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História Salted Wound - Revelações


Escrita por: Neutra-chan

Notas do Autor


Oiie galera, bem vindos ao último cap do ano !!!

É, eu sei ainda falta muitos dias, mas infeliezmente esse é o último, deixa eu explicar. No próximo final de semana estarei indo viajar. Eu levo uma semana para escrever dois caps ( das minhas duas fic em andamento ) Só que com a viagem, terei muita coisa para fazer semana que vem, e então não conseguirei escrever dois caps, por isso só atualizarei a minha terceira fic ( Omissão Sentimental ). Dei preferência a ela porque ela está mais atrasada que essa. Então boas festas, espero ve-los ano que vem e... NÃO SE ESQUEÇAM DE MIM.

OBS: Para quem acompanhou minha fic Me dê amor, nessa viagem, estarei escrevendo o epílogo que prometi. Outra coisa, me seguem, assim estarei avisando quando sairá o próximo cap.

Bjinhos e até lá !!! ❤❤

Capítulo 13 - Revelações


~ Leem as notas !!! PLEASE ~

Salted Wound.

Já se fazia uma semana em que havia escolhido ficar ao lado de Madara, e posso afirmar que não me arrependo. Ele vem me tratando bem desde então. Deu-me um quarto, cuida bem de mim, e conversamos bastante.

Nosso começo não foi uns dos mais perfeitos, mas nos damos bem. Ele soltou Rin e Konohamaru, por eu ter ficado com ele. E, uma das coisas mais importantes, não pede, e nem bebe meu sangue.

Cheguei a conclusão de que gostaria de ficar ali por longos anos. Amava minha tia, poderia voltar a morar com ela, mas estava feliz ali.

- E então, como se sente ? – perguntou sentando ao meu lado. Olhava atentamente para o corte a da minha mão, mas apesar disso, não sentia medo.

- Bem, você sabe que sou um pouco atrapalhada – respondi dando um riso fraco ao final.

- Quer mais do meu sangue ? -perguntou já indo morder o próprio pulso novamente.

- Não precisa, logo o ferimento se fecha – disse passando um pedaço de gases para eliminar o sangue. – Aliás, obrigada.

- Foi nada – falou levantando-se. – Vou pegar sangue, quer um pouco ?

- Não, obrigada. Acho que beber sangue de um original com mais de quinhentos anos, vai me sustentar por uma semana – respondi. Vi um sorriso se formar em seus lábios.

Se retirou, me deixando sozinha. Andei até o banheiro, deixando a água cair na ferida e dar uma ardida. Depois sequei e fiz um curativo. Deixei o banheiro, voltando para a sala, encontrando o moreno lá novamente.

- Haruno, sente-se aqui por favor – Madara pediu tomando um pouco da bebida avermelhada na xícara. Aproximei-me, sentando em seu lado.

- O que foi ? -perguntei curiosa.

- Me responda com sinceridade, tem vontade de voltar para meu sobrinho ? – perguntou novamente bebendo.

- Não, não tenho uma mínima vontade – respondi olhando ao redor. – Madara, você não tem sede do meu sangue?

- Tenho, mas não posso beber, então eu controlo essa sede – respondeu se levantando, parecia ir para a cozinha. – Mais alguma pergunta?

- Não – respondi e logo fui deixada sozinha.

Liguei a TV para passar o tempo, na maioria das vezes ficava sozinha naquela enorme casa, mas aos poucos me acostumava.

Fiquei vendo uma maratona que estava passando na TV, mas logo minha atenção foi roubada por um outro Uchiha entrando na casa.

- Obito, aonde estava ? – perguntei sem tirar os olhos da televisão.

- Caçando, pretendo fazer uma dieta – respondeu. Olhei para ele desconfiada, regime?

- Dieta de que ? – levantei-me, agora indo até ele.

- Sangue humano – pegou algo numa sacola e estendeu para mim. Para ser exata, um esquilo morto. – Vai um esquilinho?

- Sai fora, deve ser nojento – respondi fazendo uma careta.

- Não é não, prova – disse esticando ainda mais o braço.

- Não obrigada, já tive que tomar sangue do Madara hoje, deu minha cota – falei voltando para o sofá. – Ah, outra coisa, pode tirar isso daqui ? Tá querendo fede.

- Levarei para o porão – falou já arrastando o saco para o local.

Voltei a ver TV até a hora do jantar. Fiz um strogonoff de frango, algo que amava, para a janta. Depois sai para andar na floresta que tinha perto da mansão com Obito, era legal.

Logo voltamos, e fomos cada um para seu quarto. Tomei banho, fiz minha higiene pessoal e coloquei uma camisola fresquinha, o calor estava de matar.

Levei um tempo para dormir, mesmo ele tendo feito oque fez, era difícil... Tinha me apegado muito à ele.

Na manhã seguinte, troquei-me, colocando um vestido branco de alcinha e arrumei a casa, contra a vontade de Madara, ele dizia que eu não era empregada para fazer serviços domésticos.

Fiz um café da manhã com panquecas, bacon, suco e sangue... Isso acontece quando se mora com vampiros.

- Vou sair, tenho algumas coisas para resolver – Madara avisou já caminhando até a porta e logo passando por ela.

- Tenho que terminar de arrumar meu guarda roupa – Obito falou com a voz já cansada. – Qualquer coisa, me grita, ok?

- Ok – respondi já indo lavar a pequena louça que tinha se formado. Ao final resolvi ir para o meu quarto. Atravessei a casa, mas acabei escutando um chiado ao passar pela a porta do porão.

Isso não era normal, mas como havia bebido o sangue de Madara, se tornava possível. Desci a escada, e encostei meu ouvido na porta, podendo ouvi claramente um choro.

Forcei a maçaneta, e logo a porta deu passagem para mim. Adentrei o local aonde ficava as selas, aonde eu estava poucos dias atrás.

Andei pelo o corredor, logo encontrando uma sela com uma pessoa aprisionada. Rin. A morena estava toda acorrentada, apenas com uma blusa comprida que parecia um vestido. Toda machucada e com uma corda na boca.

- Rin! – exclamei já pegando duas grades e as amassando. Aproximei-me dela, desamarrando a corda de sua boca. – O que aconteceu, por que esta aqui?

- Madara me prendeu – respondeu como num sussurro, aparentava estar fraca.

- Mas ele disse que havia lhe soltado – falei pensando no caso. – De qualquer forma, vou lhe tirar dai.

- Não, você tem que ir embora – gruiu de dor. – Madara disse oque pretende fazer com você... Você tem que ir.

- Não pense que eu te deixarei aqui Rin – retruquei já arrancando uma corrente de seu corpo.

- Ele vai te matar – sussurrou fraca.

- Tanto faz, já perdi muita coisa nessa vida, minha única prima não vou deixar... No mínimo você tem que viver – falei já estourando uma outra corrente.

- Sakura, aonde esteve esse tempo todo ? – perguntou.

- Aqui, estive morando aqui, sinto muito por não ter vindo aqui mais cedo – respondi já me lamentando.

- Não se preocupe, só temos que sair daqui... Juntas – disse dando um sorriso, quando eu finalmente terminei de tirar todas as correntes de seu corpo.

Me preparei para apoiar um de seus braços em meu ombro, mas somente senti uma pancada em minha nuca e logo cai, indo de encontro ao chão. Logo tudo escureceu.

Acordei com uma ardência no rosto. Abri os olhos lentamente, vendo a palma da mão de Madara em minha frente. Não precisei olhar, mas já pude sentir correntes em meu tornozelo.

- Olha, a vadia acordou – ouvi ele dizer. Levei meus olhos mais para cima, vendo Madara me encarando, com um sorriso diabólico no rosto. – Desculpa a palavra, mas é isso que eu vejo.

Olhei para meu corpo quando ele disse isso, e fiquei apavorada de imediato. Estava vestindo um sutiã branco e uma saia verde. Podia se ver vários hematomas por todo meu corpo, principalmente pela minha barriga e coxa.

- O que fez comigo ? – perguntei tremendo.

- Nada demais – respondeu balançando os ombros. – Apenas lhe dei algumas mordidas pelo o corpo, sem beber do seu sangue, claro. Algumas chupadas e tapas.

- Por que tá fazendo isso comigo ? Me mata logo ! – perguntei já chorando.

- Você achou a Rin. Sabe, eu estava esperando um tropeço seu, para poder beber todo seu sangue – respondeu me rodeando.

- Não tenho culpa do que meu pai fez... Mas, se me matar vai acabar com sua raiva, vai em frente – falei com a cabeça erguida.

- Seu pai, minha querida, matou minha filha na minha frente, você não tem noção da dor que é – disse pegando meu queixo e o apertando com força.

- Agora entendi – soltei um sorriso, debochado. – Quer me matar, para causar dor do meu pai. Olha querido, sinto muitíssimo, mas meu pai já está num caixão... Pelo o seu sobrinho.

- Verdade – sorriu também. – Diga-me Sakura, como é ter os pais mortos pela a pessoa que ama ?

Estava indo bem. O irritando. Mas isso acabou comigo. Encurvei a cabeça.

- Horrível – sussurrei com as lágrimas vindo com mais força. Senti meu pulso ser puxado pela corrente, queimando. Droga de ferro. – Ah!

- Odeio lágrimas querida – disse se aproximando, enquanto colocava suas presas para fora. – Se for pra ver algo escorrer... Prefiro que seja seu sangue.

Senti seus dentes penetrar minha pele perto do meu busto. Ele sugava sem uma mínima dó. Colocou uma mão atrás de minhas costas para fazer pressão.

E logo soltou-me, mas somente para puxar ar, porque logo voltou e me morder. Senti minha visão falhar, quanto ia desmaiar, senti novamente um outro tapa no rosto.

- Nem pense em morrer ! – gritou com a boca cheia de sangue... Meu sangue. – Fica aí.

Saiu, me deixando sozinha enquanto meu pulso ainda queimava. Fiquei respirando fundo, como forma de acalmar-me, só que não adiantou muito, logo ouvi um barulho alto vindo andar de baixo.

Segundos depois vi uma figura de um homem na porta. Apertei meus olhos, tentando forçar minha vista para poder enxergar, mas não adiantou nada.

- Sakura! – o homem exclamou, e então eu pude finalmente reconhecer quem era.

- Itachi ? – perguntei vendo o mesmo correr a até mim. E arrancar as correntes que torturavam meus pulsos. – O que está fazendo aqui?

- Lhe salvando – respondeu arrancando sua jaqueta e me cobrindo. – Vamos, temos que sair daqui – disse já me pegando no colo.

- Não espera, minha prima está em algum lugar, o nome dela é Rin... Tem que tira-la daqui primeiro – falei com ele já pulando a janela.

- Ela já está bem, Shisui levou-a para um lugar seguro – disse já começando a correr em sua velocidade sobrenatural. – Sakura, morda meu braço e beba um pouco de sangue.

- Para onde está me levando ? - perguntei querendo desfocar aquele assunto.

- Um lugar seguro – respondeu. – Agora beba!

Não discordei. Mordi seu braço e bebi um pouco de seu sangue. Até porque, estava morrendo.

Fiquei de olhos fechados, estava fraca. Sentia minha pressão lá em baixo, e que a qualquer momento poderia desmaiar.

- Chegamos – exclamou me fazendo abrir os olhos. Era um tipo de base, com o símbolo do tal leque em todo lugar. Também tinha um trono, no final do salão.

- Que lugar é esse ? – perguntei enquanto ele me levava ao fundo do local, me colocando no trono.

- O esconderijo da minha família – respondeu. – Está segura aqui. Não saia, espere alguém vim lhe buscar.

- Itachi... Você sabe que meu pai matou praticamente toda sua família né? – perguntei triste. Considerei seu silêncio um sim. – Por que foram me ajudar ?

- Esquece isso Sakura, você é nossa amiga – repreendeu-me acariciando meu rosto. - Conversamos sobre isso depois, Sasuke precisa de mim.

- Cadê ele ? – perguntei. Apesar de tudo, fiquei preocupada por um momento.

- Lutando... Com o Madara – respondeu desviando seu olhar dos meus olhos. – Tenho que ir.

- Só mais uma coisa – sussurrei. Ele novamente olhou para mim. Olhei no fundo de seus olhos, dando a certeza de que se eu não fizesse aquilo, me arrependeria.

Selei nossos lábios lentamente. Pude perceber sua surpresa, mas logo levou suas mãos até meu pescoço, aprofundando o beijo ainda mais. Consegui sentir diferença desse beijo para o outro... Era mais gostoso, com certeza. E claro, ansiávamos por aquilo a tanto tempo, que não nós importamos com nada, apenas aproveitamos. Ao final, ele grudou nossas testas.

- Esse sim foi real – sussurrou. Sorri, mas no piscar de olhos ele não estava mais lá.

Sai do trono e fui para atrás dele, no mínimo me escondida.

Não sei quanto tempo fiquei ali, talvez umas duas horas. E nesse tempo, só fiquei com a cabeça apoiada no concreto do bendito trono.

Aleatoriamente, ouvi um barulho, passos talvez, não sabia exatamente.

- Sakura, saia dai por favor – minha respiração pesou ao ouvir sua voz. Raiva, tristeza, saudade, tudo se misturou.

- Vai embora Sasuke... Não quero falar com você – falei abraçando minhas pernas.

- E quando vai falar ? – perguntou. – Vai fugir dessa conversa até quando Sakura?

- Até você me deixar – respondi já soluçando. – Não pense que os momentos que passamos juntos eu vou esquecer, foram bons, mas acabou tudo. Eu amei você, me apaixonei por você em uma semana... Me entreguei pra você... Mas, você arrancou algo muito valioso de mim – tentava a todo custo parar as lágrimas, porém elas não sessavam. – Eu cresci sem meus pais Sasuke, por culpa sua. Por culpa sua eu não tive um pai para me mimar, uma mãe para me ajudar nas dificuldades, eu não tive nada, NADA! Tem noção da dor de viver sem os pais ?!

- Sim, infelizmente sim – respondeu e em seguida pude ouvir um gemido. – Madara só quis nos separar, ele queria causar dor em nós dois, e conseguiu.

- No mínimo ele me contou a verdade – falei, ouvindo uma risada dele. – Por que riu ?

- Porque estou sentindo o sangue que escorre do seu busto daqui. E mesmo assim você defende ele, boa Sakura – respondeu.

- Não estou defendo. Apesar do meu corpo está completamente fudido, ele me deu uma prima, e abriu meus olhos – falei tampando o local da mordida. Olfato bom. – Por quanto tempo ia esconder isso de mim ?

- Até eu estar preparado para possivelmente te perder. Mas, você não sabe da história toda, nem ao menos me deixou o explicar o motivo de eu ter feito aquilo.

- Porque não tem motivo – interferi sua fala. – Não há explicação para ter matado meus pais, minha família.

- Tem sim, e isso Madara não ti contou. Sakura, seu pai matou minha mãe – arregalei os olhos os olhos com a informação. – Anos depois ele voltou e acabou com meu pai. Madara tinha mandado eu matar toda a família Kizashi, mas você eu não consegui.

- Está blefando – falei. Logo um papel todo amassado em forma de bolinha foi jogado e parado em minha frente. Ousei e abri, vendo o mesmo papel de quanto me mudei pra casa do moreno. Um desenho em forma de coração, escrito Susuke. – Por que me deu isso ?

- Devolvendo pra dona – respondeu. Olhei de canto. – Quando seu carro capotou, há dezessete anos atrás, milagrosamente você sobreviveu. Iria te deixar lá pra morrer, mas o seu choro era forte, como o cheiro do sangue. Infelizmente uma troca de olhares foi o suficiente para você se apegar a mim, mas não podia ficar com você, não teria sobrevivo, então deixei-te com a Tsunade. Alguns anos depois eu comecei a te vigiar, mas um dia você me pegou te olhando, me deu esse desenho, e implorou para eu ti levar junto, só que ainda não estava pronta, então apaguei suas memórias de mim... E continuei a te olhar sempre que podia. Eu sei a dor de perder um pai e uma mãe, e quando Madara me deu aquela missão, não pensei duas vezes.

Me inclinei para o lado, colocando somente minha cabeça para fora da cobertura. Vi Sasuke sentado no chão e encostado na parede, sua blusa branca tinha uma enorme marca de sangue. Estava com a cabeça inclinada para cima, e seus olhos estavam fechados.

- Me perdoa... – falou e eu voltei a minha posição anterior. – Por tudo. Por ter matado seus pais, por não ter te contado a verdade, mas eu tinha medo de você me deixar. Não sou um bom amante, tentei negar isso, mas eu te amo. Talvez já te amasse desde que resgatei-te, não sei dizer.

Respirei fundo três vezes, e na quarta me ergui, ficando de pé. Andei até ele lentamente, sem desfocar os olhos dele. Parei em sua frente, e analisei seu rosto, logo suas pedras ônix brilharam para mim.

Ficou um vácuo no ar. Não tinha coragem de falar nada. Mas meu pensamento fez uma pergunta tentadora.

Perdoa-lo e me entregar ao seu amor, ou negar perdão e forçar meu coração a odiá-lo?


Notas Finais


Desculpem qualquer erro !!!


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