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História Same Mistake - Capítulo 03


Escrita por: Nataly-S

Notas do Autor


As partes em itálico são as lembranças de Sakura.

Boa leitura!! ;D

Capítulo 3 - Capítulo 03


Ei, diga aos seus amigos que foi um prazer conhecê-los

Mas eu espero nunca vê-los novamente

¨¨

 

Braços estão cruzados em cima do peitoral, camisa de algodão em tons acinzentado e com uma estampa de uma mulher segurando os seios com as próprias mãos. Calça jeans e um all star preto desbotado nos pés. Alguns fios dos cabelos grudavam na testa devido ao suor.  Sasuke... É terrível admitir isso, mas parece que quanto mais velho, mais bonito fica.  A minha música favorita havia acabado e eu fixei meus olhos aos seus. Minhas pernas tremeram involuntariamente, não sei se foi por causa do susto repentino ou dos seis/setes copos de bebidas.

Sasuke deslizou seus olhos rapidamente dos meus pés á cabeça, logo, os estacionou nos meus olhos. Seu semblante continuava sem esboçar nenhuma reação que pudéssemos saber qual é a dele. Minhas mãos começaram a soar, sinto que posso cair a qualquer momento devido fraqueza nas pernas ou por um taquicardíaco. Talvez pela adrenalina minutos antes e juntamente com a aparição do meu ex-namorado cretino, minha respiração tornou-se ofegante.

E, por Deus, eu quero sumir.

— Ah, e aí Sasuke, beleza?

Não foi nenhuma surpresa ao saber que Deidara o conhece, agradeci mentalmente pelo loiro ter dito alguma coisa, pois o clima começou a ficar extremamente conturbado. Sasuke direcionou seus olhos para Deidara rapidamente e logo tornou a voltá-los para mim.

— E aí. — a voz rouca ficou mais grave do que a última vez que a escutei. Sasuke não tirou seus olhos dos meus nem ao menos para cumprimentar Deidara.

Não sei, estou tão em choque que, não consigo nem arrastar meus pés fora dali, pois se eu tentar fazer isso é bem provável que no segundo passo desabo indo ao chão imundo.

Mas, como se tivessem me jogado um balde de água fria, me lembrei de tudo. Lembrei-me de toda canalhice que Sasuke aprontou comigo e, em questão de segundos, minhas pernas voltaram a ficar firmes e todo o ato congelante anteriormente sumiu. O rancor chicoteou, estreitei meus olhos.

Passei dias, meses esperando para ter uma chance de ficar cara a cara com ele e jogar-lhe todas as palavras não ditas no nosso último encontro. Mas, agora não é um bom momento. Eu quero estar muito sóbria para rebater todas as farpas que me for lançada. Não quero descer para nível sujo de Sasuke.

Só agora eu me dei conta que, uma das mãos de Deidara ainda repousava em minha lombar. Mais outro motivo para não fazer o tremendo barraco ali, aquilo é entre eu e Sasuke e ninguém mais. Sasuke é muito persuasivo quando quer irritar alguém, eu o conheço o suficiente para não cair em suas armadilhas – um tanto infantis.

Percebi que seus olhos pousaram em meus lábios e depois desceram pelo meu corpo rapidamente, novamente. Quando nossos olhares voltaram a se encontrar, um frio subiu pela minha espinha e uma vontade tremenda de chorar rebateu em todo o meu ser. Estou com tanta raiva de mim mesma por ainda ficar vulneral por causa desse imbecil.

— Vamos sair daqui? — minha voz saiu estranha, mas o importante foi que Deidara me escutou. Sorriu e fez um gesto de confirmação com a cabeça. Sasuke ainda ficou ali, observando tudo. E eu tratei de ignorá-lo.

Assim que, o deixamos para trás, controlei-me para minha respiração ficar normal. Deidara me levou até a entrada dos camarotes dizendo que ele e seus amigos foram para a pista, pois ali em cima estava entediante. Os camarotes são separados por guardas-corpos, o de Deidara é o de número sete. Notei que ali em cima também contém um bar, ao chegarmos ao camarote, lá está Tenten e Konan com mais três rapazes.

Há uma mesinha alta e oval no centro com três garrafas de bebida que eu não faço ideia do que são, um balde de gelo e várias latinhas de energéticos. Tenten, a me ver, sorriu mostrando os dentes e veio ao meu encontro.

— Nos demos bem!

Forcei um sorriso a ela que logo se juntou com o provável homem que estava junto de Deidara quando nos encontramos. Konam conversou um pouco comigo, mas, sinceramente, já não estou mais no clima da festa. Deidara foi conversar com um dos ruivos que se chama Sasori, segundo Konan. O outro ruivo é o seu namorado, Yahiko. E o acompanhante de Tenten é o Hidan, o cara fez questão de descolorir seus cabelos, mas a sorte que tem um rosto muito bonito. Percebi que eram mais velhos do que nós, aquela trupe de homem pareciam estar prestes a se formar. Recebi um copo com bebidas do próprio Deidara, e essa é bem melhor do que jack com coca.

Eles conversavam muito, davam risadas e vez ou outra Konan e Tenten mexiam seus quadris no ritmo da música eletrônica do outro Dj. Eu parecia uma idiota no meio daquela gente, apesar de Deidara trocar sorrisos e me pedir se estava tudo bem. Acho que ele percebeu meu silêncio depois do encontro com Sasuke. Concluí que, não adiantava me afundar na bebida para me divertir, aquilo tudo já havia perdido a graça.

Fui ao banheiro e, por um acaso encontrei Ino com uma cara de bunda. Emburrada e conversando sozinha.

— O que você está fazendo aqui? — pediu assim que me viu.  Rolei os olhos com a tamanha compaixão da minha amiga. — Sabe, nem ficar bêbada eu consegui! Quem dirá pegar o Kiba!

— O que houve? Cadê Shion? — ela deu de ombros.

— Sumiu faz tempo.  Fiquei mais de uma hora papeando e tentando beijar aqueles lábios lindos do Kiba, mas o cara preferia conversar com os amigos! Puta merda, que raiva!

— Ela sumiu com o Naruto?

— Porra Sakura! Será que você poderia esquecer a Shion? — bufou rolando os olhos. — Não foi com o Naruto, porque ele tem namorada ou sei lá o que é aquela mulherzinha irritante é dele. Foi com o Sai, ou seria o Gaara? Não sei!

— Vocês ficaram no camarote deles?

— O camarote deles é o maior, tem tanta gente que fica até difícil de saber quem está por lá. O Sasuke também estava por lá, posso dizer que o cara é tremendo esnobe! Sério, ele não cumprimentou ninguém que não fosse apenas seus amiguinhos de merda, e além de tudo a namoradinha, ou seja lá o que for dele, é outra insuportável! Que criatura que berra demais, puta que pariu!

Namorada? Sasuke tem namorada?

Cada vez me decepciono ainda mais comigo. Não posso me importar, não posso começar a me permitir que isso me machuque, pois não existe mais nada. Seguimos caminhos diferentes, eu tenho que seguir minha vida, não posso voltar para o fundo do poço que Sasuke me deixou. Porque, infelizmente, aquilo me perturbou.

Ino percebeu que eu fiquei calada e isso a fez se calar também. Mas, logo tratei de convidá-la para o camarote do Deidara, chamar Tenten para irmos embora e procurar por Shion. Quando chegamos lá, Deidara veio logo me abraçar e me chamar para dançar, Ino me olhou de esguelha com um sorrisinho lascivo nos lábios. Mas, recusei, falando que iriamos embora por não estarmos nos sentindo bem. Tenten não quis voltar conosco e, nem achamos Shion. As ligações caíram tudo na caixa postal, torci para aquela desmiolada estar bem.

Quando chegamos em casa, tanto eu como Ino, caímos em nossas camas. E, ao fechar meus olhos, a imagem de Sasuke apareceu em minha mente doentia.

...

 

“Estávamos sentados observando a cidade lá embaixo, o grande morro turístico de Konoha que não atraí turista algum. Serve apenas para passatempo dos cidadões para com piqueniques, caminhadas e encontros românticos. Minha respiração ainda estava um pouco descompassada, pois o trajeto até chegar ao topo exige bastante fôlego.

Sasuke por outro lado, encontrava-se tranquilo e com um fraco sorriso nos lábios. Ele, ao perceber que estava lhe encarando, virou seu rosto em minha direção.

— Konoha é pequena, mas é a cidade mais bonita em que já morei.

O vento trouxe a fragrância do seu perfume amadeirado, Sasuke voltou a observar a cidade, passou um dos seus braços por cima dos meus ombros e meu trouxe para ficar mais próxima ao seu corpo quente e levemente suado. Pedi o que ele iria fazer depois que terminasse o ensino médio, faltava apenas quatro meses.

— O meu sonho é entrar em uma banda de rock, ou ter uma banda de rock. O que você acha Sakura?

— Sempre irei ser sua fã número um. — ele sorriu mostrando seus dentes e tornou a girar seu rosto na minha direção. Seus olhos se encontraram com os meus.

— Que clichê!

— Pode ser que sim, mas eu adoraria vê-lo em toda a performance em cima de um palco.

Sasuke riu descendo seu braço para minha cintura e me apertou de leve contra seu corpo.

— Sinto que só teria coragem de estar em um se você estivesse lá na frente. Sendo assim, me sentiria tranquilo.

— Piegas!

Nós dois demos risadas e quando paramos, ele me olhou sério.

— Vou compor uma música para você. — não sei por que, mas fiquei envergonhada e ele soltou um riso pelo nariz ao se deparar com minhas bochechas vermelhas. — Amanhã faz um ano que estamos namorando, e pode crer que foram meus melhores dias.

Senti minhas bochechas ficarem mais quentes. Sasuke se aproximou do meu rosto e nos beijamos. Meu coração parecia querer sair pela boca, senti uma tamanha vontade de dizer que o amava tanto, mas apenas apreciei seu momento romântico, já que isso não acontece no dia-a-dia.

Após algumas horas, resolvemos voltar para casa antes que escurecesse. Sasuke me deixou na porta de casa e depois seguiu rumo á sua.”

...

— Sakura!!!

Saí do transe com o berro de Ino a minha frente. Estávamos sentadas na lanchonete mais barata do campus da universidade, percebi que faz algum tempo que estou olhando para o cardápio. Recebemos a notícia que teríamos uma palestra à tarde no auditório principal da UES, decidimos almoçar por ali já que no apartamento não teríamos nada pronto.

— O que você estava contando mesmo? Fiquei um pouco distraída. — pisquei os olhos diversas vezes, pois a minha visão ficou um pouco embaçada.

— Aff, Sakura! — bufou cruzando os braços embaixo dos seios. — Eu disse que Tenten e nem Shion respondeu minha mensagem sobre vir almoçar conosco aqui. E que elas estavam estranhas ontem quando chegaram sabe-se lá da onde!

— Ah...

Realmente, as duas chegaram juntas por volta das duas horas da tarde. Ino tinha feito o almoço e elas apenas falaram que já haviam almoçado, apenas tomaram uma aspirina e foram dormir falando que estavam morrendo de dor de cabeça e sono. Hoje de manhã saímos correndo que, nem deu tempo de conversar.

Na verdade, nem eu e Ino conversamos muito ontem. Estávamos quase no mesmo estado de Tenten e Shion. Fome, dor de cabeça e sono. Passamos a maior parte do dia dormindo e um pouco comendo.

— Acho que ambas dormiram na casa dos respectivos rapazes com quem estavam. — comentei assim que o garçom saiu pegando o meu pedido.

— Você acha?! Por Deus, Sakura... — rolou os olhos. — Olha, Shion não vale nada, e não adianta me repreender! Tenten esconde o jogo, sabe? Não fala nada, mas faz tudo por debaixo dos panos para ninguém saber.

— Tanto faz. — dei de ombros. Afinal, temos escolhas nessa vida e cada um faz o que acha que é melhor pra si. Não sei por que Ino se indigna tanto assim.

— Ainda não consigo entender o que eu fiz ou que eu tinha para o cara não me dar bola! Na boa, ele vai se arrastar atrás de mim ainda que eu sei.

— Ok. — concordei, por que né. Eu que não vou discordar ou falar algo contra sua suposta previsão do futuro.

— Ei, Sakura! Não olha agora, mas acabou de chegar uma ruiva que usa óculos e ela está naquela mesa perto da porta. — não tem essa de “não olha agora” você sempre faz o contrario, e foi o que fiz, girei meus olhando procurando uma ruiva. Ino chutou a minha perna.

— Ai!

— Não era para olhar!

— Tá e daí??? Merda! Vou ficar com um hematoma com esse bico fino da sua bota. — ela deu de ombros e sorriu.

Notei que a ruiva tem os cabelos repicados e o comprimento vai até os ombros. Os óculos lhe dá um ar mais sério e ao mesmo tempo elegante, não dava para ter uma noção do seu corpo ou altura, uma vez que está sentada. Ela está acompanhada de outra ruiva, mas essa se sentou de costa para a nossa a direção.

— O que tem essa ruiva? — pedi ao voltar a olhar para Ino.

— Era ela quem estava para cima e para baixo com o tal Sasuke que você conhece. Acho que são namorados, ou ficantes, pois a trupe se dava muito bem com ela.

Senti uma extrema vontade de virar o rosto e analisá-la melhor, mas me segurei. Aquele incômodo voltou a me perturbar, aquela vontade de sair e me trancar no meu quarto e ficar sozinha. Mas, controlei meu emocional e fingi que estava tudo bem, que aquilo não era nada de mais. Limpei minha garganta e bebi um gole da minha água.

— Sério? Parece que ela é bem bonita. — comentei superficialmente, peguei o celular para disfarçar meu desconforto.

— Uma otária isso sim. Quando me viu ao lado do Kiba fez uma cara de nojo e saiu cochichando com a namorada do Naruto. Odeio esses tipos de atitudes, coisa mais infantil de se fazer!

— Verdade. — abri meu joguinho estúpido e quando pensei em deixar Ino falando sozinha para não prestar atenção na conversa. Nossos pedidos chegaram.

— Mas, você não contou sobre o boy que você fisgou. — me engasguei a batata que recém havia engolido. Ino começou a rir na cara dura mesmo. — Ele estuda aqui?

— Sim, faz arquitetura, se não me engano.

— Hummm, o boy então gosta de arte!

— O nome dele é Deidara.

— Tanto faz, pegou o número dele?

— Claro que não! Foi só um beijo!

— E daí!? O pouco que vi, ele parecia ter gostado da sua companhia. — dei de ombros. — Vocês se deram bem, caíram em um grupinho mais simpático do que eu e Shion.

Após comer e jogar mais conversa fora sobre a palestra e os trabalhos que estavam começando a surgir, saímos da lanchonete em direção ao auditório. A palestra seria sobre primeiro socorros com um bombeiro e um médico, somente para os calouros dos cursos da área da saúde. O auditório estava ficando lotado, eu e Ino resolvemos nos sentar nas cadeiras centrais, pois as dos fundos já estavam ocupadas.

Durante a palestra senti uma enorme vontade de ir ao banheiro, não estava mais conseguindo segurar o xixi. Envergonhada por me levantar e chamar tanto a atenção dos palestrantes como de alguns alunos, tentei fazer o menor ruído o possível. Uma vez fora do auditório, corri para o banheiro. A melhor sensação do mundo é quando a bexiga é esvaziada depois de tanto segurar, é quase um orgasmo, sério mesmo.

Saindo do banheiro, á mais ou menos cinco metros avistei Sasuke sentado e fumando em um banco feito em concreto. Ele também me enxergou, mas não ouve nenhuma reação em seu rosto, busquei rapidamente alguma aliança de compromisso no seu dedo anelar e, lá estava o objeto rindo da minha cara. Não sei por que eu fiz isso, não sei por que esse meu desespero, eu mesma estou seguindo aquele caminho sinuoso outra vez.

Segui adiante fingindo não me importar com aquilo, ou melhor, ignorando por tê-lo visto. Sendo que, na verdade começou a me corroer.  Faltava menos de três passos para eu conseguir adentar o hall de entrada do auditório quando o escutei me chamar bem atrás de mim. Meus pelos enriçaram, meu estômago embrulhou e eu cessei meus passos.

— Sakura. — me chamou novamente.

Se eu continuasse de costas, seria muito mais fácil enfrentá-lo, tive a opção de ignorá-lo e seguir meu caminho. Ignorar, isso é o sensato a se fazer! Mas, o meu orgulho gritou pedindo para mostrá-lo que ele não já não é mais nada pra mim.

E mesmo sendo errado, viro-me cruzando os braços, e o encaro. Sasuke está usando uma jaqueta de couro de cor preta e uma camisa de algodão branca por dentro. Os cabelos estão bagunçados e, mesmo assim, continuava bonito. Resolvi não o observar demais.

— O que foi? — soei um tanto grossa.

Sasuke continuou calado com seus olhos varrendo meu rosto, talvez procurando alguma coisa que me denunciasse.  Ele abriu a boca duas vezes, mas não falou nada. Respirei fundo e soltei o ar com calma.

— Olha... Vê se me deixa em paz! Finja que eu não existo ou me conhece. Porque, sinceramente, eu vou e estou fazendo o mesmo.

Ele soltou uma risada pelas narinas sem desgrudar seus olhos dos meus.

— Não vou te perseguir, Sakura. Apenas, queria ter a certeza que era realmente você. Pois, não acreditei que de todos os lugares, eu a reencontraria aqui.

Meu coração pulou em meu peito, o amargor viera e eu senti tanta raiva, mas junto, veio à saudade. A maldita e traiçoeira saudade. Não falei mais nada, apenas lhe dei as costas e adentrei o auditório. E a palestra tronou-se um breu, não consegui escutar uma só palavra dos palestrantes. Fui me dar contar que acabou quando o som dos aplausos tirou-me dos meus devaneios.

...

 

“Era o primeiro show que a banda Susanoo iria se apresentar. Composta no vocal e guitarra por Sasuke, baixo por suigetsu e, por fim, a bateria com Juugo. Foram colegas durante o ensino médio, e tornaram-se grandes amigos depois que se formaram. Resolveram montar uma banda até decidirem o que iriam querer do futuro. Eles iriam abrir o show de calouros que Konoha ofereceu depois de tantos anos sem nenhuma atração, ou festival que pudesse animar a pequena cidadezinha.

Eu prometi a Sasuke que ficaria na primeira fileira em frente ao palco, assim como conversamos á um tempo atrás. Ao meu lado estava minha amiga de longos anos, Matsuri, estava tão ansiosa como eu.

Lembro-me que, ao ver as luzes se acendendo e mostrando-os para o público, minhas pernas tremeram por me sentir tão nervosa como se estivesse na pele deles. Sasuke manteve os olhos fixos em algum ponto no fundo do salão, e eu pulei com as demais pessoas quando começaram a tocar a primeira música de abertura, escolheram poison heart do Ramones. A segunda foi do Nirvana e a terceira do Guns N’Roses.

Depois das três músicas, o público gritou para que eles continuassem, devido ao sucesso, Sasuke falou ao microfone que eles tocariam uma última.

— Essa música é para alguém muito especial. — disse encontrando meus olhos no meio de toda aquela gente.

Matsuri me deu algumas cotoveladas e berrou ao meu ouvido que aquilo havia sido muito romântico. Eu ainda estava meio envergonhada, meio sem saber o que fazer. Até que, reconheci a música quando Sasuke começou a cantá-la. With or Without you do U2. Em nenhum momento desgrudou seus olhos dos meus. Logo ele que dizia odiar clichês, estava cometendo um! Não sei, mas fiquei tão feliz naquele momento que senti que choraria a qualquer minuto, ora por causa da música outrora por Sasuke me dedicá-la.

Assim que a apresentação deles terminou, levou algum tempinho até Sasuke me encontrar no meio da multidão.

— Gostou? — perguntou-me com um sorriso nos lábios.

Eu o abracei tão forte que, senti que até mesmo ele ficara sem reação. Mas, logo o soltei e respirei fundo.

— Muito. — meu riso aumentou ao soltá-lo e senti algumas lágrimas teimosas quererem cair dos meus olhos. Mas, me segurei.

Sasuke riu e me deu um beijo na testa.

¨¨

Fazia cerca de duas semanas que estávamos brigados. Sasuke ficou enciumado por um colega meu me dar um abraço, uma comemoração por sermos os vencedores da feira de ciência com nosso trabalho. Além do ciúme bobo, eu briguei por ele ser tão frio e estúpido diariamente, não agindo como se realmente me amasse.

Na terceira semana, Sasuke me esperou do lado de fora do colégio, e com o pé atrás, fui ao seu encontro.

— Venha, vamos pra minha casa, quero que veja uma coisa.

Mesmo a contragosto, eu o segui. Caminhamos em silêncio até a sua casa enorme. Geralmente, Mikoto estava sempre na cozinha ou na área de lazer aos fundos da casa, lendo. Ao chegarmos, não nos deparamos com ela. Subimos as escadas que levava ao segundo andar e entramos em seu quarto.

Ele chaveou a porta e me pediu para que sentasse na cama, mesmo achando esquisito toda aquela situação, obedeci. Sasuke retirou a camisa na minha frente e apontou para o peito esquerdo onde continha uma recente tatuagem.

— Desculpe se sou grosso contigo, muito menos amoroso. Não faço por mau, eu juro! Não quero que pense que não a amo, Sakura. Só em pensar em te perder, isso me sufoca. Não quero que fique com dúvidas em relação aos meus sentimentos por ti, então eu gravei uma frase em meu peito que significa muito pra mim. Baseado na nossa música, lembra?

Eu não sabia se ficava com raiva por ele cometer tamanha loucura, ou lhe abraçava por ser tão eloquente. Acabou me faltando palavras.

“I can't live without you

S.H.”

Era a música que havia me dedicado em sua primeira apresentação no ano passado. Sasuke dizia que ao escutá-la não deixava de se lembrar de mim. Levantei da cama e o abracei, não consegui conter as lágrimas.

— Céus, como eu te amo!consegui dizer em meio aos soluços.”


Notas Finais


Espero que tenham gostado! ;**


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