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História Sakura e Sasuke - Águas passadas


Escrita por: Joo20

Capítulo 11 - Águas passadas


Sasuke dormia tranquilamente, esse gesto me mostrou o quanto ele confiava em mim, no meu poder, e agora eu estava me sentindo mal, me senti fraca por um momento.

Me aproximei aos poucos, com passos cuidadosos, meu chacra foi camuflado, não seria uma boa ideia entregar ao inimigo a minha localização, mas assim que me aproximei, pude ver quem estava lá, aqueles cabelos vermelhos, um pouco bagunçados pelo vento, sua pele branca e macia. Seus olhos estavam focados em Sasuke, eu pude ver a duvida nos olhos de Karin, como se nunca tivesse visto Sasuke abaixado a guarda, ao seu lado estava seu companheiro, Suigetsu Hozuki, havia um certo desprezo em seus olhos, ao que meus olhos davam a entender ele não aprovava o jeito que Karin se entregava ao companheiro.

   -O que vocês dois estão aqui? -perguntei com o intuito de ser notada, em poucos segundos me tornei o alvo daqueles olhos vermelhos intensos e curiosos, Suigetsu nem se deu ao trabalho de me encarar.

  -Na verdade, a pergunta é, o que você esta fazendo aqui e o que fez com o Sasukezinho? -Karin disse

 -Sou a companheira dele nessa missão! -Não vou falar que sou sua esposa, quero que ele diga, não gosto de joguinhos, uma disputa feminina não faz o meu tipo.

Fui em direção ao Sasuke, sua cabeça estava torta, sem nem me importar com os "visitantes" o endireitei, com o muito cuidado para não acorda-lo, o que foi inutil, assim que seus  olhos se abrirao ele deu um sorriso gentil e acariciou meu rosto, como se ele estivesse diante de algo precioso.

-Pelo que vejo, a noite foi muito boa! -Suigetsu disse com um tom de deboche, suas primeiras falas desde que os vi ali.

-Temos companhia! -disse com um sorriso amarelo - E acho que são para você Sasuke, vou até o rio buscar água, podem ficar a vontade! -Quando eu iria me levantar para sair então senti as mãos de Sasuke segurando as minhas, me impedindo.

 -Depois nós dois vamos lá buscar a água, quero que participe da conversa meu amor. -os olhos de Karin estavam direcionados a mim pude sentir sua raiva.

-O senhor Orochimaru pediu para que noite dois acompanhássemos o Sasuke até o novo esconderijo, ele tem algo importante para tratar com você. -ela disse olhando fixamente para o Sasuke.

-Tudo bem, nos vamos! -Ele me olhou como se procurasse alguma confirmação -Se minha esposa não se importar de ir até lá junto comigo. -afirmei com a cabeça, afinal essa era nossa missão.

-Então vocês estão juntos mesmo? -Karin perguntou com olhos melancólicos, a sua tristeza estava estampada em seus olhos, eu não queria que ela se sentisse assim, nossa rivalidade que a um tempo  me causou vários ressentimentos em relação a ela se foi a muito tempo, aquela Sakura não existe mais.

-Sim, nós nos casamos a pouco tempo! -Sasuke disse enquanto me olhava fixamente nos olhos, esses pequenos gestos sempre me deixam mais feliz.

Combinamos de continuar a viagem em grupo, até o esconderijo do Orochimaru, que estava a um dia e meio de distancia, dizia Karin, seu mau humor estava estampado em sua voz, e assim que eu pudesse eu iria conversar a sós com ela.

Durante o dia, nossa viagem foi silenciosa, ninguém dizia uma só palavra, a não ser o Suigetsu, que sempre arranjava uma piada de mal gosto, na tentativa falha de fazer a Karin sorrir, mas ela sempre o olhava com um vazio, como se ela implorasse para que aquela viagem acabasse o mais rápido o possível, e eu  não tiro sua razão, assim como eu ela era obcecada  pelo Sasuke, ainda era.

Ao entardecer procuramos um lugar bom para passarmos a noite, enquanto Sasuke e Suigetsu procuravam lenha para acender uma fogueira, fiz questão de arrastar Karin pela floresta a procura de um rio. Assim que a puxei pelo braço notei seu desconforto ao meu toque, mas mesmo assim ela me acompanhou, sem dizer uma só palavra, o silencio constrangedor ja estava ganhando espaço entre nós.

-Sinto que temos que conversar, Karin. -sinceramente, eu deveria ter esperado ela dizer algo, mas tudo bem, confesso que me assustei com o tom confiante que usei.

-Não temos nada para conversar, você não precisa sentir pena por mim. -suas palavras foram ríspidas e mostraram o quanto ela estava machucada.

-Não precisa ser assim, e não estou com pena de você, por que estaria? -seus olhos estavam perdidos em meio ao horizonte, o sol estava terminando de se por e o crepúsculo mesmo que fosse por poucos minutos tomava conta daquele imenso céu, uma obra de arte.

Karin se sentou no chão, abraçando seus  joelhos, seus olhos estavam vermelhos, sinais da lagrima que ela não deixaria cair por nada, não em minha frente "sua rival", me sentei ao seu lado em silencio, dessa vez ela deveria iniciar a conversa, querendo ou não eu estava invadindo seu espaço.

-Eu sempre soube que era você. -ela sussurrou

-Como assim?

-Sempre soube que era de você que ele gostava, desde o nosso primeiro encontro. -ela deu uma pausa, como se estivesse escolhendo as palavras -aquela maldade e desejo de vingança que existia nos olhos dele, sumiam assim que ele te via, ele poderia negar, mas eu o conhecia suficiente, suas viagens sozinho, suas idas a vila da folha. -ela disse dando um pequeno sorriso como se as lembranças do grupo deles passassem em sua cabeça, recordações felizes, momentos que não vão se repetir.

-Nós duas nos conhecemos em  um momento delicado, eu queria pedir desculpas, por toda essa disputa desnecessária, a escolha nem era nossa, nós duas nos comportamos como crianças, e isso não deve se repetir. -uma luz pareceu surgir em seus olhos -estou disposta a começar nossa amizade do zero, o que você acha?

-Você quer ser minha amiga? -o entusiasmo em seus olhos deixava claro que aquilo era uma boa ideia -eu nunca tive uma, me desculpe por me empolgar demais, de onde eu vim isso não existia.

Confesso que essa informação me deixou muito triste, eu precisava saber mais sobre o seu passado, mas tudo tem o seu tempo.

-Então agora somos amigas, você pode contar comigo para o que precisar, eu vou estar aqui por você. -eu não estava mentindo.

-Eu só preciso de um tempo, sou nova nisso então você terá que me ensinar.

Uma onde de felicidade surgiu no meu coração, em pouco tempo achamos um rio próximo ao lugar onde passaríamos a noite, aos poucos descobrimos que era bom ter a companhia uma da outra, assim que chegamos ao acampamento nos deparamos com os meninos nos encarando, como se fossemos duas  estranhas.



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