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História Sangue do Dragão - Dor e Fogo


Escrita por: Ulv

Capítulo 61 - Dor e Fogo


PDV: Heron

As entranhas de Valíria soltavam fumaça enquanto o mundo todo podia escutar o rugido dos dragões nascidos a tão pouco tempo e com um tamanho tão absurdo para a idade que dava medo. Mesmo de tão longe como estávamos, eu podia sentir o cheiro dos meus irmãos e irmãs sobrevoando os campos de Lagrimas de Valíria, sedentos por uma refeição decente.

Voltei para o meu corpo, onde comandava meu Silêncio, não tão mais silencioso. Agartha insistia em averiguar minhas histórias, levando Maegor a loucura. Daemyon estava focado na batalha, de corpo e alma, se preparando a cada segundo, a cada instante em que respirava.

Já eu nunca estive tão vulnerável em toda a minha vida, tão... Apaixonado? Deuses, eu nunca pensei que diria isso.

Tive muitas mulheres em toda a minha vida, muitas por alguns meses, outras por dias, e outras mais por algumas horas. Nenhuma me fez querer ficar mais do que isso, nenhuma me tocou de verdade e nem me fez querer proteger. Minha irmã me fez sentir isso nas semanas em que realmente conversamos, em Meereen. Me fez sentir vivo de uma maneira diferente. Se isso é erado, não existe nada certo nesse mundo infeliz.

Depois daquela noite, acho que as coisas ficaram claras o suficiente para os três, as dores se transformaram em lições e a certeza do amor que sentíamos uns pelos outros ficou clara como o dia. Mesmo eu sentia que algo tinha mudado, que de algum jeito estávamos mais ligados que antes.

Até mesmo eu tinha mudado, de certo modo. Agartha me fez repensar as atrocidades que cometi, e ainda pretendia cometer. Me fez pensar que se sobrevivêssemos a essa luta, eu não queria ser um ditador sanguinário que levaria facadas pelas costas do povo que estava comandando, eu pretendia ter um pouco dos dois, piedade e crueldade.

-Heron? – Agartha parou ao meu lado, na proa do navio. Hesitei um pouco, mas acabei ligando o “Foda-se”, e passando os braços por sua cintura. -Estamos chegando, não estamos?

-Hum. – murmurei antes de beija-la com toda calma do mundo.

Foda-se se alguém achasse erado, foda-se o que seu noivo poderia ficar sabendo antes da hora, foda-se o mundo inteiro.

-O que nossa mãe vai dizer? – falou com um sorriso no rosto depois que a soltei e nos voltamos para o mar.

-Fico mais preocupado com o que seu pai vai dizer.

-Ele... não sei se vai gostar muito. – ela quase gritou a última palavra, quando minha mão apertou seu seio de leve. – Ele não vai gostar nada.

-Prometo que vou me comportar quando chegar a hora. – ela se virou e firmou as mãos no meu peito, com um sorriso imenso.

-Promete? – segurei seus cabelos de traz da nuca e puxei um pouco para traz, fazendo-a suspirar.

-Prometo. – curvei-me e capturei o seu lábio inferior, mordendo de leve. – Eu acho.

-Heron! – ela me socou e tentou se afastar, mas a puxei para perto, dessa vez, beijando-a de verdade. Sua língua acompanhou a minha em um ritmo firme e fervoroso.

Me afastei apenas no momento em que os homens gritaram. Estávamos perto da frota de Asha, que tinha distribuído seus navios em volta da costa. “Muito esperta, mas essa cadela acha mesmo que vai me impedir de atracar meus homens em terra firme? Nunca”.

Me afastei de Agartha com delicadeza, andando pelo convés apressadamente. Tinha chegado a hora.

-Daemyon! – gritei, para acorda-lo dos seus pensamentos. – Vamos irmão, está na hora da luta.

-Está. – respondeu, tomando uma postura séria e rígida. Vestia apenas sua camisa de linho branco e mantinha o escudo nas costas.

-Não vai colocar sua armadura? – indaguei, sem entender nada.

-Se vamos todos morrer hoje, quero que vejam os ferimentos na minha pele.

-E para que? – ele me fitou com seus olhos purpúreos brilhando como ametistas.

- Para verem que dragões também sangram. – ele se afastou e me deixou ali, refletindo.

Talvez ele estivesse certo, mais do que certo.

Olhei em frente, teríamos que quebrar o cerco de pelo menos três drakkares para poder entrar, os outro não importavam de grande coisa.

Cocei a cabeça, pensando se não seria muita idiotice minha fazer o que estava pensando, mas.... ah, foda-se.

Retirei minha camisa, revelando meus machucados ainda mal cicatrizados. Tinha espada na bainha e o machado preso a cinta, não podia desejar proteção maior que aquela.

-O que está fazendo? – Agartha gritou comigo ao subir novamente para o convés. -Vai lutar desse modo?

Ela vestia uma couraça de batalha feita de escamas negras, que lhe cobria os braços, pernas, tronco até o pescoço.  Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e passou seu arco pelo braço, juntamente com a aljava de flechas. Sua espada curta pendia da cintura.

A coisa mais bonita que já vi.

-Ficou mudo? – ela praticamente gritou comigo. – Você recém começou a se curar das feridas da última batalha, já está com saudade dos machucados e da cama...

-Acho que sim. – respondi com um meio sorriso e ela me deu um soco.

-O que é isso? – Daemyon voltou para nós e ela só faltou bater nos dois.

-Vocês estão ficando completamente malucos? – gritou conosco, que nos encolhemos como duas crianças que levam uma bronca.

-Capitão! – Maegor gritou comigo. Quando virei para fita-lo, notei toda a sua preocupação.

Maneei a cabeça para o lado e puxei o escudo que estava apoiado no chão, com o desenho do dragão de três cabeças e a lula gigante dourada.

-Que não se ouçam vozes alegres! – gritei o mais alto que pude, para que minha voz fosse ouvida pelos drakkares mais próximos. -Que nenhum homem olhe para o céu com esperança! – os remadores começaram a remar com mais força, indo diretamente para a colisão com o navio mercante mais próximo. A batalha já parecia ter começado, pois os dragões se agitaram no céu, mas para o lado oposto a nos. – E que amaldiçoado seja esse dia por nos que que despertamos.... – apenas sorri e deixei que o navio fizesse o resto, colidindo com o navio mercante, que se partiu ao meio com a força do navio de guerra.

Logo em seguida, escutamos o som de outras colisões e o começo de uma batalha, onde os homens pulavam de navio para navio, em busca de um oponente e da morte.

Segurei o braço de Agartha que tentou correr na minha frente e a puxei para um beijo, talvez o último. Poderia ter sido teatral se não tivéssemos quase caído com o avanço dos homens.

-Não morra. – pedi para ela e seguimos a gente, quase correndo.

A perdi na metade do caminho, no momento em que pulamos para o drakkar mercante, destruído pelo Silêncio. Um marujo correu na minha direção, com um machado. Apenas me abaixei o emburrei pela amurada com o escudo. Quando me levantei já enfiei a espada no estomago de outro.

Daemyon se colocou ao meu lado, com os olhos vidrados na luta. Ele lutava melhor do que me lembro, dançando com uma espada na mão, deixando um belo rastro de sague pelo caminho em que íamos.

-Onde está nossa irmã? – gritou comigo enquanto segurava o braço de um homem da Campina, para que ele o matasse, com um corte que fez suas vísceras caírem no chão.

-Não faço a menor ideia. – grito de volta e me abaixo para desviar de um golpe. A espada do homem risca meu rosto de leve. – Filho de uma puta!

Bato com o escudo na cabeça dele e o derrubo no chão, fincando a espada em seu peito enquanto o homem gritava por piedade.

-Continuem de pé! – Daemyon gritou para os homens quando pisamos novamente nas areias claras de Valíria. Ali sim, o que nos esperava era um exército.

-Acho que chegou a hora. – olhei em volta, para os homens lutando, matando e caindo. -Acho que não tem hora melhor.

-Concordo. – os olhos dele ficam negros e sinto-me deslizar para Nagga, que silva ao sentir minha presença. Eles voavam longe da ilha, como precaução.

Voamos próximos, com um único objetivo.

Daemyon foi o primeiro a começar, incinerando um navio de guerra, com a bandeira invertida da casa Greyjoy.

Sobrevoei o outro lado da praia, deixando uma listra longa de fogo e gritos de homens. Mantínhamos seguramente longe da costa enquanto tratávamos de fazer aquele servicinho sujo e necessário.

A sensação que se refletia em meu corpo físico, enquanto sentia no corpo do dragão o fogo sair pela minha garganta era de puro êxtase, a batalha continuava fervorosa, enquanto arrancava o machado do crânio de um soldado de Ponta Tempestade. Daemyon deu um mata leão em outro e enfiou uma adaga no seu coração com uma fúria que eu nunca tinha visto.

Veygar silvou no céu, quando um dos dragões de Valíria o atacou, mordendo sua garganta. Voei para ajudar, mordendo a cauda dele e puxando com toda a força. Por ser maior e mais velho, Nagga conseguiu rechaçar o filhote pequeno, mas aquele era pequeno, os irmãos que se concentravam do lado oeste de Valíria eram enormes.

Uma espada roçou nas minhas costas, pude sentir o sangue escorrer. Quando me virei rapidamente vi o homem que tinha me atacado cair no chão, se afogando no próprio sangue. Tinha uma flecha cravada na garganta.

Olhei em volta e pude ver Agartha em cima de um muro feito dos destroços das construções. Ela acenou com a cabeça e continuou atirando suas flechas com toda a graça do mundo e com uma fúria especial.

“Veja como você não é inútil. É um dragão”.

Andei mais a frente, batendo com a espada na cabeça de um home, com tanta força que pude ver o osso no pescoço quando ele desabou no chão. Meus homens se juntaram, fazendo quase que uma muralha, só que sem escudos. Lutamos lado a lado, com fúria e determinação incomparável. Estaríamos em maior número e era isso que eu estranhava, onde estava minha mãe?

Voltei aos olhos de Nagga, que voou o mais alto que pode, tendo uma boa visão dos drakkares queimando e os homens pulando do mar ou de navio em navio, indo em direção a terra.

Do outro lado da ilha eu não conseguia ver o mar, apenas uma nítida e vasta quantidade de bandeiras de cores que eu não sabia que estavam conosco. Pude ver Rhaegal no céu, rugindo como um demônio em sua ira. Gelo voava na tranquilidade eterna do dono, mas não menos amedrontador.

Porém a barreira que os impedia de atravessar a praia era muito maior. Era fogo puro. Dragões.

PDV: Daena

Nunca tive tanto orgulho de ser tão pontual e tanta raiva de ser inútil.

Meus filhos chegaram na hora certa e já atacavam no lado leste. Mas a barreira de homens e carne era fácil de se atravessar, o que tinha a nossa frente era simplesmente insanidade.

Arianne estava ao meu lado, com as filhas Elia e Rhaenys. Tinha um ódio tão grande nos olhos que eu pude sentir que iria matar tudo o que visse na frente. As meninas não eram diferentes, não eram nada diferentes de Oberyn, talvez até mais do que as próprias Serpentes de Areia.

-Você está bem? – perguntei em uma minuto de paz, enquanto estávamos paradas na proa do navio, prontas para pular na praia e começar.

-Meu filho morreu, eu quero vingança. – respondeu seca. – Quando ver Aegon Blackfyre, vou mostrar a ele, do que uma serpente é capaz.

-E que os Deuses o levem para o inferno. – murmurou Elia, a mais velha das meninas, com os cabelos prateados e olhos escuros.

-Ele é seu pai. – murmurei de volta, sem tirar os olhos do grande dragão vermelho e negro, que Aegon montava.

-Meu pai morreu no dia em que matou nosso irmão mais velho e levou toda a honra da nossa casa consigo. Ele morreu para mim. – Rhaenys disse pela irmã, em alto e bom tom. – Quero ver se tem coragem de matar a própria filha.

Apesar de suas palavras, pude ver uma lagrimas riscar o seu rosto. Era tão bonita, com uma transa de longos cabelos prateados e dourados, os olhos eram dos Valíriano também, lilases.

-Os Deuses vão mostrar o que deve acontecer. – Nym apareceu do nada ao nosso lado, vestindo sua couraça de batalha. As filhas vinham atrás da mãe, como um espelho de quatro faces, todas transmitiam a mesma pessoa em diferentes cortes de cabelo.

Sorri com a ideia.

-Só tem um Deus que pode nos ser vir hoje, Nymeria. – respondi, apertando a espada com força. -A morte nos espera.

-E que seja bem-vinda. – ela disse e gritou com as mulheres que vinham atrás de nos, com seus escudos em mão.

Tinha chegado a hora, a temida hora que mostraria o destino do mundo todo. Eu só conseguia pensar em como estavam meus filhos e que tinha algo que me pertencia em torno de tudo aquilo e eu deveria reivindicar.

Sorri para o nada, apertei o peito com força, sentindo meu fogo pulsar no coração e além. “Proteja-me mãe, e aos meus filhos”, pensei ao imaginar o rosto de Elia. “Um dia estaremos juntas mãe. Mas esse dia não é hoje”.

Jon ia no drakkar a frente e subiu na amurada. Acho que todos ali pararam para escutar o que tinha para dizer, pois um silêncio súbito tomou conta do mar que a um segundo estava alvorotado e aos gritos de guerra.

- “Mantenham suas posições. Filhos de Westeros, meus irmãos. Eu vejo em vocês o mesmo medo que poderia tirar a minha coragem! – berrou a plenos pulmões-  Pode chegar um dia em que a coragem dos homens falhe, quando nós abandonaremos nossos amigos e quebraremos todos os laços de amizade, mas esse dia não é hoje! Uma hora de sofrimento e escudos quebrados, quando a era dos homens desabará, mas esse dia não é hoje! Hoje nós lutaremos! Por tudo que gostamos nessa terra boa, eu vos peço, fiquem firmes, irmãos!

-EEEeehh!! – Esse foi o grito que iniciou a nossa luta, mais forte que o som de um berrante de guerra.

Arianne seguiu Nym e suas meninas, pulando na água rasa da praia e correndo para o exército a nossa frente. Respirei fundo e as segui.

Água entrou nas minhas botas enquanto seguia em frente, com as mulheres atrás de mim, meu minúsculo exército pessoal. Minhas Damas do Escudo.

O que encontrávamos em terra era bem menos apavorante que no céu, mas estranhamente os dragões não nos receberam com fogo.

Pisei na areia branca, a primeira vez que vinha a Valíria e tinha que ser nessa situação terrível.

Antes que pudesse pensar em olhar para a beleza que Daemyon me contou que o lugar tinha, tive que levantar o escudo para parar uma espada que veio faiscando até mim. Quando abaixei o escudo para conseguir ver, dei de cara com uma mulher, de meia idade, com cabelos castanhos e olho cor de âmbar.

-Me reconhece, vossa graça? – ela indagou ao me atacar novamente. Me desviei da espada com facilidade.

-Eu deveria? – perguntei de volta, batendo a espada com a dela. A mulher tinha familiaridade com o aço, isso podia ver em seus movimentos rápidos.

-Levou meu marido e meus filhos para a morte. – arqueei uma sobrancelha. Ela avançou contra mim, dando um golpe pela lateral, me fazendo recuar e girar um corpo para desferir um golpe que levantou sua espada para cima, me deixando bater com o escudo em sua barriga.

-É mesmo? Até onde me lembro, sempre dei a escolha dos homens me seguirem.

Ela avançou com uma raiva sem igual.

-Ele era um dos seus capitães, era isso ou perder o navio dele... – girei a espada nos dedos e me preparei novamente, atacando ela com força, a fazendo recuar um pouco, quando tive a oportunidade, desferi um golpe com o escudo, que a fez cambalear.

-Está me cobrando isso depois de todos esses anos? – abri um corte em seu braço. – Tarde demais, não acha?!

-Seu monstro matou a minha filha! – gritou para mim.

Vi lagrimas em seus olhos e de um momento ao outro eu não queria mais lutar com ela. A dor de perder um filho deve ser terrível, eu sei em partes menores, mas vê-lo morto....

-Qual deles? – murmurei, quase largando a espada.

-O monstro que foi concebi em morte e dor. – ela também parou, abaixando o escudo. – Sabe quantos homens tiverem que morrer para que seu filho nascesse?

-Do que está falando? – “Que porra estava acontecendo ali?”

-Faz ideia de quantos homens e garotos Euron Greyjoy matou para te dar aquela pequena dadiva? – mas... o que? – Palavras são vento Daena, mas sangue....

- ... É poder. – repeti as palavras, sem entender. – O que isso tem a ver com Heron?

-Meus dois filhos morreram para ele nascer, como um sacrifício de sangue para o seu bastardo vir ao mundo.

-Eu não tenho culpa que isso tenha acontecido. – ela gargalhou.

-Os nobres nunca tem culpa não é mesmo. Meus meninos foram esquartejados no meio do nada, com medo e com frio. Suas línguas foram cortas e depois.... – ela fechou os olhos, deixando as lagrimas fluírem. - ... Eles foram mortos da maneira mais cruel que já pude ver na minha vida.

-Ver?

-Meu coração estava com eles, e minha alma também. – uma bruxa. – E o mesmo monstro que nasceu com a vida dos meus filhos levou a vida da minha filha... minha menininha.

-Entendo todo o seu ódio... mas eu nunca soube disso.

-É claro que não soube! – ela berrou. – Nunca se importou. Viveu sua vida feliz em um castelo confortável enquanto eu tinha que me virar, fazer o possível para criar as minhas filhas. E você nunca ligou para aqueles a sua volta, apenas com o poder!

-Não deve estar tão errada. – dei de ombros. – Mas como mãe, você sabe que eu vou dar minha vida e a vida do mundo inteiro para proteger os meus filhos. – voltei a erguer a espada. – Se achou que teria alguma vingança aqui, você se enganou.

-Não quer nem saber o meu nome antes de me matar? – ergui o escudo e ataquei.

-Mortos são mortos. -  ataquei com toda a minha força, riscando a espada com a mulher... a pobre mulher que deu a vida a vida do meu filho. Mas qual culpa eu tinha nisso?

-Os Deuses não se esquecem. – ela gritou comigo enquanto eu girava o corpo em uma consecutiva bateria de golpes bem articulados, que a fizeram arfar com o esforço.

-Os Deuses não se importam. Ou a magia de sangue do meu marido não teria funcionado. – disse com a voz calma, ao largar meu escudo no chão. – Os Deuses só querem sangue.

Fiz algo que ela não esperava.

Segurei seu escudo com uma mão, me desviando da sua espada e atravessei a minha pelo seu peito.

Ela gargalhou e cuspiu em mim, que se não tivesse me esquivado teria atingido meu rosto. Abaixei ela com calma até o chão, sangue começava a brotar em sua boca.

- Vá e se encontre com os seus filhos.

Deixei seu corpo no chão e quando voltei a me levantar, olhei para o céu. Jon lutava com Gelo, três dragões o atacavam com fúria, mas pareciam não saber muito bem o que estavam fazendo, mesmo assim, poderiam muito bem mata-lo. Nagga chegou voando com rapidez, arrancando o dragão azul escuro de cima de Gelo, que quando se viu mais aliciado conseguiu arrancar um pedaço da asa do dragão de um marrom escuro.

-Olá Heron. – murmurei sorrindo. “Nascido de sangue e dor. Poderia ser diferente”.

Quando voltei a olhar para o campo de batalha, vi meus homens morrendo estraçalhados por dragões e os mais afastados foram sendo queimados.

 Suspirei.

Meus olhos se encontraram com os que estava procurando. Lilases e furiosos. Girei a espada nos dedos e segui em frente.

Meus olhos ficaram dourados e a fúria incandescente do meu dragão chegou até meu coração, o queimando totalmente.

-Vamos acabar logo com isso. – falei ao montar Rhaegal, igualando meu maior inimigo. – Do modo que começou.


Notas Finais


Obrigada por ler. ^-^
Quase no final pessoal..


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