1. Spirit Fanfics >
  2. Sakura e Sasuke - O vingador e a Apaixonada- A viagem >
  3. Nostalgia

História Sakura e Sasuke - O vingador e a Apaixonada- A viagem - Nostalgia


Escrita por: Juujuubis

Notas do Autor


Oie!
Depois de tanto tempo, cá estou eu novamente. Espero que gostem, xuxus.

Capítulo 36 - Nostalgia


Sakura

Inferno.

Foi meu primeiro pensamento assim que fui aparada pela milionésima vez por Hotaru, assim que não consegui sustentar minhas pernas extremamente sensíveis e doloridas de tanto esforço feito. Já fazia quase um mês de sessões intermináveis de fisioterapia, nas quais exercícios e mais exercícios eram realizados, e por mais que Hotaru dissesse o contrário, eu não sentia progresso nenhum em mim mesma para poder voltar a caminhar.

-Você vai conseguir, Sakura. -Sasuke estava a minha frente, dando-me apoio como havia feito todos os dias desde que eu havia acordado. Não estar conseguindo demonstrar um progresso relevante na minha recuperação era algo que estava decepcionando tanto a eles quanto a mim mesma, profundamente.

O suor escorria de minha testa e eu me sentia totalmente grudenta, minhas pernas imploravam por descanso mas eu me recusava a desistir naquele momento. Eu tinha que conseguir dar ao menos um passo, todavia mesmo sendo auxiliada pelas barras de apoio eu mal conseguia ficar em pé sozinha.

 -Sakura, eu acho que... -Hotaru começo o discurso e eu já a cortei em seguida não dando ouvidos a mesma.

-Não! -Eu tenho que conseguir ao menos dar um passo. -Eu vou conseguir... -Suspirei.

-Mas você já está no seu limite, você precisa descansar e amanhã tentaremos de novo... -Ela continuou tentando me persuadir, porém eu não permiti.

Sentada na cadeira de rodas eu usei minhas últimas forças existentes para impulsionar meu corpo para frente, agarrando nas barras de apoio e usando de toda a minha força para me erguer, sentindo ambas minhas pernas tremerem. Por mais que elas protestassem pedindo para que eu desistisse e meu próprio corpo dissesse a ele mesmo que ele não era capaz, eu consigo, lentamente mover um pé para frente. Hotaru estava atrás de mim com suas mãos afastadas circundando o meu corpo e assim que eu movi lentamente o meu pé para dar um passo o meu corpo, eu senti uma terrível dor na panturrilha, mas eu continuei.

-Venha até mim, Sakura. -Sasuke disse me chamando e eu apenas ignorei a dor aguda, e andei em sua direção mais um passo e antes que eu pudesse cair ao chão, Sasuke estava lá, pronto para me segurar em seus braços.

-Eu consegui. -Disse sem acreditar em minhas próprias palavras. -Eu consegui, Sasuke, eu finalmente consegui!

-Eu sabia que conseguiria. -Ele disse assim que eu o abracei sendo retribuída na mesma intensidade.

Não pude deixar que as lágrimas, finalmente de felicidade escorressem pela minha face por minutos, pois eu só tinha forças para chorar. Eu nem precisei dizer e nem me dar  trabalho de agradecê-lo, pois todas as lágrimas e choro que derramei em sua camisa preta foram o suficiente para que ele entendesse que sem ele, e sem Hotaru obviamente, aquilo não seria possível.

...

As semanas se seguiram intensas, entre as sessões de fisioterapia exaustantes, Tsunade me permitia sair uma vez na semanas, visto que finalmente eu já estava bem melhor, não apresentava nenhum tipo de alergia, vômito, dor ou anormalidade em meus exames. Meus pais, sempre preocupados me visitavam todos os dias e até, com a supervisão de Shizune como uma águia -a mando de minha Mestra- traziam comidas diferentes para que eu pudesse experimentar, geralmente as que eles faziam quando eu era criança. Porém, mesmo que disfarçasse muito bem eu ficava extremamente chateada, afinal eu dizer que não me lembrava com certeza os magoava, por mais compreensíveis que eles fossem.

Não me lembrava das saída e passeios que havia feito com Ino, os quais ela me relatava quando vinha me visitar, e nem das missões que eu e Naruto havíamos feito. Dos pacientes que quase todos os dias apareciam com presentes, cartas ou perguntavam se eu me lembrava de quando os havia salvado ou tratado. Não me recordava do árduo treinamento que havia feito para me tornar uma ninja médica, e nem mesmo de como utilizá-lo. E se alguém precisasse de ajuda minha? Eu seria completamente inútil.

Como deveria ser utilizar o ninjutsu médico? Ou qualquer outro jutsu?  

Olhando as minhas próprias mãos, eu tentei imaginar elas sendo utilizadas para curar ou salvar a vida de alguém. Ela deveria emitir algum tipo de poder curativo, uma luz, talvez? Me concentrando, eu sentia como se fosse uma energia interior minha se agitar e mentalizando curar alguém, eu canalizei aquela energia para as minhas mãos, e como se elas esquentassem uma luz esverdeada começou a surgir em torno delas quase que desaparecendo.

Aquilo parecia mágica! Me concentrei a fim de intensificar aquela luz ao redor de minhas mãos e elas obedeciam a minha vontade, tornando-se de uma cor e luminosidades mais forte.

Foi quando batidas na porta me assustaram e a luz sumiu completamente sem a minha concentração, aquela era uma habilidade totalmente delicada e pelo visto precisava ser realizada com sutileza e muita concentração para funcionar.

-Incomodo? -Sasuke surgiu para a minha completa surpresa, pois ele não costumava me visitar aquela hora e muito menos entrar pela porta.

-Não, claro que não. -Disse passando as mãos pelo cabelo, queria estar ao menos apresentável.

-Então, vim te levar para passear. -Ele disse depois de aproxima-se e me cumprimentar com um rápido selinho.

-Tsunade sabe? -Perguntei temerosa.

-Sabe sim. -Sasuke disse e eu fiquei me perguntando o que Sasuke havia dado a ela visto que eu já havia saído com meus pais no dia anterior.

-Tudo bem, vou trocar de roupa. -Clicando num botãozinho ao lado da minha cama, logo uma enfermeira muito atenciosa que sempre me atendia veio me ajudar a ir até o banheiro e trocar de roupa.

Mexendo em minha bolsa que minha mãe havia trazido para mim, achei um short jeans simples e uma blusa florida bem bonita. Assim que estava pronta, encontrei Sasuke mexendo no celular um pouco desajeitado. Nem eu ou ele éramos muito chegados a essas novas tecnologias que estavam invadindo o mundo pelo o que eu havia lido. Os pássaros correio que antes eram o principal meio de comunicação agora davam lugar aos celulares e computadores mais rápidos e funcionais.

-Se rendeu a tecnologia? -Disse assim que cheguei próximo a ele. A enfermeira saiu após eu agradecê-la gentilmente.

-Só para tratar de uns assuntos importantes. -Ele disse levantando-se e empurrando a minha cadeira para fora do quarto.

-Hum... -Disse por alto, contendo minha curiosidade gritando dentro de mim para que questionasse o que esses “assuntos importantes” significavam.

-Vou te levar para respirar um pouco e espairecer, afinal você tem se esforçado muito essas últimas semas e merece um descanso. -Ele disse.

-Agradeço. -Foi só o que eu disse, mas por dentro eu estava pulando de felicidade. Sair daquele hospital era tudo que eu mais queria. Definitivamente, eu digo, mas temporariamente era melhor que ficar olhando aquelas paredes brancas.

Sasuke ia empurrando minha cadeira pelas ruas de Konoha, a qual eu já havia desbravado  brevemente com meus pais e Ino. Aquelas ruas eram simultaneamente tão familiares, transmitiam algo de tão nostálgico mas ao mesmo tempo tão novo que me trazia uma misto de sensações.  Saudade, tristeza e felicidade. Saudade por andar por aquela ruas movimentadas, de ir aos locais os quais eu costumava, de trabalhar no hospital, realizar missões e ficar com Sasuke, meus amigos e minha família. Tristeza por não poder fazer tudo isso, mas felicidade, sim felicidade, por poder ao mesmo tempo reviver sensações e sentimentos que eu nem sabia que eu já havia sentido.

Andando pelas ruas algumas pessoas acenavam para mim, e eu constrangida não fazia a menor ideia de quem eram, acenava de volta para elas. Algumas -muitas mulheres -olhavam descaradamente para Sasuke, com olhares cheios de segunda intenções, mas eu ora ou outra olhando de canto de olho para o moreno atrás de mim o via franzindo o cenho e as sobrancelhas, tentando se mostrar totalmente indiferente aquele olhares. 

-Já deveria ter se acostumado. -Disse irônica.

-Com o que? -Ele questionou confuso.

Ah, não se faça de cínico... Pensei comigo mesma.

-Com todas as mulheres babando por você. -Respondi na lata. Há quem eu queria enganar? Por mais confiante e bonita que você possa ser, por mais que sua auto estima e confiança sejam gigantescas, você sempre tem o mínimo de receio quando o seu companheiro está sendo observado com tanto desejo por outras mulheres.

-Elas podem até olhar mas nenhuma delas tem o que você tem, Sakura. -Ele se abaixou para sussurrar em meu ouvido, o que fez com que eu me arrepiasse instantaneamente e sentisse o sangue subir para a minha face.

-E aonde estamos indo, posso saber? -Perguntei, tentando me recompor a fim de que aquele rubor sumisse da minha cara.

-Não. -Ele disse com humor. -Não pode.

Cruzei os braços abaixo dos seios como uma garota mimada.

Quando chegamos, os gritos e cheiro daquele local trouxeram sensações familiares e foi como se imagens de crianças correndo ao meu lado viessem a minha mente.

“-Vem Sakura!- Uma garota de cabelos loiros gritava para mim, ela tinha olhos tão azuis quanto o céu e eu os reconhecia de algum lugar.” Seria essa a Ino? Mas ela estava mais jovem e as outras crianças também.

“-Não corram crianças! -Era um homem de cabelos castanhos que gritava atrás de nós, alertando-nos. Eu apenas gargalhei tentando alcançar Ino mas parei em seguida, observando o garoto de cabelos negros andando lento e despreocupadamente um pouco a frente. ”

-Sasuke. -Coloquei a mão na têmpora direita, assimilando o que havia acontecido. -Eu acho que lembrei de algo.

-Sério? -Sasuke se ajoelhou a minha frente -O que?

Estávamos a frente da entrada do parque de diversões enquanto algumas pessoas saiam e entravam do mesmo, carregando ursos de pelúcia, sacolas e algodão doce.

-De algum tipo de passeio nesse parque. Ino me chamava e nós corríamos pela entrada do parque. Aí eu vi um garoto de cabelos negros e parei de correr, eu acho que.. Era você... -Disse um tanto confusa tentando relatar tudo o que eu havia visto. -Você se lembra disso?

Sasuke franziu o cenho fazendo um visível esforço.

-Eu acho que se não me engano... Houve um passeio mesmo para a inauguração desse parque, mas isso faz muitos anos, nem eu mesmo me lembro muito bem... -Ele disse pensativo. -Mas você se lembrou de algo!

-Eu me lembrei... -Balbuciei... -Eu me lembrei de algo. Eu me lembrei de algo! -Foi impossível conter o largo e mais sincero sorriso que eu poderia dar.

Sasuke me abraçou e eu retribui o abraço com todas as minhas forças, sentindo uma felicidade gigantesca brotar dentro de mim.

Sasuke depois de algum tempo, vendo que estávamos atrapalhando o trânsito das pessoas, voltou a empurra minha cadeira para dentro do parque. Como o parque não estava tão movimentado, não havia fila para comprar bilhetes e logo estávamos lá dentro.

-Vamos na montanha russa. -Disse animada apontando para o local de embarque mas para a minha tristeza ela não estava funcionando e Sasuke disse que era melhor eu ir em brinquedos “mais leves”.

-Que tal a roda gigante? -Ele perguntou e eu assenti. Afinal era melhor do que nada, não é mesmo?

Após as pessoas da nossa frente irem embarcando chegou nossa vez e o simpático funcionário guardou minha cadeira e Sasuke todo cavalheiro me pegou no colo, colocando-me na cabine e sentando-se ao meu lado. Conforme as pessoas iam chegando, a nossa cabine ia ficando mais alta e confesso que por conta da brisa e tamanho daquele brinquedo um pequeno friozinho na barriga surgiu e eu me encolhi um tanto receosa de olhar pra baixo.

-Não precisa ter medo, eu não vou deixar que nada te aconteça. -Sasuke disse colocando sua mão levemente em cima da minha. Lhe dei um pequeno sorriso, me aconchegando em seu braço, pousando minha cabeça em seu ombro. E quando a nossa cabine ficou no ponto mais alto, a roda parou, provavelmente para que mais pessoas entrassem na cabine simétrica abaixo da gente. Daquela altura era possível ver o pôr do Sol, o qual ia se escondendo atrás dos monumentos dos Hokages deixando um rastro alaranjado com alguns traços carmesins.

-É muito lindo, não? -Comentei mais para mim do que para ele.

-Sim... -Ele respondeu.

Depois de sairmos, nós fomos até uma barraca de algodão doce e Sasuke comprou um para mim.

-Quer? -Ofereci assim que ele me entregou o doce, vendo que ele não tinha comprado um para ele. -Ah, é. Você não gosta muito de doces... -Comentei lembrando-me disso.   

-Exatamente, enquanto você parece mais uma formiga. -Ele comentou me fazendo rir. Era tão bom estar com Sasuke, sair com ele e tê-lo por perto era extremamente gratificante.

Sasuke me levou de volta para o hospital, e eu não pude deixar de esconder meu descontentamento em vê-lo ir. Mas antes, ele se aproximou de mim, colocando sua mão na minha nuca e me puxando para um beijo. A princípio o beijo foi lento, no qual ele explorava minha boca com carinho, com sua mão penas posicionada em minha. Mas logo o calor subiu e a mão dele começou a aprofundar  o contato de nossas línguas, as quais se entrelaçavam e se massageavam carinhosamente. Quando o ar nos faltou ele se afastou dando um último selinho antes de se afastar totalmente, mas antes que ele pudesse sair eu o chamei, um tanto receosa com o pedido que tinha em mente.

-Sasuke. -Ele se virou para mim. -Você pode deitar aqui comigo?

-Claro. -Ele disse sem hesitar. Deu a volta na cama deitando-se por trás de mim, circundando minha cintura com seu braço em seguida. Eu me aninhei em seu corpo, sentindo todo o seu calor, e logo, como uma breve saída ainda era um grande esforço para mim, pelo cansaço que me arrebatou, logo eu adormeci.

Quando acordei, percebi que Sasuke já não estava mais ali e ao lado de minha cama, havia uma papel dobrado com uma flor por cima.

Pegando o mesmo eu logo percebi que era um ramo de cerejeira, muito cheiroso por sinal.

Fui chamado para uma missão de última hora. Volto em dois dias. Continue se esforçando nas sessões, pois eu acredito em você e sei que vai se recuperar totalmente antes que pense. Logo estarei de volta, saiba que pensarei apenas em você. Te amo.

S.U.

Com o bilhete junto a meu peito eu sorri, enquanto sentia o perfume da flor o qual ele havia gentilmente enrolado uma fita de cetim vermelha.

E então eu disse, mesmo que somente para o silêncio do quarto o sentimento mais profundo que eu nutria em meu coração, o qual não precisava de lembranças ou memórias para ser verdadeiro, pois ele estava lá, bem antes mesmo delas serem construídas:

-Eu também te amo, Sasuke.


Notas Finais


Li todos os comentários de vocês, e já vou respondê-los. Principalmente você, viu @Kakashi_maloqueiro kkkkk
Muito obrigada pelo carinho e como finalmente acabei os estudos (YEY) vou poder postar com mais frequência, pelo menos não vou demorar meses. Comentem, o que vcs acham que é esses "assuntos importantes" que o Sasuke mencionou? Vou colocar quem acertar no próximo capítulo.
Sigam meu perfil no insta que eu fiz depois de uns comentários pedindo. Lá eu vou postando spoilers dessa e de minhas próximas fics, e vou interagindo com vcs....
https://www.instagram.com/juujuubis.escritora/?hl=pt-br
Beijocas, até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...