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História Sálvame - Capítulo 15


Escrita por: tiniwmila

Capítulo 16 - Capítulo 15


No outro dia, León acordou com seu corpo todo dolorido, não se lembrava de quão ruim era dormir em seu sofá e fez uma anotação mental de que precisava comprar um novo. Um barulho na cozinha o fez levantar rapidamente, ainda meio sonolento caminhou até a cozinha. Arregalou os olhos quando viu Violetta preparando o café da manhã, olhou para o relógio na pendurado na parede e depois para ela, não esperava que ela iria acordar tão cedo.

- Bom dia?

- Bom dia! - Violetta se virou para ele com um sorriso no rosto. - Espero que goste do que fiz, é simples, mas é um agradecimento por ter me deixado dormir aqui.

León observou a mulher a sua frente, parecia totalmente diferente da Violetta frágil que tinha chorado em seus braços ontem a noite.

- Sou eu quem tem que agradecer por ter a sua presença aqui. - Ela sorriu de canto e se sentou a a mesa indicando para que León sentasse a sua frente. - Como você está?

- Estou bem. - O sorriso dela mostrava que ela estava bem, mas León já a conhecia o suficiente para saber que ela estava mentindo. - E você? Como foi a noite no sofá?

Violetta serviu um pouco de café para ambos enquanto perguntava.

- Foi... - León virou um pouco o pescoço para o lado, fazendo com que estralasse. - Horrível, preciso trocar de sofá urgente. - Ele sorriu de canto vendo que ela segurava a risada.

- Você não precisava ter passado a noite no sofá, poderia ter ficado em sua cama, a casa é sua.

- Não, eu não deixaria você dormindo no sofá.

O sorriso malicioso de Violetta se abriu lentamente.

- E por que não poderíamos dormir juntos? Sua cama é grande, cabe nós dois.

- Claro que poderíamos, só não quis, invadir o seu espaço ontem.

León gaguejou em sua justificativa, com sua mente fértil imaginando diversas coisas, Violetta percebeu o jeito que ele ficou e mais uma vez segurou a risada, aproveitando para mudar de assunto. E mais uma vez, o café da manhã passou rápido como sempre quando eles estão juntos, eles ficavam confortáveis um com o outro e mesmo com a situação da noite anterior ou com os acontecimentos passados, parecia que nada mudava entre eles e se fosse pelos dois, poderiam ficar juntos dessa maneira para sempre. Mas não depende apenas dos dois. Após a louça, que León insistiu em lavar já que Violetta tinha preparado toda a mesa para os dois, ela pediu para que ele a levasse até o hospital para que ela visse seu pai. Alguns minutos depois, ambos estavam no carro, a caminho do hospital.

- Você quer falar sobre ontem a noite? - León desviou rapidamente o olhar para Violetta depois voltou a rua a sua frente.

- Não tem muito do que falar León.

- Você sabe que não vou deixar você voltar para sua casa sozinha não é? Vou ficar do seu lado. - Ele parou o carro no sinaleiro e se virou para Violetta. - Não quero você perto do Tomás.

- Nem eu quero ficar perto dele. - Ela cruzou os braços, desviando o olhar. - Mas não é fácil desse jeito, ele vai vir atrás de mim e vai...atrás de você também.

León respirou fundo, queria dar atenção a Violetta mas o sinal ficou verde e ele voltou a olhar a estrada.

- Eu sei me cuidar Violetta, estou preocupado é com você!

Ela não respondeu, ficando em silêncio por um tempo, León a olhou pelo canto do olho e ela estava prestando atenção em algo do lado de fora do carro.

- Já imaginou o que você seria se não fosse militar? Eu acho que seria cantora, meu pai sempre disse que eu canto bem e eu arraso no karaoke, mas e você, sabe cantar?

Mudando o rumo da conversa, tipico da Violetta quando ela não quer mais falar sobre algum assunto e León sabia disso, então suspirou, ele queria falar sobre a situação com Tomás, mas também não queria forçar.

- Sinceramente, não sei o que eu seria, meu sonho sempre foi ser militar. - Violetta soltou um "ah" meio baixo. - E não sei se canto bem, só canto no banho e olhe lá.

- Podíamos ir a um karaoke qualquer dia desses, o que acha? Ludmila canta super bem, poderíamos chamar ela também, Fran e Diego cantam?

León franziu a testa e olhou para Violetta que agora estava sorrindo enquanto olhava ele, como ela mudava de humor tão fácil? Era algum superpoder que ela tinha requerido com o passar do tempo?

- Claro que podemos ir a um karaoke, mas não sei se eles cantam, Diego tem cara de quem odeia cantar.

- Não, Diego tem cara de quem canta para conquistar uma garota e você também.

- Você acha que eu preciso cantar para conquistar uma garota? - Violetta ficou pensativa. - Vou reformular minha pergunta. - Ele aproveitou mais um sinal vermelho para se virar na direção dela. - Eu precisei cantar para te conquistar doutora?

Violetta se aproximou de León, mordendo o lábio inferior enquanto o olhava.

- Fazia tempo que não me chamava assim.

Ela levou sua mão até o pescoço dele e puxou o rosto dele para perto do dela, o provocando. Ela iria beija-lo, mas o barulho da buzina do carro de trás fez eles se afastarem depressa e se recomporem e seus lugares.

- Respondendo sua pergunta, não, você não precisou cantar, mas quem sabe em uma outra vida você não me conquistou fazendo uma serenata. - León riu fraco.

- É, acho que eu faria uma serenata para você. - Ele desviou o olhar para ela. - Eu faria qualquer coisa por você.

Violetta chegou a perder o fôlego e León riu da expressão que ela fez e voltou a sua atenção a frente, já estavam quase chegando. Violetta piscou algumas vezes só para garantir que não estaria sonhando, León deveria ter algum defeito, não era possível. Tudo entre os dois estava muito bom para ser verdade...ou um relacionamento normal é assim?

- Muito bem, chegamos ao seu destino senhorita.

- Não vou demorar muito, só quero ver como ele está. - León olhou confuso para ela. - Você não disse que iria ficar ao meu lado? - Ela perguntou enquanto sorria, fazendo ele sorrir também.

- Vou estar aqui, esperando você voltar.

León foi surpreendido pelo beijo repentino que Violetta lhe deu, até ficou meio desnorteado, aquela mulher sabia como mexer com ele.

- Não quer que eu entre com você? - Ele perguntou quando seus lábios ainda estavam próximos aos dela.

- Não precisa, é coisa rápida, vou ver ele e depois procurar o medico para saber sobre ele.

León balançou a cabeça concordando e Violetta deu um selinho nele antes de sair do carro e seguir para dentro do hospital, desta vez com um sorriso no rosto e cumprimentando quem encontrava pelo caminho, chegando rapidamente até o quarto de seu pai.

Mas assim que passou pela porta, seu corpo travou no lugar, se arrepiando por inteiro.

- Por que não fecha a porta para conversarmos melhor?

Seu corpo não a obedecia, ela queria sair correndo do quarto, mas a visão de Tomás sentado na poltrona ao lado da cama onde seu pai estava, parecia que a deixava impossibilitada de fazer qualquer coisa.

- Só quero conversar, então feche a porta.

Violetta engoliu seco e devagar fez o que ele tinha dito, mas se manteve encostada na porta, mantendo uma distancia entre os dois.

- Pronto, o que quer conversar? - Ela forçou um sorriso mas sentia seus lábios tremerem e provavelmente Tomás podia ver isso.

- Podemos começar com você me dizendo o que fez depois da nossa ultima conversa. - Ele se levantou e em passos lentos caminhou na direção de Violetta. - Me contar onde passou a noite.

Tomás observou a mão dela segurando a maçaneta da porta e revirou os olhos.

- Tire essa mão dai agora! - Violetta fez o que ele mandou no mesmo momento. - Então, vai me contar? - Ele parou a frente dela e cruzou os braços, a encarando de cima a baixo. - O que foi? O gato comeu sua língua? Ou não consegue contar ao seu marido que estava traindo ele?

- O quê?

- Eu não sou idiota, segui você quando disse que viria até o hospital, você veio, mas depois foi correndo para os braços daquele babaca.

- Não fala assim dele! - Tomás explodiu em gargalhadas, fazendo Violetta recuar o máximo que pode. - Não aconteceu nada do que você está pensando, León é só meu amigo.

- Você acha que eu vou acreditar que você passou a noite na casa dele e não aconteceu nada?

Violetta deu de ombros.

- Você acredita no que quiser, mas não aconteceu nada!

Violetta fechou seus olhos com força no momento em que Tomás a agarrou pelos cabelos, trazendo ela para perto dele.

- Você está me mentindo! Me traiu e ainda não tem coragem de dizer!

Ele largou o cabelo dela para desferir o primeiro tapa em seu rosto.

- Como você pode Violetta? - Tomás a segurou pelos braços, balançando ela com força. - Eu dou tudo que você quer! E você me trai dessa maneira? - Ele encarou ela, esperando uma resposta. - Está pensando na merda que você fez? Imagina o que seu pai iria pensar sobre isso! Seus amigos! - Violetta já nem tentava controlar as lágrimas que desciam. - Você não tem vergonha?

O silêncio dela já estava começando a irritar ele, respirou fundo e a soltou, jogando contra a porta. Violetta se encolheu escorregando até o chão. Se ela gritasse alguém iria ouvir?

- Minha querida, eu só quero entender o motivo de você fazer tudo isso... - Ele se abaixou a frente de Violetta e tentou tocar em seu rosto mas ela se esquivou. - Falta de dinheiro? Atenção?

Desta vez ela não se afastou e ele encostou no rosto dela suavemente, secando suas lágrimas. Tomás se levantou e esticou sua mão, Violetta franziu as sobrancelhas, confusa, mas ele sorriu, esticando um pouco mais a mão deixando mais perto, Violetta sorriu e segurou a mão dele, sendo levantada em segundos e ele então a abraçou, Violetta suspirou aliviada, não estava esperando isso dele. Tomás se afastou e levou suas mãos até as dela, depois subiu, segurando em seus braços.

- Faltou amor?

Violetta arregalou os olhos com a pergunta e com a maneira que a voz dele parecia diferente, como se ele estivesse arrependido. Ela abriu a boca para responde-lo, mas ele a interrompeu.

- EU NÃO DEI A PORRA DO AMOR? - Tomás segurou o braço dela com força e a balançou sem nenhum cuidado enquanto gritava. - ME RESPONDE VIOLETTA!

Sua costas bateram tão forte contra a porta que ela pode ver a sala rodar, ainda estava tonta, nem prestando atenção que ele se aproximava e em segundos, se ouviu o estalo de outro tapa qu ele desferia em Violetta.

- Tudo bem, você não quer falar por bem, vou obrigar você.

Violetta abriu um sorriso de canto, em deboche, o que ele poderia fazer? Bater nela? Já estava acostumada. Mas para a infelicidade de Violetta, Tomás tinha consciência disso e já tinha um plano em mente. Retirou sua arma da cintura e apontou para o pai de Violetta, inconsciente, na maca fazendo Violetta perder o fôlego.

- Agora, me responda, você me traiu com aquele merda do León?

Ela continuou quieta, ele não teria coragem de fazer isso. Mas no momento que ele puxou o repartimento da arma para trás indicando que estava a arma estava carregada e pronta para atirar, o desespero bateu.

- Sim! - Ela disse depressa. - Sim...

Fechou os olhos em alivio quando ele guardou a arma novamente em sua cintura.

- Não entendi, o que disse?

- Sim, eu trai você com o León. - Ela continuou de olhos fechados, temendo o que ele poderia fazer.

- Vamos para casa! Lá conversamos melhor!

Tomás segurou no braço direito de Violetta e saiu do quarto a puxando consigo, ela tentava se soltar, mas ele a força dele era maior que a dela. Algumas pessoas olhavam aquela situação mas ninguém se atrevia a se meter no meio, em razão disso, Violetta nem tentou pedir ajuda, quem seria doido em enfrentar ele não é? Ela apenas chorava enquanto ele a arrastava para fora do hospital.

- Viu? Ninguém te ajudou, porque todos sabem que eu sei o que é melhor para você, a unica que não entende isso é você!

Violetta tentou se soltar mais uma vez, mas sem sucesso, até tentou chutar ele, mas parecia que estava sem forças, sem vontade de se soltar. Talvez no fundo seu corpo sabia que ela não queria mais lutar contra ele, era inútil, sempre foi e não era agora que iria mudar, então parou, olhando para Tomás que tinha seu sorriso vitorioso no rosto.

- Violetta! - Ela virou a cabeça na direção das vozes em uníssono que a tinham chamado.

Ludmila! E León! Seu coração acelerou e uma pontinha de esperança surgiu dentro dela, mas depois percebeu que os dois só iriam piorar a situação.

- Larga ela! - Violetta nunca tinha visto León tão bravo daquela maneira.

E enquanto ele corria na direção dos dois, Tomás trouxe Violetta para perto dele para sussurrar em seu ouvido.

- Isso não acaba aqui minha querida... - Depositou um beijo na bochecha dela. - Ainda vou encontrar você e seu...amigo, León. - No mesmo lugar que antes tinha dado um beijo, ele deu um tapa, pegando Violetta de surpresa.

Em sua última ação antes de sair correndo para seu carro, Tomás jogou Violetta com toda sua força contra o chão. León queria pegar seu carro e ir atrás de Tomás, ele não podia sair impune de tudo o que faz, mas seu amor por Violetta o fez parar a frente dela, ver o sangue escorrendo por seu braço o deixou apavorado, mas o pior era ver o olhar dela, não era o mesmo, as lagrimas escorrendo por seu rosto, agora vermelho pelo tapa, deixava tudo pior. Ele iria abraça-la, mas não sabia como ela iria reagir.

- Você está bem? - Ludmila se aproximou dos dois e se abaixou segurando no braço de Violetta, subindo a manga para poder ver melhor.

- Foi só um arranhão. - Ela puxou seu braço de volta e baixou a manga, escondendo a região do braço com a outra mão. - Eu estou bem.

- Não, não está. - León prontamente respondeu. - Ele acabou de jogar você contra a calçada, queria fazer o mesmo com ele mas de preferencia na frente de um carro.

- Não é hora. - Ludmila disse a León e depois voltou sua atenção a Violetta. - Mas ele está certo, o que ele fez com você lá dentro?

Violetta passou a balançar a cabeça de um lado para o outro, como se negasse tudo.

- Nada, ele não fez nada. - Ela respondeu baixinho. - Eu só tropecei, deve ter alguma pedra solta na calçada e acabei arranhando meu braço, nada demais.

León ficou abismado com a facilidade que ela mentia, se ele não tivesse visto o que aconteceu, teria acreditado nela.

- Nada demais? - Indignado, León se levantou. - Eu deveria ter entrado com você! Não poderia imaginar que ele estaria lá dentro, mas deveria!

Ludmila segurou na mão de Violetta tentando passar confiança e ajudou ela a se levantar, olhou para os lados para ver se não tinha ninguém por perto, mas estava vazio. Então abraçou Violetta, se segurando para não chorar junto com ela, que parecia desabar em seus braços.

- Podemos ir para minha casa. - Ludmila sugeriu. - Deixo meu carro aqui e você nos leva, pode ser?

León concordou, mas não conseguia tirar os olhos de Violetta, se martirizando por não ter entrado junto com ela. E se Tomás tivesse feito algo pior? Ele abriu a porta de trás do carro para Violetta, que entrou evitando olhar para ele.

- Por que você não vai atrás com ela e eu dirijo? - Ludmila perguntou parando na frente de León. - Você parece mais em choque do que ela.

- Eu nunca tinha visto ele...batendo nela. O jeito que ela fica perto dele, nem tenta reagir. - León falou baixo para que Violetta não escutasse. - Pareceu que ela desistiu de tentar.

-León, isso não é fácil, nem para nós, quem dirá para Violetta. - Ludmila desviou seu olhar para Violetta sentada dentro do carro. - Talvez ela tenha desistido, mas nós vamos ajudar ela, agora, me de a chave. - Ela esticou a mão onde León colocou a chave do carro.

Já sentado ao lado de Violetta ele não sabia o que fazer, abraçava ela? Tentava conversar? Se sentia imponente, viu Tomás bater nela em sua frente e não pode impedir, ele estava se sentindo horrível e tentava imaginar como ela estava se sentindo. Calmamente ele se aproximou de Violetta e passou seu braço em volta dela, que se aninhou em seus braços. Foi impossível não lembrar da noite anterior.

- Como você está se sentindo? - Ele perguntou alguns minutos depois.

- Já disse antes, estou bem. - A voz serena dela, o surpreendeu. - Sei que pode não parecer, mas essa está entre as situações, menos conturbadas.

- Isso não me conforta. - Ela soltou uma risada bem fraca.

- Mas me conforta, além disso, vocês apareceram para me salvar.

Violetta levantou a cabeça para poder olhar León, que tinha um olhar apreensivo sobre ela.

- E-eu podia ter feito mais, deveria ter feito algo antes e eu. - Violetta levou seu dedo indicador sobre a boca de León fazendo com que ele parasse de falar.

- Você já fez mais do que qualquer um León, e eu agradeço muito.

Ela deu um beijo suave nos lábios dele e depois abriu um sorriso tímido. Se León soubesse de todas as vezes que ela tentou acabar com todo o sofrimento, mas ela não conseguia porque pensava na possibilidade de ser feliz com ele, não falaria dessa maneira. Violetta novamente se ajeito nos braços de León, onde sabia que estava segura.

- Ludmila? - Violetta chamou a atenção da loira que a olhou pelo retrovisor. - Pode fazer um favor para mim?

- Se estiver ao meu alcance, sabe que eu faço.

- Pode, por favor, não contar a ninguém sobre o que aconteceu hoje? - Ludmila olhou para León que estava tão surpreso quanto ela.

- Sim...

- Promete? - Ludmila respirou fundo antes de responder.

- Sim, eu prometo. - E sorriu ao final da frase, tentando dar conforto a Violetta.

Ela sorriu, fechando seus olhos, sempre ficava cansada quando algo daquela maneira acontecia, não era por menos. Mas Ludmila e León trocaram olhares pelo retrovisor, ambos planejando o que fariam para acabar com toda aquela situação.



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