou e colocou a cueca box e a bermuda de volta. Foi para o quarto e se deitou ainda sem camisa. Respirou fundo e soltou a respiração devagar não contendo um sorriso.
"Se controla Kojiro..." Pensou enquanto mordia o lábio inferior. Depois de alguns minutos conseguiu finalmente pegar no sono.
Não adiantava dizer que desistiria, ou que era apenas uma paixonite, sabia que iria querer-la de um jeito ou de outro, afinal.... Não se pode mandar no coração!
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