1. Spirit Fanfics >
  2. Salvando Severus Snape >
  3. Me deixa tentar ser algo a mais na sua vida

História Salvando Severus Snape - Me deixa tentar ser algo a mais na sua vida


Escrita por: CHPotter

Notas do Autor


Alguém sentiu falta dessa historinha?

Hoje o capítulo tá meio grandinho, mas acho que vale a pena ler.

Espero que gostem...

Capítulo 3 - Me deixa tentar ser algo a mais na sua vida


Fanfic / Fanfiction Salvando Severus Snape - Me deixa tentar ser algo a mais na sua vida

01 semana depois…


Severus fugia de mais um grupo de alunos. Dessa vez eles eram de sua própria casa, que o perseguiam apenas por ele ser mestiço. Para eles não era importante que ele fosse ótimo em Poções ou DCAT ou que ele fosse ambicioso como eles. O mais detestável era que ele tinha sangue trouxa correndo em suas veias e isso era abominável para a Sonserina.

Enquanto fugia, lembrava de quando chamou Lílian, sua melhor amiga, de sangue ruim. Era meio hipócrita ele chamá-la assim quando ele mesmo era meio trouxa. Pediu desculpas e ela o desculpou totalmente porque entendeu toda a situação. Ela sempre dizia que entendia o que o desespero, o medo e uma pressão psicológica fazem com uma pessoa. E pensar que a pessoa que fez ele fazer tudo aquilo é a mesma pessoa que hoje o defende e o salva de diversas situações indesejáveis.

A única coisa que o sonserino tentava entender em toda essa história era porque James estava fazendo tudo aquilo. Foi tudo tão inesperado que ele não estava sabendo lidar e uma coisa que Severus adorava era ter o controle das coisas e saber sempre o que fazer independente da situação. Por isso tudo aquilo era considerado tortura demais para Snape.

Estava tão envolvido na fuga e nos seus pensamentos que nem percebeu quando alguém o puxou para dentro de uma sala qualquer. Ia gritar quando ouviu a voz daquele grifinório que habitava sua cabeça, o deixando perdido:

-Calma! Sou eu!

-Potter? O que está fazendo aqui?

-Eu vi você correndo. Sabia que você viria pra cá. Por isso utilizei uma outra entrada secreta que eu conheço e cheguei primeiro que você pra te tirar do encalço daqueles meninos. Por que eles estavam te perseguindo?

-Não é da sua conta.

-Pelo tamanho do cavalo, pensei que o coice ia ser maior.

-O que disse?

-Nada!

-Eu ouvi muito bem o que você disse. Me chamou de cavalo.

-Eu já falei que eu amo cavalos?

-Você é um idiota, Potter.

Snape ia falar mais alguma coisa, mas Potter pôs a mão em sua boca. Naquele momento ouviram passos e sussurros dos garotos que perseguiam Severus. De dentro da sala, os dois ouviram o grupo de fora falar:

-Pra onde aquele mestiço imundo foi?

-Não sei, Crabble, mas não deve ter ido muito longe. Ele não aguenta correr mesmo.

-É verdade, Goyle! Vamos continuar procurando por ele. Uma azaração a mais nele não vai fazer tanta diferença depois de tantas que o Potter fez.

-É verdade. A única que defende ele é a Evans, outra sangue ruim igual a ele. Os sangue ruim precisam se unir mesmo.

-Que nojo aqueles dois!

Os dois falavam isso em meio a risadas. James e Severus ouviam isso com um pesar no coração. O sonserino, mesmo não falando nada, não gostava de ouvir tudo aquilo que era falado. Por dentro daquela couraça, o jovem ficava totalmente chateado e esgotado de ouvir aquelas coisas.

Já James sentia aquele pesar por saber que, realmente, tudo aquilo era sua culpa. Ás vezes pensava que não adiantava nada tentar salvar o menino de situações que só aconteciam porque ele começara com tudo aquilo. De que adiantava o salvar se ele mesmo era a raiz de todos aqueles problemas? Estava tão preso em seus pensamentos que nem percebeu quando o sonserino começou a se afastar de si. Só percebeu isso quando o ouviu falar:

-Eles já foram, Potter. Podemos sair daqui.

-Não é melhor ficarmos mais um pouco? Só por segurança mesmo.

-E desde quando é seguro ficarmos no mesmo espaço?

-Desde que eu comecei a te salvar.

O sonserino ficou em silêncio, mas percebeu que aquilo era verdade. Desde que Potter começou a defendê-lo, ele não tinha mais medo das pegadinhas dos Marotos, só do resto da escola. Quer dizer, das pessoas que não temem James porque as que temem também não faziam mais nada. Como estava concordando com a fala do grifinório, sentou-se no chão esperando que ele fizesse o mesmo, o que não demorou muito. James sentou-se do lado de Severus atrás da porta. Os dois ficaram em silêncio olhando para a sala vazia. Quem criou coragem para falar algo foi o grifinório, pois ele detestava silêncio:

-Pensei que ia me perguntar sobre a outra entrada secreta.

-O que disse?

-Não prestou atenção no que eu disse mesmo. Não se lembra que eu disse que cheguei primeiro que você porque usei uma outra entrada secreta que conheço?

-Quantas entradas secretas você conhece?

-Várias. Não tenho um número definido, mas sei que são muitas.

-Se são tantas assim, como se lembra de todas elas?

-Por causa do mapa.

-Que mapa?

James coçou a cabeça e deu um sorriso constrangido. Não havia falado antes do mapa com Severus, por isso ele não sabia. Vendo que o sonserino o olhava com curiosidade, começou a respondê-lo para sanar sua curiosidade:

-Eu e os outros Marotos criamos um mapa de Hogwarts. Descobrimos várias entradas secretas e até vemos onde todos estão para nunca sermos pegos.

-Vocês criaram isso? - Severus perguntou surpreso.

-Sim. Nós quatro o criamos.

-Quer dizer que o Lupin criou o mapa e vocês também levaram a fama?

-Claro que não! Todos nós criamos juntos. Não somos tão burros quanto você pensa, Severus.

-É Snape pra você.

-Fala sério, Severus! Eu te salvo inúmeras vezes, te falo sobre o mapa dos Marotos, que é um segredo nosso, você conhece o segredo do Remus e o nosso também e eu não posso te chamar de Severus?

-E você acha que só porque fez isso você se torna um pessoa que tem intimidade comigo? Logo você que começou tudo isso? Se você não tivesse começado com toda essa história de praticar bullying comigo, eu não precisaria me esgueirar por aí como se fosse um fugitivo, não precisava ter medo da minha própria sombra. A minha vida aqui dentro seria muito melhor se não fosse por você, James Fleamont Potter - falou tudo de uma só vez.

James estava totalmente constrangido e triste. Sabia que Severus falava a verdade. Ele já tinha analisado tudo isso milhares e milhares de vezes consigo mesmo. O problema era escutar isso vindo de Severus, o menino que ele amava e que o motivava a fazer de tudo para que ele não se machucasse. Sua vergonha e tristeza eram tantas que ele começou a chorar. De cabeça baixa remoeu tudo aquilo que foi dito e o que não foi dito. Não queria que o outro o visse chorando, mas era inevitável. Snape, que não era tão insensível assim, perguntou:

-O que houve, Potter?

-Não houve nada.

-Então por que está chorando?

-Por vergonha. Eu sei que tudo o que você passa é por minha causa. Eu juro pra você que estou tentando consertar isso mas não consigo. Se eu pudesse eu sofreria tudo isso em seu lugar, mas ninguém faz nada disso comigo. Eu juro que estou tentando, mas eu não consigo acabar com tudo o que fazem com você.

-Por que tem feito isso? - era a pergunta que ele mais queria fazer - Por que tem me defendido? Por que tem me salvado? Por que tem me ajudado? Eu juro que tento entender e achar um porquê, mas não consigo.

James sorriu em meio às lágrimas. Tirou os óculos para secar seu rosto. Levantou a cabeça e olhou para o teto tentando conter as lágrimas. Tudo aquilo era observado por um Severus que estava mais perdido que Sirius nas aulas de poções. Tentando controlar a situação falou novamente:

-Anda, Potter! Fala logo.

-Você não entendeu ainda? Não percebeu?

-Não percebi o quê?

James nem falou mais nada. Somente aproximou um pouco seu rosto do dele e deu um pequeno selar em seus lábios. Foi apenas um pequeno toque, uma mínima coisa, mas que fez um enorme alvoroço nos corações dos dois. James sorria ao ver o quão surpreso estava o garoto à sua frente. Finalmente ele falou:

-Eu quero você, Severus! Eu me apaixonei por você desde que você caiu na pegadinha do Sirius e do Peter, desde que você escondeu o segredo do Remus e o nosso também. Eu observei você e descobri o menino maravilhoso que você é e que eu maltratei durante anos. Eu me arrependo demais de tudo que eu fiz com você. Eu sei que você nunca esquecerá o que eu fiz e isso te dará muitas sequelas, mas eu quero muito construir uma nova história com você. Por favor, Severus, me deixa tentar ser algo a mais na sua vida.

Snape ainda estava totalmente surpreso com tudo aquilo. Ainda não acreditava que Potter estava ali na sua frente se desculpando, o beijando e se declarando para ele. Aquilo era muita loucura de uma vez. Seus olhos arregalados transmitiam exatamente o que sentia e James estava disposto a tentar ajudá-lo a resolver toda aquela questão. Tocou o rosto do sonserino delicadamente e depois em seus lábios, vendo-o fechar os olhos com aquele toque. O grifinório sorriu vendo aquilo e falou baixinho:

-Me dá uma chance, Severus, por favor. Eu prometo que não vou te machucar, que ficarei sempre do seu lado e que sempre te apoiarei em tudo que você fizer ou quiser fazer na sua vida. Prometo que nunca mais deixarei alguém te machucar e nunca mais te machucarei. Prometo te fazer feliz todos os dias e te amar como ninguém nunca te amou.

Snape estava mais sem fala ainda. Tudo estava acontecendo muito rápido demais, mas uma coisa ele não podia negar. James mexia com sua cabeça, mexia com seu coração. Aquilo não deveria ser tão errado. Ou era? Afinal ele era o cara que destruiu sua vontade de ter amigos ou uma vida normal pelo menos na escola. Tentando testá-lo, perguntou:

-Seria capaz de ter algo comigo? Quer mesmo estar comigo?

-É o que eu mais quero, Sev! Eu quero ficar com você, meu sonserino preferido. Se você quiser, eu já saio por aí gritando que eu quero tudo com você. Posso?

-Claro que não! Você não é nem maluco. E não me chame de Sev.

-Então? Quer ficar comigo? Por favor, Sev! Me dá uma chance. Eu sempre te darei o melhor de mim.

Snape pensou bem, analisou todos os lados daquela questão como sempre fazia e chegou a uma conclusão: não custava nada dar uma chance àquele bonito, forte, corajoso e idiota grifinório à sua frente. Como se quisesse confirmar sua decisão, chegou mais perto dele e o beijou delicadamente. James, automaticamente, levou suas mãos até a cintura do outro e o botou em seu colo, aprofundando mais ainda aquilo. O beijo, que começou delicado, virou algo quente e necessitado para ambos os garotos envolvidos naquela situação. As mãos de James vagavam pelas costas de Severus. As mãos de Snape vagavam pelos cabelos bagunçados de Potter. Nenhum dos dois podiam adivinhar que seria tão bom assim. Ao se separarem por precisarem respirar, estavam com enormes sorrisos pelo rosto. James, como se precisasse de uma confirmação, perguntou:

-Isso é um sim?

-Isso é um sim!

James começou a dar inúmeros beijos em todo o rosto de Severus, ouvindo algumas risadinhas vindo dele. Quando ia beijar os lábios dele novamente, o ouviu falar:

-Mas terá algumas regras, Potter.

-Tava bom demais pra ser verdade. Que regras? E me chama de James, ou Jay, ou amor da sua vida.

-Isso só ficará entre nós. Não quero que ninguém, além dos Marotos porque eu sei que você contará para eles, saiba. Outra coisa: não quero demonstrações grandiosas de romantismo. Não gosto disso. E uma coisa que preciso te dizer é que, mesmo que comecemos isso, ainda não confio inteiramente em você. Por isso não me dê motivos para ciúmes. Estamos entendidos?

-Totalmente entendido. Posso voltar a te beijar agora? Estou com saudade da sua boca.

-Por Merlin, como você é clichê! Não pode me beijar agora porque quero saber mais desse seu mapa e das entradas secretas em Hogwarts. Pode começar a contar tudo… James - falou receoso, mas saboreando o nome dele.

-Com todo prazer, meu sonserino - falou deixando um selinho nos lábios finos de Snape.

Ainda no colo de James, Severus ouviu sobre o mapa dos Marotos, sobre a capa de invisibilidade da família Potter, sobre tudo que envolvia James e seus amigos. O sonserino não sabia, mas naquela conversa o grifinório se entregou de corpo e alma a ele. O grifinório não sabia, mas aquele seria o primeiro de muitos encontros que aconteceria entre eles. Os dois não sabiam, mas muita coisa ainda aconteceria entre eles. Era só eles continuarem se dando uma chance.


Notas Finais


E o primeiro beijo Snames aconteceu, meus amigos!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...