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História Sakura e Sasuke - O vingador e a Apaixonada- A viagem - Sentimentos atribulados


Escrita por: Juujuubis

Notas do Autor


Vamos lá!
Finalmente estou atualizando! Este capítulo era pra ficar BEEEEM maior, só que eu achei que ficaria muito cansativo pra vcs lerem, e se ele terminasse onde eu gostaria, eu só postaria depois da virada de 2017.
Falando nisso, espero que o natal de vcs tenha sido legal, e desejo muitas alegrias no ano que vem e que a gente esteja juntos em 2018.
Voltando ao capítulo, minha demora se resume em duas palavras: bloqueio criativo. Pra quem não sabe o que é isso, é quando o autor não tem criatividade pra escrever nadaaa! Nada mesmo! Eu estava assim, eu sabia o que eu ia escrever, mas não sabia como.
Mas finalmente saiu!!!
Aconteceu muita coisa no capítulo, hein?
Aproveitem! ♥♥♥

Capítulo 21 - Sentimentos atribulados


Fanfic / Fanfiction Sakura e Sasuke - O vingador e a Apaixonada- A viagem - Sentimentos atribulados

                               

Sasuke 

Quando eu acordei naquela cama de hospital, a única coisa com a qual estava preocupado -muito preocupado- era com o bem-estar daquela irritante. 

Muitas poucas coisas me preocupam, e Sakura com certeza é a maior delas. Só de pensar que ela possa estar machucada, ferida ou precisando de mim, um sentimento de preocupação e responsabilidade me toma. Não me sinto obrigado a fazer isso, e faço porque quero -e devo- mas também não deixa de ser a minha maior obrigação no momento, ou talvez na minha vida inteira. 

Rapidamente, eu identifiquei estar em uma cama de hospital, eu sentia o corpo um pouco cansado e a cabeça um pouco pesada. Mas já conseguia levantar e me locomover -quase- normalmente. Não tinha ninguém no meu quarto, a porta estava fechada, mas eu ouvia algumas vozes e barulhos típicos de hospitais do lado de fora.

Eu precisava encontrar ela. Eu precisava saber se Sakura estava bem. 

Eu saí do quarto e procurei por alguém ou algum tipo de recepção para eu me informar e saber onde Sakura estava. Mas quando eu cheguei no balcão denominado "recepção", desisti na mesma hora. 

Aquilo estava um verdadeiro caos.  Várias pessoas tentando dar entrada no hospital, todas falavam ao mesmo tempo, e uma moça loira tentava entender e falar com todas pessoas simultaneamente- sem sucesso. 

Confesso que fiquei até com pena dela naquela situação, mas eu precisava encontrar Sakura, sem ajuda. O mais provável era de que ela estivesse em um quarto próximo ao meu, isso se ela estivesse nesse mesmo hospital. Mas como -acho eu- que essa Vila tenha apenas um hospital, ela esteja aqui. 

Eu tentei sentir o chakra dela, mas eu ainda não conseguia controlar o meu, quem dirá sentir o de outra pessoa... Droga, teria de procurar manualmente, quarto por quarto

ESSE NÃO É MEU DIA DE SORTE! 

O lugar era enorme, vários corredores extensos e inúmeras portas. Na porta ao lado, havia um suporte de plástico com uma folha:

"Hana Minaya, 25 anos

A paciente deu entrada com forte dores de cabeça, febre muito alta e reclamando de dor muito forte na região abdominal e..." 

A folha continha todas as informações do paciente, o que facilitaria a busca por ela. Foi o que eu achei até ver que na próxima não havia esta folha, então eu tive que abrir a porta e checar, para minha sorte o homem estava dormindo, e aparentemente muito doente. O próximo não tinha nada e estava vazio, e somente alguns quartos daquele corredor tinham a identificação. Mas pelo menos eram alguns quartos a menos para olhar. 

Depois de checar 7 corredores, sim, SETE CORREDORES, com pelo menos 20 portas cada um, eu não havia a achado. E ainda eu não encontrava com ninguém que pudesse me dizer onde ela estava. 

A cada porta que eu abria e não encontrava Sakura minha tensão aumentava, será que... Não. Isso não pode acontecer. Sakura está bem e viva.

 Sakura. Está. Bem. 

Eu disse pra mim mesmo mentalmente quando murmurava um "Desculpe" -pela centésima vez (literalmente)- para a mulher que estava no quarto no qual eu acabara de abrir a porta erroneamente. 

No nono corredor, quase na última porta, eu ouvi a voz dela. Um alívio enorme me invadiu. Em seu quarto não havia identificação. 

Quando eu ia abrir a porta eu ouvi a voz de... um homem?

Uma voz masculina vinha de dentro do quarto. Por um momento eu hesitei em virar a maçaneta. Mas não poderia estar acontecendo nada de mais, com certeza era somente um enfermeiro cuidando da Sakura, mas só de pensar que um homem estava tão próximo dela, eu já sentia uma pontada no peito. 

Mas que bobeira, Sakura nunca faria nada disso. Mas se ela estava acordada, ela deveria ter ido me procurar. Bom, as vezes ela não teve tempo... E se... Não... Com certeza a Sakura nem conhece esse cara... Ou será que conhece? 

Aí, droga... 

Mas mesmo se ela conhecesse, eles não estariam fazendo nada demais.

Para de besteira, Sasuke! -Disse pra mim mesmo colocando a mão na maçaneta. 

Mas... -Tirei a mão e encostei ao lado da porta de costas. 

Quando eu a vir, o que eu digo?  

O que eu falo? 

Eu nunca me senti assim. Talvez eu devesse de uma vez por todas resolver essa história. A nossa história. E se... ela dizer não? Mas espera, dizer "não" pra quê mesmo? O que eu estou pensando? Ah, chega. 

Abri a porta lentamente, a Sakura não está fazendo nada de... 

Eu me movi sozinho. 

Pera aí, o quê? 

Ela ia mesmo beijar esse cara. Sim, eu vi. Ele estava se aproximando dela de uma maneira sugestiva. Qualquer um conseguiria enxergar. Eles iriam se beijar! 

Se eu não tivesse chegado nesse exato momento eles iriam realmente se beijar! Se beijar! Eu não posso acreditar nisso. A Sakura iria mesmo beijar outro cara pelas minhas costas? 

Acertei-lhe um forte soco em cheio no maxilar. Ele caiu para trás e Sakura ainda foi socorrê-lo. Que nojo. E ainda ela me deu a desculpa de um cisco no olho. 

Ah, me poupe né? 

Essa foi a melhor desculpa que ela arranjou? Por favor, né. 

Isso não pode estar acontecendo. 

Não, não e não!

Saí de lá, deixando aquele desgraçado caído e Sakura "cuidando" dele. A fúria em mim ardia, e eu sentia meu sharingan ativado devido ao grande misto de sentimentos que senti tão repentinamente.  

Ódio, raiva, angústia, ciúme, insegurança... 

Aí, que lindo! Eu devia ter batido palmas para o casal do ano. Do ano não, do século! 

Com um pouco de dificuldade eu saí daquele hospital lotado e andei pela rua, sem nem prestar atenção por onde ia. 

Na minha cabeça, aquele quase beijo se repetia e repetia. E ainda mais o jeito com que ela foi ampará-lo. 

Que. Nojo. 

Será que esse tempo todo que eu a estava procurando-a preocupado, ela estava lá se agarrando com ele? Muito provavelmente. Eles estavam lá rindo da minha cara, enquanto se beijavam ou faziam sei lá mais o que. Que ódio. 

 O sentimento de traição me tomava completamente. Um nó na minha garganta muito grande se formava, só não era maior que o do peito. Parecia que o mesmo se romperia a qualquer momento. Eu nem sei como agiria se Sakura aparecesse na minha frente. 

Sinceramente, não sei.

E infelizmente, foi da pior maneira possível. 

Quando ela foi atrás de mim naquele momento tentando se explicar, eu simplesmente, explodi. 

Eu joguei em cima de Sakura várias ofensas e tudo só piorou quando ela disse que conhecia o tal de "Akari." 

E então, aquele tapa.

 Aquele tapa que eu tanto mereci. 

Se ela não tivesse feito, eu teria estapeado a mim mesmo. Pena que eu não percebi antes que tudo que eu falava eram tamanhas barbaridades. 

E depois, ela começou a falar e eu finalmente me dei conta do que eu tinha feito. Sakura nunca faria nada daquilo. Ela não era uma qualquer, ela era a minha Sakura. Naquele momento foi como se tudo estivesse lento. Ela me dizendo:

"Eu desisto de nós" e me dando as costas.

 Eu não sabia até o momento, mas foi ali que eu percebi que Sakura fazia parte de mim. Na verdade, ela era uma grande parte de mim. 

Parte do meu coração, que agora estava indo embora, e o mesmo sentimento de incapacidade, de impotência e de inutilidade de quando eu perdi minha família, me atingiu.

 E mais uma vez, eu não fiz nada. 

Mas agora era diferente, naquela trágica época, eu era apenas uma criança indefesa, mas agora eu era, felizmente, um homem feito. Eu não poderia deixar que uma parte tão preciosa de mim se fosse assim, simplesmente, tão facilmente. 

Não. No mesmo momento, o arrependimento e a culpa me atingiram, me fazendo me sentir a pior pessoa do mundo. Eu tinha que me desculpar, implorar o perdão de Sakura. 

Ela poderia até ter desistido de nós, mas eu não.

 Eu não desisto. 

Ainda estava lá parado no mesmo local em que ela havia me deixado, mas então depois da minha decisão, uma onda de adrenalina tomou conta do meu corpo e eu corri em sua direção, eu não poderia deixá-la.

Andei bastante, aquela aldeia ainda estava bastante devastada devido a Guerra. Eu não sabia o que iria dizer ou fazer quando encontrasse Sakura, mas eu precisava falar com ela.

Passei por algumas ruas, a procurava e não encontrava. O Sol já havia se posto quase que completamente. Havia várias pessoas na rua indo em direção ao hospital, várias amparadas por outras pessoas, parecendo ter fortes dores na barriga. Parecia algum tipo de epidemia. 

-Moça, -Chamei uma mulher que amparava um menino que tinha a mão na região e uma expressão de dor. Ela me olhou, estava visivelmente preocupada e parecia ser a mãe do garoto- o que está acontecendo? - Perguntei.

-O meu filho está com muita dor na barriga, febre e dor de cabeça.

"Dor na barriga e na cabeça e febre..." - Os mesmos sintomas que a pessoa do quarto ao lado do meu tinha. Algum tipo de epidemia mesmo. Com certeza Sakura saberia o que era. Falando nela... 

-Entendo. Por um caso a Senhora não viu uma mulher de cabelo rosa por aqui? -Perguntei. 

-Ah... Cabelo rosa... -Ela repetiu. -Acho que uma moça bem bonita de cabelo rosa passou por aqui correndo e chorando. Ela parecia muito mal. Ela foi por ali. -Apontou para trás. 

-Obrigada. -Disse correndo na direção que ela apontou. 

Corri rápido até que finalmente eu a vi. Ela estava....

Definitivamente esse não é meu dia de sorte.

                                         Sakura

Corri. Corri e corri. Corri deixando as lágrimas para trás. Ele não tinha esse direito.

 Não. 

Não tinha. Eu já aguentei demais o desprezo do Sasuke. Demais.

 Eu não mereço isso e não sou obrigada a aguentar.  

Todos esses anos eu me sacrifiquei inteiramente por ele. Para ele e por ele.

 Sempre. 

Sempre. 

Mas agora... 

Chega! 

Aquelas palavras horrorosas ficavam repetindo e repetindo em minha mente, fazendo-me questionar seriamente se um dia eu seria capaz de perdoá-lo. 

Havia várias pessoas indo em direção ao hospital, então a muvuca que estava não era à toa. Certamente está havendo algum tipo de epidemia de algum vírus ou bactéria. 

Fui tirada dos meus pensamentos quando alguém esbarrou em mim, quer dizer eu esbarrei em alguém. 

-Sakura? -Aquela voz conhecida, acabara de sair de sua companhia. 

-A-akari? -Limpei as lágrimas que ainda insistiam em cair. Não queria que ninguém me visse chorar naquela situação deprimente.  -O que aconteceu? -Perguntei não o encarando diretamente nos olhos, torcendo para que ele não percebesse.

-E o cisco no seu olho? -Ele disse tentando me encarar, mas eu desviei. 

-Consegui tirar... -Disse. 

-Ah... -Ele colocou a mão na cabeça meio envergonhado. -Eu vim trazer as suas coisas que ficaram no hospital, você saiu correndo de lá... Então eu vim te trazer... -Ele disse me mostrando as coisas.

-Ah, obrigada. -Peguei as coisas. 

-E você conseguiu se acertar com seu amigo? -Akari me perguntou me fazendo lembrar de tudo novamente e eu senti as lágrimas brotando. 

Droga. 

-Ah, isso... -Abaixei o olhar sentindo meu queixo tremer. A primeira lágrima novamente caiu. Seguida de incontáveis outras que escorreram pelo meu rosto sem pedir licença. 

-Sakura? O que foi? O que aconteceu? -Ele disse colocando as mãos nos meus ombros. Eu o fitei e sem querer deixei as coisas que segurava caírem, Akari olhou elas caídas no chão e quando ele fez menção de recolher eu o abracei com força. 

Tudo que eu precisava era de um abraço. Um abraço apertado. Talvez o calor humano pudesse ser capaz de preencher nem que fosse um milésimo do abismo que eu sentia em meu peito. 

De começo, com a surpresa do meu ato ele não correspondeu mas depois ele me envolveu respeitosamente pela cintura. E eu me permiti chorar silenciosamente em seu ombro. Ficamos assim por alguns segundos. 

Eu poderia até culpá-lo, mas seria muito injustamente. Ele não tinha culpa de absolutamente nada, a única coisa que ele queria era me ajudar. Se havia um culpado pela minha situação ele tinha nome e sobrenome e não sei por que, mas eu sentia como se Sasuke estivesse perto. 

Muito perto. 

Mas naquele momento eu apenas aproveitei a sensação do abraço de Akari que rompi logo depois. 

-Ah, desculpe... Eu não.... -Disse envergonhada pegando minha mochila e as outras coisas do chão. -Eu não devia ter feito... 

-Não se preocupe. -Ele me cortou se abaixando para pegar as coisas que eu não consegui, me entregando logo depois de ficarmos os dois em pé.  

-Obrigada. -As lágrimas já não caíam mais, mas com certeza meus olhos deveriam estar em um tom de vermelho horrível. 

-A minha casa fica aqui perto, se você quiser pode ir tomar um banho lá ou pelo menos lavar o rosto. É... Você deve estar com fome também. -Akari me ofereceu gentilmente. 

-Ah, não preci... -Eu ia recusar, mas o barulho do meu estômago roncando não permitiu. Eu de fato necessitava de um banho e minha barriga estava implorando por algo digerível. 

-Vamos? -Ele chamou. 

Eu o olhei meio receosa, mas acabei aceitando. Eu estava mesmo muito faminta e precisando de um bom banho. 

No caminho até a casa dele, que ele me disse ser perto, eu me agarrei a minha mochila e fiquei pensando em tudo que tinha acontecido. As outras coisas eu dei um jeito e enfiei tudo dentro da bolsa com a ajuda de Akari. 

-E então, o que aconteceu? Você conseguiu se resolver com seu amigo? -Ele me questionou gentilmente enquanto caminhávamos. 

-Ah... -Droga. Só de pensar no "meu amigo" eu já sentia o meu peito doer e as lágrimas se formarem. -Desculpe, mas eu não quero falar disso. 

-Ah, desculpe. As vezes eu sou muito intrometido... -Ele disse com bom humor. 

-Ah, não imagina. -Disse com pesar. -Mas acho que ele não é mais "meu amigo"... -E sorri amarelo para ele, por mais que eu ache que ele não tenha visto pela falta de iluminação que havia na rua. Aquela aldeia precisava de reparos imediatamente, não somente no hospital. 

-Entendo. -Ele assentiu.

-Akari, o hospital é sempre lotado daquele jeito? -Perguntei o olhando de soslaio me lembrando da situação em que o local estava mais cedo. 

-Não... Ele costumava ser movimentado por ser o único da aldeia, mas está acontecendo algo. As pessoas estão tendo sintomas como dor de cabeça e barriga, damos tratamento adequado, mas parece que os remédios estão só fazendo as pessoas piorarem. -Ele disse com pesar. Eu estava lá desde ontem, e teria continuado, mas Naori fez questão de eu tirar uma folga. Segundo ela, eu estou trabalhando demais. -E sorriu minimamente. Era evidente a preocupação em sua voz. 

-Entendo... Mas agora eu posso ajudar. -Disse. A ideia de voltar a trabalhar em um hospital me deixava empolgada. Eu amava exercer a minha função. Era tão gratificante. 

-Chegamos. -Akari me disse e então entrou em uma casa média. Era muito bem cuidada e quando eu entrei o seguindo reparei ser muito bem organizada também. 

Ele me mostrou o banheiro e me deu uma toalha. Pude tomar um banho muito revigorante. Enquanto eu me banhava, Akari preparou uma refeição muito gostosa para mim que comi até ficar satisfeita. Eu ficava um pouco envergonhada por estar na casa de um homem -sozinha- mas Akari não deixou em nenhum momento eu me sentir desconfortável. Ele era muito bem-humorado e legal.

 Ele já me deixava a par de tudo o que estava acontecendo no hospital e até fazia piada com algumas coisas, me fazendo rir. 

Mas infelizmente, a situação era muito mais grave que eu pensava. Falta de ninjas médicos, materiais específicos, equipamentos, remédios, estrutura e até o material mais básico. 

Depois de eu terminar de comer, lavei a louça por mais que Akari insistisse para deixar pra lá. Depois eu pedi para que ele me levasse até o Raikage. 

-Agora? Não seria melhor esperar até amanhã? -Ele disse surpreso. 

-Sim, agora. -Afirmei. -O hospital e as pessoas doentes não podem esperar até amanhã! -Completei firme. Eu aprendi com a minha Mestra Tsunade a ser persistente e o mais dedicada possível. 

-Tudo bem então.  

Ao chegar lá fora, eu tive a pequena impressão de estarmos sendo observados. Caminhamos até o prédio do Raikage que ficava um pouco afastado da casa de Akari. Ele continuava a me contar sobre as coisas no hospital, até que chegamos na entrada do gabinete de Darui.

-É aqui. -Ele me mostrou. 

-Hai... -Assenti. -Vem comigo? 

-Desculpe, mas eu não posso. Tenho que voltar para o hospital. -Ele disse.

-Ah, sim claro. Até mais. 

Observei ele se afastando lentamente. Suspirei e antes que eu pudesse ir até a porta, meu braço foi puxado por alguém. Quando eu observei quem me segurava eu tive certeza de que não havia sido impressão, era ele quem me observava.

-Me solta, Sasuke! -Gritei tentando me desvencilhar de seu aperto.

-Não antes da gente conversar. -Ele disse firme.

-Não temos nada o que conversar. -Tentei puxar novamente, mas ele apertou ainda mais. 

-Claro que temos. -Ele insistiu. Com aquela aproximação minha respiração já estava pesada. Eu lembrava de tudo que ele havia me dito e eu tinha uma vontade enorme de socá-lo até não poder mais. 

-Sasuke, se você não me soltar, eu vou te dar um soco. -Ameacei.

-Você não teria coragem. -Ele disse se aproximando com um sorriso de lado. 

-Sasuke eu não vou falar de novo! -Exaltei minha voz. -Me solta!

-Não. -Ele se aproximou ainda mais perigosamente. - Me escuta. 

Sem pensar duas vezes, com a minha mão livre eu lhe direcionei um soco, não para matar, mas forte o suficiente para que Sasuke me soltasse. 

Ele não esperava que eu fosse mesmo socá-lo. Na verdade, nem eu mesma pensei que fosse ter coragem, eu apenas o soquei, descontando um pouquinho da raiva que eu estava dele. Só um pouquinho, porque nem no meu soco mais forte -que seria capaz de matá-lo instantaneamente- eu seria capaz de colocar nem sequer metade de toda a minha raiva que eu sentia dele. 

Por pouco, mas por muito pouco mesmo ele conseguiu desviar. Com o susto que ele levou ele me soltou e eu aproveitei para adentrar o prédio a passos rápidos. Eu ainda o ouvi chamar por mim, mas apenas expliquei aos guardas quem eu era e que gostaria de falar com Darui. 

Eles me mandaram esperar, e então eu me sentei em uma cadeira a frente da porta da sala dele. Logo, como eu já esperava, Sasuke apareceu e se sentou ao meu lado. 

Droga. 

                                       Sasuke

Ela e ele estavam se... abraçando? Então era tudo verdade? Tudo que eu achei era verdade? 

Não pode ser.  

A minha vontade era de mais uma vez socar aquele loiro ridículo e levar Sakura para o mais longe dali. Eu fui em busca de Sakura até que eu a vi, mas quando eu ia chamá-la, a mesma agarrou aquele loiro num abraço apertado. Do mesmo jeito que ela me abraçou em Konoha. 

Então é isso? Eu a perdi para sempre? 

Droga. 

"Sasuke, eu te amo tanto que não posso aguentar. Fique comigo e eu prometo que todos os dias serão felizes... Por favor não vá para longe. 

Eu tenho família.... E amigos... Mas se você for embora, será o mesmo que estar sozinha..."

Então o amor que ela me dizia possuir por mim, acabou, assim? Não. Não pode ser.  

Eu não posso perder tudo outra vez. Não posso. Eu não posso perdê-la. Não posso! 

Eu não vou perdê-la.

Os dois falaram algo que eu não pude ouvir, pois me escondi atrás de uma árvore para que ele não pudesse me ver. 

Sakura balançou a cabeça como se recusasse alguma coisa, ele apontou uma direção e então seguiram juntos para algum lugar. 

Será que eles vão... Não.  

Sasuke não se precipite de novo... Calma. 

Pensei comigo mesmo, afinal é por causa do meu temperamento que estou nessa situação. Vendo Sakura nos braços de outro alguém. Como me dói...

 Mas eu não posso permitir. 

Fui acompanhando os dois das sombras, eles seguiram em uma direção até que chegaram em uma casa. Não era muito grande ou muito pequena. Era bem cuidada e pela postura de Sakura eu deduzi que fosse a casa dele. 

Os dois adentraram a residência e eu cuidadosamente fui até o telhado da casa, ouvindo parcialmente o que diziam. Devido a escuridão da quase noite eu conseguia me esconder com facilidade. 

A casa realmente pertencia ao tal de Akari. Sakura tomou banho e depois comeu. Eu tentava não imaginar os dois juntos, pois se ficasse pensando muito, invadiria aquele lugar e levaria Sakura. Mas eu precisava manter a calma e aproveitar a oportunidade para falar a sós com Sakura e me desculpar. 

Depois eu fui para uma árvore próxima e fiquei observando Sakura lavar a louça. 

Tão linda...

Os dois saíram da casa e eu ouvi quando disseram que iriam para o gabinete do Raikage. Eu me adiantei e cheguei lá primeiro que eles. Fiquei esperando Sakura chegar e quando aconteceu, eu segurei seu braço. 

Eu tentei falar com ela e me aproximar, mas ela quase me socou, coisa que eu pensei que ela não fosse fazer realmente. 

Mas por pouco, por puro reflexo -e muita sorte- eu consegui desviar. Ela se apressou e entrou no prédio. Eu a segui e disse para os guardas provavelmente o que ela havia dito:

-Eu gostaria de falar com o Raikage. Tenho uma missão a reportar para ele da Aldeia da folha. Sou Sasuke Uchiha de Konoha. -Me apresentei. 

O homem assentiu e disse que eu poderia aguardar com a minha "parceira". 

Encontrei Sakura sentada em umas cadeiras a frente da sala que eu julguei ser a do Raikage. E então, eu torci para que ele demorasse para chamar nós dois. Ficar sozinho com Sakura por um tempo era tudo que eu precisava.

 Ela me olhou de soslaio e desviou o olhar quando eu a encarei. Fiz questão de sentar-se ao seu lado e ela pareceu muito incomodada:

-Não tem como você se sentar ali? -Ela apontou para uma cadeira distante dela. 

-Não. -Disse. Ela revirou os olhos. Irritá-la era divertido, me remetia muito os tempos do time 7. 

Ela bufou. 

Eu pensava na melhor maneira de falar para ela. "Desculpe" ou "Sinto muito"? 

Droga, eu nunca fui bom em pedir desculpas. Quando eu abri a boca para falar, uma voz masculina de dentro da sala a nossa frente soou alto:

-Entrem.

Sakura se adiantou e praticamente entrou correndo na sala. 

Eu entrei logo em seguida a passos normais. 

-A Ambu me reportou sobre o que aconteceu... -Darui nos encarou apoiando o queixo sobre as mãos cruzadas em cima de sua mesa cheia de papéis. Não só na mesa, no chão também havia várias pilhas de papéis. Darui parecia ser um homem organizado, por isso, acredito eu, que aquele acúmulo seja por excesso de trabalho e não por falta dele. -Eu já estou tomando as devidas providências sobre o ocorrido. 

Sakura e eu reportamos sobre tudo o que havia acontecido, ela não me olhava em nenhum momento, já eu ficava a encarando. 

Darui pediu para que Sakura ajudasse na organização do hospital, já eu me ofereci para ajudar na reconstrução das casas, não era minha especialidade e muito menos minha preferência, mas ajudar os outros fazia parte da minha redenção.

Sakura disse que iria hoje mesmo para o hospital, Darui disse que seria melhor que ela descansasse, pois deveria estar exausta, mas mesmo com o cansaço gritante em seu rosto, ela insistiu e Darui acabou cedendo. 

-Desculpe a pergunta, mas vocês são um casal? -Ele disse procurando alguma coisa em sua gaveta. 

-Ah... -Eu ia responder, porém Sakura se adiantou.

-NÃO.  -Foi o que disse. 

-Ah, sim. Desculpem a intromissão. Então creio que queiram ficar em apartamentos separados. -Ele estendeu dois molhos de chaves. -O prédio dos apartamentos fica próximo ao hospital, aqui está o endereço. -Ele disse escrevendo algo em um pedaço de papel e entregando à Sakura, que pegou apenas sua chave. 

-Amanhã, venham até aqui novamente para acertarmos os detalhes da missão. 

-Hai. -Sakura assentiu. 

Eu me aproximei e peguei a minha chave da mesa. 

-Podem ir. Muito obrigada pela ajuda. -Ele nos dispensou. 

Sakura o reverenciou antes de sair, eu apenas acenei com a cabeça antes de seguir a rosada. 

Quando eu saí no corredor eu apenas vi Sakura fechando a porta. Tive que correr para alcançar a rosada. Certamente, ela estava indo para o prédio, eu não sabia onde era, mas agora eu já conseguia sentir o chakra dela, então facilmente e a encontrei quase entrando no local. Eu mais uma vez segurei seu braço, mas agora estava atento e não ousaria me aproximar novamente. 

Vai que ela me soca de novo...

-Espera! -Disse. Ela me encarou com um olhar feroz. 

-O que foi?! -Ela respondeu furiosa.

-Eu queria conversar com você. Com calma. -Falei finalmente. 

-Já disse. Não, temos, nada, para, conversar! -Ela disse pausadamente como se estivesse falando com uma criança. 

-Sakura, não seja infantil! -Aumentei o tom de voz. 

-Você me acusa sem provas, e eu que sou infantil? -Ela começou com mágoa. -Você me ofende, e eu que sou infantil? Reveja seus conceitos, Sasuke. -Ela puxou seu braço com força entrando no prédio. 

Ela correu para a escada, e eu a segui.

-Sakura, espera! -Eu tinha que falar com ela. Gritei, ela ouviu mas não me respondeu e aumentou a velocidade até que chegou ao terceiro andar. Então ela pegou a chave, abriu a porta. Quando eu a vi já tinha entrado, e fechou a porta com força na minha cara. 

-Sakura! -bati na porta -Abre essa porta! Abre!!!

-Não, vai embora! -Ela gritou.

Com os meus gritos e batidas outras pessoas saíram de seus quartos, e antes que comecem a reclamar eu fui para as escadas. Então eu olhei o número do meu quarto e vi que ficava no segundo andar. 

O quarto de Sakura era o 280, o meu era o 179. Eu precisava me desculpar. Então fiquei no lado de fora do prédio aguardando Sakura que iria ao hospital. 

Fiquei esperando muito tempo, já de madrugada, eu a vi saindo. 

Eu a segui e então quando ela passou por um banco, ela ficou observando, talvez tendo a mesma recordação que eu. 

O dia de nossa primeira despedida. Ela deveria ter muita raiva e ressentimento de mim por aquele dia, pois ela achava que eu havia apenas ouvido tudo que ela me disse, a chamado de irritante e a deixado ali naquele banco. 

Mal sabia ela que não havia sido somente aquilo que acontecera naquele dia. 

                                        Sakura

Ainda bem que Sasuke desistiu e parou de bater na porta. O apartamento era aconchegante, simples, mas aconchegante. Havia uma cama de casal, o que me surpreendeu. Um banheiro com banheira, uma grande sacada com vista para rua da frente e uma cozinha-sala. As parede beges constatavam com o chão rústico. Eu exploraria o resto depois, tinha que sair.

 Como havia prometido a Akari, teria que ir ao hospital hoje mesmo. Mesmo com o cansaço, eu estava agradecendo, pois talvez assim, eu conseguisse pensar em outra coisa que não fosse "Sasuke". 

Saí do prédio de três andares, e caminhei lentamente em direção ao hospital. Observava o céu, onde a Lua Cheia dançava imponente. 

Foi aí que eu reparei um banco na rua. Um banco semelhante ao da Aldeia da Folha, onde tudo havia começado. Foi lá que Sasuke e eu havíamos tido a nossa primeira "conversa", havia começado comigo falando sobre solidão, como se eu soubesse alguma coisa sobre. Sasuke ficou verdadeiramente irritado comigo aquele dia, pois agora eu sei, como a solidão pode ser dolorosa. 

Pois como disse à Sasuke, naquele dia em que ele deixou a aldeia, ficar sem ele, era o mesmo de estar só. E naqueles três anos em que ele esteve fora, eu estive só. Ninguém percebia, mas todo sorriso que eu dava, era um pedido de ajuda. 

Talvez apenas uma pessoa tenha percebido a falsidade por detrás dos meus sorrisos. Ele que por muito tempo foi a única ligação entre Sasuke e eu. Talvez seja por esse motivo que Naruto tenha levado aquela promessa que havia me feito tão a sério. E no fim, ele conseguiu finalmente cumpri-la. Afinal, apenas Naruto era capaz de entender verdadeiramente a dor que Sasuke havia sofrido. E ainda sofre. 

Todas as lembranças, daquela noite me vinham a mente. Eu dizendo o quanto amava Sasuke e ele apenas me chamando de irritante. Depois ele me agradeceu, e me largou lá naquele banco, sem nem ao menos considerar minhas palavras. 

É... Agora eu tenho que seguir em frente e deixar todas essas memórias para trás. 

Abracei meu próprio corpo, e segui em frente, deixando o banco para trás, assim como deixava -ou pelo menos, tentava deixar- o amor que eu infelizmente ainda sentia por Sasuke Uchiha. 

Mas, pela terceira vez no dia, eu senti meu braço sendo puxado, e pela terceira vez, eu sabia quem o fazia.

 Eu não fiz menção de puxar, ou nem se quer eu encarei. Apenas parei no lugar fitando o chão, aquela seria nossa última conversa. 

-Você deveria parar de agarrar me braço assim... -Disse ainda de costas para ele. 

-Sakura, por favor, me escuta. -A voz rouca soou. 

-Sou toda ouvidos. -Disse ainda sentindo sua mão no meu pulso. 

-Sakura... Desculpe... Por tudo... -E mais uma vez ele se desculpou, da mesma maneira como fez enquanto eu o curava no Vale do Fim. 

-"Sakura, desculpe por tudo..." -Repeti com escárnio -É só isso que tem a dizer? 

-Sakura... eu... -Ele disse como se procurasse palavras para dizer algo a mim. Eu sabia por que ele não as encontrava, era porque não existiam. Não existiam palavras no mundo capazes de expressar o que Sasuke queria me dizer naquele momento. Talvez existissem atitudes, mas eu sei que Sasuke nunca seria capaz de fazê-las, não pra mim. 

-Sasuke, por favor. -Pedi. - Não me procure mais. Eu não quero mais sofrer. Não mais. -E tentei me soltar, eu não o encarei em nenhum momento, não sabia se seria forte o suficiente para olhar em seus olhos. Mas quando eu puxei meu braço, ele apertou com mais força. -Sasuke, por quê? Porque Sasuke? -Eu precisava saber.

-Por que o que? -Ele perguntou confuso. 

-Porque você insiste em mim, se você só me faz sofrer? O que você quer comigo? Você pode ter a qualquer uma, então me deixe em paz! -E soltei meu braço o puxando com força. 

-Mas você é a mulher que eu quero, Sakura! -Ele disse. Eu continuei parada no mesmo lugar. 

-Engraçado que você nunca demonstrou isso quando podia. Agora não vai poder quando quiser. Eu não gosto mais de você, como eu disse antes, você só me faz sofrer, então não tem motivo para eu continuar com alguém como você. -Menti. Era óbvio que eu ainda gostava dele, mas eu precisava superar esse amor. -Você nunca fez um gesto de carinho ou afeto, então não diga que me quer. Você não sabe o que é isso. Adeus, Sasuke. -E comecei a andar até parar ao ouvir a voz de Sasuke novamente:

-Você lembra, Sakura? -Parei no lugar onde estava. Ele se lembrou também? Há muito tempo atrás, foi em um lugar como esse o nosso primeiro beijo. 

-Está enganado, o nosso infeliz primeiro beijo foi naquela pousada. Nem isso você sabe.... -Respondi com mágoa. 

-Você está enganada. -Ele deu ênfase no pronome. -Naquela noite em que eu deixei a Aldeia da Folha, eu te beijei. 

-Mentira! -Disse. Eu tinha a perfeita lembrança daquela noite. Ele havia murmurado algo como "Obrigado" e me deixado no banco. Na verdade, pode nem ter sido ele que me deixou lá. Ele pode muito bem ter me deixado caída no chão, alguém ter passado e me colocado no banco. -Você me deixou naquele banco depois de ter me feito desmaiar.

-Não... Olhe. -Então eu olhei na direção do banco. 

A minha versão mais nova estava lá aos prantos, enquanto o Sasuke de três anos atrás ouvia tudo de costas para mim. Sasuke estava me mostrando suas lembranças através de seu sharingan.

Quando Sasuke se moveu para trás de mim e me fez desmaiar, eu pensei que ele iria me colocar no banco e ir embora. Mas para minha surpresa, ele me pegou no colo e apoiou seu queixo em cima da minha cabeça, como um gesto de carinho. 

Depois ele se sentou comigo naquele banco e continuou chorando. As lágrimas pesadas escorriam de seus olhos molhando o tecido do vestido que eu usava naquela época. 

Eu nunca tinha visto Sasuke chorar...

Eu pensava que ele seria incapaz de demonstrar sentimentos por meio de lágrimas, ainda mais se fossem sentimentos para mim.

-Sakura...-Sasuke dizia, as lágrimas não deixavam de cair nenhum segundo se quer. -Eu não posso te levar, mas também não posso ficar aqui, com você. -Ele dizia. Sasuke e eu observávamos a tudo em silêncio. Ele estava a uma distância considerável de mim. Porque Sasuke estava me mostrando a tudo aquilo? -Mas eu juro, que quando eu concretizar a minha vingança, eu volto correndo pra te buscar, e aí sim, todos os nossos dias serão felizes. -Ele disse me colocando deitada no banco. -Adeus, Sakura...

Ele ficou alguns segundos me observando, como se aquela fosse a última vez que iria fazer isso em sua vida. E então ele se aproximou e para a minha total surpresa, talvez a coisa que eu menos esperava em toda a minha vida, ele beijou minha boca. Um beijo casto e demorado. Mas quando ele foi se levantar, eu acordei e puxei seu braço o fazendo me olhar assustado. 

-Não se vá... Por favor, fica comigo. -Eu disse chorando também. 

-Eu não posso. Mas nossos sentimentos estarão sempre conectados. -Ele pegou a mão com a qual eu o segurava e depositou um beijo. Depois ele ativou o sharingan e olhou nos olhos da minha versão mais nova. Antes de desmaiar ela/eu apenas conseguiu dizer:

-Sasuke, eu sempre vou te amar... 

E então quando eu adormeci, Sasuke beijou minha testa e sussurrou próximo ao meu rosto:

-Eu também sempre vou amar você, irritante. -Se levantou, limpou as lágrimas discretamente e se foi, rumo a escuridão. 

E então a ilusão que Sasuke havia feito se dissipou. 

-Isso nunca aconteceu! -Disse o encarando pela primeira vez. Eu me lembrava muito bem de tudo daquela noite. 

-Foi exatamente isso que aconteceu. -Sasuke afirmou. Eu sentia a veracidade em sua voz, ele não estava mentindo, definitivamente. 

-Eu não me lembro de nada disso! É mentira! -Gritei, fitando o banco.

-Você não se lembra porque eu apaguei suas lembranças como sharingan. Fiz com que você se lembrasse apenas até quando te agradeci. 

-Não, Sasuke. Não, não e não! -Disse mais pra mim do que pra ele, enquanto passava as mãos pelo rosto nervosamente. 

-Mas é a verdade. -Ele disse calmamente. 

-E então por que você me mostrou tudo isso? -Disse. Ele queria brincar comigo? 

-Porque você disse que eu não tenho o direito de te querer, porque nunca demonstrei afeto suficiente com você ou considerei suas palavras. Eu tive de apagar suas memórias, pois não podia fortalecer ainda mais o laço que eu tinha por você e que você possui por mim. Eu estava cego por ódio e desejo de vingança naquela época, você sabe. -Afirmou. 

Aquele não era o Sasuke que eu conhecia. Não podia ser. 

-Mas isso não importa agora. -Disse decidida. 

-É claro que importa. -Ele rebateu. 

-Não, não importa. -Retruquei. -Palavras bonitas não justificam atitudes estúpidas, assim como atitudes bonitas não são razão para palavras estúpidas.... -Disse me recordando de tudo que ele havia me dito. 

-Eu sei... -Ele disse e eu pude sentir sua aproximação -Mas se depois você ainda quiser ir, eu nunca mais te procuro.

-Depois de quê? -Perguntei confusa.  

-Disso. -Foi tudo que ele disse antes de me puxar e tomar meus lábios de uma forma desesperada. Confesso que fui pega totalmente de surpresa pelo ato de Sasuke. De começo eu fiquei imóvel e com os olhos abertos devido ao susto, mas depois eu me entreguei aquele beijo, me permitindo esquecer de tudo por apenas um momento, sentindo apenas o sabor dos lábios do Uchiha. Sasuke envolveu minha cintura me levando para mais perto dele e eu enlacei seu pescoço com as duas mãos o abraçando.  

Como eu senti saudade daquele beijo...

Nossas cabeças se moviam para o melhor encaixe de nossas bocas e nossas línguas dançavam juntas na mais perfeita sincronia. Sasuke me apertava cada vez mais contra ele e eu ficava cada vez mais entregue. Ele prendeu meu lábio inferior o puxando lentamente até libertá-lo e voltar a me beijar. O sabor da boca de Sasuke tinha um sabor agridoce, tão amargo e doce, apimentado e refrescante. 

Tão bom...

 Mas nossos pulmões imploraram por ar e tivemos que cessar o beijo. Ainda grudados, ele me perguntou me encarando fixamente:

-E então Sakura, o que decide?

Engoli seco.


Notas Finais


E então amores, o que VOCÊS decidem? Querem SasuSaku resolvido no proximo capítulo ou querem que o Sasuke sofra mais? Kkkk comentem.
Beijinhos ♥


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