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História Sangue Negro - A Lembrança Mais Feliz


Escrita por: Biiimiranda

Notas do Autor


Oi meus amores!

Não me demorarei aqui porque imagino que estejam ansiosos para o último dia antes do casamento. Só o que posso dizer é: preparem seus corações para a despedida da Hermione e do Severo...

- B

Capítulo 20 - A Lembrança Mais Feliz


Guardei as roupas que escolhi na minha mochila, a equipando com um feitiço indetectável de extensão. Pretendia me arrumar no banheiro dos monitores-chefes no quinto andar, para surpreender Severo.

Estava tão ansiosa para o jantar que mal vi as aulas da manhã passarem. Como Harry e Rony não tinham aula comigo naqueles períodos, eu passei as aulas fantasiando, enquanto as borboletas no meu estômago se movimentavam. Isso me causou a perda de apetite no almoço. Rony quase me agradeceu, assim sobrava mais comida para ele.

A aula de transfiguração quase me levou às lágrimas, só de pensar que se nada desse certo, eu poderia nunca mais ver a face bondosa da professora McGonagall com aquele seu jeito protetor e gentil. Aparentemente a professora tinha completa consciência da minha situação, pois no final da aula fez questão de me dar um abraço.

– Volte logo, não sei o que farei sem minha melhor aluna – sussurrou segurando o meu rosto, antes de me deixar sair da sala.

Se Flitwick também tivesse uma atitude como McGonagall, eu não conseguiria conter o choro que estava entalado na minha garganta. Mas ele não deveria estar a par das circunstâncias que me tirariam de Hogwarts, o que foi um alívio.

A última aula do dia seria com Severo. E poderia ser também a minha última aula com ele na vida. O pensamento fazia meus olhos marejarem. Mas eu me controlei, certamente atrairia uma atenção indesejada se começasse a chorar. 

Severo continuava com seu jeito rude e frio, mas eu sabia que era tudo fingimento. Ele caminhava pela sala lançando olhares ferinos a todos os alunos que não pertenciam a sua casa. Depois de exigir silêncio, ele finalmente começou a falar.

– Patronos. Quem poderia me dizer o que é um patrono?

Rapidamente minha mão se ergueu. Porém, outras pessoas também se propuseram a responder e eu tinha completa certeza que ele escolheria qualquer outro, como sempre.

– Srta. Granger.

Eu demorei alguns instantes para realmente compreender que ele me escolhera. Isso era sério? Notei que alguns alunos pareciam tão surpresos quanto eu. Harry estava com os olhos arregalados e os corria de Snape para mim, enquanto Rony apenas se mantinha boquiaberto.

Deixando os outros de lado, me concentrei em responder sua questão.

– O patrono é um tipo de energia positiva, uma projeção da própria coisa de que o dementador se alimenta: esperança, felicidade, desejo de sobrevivência, mas ele não consegue sentir desesperança, como um ser humano real, por isso o dementador não pode afetá-lo. O patrono tem aspecto único para cada bruxo que o conjura. Para conjurá-lo é preciso utilizar o feitiço Expecto Patronum, que só fará efeito se o bruxo estiver concentrado, com todas as suas forças, em uma única lembrança muito feliz.

– Muito bem – saudou-me e até os sonserinos arregalaram os olhos para o mestre. Severo nunca fizera um único elogio para mim em todos aqueles anos, então era normal que ficassem escandalizados. – Gostaria de fazer uma demonstração, Srta. Granger?

Eu devo ter ruborizado além da cor dos tomates. Mas concordei com um meneio de cabeça. Levantei da minha carteira e fui até a frente da turma. Ergui a varinha e vasculhei a minha mente a procura da lembrança mais feliz que eu tinha. No entanto, olhando o homem de vestes negras que me observava do outro lado da sala, eu percebi que tinha uma excelente memória para utilizar.

Expecto Patronum – murmurei.

O fio prateado saiu da minha varinha e começou a tomar forma. Eu estava esperando minha lontra aparecer, mas a luz intensa diminuiu de tamanho. Arregalei os olhos ao ver a borboleta prateada voar na minha frente. 

Meu patrono mudou. Porque minha lembrança feliz não era mais Harry e Rony me salvando do trasgo montanhês no primeiro ano, era outra. Era Severo.

A borboleta atravessou a sala e circulou Severo, pousando em seu ombro. Eu percebi pelo seu olhar que ele estava surpreso e contente, contudo apenas eu parecia ver aquilo. Os outros alunos ainda pareciam surpresos com a minha demonstração. Harry e Rony estavam confusos e intrigados pela forma do meu patrono ter mudado.

– Excelente, Granger. Dez pontos para a Grifinória – Severo disse e eu achei que o mundo fosse acabar.

A classe ficou em silêncio absoluto. Ninguém acreditava que Snape daria pontos para a Grifinória e ainda me elogiaria em uma única frase. Os sonserinos pareciam prontos para carregar o professor para a Ala Hospitalar, enquanto o restante da turma olhava para Snape como se ele tivesse enlouquecido.

Severo caminhou na minha direção e voltou à frente da classe, com o meu patrono ainda grudado ao seu ombro. Ele me lançou um pequeno sorriso divertido quando ninguém mais poderia ver seu rosto, a não ser eu. Então, virou-se para a classe e assumiu sua carranca.

– É exatamente isso que treinarão hoje. É um feitiço avançado e não espero que consigam rapidamente. Comecem! – Os alunos continuaram imóveis, estavam incrédulos demais para agir. Então Snape os incentivou com um grito. – O que estão esperando?

Prontamente, os alunos começaram a se movimentar. Todos que fizeram parte da Armada de Dumbledore não pareciam preocupados em realizar o feitiço, mas a atitude de Snape deixou todos perdidos e desconcentrados para conjurar o patrono de primeira.

Alguns minutos depois, o susto pareceu ter passado e vários patronos circulavam pela sala. Não pude deixar de notar que Malfoy não conseguia conjurar seu patrono. Na verdade, uma grande parte dos alunos da Sonserina parecia ter dificuldade. Era curioso.

Quando o sinal tocou, todas os patronos corpóreos sumiram no ar e os alunos começaram a sair da classe. Harry e Rony trocaram olhares durante a aula inteira e eu sabia que isso significaria montes de perguntas antes do jantar. 

Jantar

Aí Merlin! Eu tinha que ir me arrumar... Mas tinha que me despedir dos meninos.

– Srta. Granger – a voz de Severo me despertou e eu o olhei. – Posso falar com a senhorita um instante?

Os meninos se entreolharam e eu vi Rony se aproximar com o peito estufado e a cara de poucos amigos. O que ele pretendia fazer? Antes que eu pudesse descobrir, Harry o puxou pelo braço, arrastando-o para a porta da sala.

– Vamos te esperar aqui fora – murmurou o moreno atirando Rony no corredor.

Quando a sala já estava vazia, Severo lançou um feitiço silenciador na porta e se aproximou. Eu sorri e o abracei pelo pescoço. Ele levou as mãos às minhas costas e me deu um beijo na testa.

– Então, o patrono da senhorita mudou. Posso saber o motivo? – questionou com uma sobrancelha erguida.

– Pode – confirmei aproximando meu rosto do seu. – É que a minha lembrança feliz é você, Severo.

Eu o beijei com vontade e ele me correspondeu à altura, agarrando minha nuca e me puxando para mais perto do seu corpo. Eu sentia sua língua acariciar a minha e pedir por mais. Eu daria tudo a ele. Mas tive que me afastar, o que o deixou confuso.

– Harry e Rony estão me esperando – murmurei com pesar. – Não posso demorar.

– Ora, esqueça os cabeças-ocas – sussurrou ao pé do meu ouvido com aquela voz rouca e arrastada que eu amava. – Fique comigo.

Tive que usar todas as minhas forças para me afastar dele, que já distribuía beijos pelo meu pescoço.

– Por mais tentadora que seja a sua proposta, você sabe que eu não posso – repeti a frase que ele usara comigo mais cedo e ele deu um sorriso torto. – Nos vemos no jantar.

– Tudo bem – concordou resignado.

Eu fiquei nas pontas dos pés para lhe dar um beijo casto nos lábios e me afastei de vez. Peguei minha mochila e a joguei nas costas, antes de caminhar até a porta. Lancei-lhe um beijo e sai da sala.

– O que Snape queria tanto falar com você? – Rony inquiriu assim que pisei no corredor.

Harry parecia tão surpreso quanto eu com a atitude dele. Eu precisei inventar uma desculpa convincente e rápida.

– Ele só queria me avisar que as poções que eu tomo com Madame Pomfrey seriam alteradas. Apenas isso – murmurei.

– Então por que demorou tanto tempo lá dentro? Madame Pomfrey não poderia te avisar? Por que Snape...

– Snape faz minhas poções, Rony! – eu o interrompi. – Ele sabe composições que Madame Pomfrey não sabe. Eu demorei porque ele estava me explicando as mudanças.

– Deixe isso para lá – Harry tentou apaziguar. – Vamos para o Salão Comunal guardar as mochilas e depois jantar. Tenho certeza que seu humor melhorará quando comer.

O caminho até a torre da Grifinória foi silencioso. Rony parecia cada vez mais emburrado e Harry permanecia quieto, com receio de reiniciar nossa discussão. Os dois subiram para o dormitório masculino e logo voltaram ao salão comunal. Harry deveria ter falado com Rony, pois o ruivo parecia mais manso. Conversamos um pouco enquanto o horário do jantar não começava e eu percebi o quanto sentiria falta daqueles dois.

Cogitei contar a eles sobre tudo, mas desisti. Eles não precisavam saber. E contar só tornaria o clima ruim. Essa era a última coisa que eu queria; passar minha última noite segura, me lamentando com os meus amigos. Pelo menos, a ignorância nos permitia rir de algumas piadas ruins.

Quando saímos do Salão, eu os acompanhei até metade do caminho. Os dois perceberam que eu parara no meio do corredor e se aproximaram.

– Eu tenho um exame amanhã e preciso que ficar de jejum essa noite – menti. – Vou para a Ala Hospitalar mais cedo.

Eles pareceram surpresos com a notícia repentina, mas não questionaram. Percebi que eles se afastariam com despedidas breves e então os puxei para um abraço apertado. Eu não iria correr o risco de não me despedir dos dois dignamente, sabendo o que me aguardava no dia seguinte.

O que começou com um abraço carinhoso entre nós três, acabou com Harry caindo de joelhos no chão com a mão na testa, sobre sua cicatriz. Foi então que eu entendi. Harry sentia dor quando encostava em mim, porque eu era filha de Voldemort. Antes, o colar de Severo impedia essa conexão, mas agora eu não podia mais encostar no meu melhor amigo.

Rony ajudou Harry a se levantar e ele murmurou que estava tudo bem. Os dois voltaram a se despedir com acenos e foram em direção ao Salão Principal. Eu fingi que iria para a Ala Hospitalar, e assim que eles se afastaram, eu corri para o quinto andar. Precisava me arrumar.

 

Olhei uma última vez meu reflexo no espelho do banheiro dos monitores-chefes. Eu escolhera um vestido cinza simples para vestir e saltos pretos. Achei que Severo me expulsaria dos seus aposentos se vestisse vermelho, então optei por algo que o agradaria e não me faria parecer tão sonserina. Deixei os cabelos soltos e só os ajeitei com feitiços para domá-los. Passei uma maquiagem leve e quando já estava satisfeita, joguei minha capa por cima dos ombros. Não queria chamar a atenção do restante do castelo aparecendo toda arrumada.

Desviei dos corredores principais para cruzar com o mínimo de pessoas possível até as masmorras. Eu precisava agradecer Harry pelas dicas do mapa do maroto, foram muito úteis. Respirei fundo quando alcancei a sala de Severo e bati à porta. Estava nervosa e nem sabia exatamente porquê. Eu vivia naquele lugar, não havia motivo.

Ou era o que eu achava. Até o “motivo” abrir a porta.

Severo vestia apenas uma camisa branca e suas típicas calças negras. Pelos cabelos úmidos, ele deveria ter saído do banho recentemente. Estava lindo como sempre. 

Ele sorriu ao me ver e abriu espaço para que eu entrasse na sala. Fiquei espantada ao ver a mudança do lugar. Onde ficavam as poltronas, o sofá e a mesa de centro, estava uma mesa alta e redonda, com duas cadeiras de estofados negros. A mesa estava arrumada para dois, com um candelabro aceso no meio, e vários tipos de pratos servidos. O aroma da comida estava incrível. E mais incrível ainda, estava aquela cena montada em frente à lareira fumegante.

Senti as mãos de Severo nos meus ombros e ele puxou a minha capa cuidadosamente. Virei-me para ele, assim que senti o peso da capa sumir, e ele pareceu surpreso. Ergueu uma sobrancelha ao me fitar da cabeça aos pés.

– Onde a senhorita vai? – indagou bem humorado.

Envolvi seu pescoço com os braços e aproximei nossos rostos. Ele se adiantou e me puxou pela cintura.

– Fui convidada para um jantar e ouvi dizer que o homem por quem sou apaixonada estaria presente.

Ele sorriu.

– Tudo isso é para mim? – questionou e eu assenti. – Você está ainda mais linda, Hermione.

Severo acabou com o espaço que havia entre nossos rostos e selou nossos lábios. Sua língua pediu passagem e eu permiti que ela se enroscasse na minha. Era uma beijo apaixonado e lento. Senti sua mão acariciar meu rosto em um pedido mudo para que eu não me afastasse. Mas tudo o que eu queria era chegar mais perto. Infelizmente, o oxigênio nos faltou e tivemos que partir o beijo.

Ficamos longos segundos apenas nos olhando, enquanto nossas respirações aceleradas se normalizavam. Acariciei os cabelos da nuca dele e ele sorriu com o carinho. Postou um beijo casto nos meus lábios e me guiou até a mesa.

Ele puxou uma das cadeiras para que eu pudesse sentar e então, foi ocupar a outra. A comida estava maravilhosa, os elfos capricharam. Eu me perguntava o que Severo ofereceu a eles para receber um jantar tão impressionante.

 

Assim que terminei a sobremesa, Severo levantou de seu lugar e caminhou até as minhas costas. Eu esperei para ver o que ele faria. Um pingente passou na frente dos meus olhos e ele o deixou pousar no meu colo. Tirei os cabelos do seu caminho e ele prendeu a corrente na minha nuca.

Enquanto eu olhava para o pingente, ele voltou a ocupar sua cadeira. Era o colar que ele me dera quando criança e eu praticamente destruí quando perdi o controle. Severo conseguiu consertá-lo outra vez. Eu sorri abertamente para ele. Amava aquele colar e ainda mais pelo significado que ele tinha para nós dois. Levantei da minha cadeira e o abracei. Ele retribuiu o carinho e me puxou para sentar de lado em seu colo.

– Você conseguiu – murmurei ainda agarrada ao seu pescoço. – Muito obrigada.

– Não precisa agradecer – replicou gentil. – Gosto de vê-la usando esse colar. Ele é perfeito para você.

– Você que é perfeito para mim, Severo – comentei e ele me deu um beijo casto nos lábios. – Tem algum feitiço nele?

– Não – respondeu após um suspiro. – Se eu colocasse o feitiço, ele inibiria sua magia. E amanhã, eu prefiro que você esteja em plena forma para se defender se algo sair do controle.

Concordei com um meneio de cabeça. Ele acariciou meu queixo com o polegar e soltou meu lábio inferior, que eu nem percebera morder. Severo aproximou o rosto do meu pescoço e distribuiu alguns beijos pela pele, enquanto eu afagava seus cabelos. Um arrepio percorreu meu corpo quando ele deu uma leve mordida no lóbulo da minha orelha.

– Você não tem que se preocupar com isso hoje – sussurrou e eu quase desfaleci.

Um de seus braços segurou firmemente a minha cintura e o outro passou embaixo dos meus joelhos. Inesperadamente, ele levantou da cadeira comigo no colo. Um aceno rápido de varinha fez as cadeiras e a mesa, com tudo que havia sobre ela, sumirem. Severo sentou no tapete em frente à lareira e me ajeitou para sentar entre suas pernas. Eu encostei as costas no seu peito e ele fez um carinho gostoso na minha cabeça. Entrelacei meus dedos na mão dele que envolvia minha cintura, e apoiei a outra mão em seu coxa. Ele não reclamou.

Aquilo era tudo o que eu queria e precisava. Ficar perto dele. Com ele. Eu não queria me afastar nem um centímetro daquele homem e só de pensar que na manhã seguinte eu estaria casada com Greyback e longe de Severo, eu sentia a garganta secar e a vista nublar. Se nada desse certo, eu queria lembrar daquele último momento de paz com ele.

Ficamos alguns minutos em silêncio, apenas admirando o fogo estalar na lareira. Não era um silêncio constrangedor. Pelo contrário, era aconchegante. Severo me deu um beijo no meu rosto e eu me virei, ajoelhando entre suas pernas, para ficar de frente para ele. Abracei seu pescoço, mexendo em seus cabelos, enquanto ele acariciava minha cintura. Seus olhos negros estavam fixos nos meus e eu percebi que não precisávamos de palavras para saber que nós pertencíamos um ao outro. E nem Greyback, nem voto perpétuo algum, mudaria isso.

Beijei Severo como se nunca mais foi fazê-lo na vida e ele correspondeu à altura. Enquanto nossas línguas se acariciavam, ele segurou minha nuca e com a mão livre, alisou uma de minhas coxas. Eu suspirei contra sua boca e ele entendeu como um incentivo, puxando minhas pernas para enroscar no seu quadril.

Meu estômago se contraiu em expectativa e meu baixo ventre formigou ao sentir um volume se formar nas calças de Severo. Ele me puxou mais para perto e eu joguei a cabeça para trás para ele descer seus beijos pelo meu pescoço e colo. Minha respiração ainda estava entrecortada pelo nosso beijo e era em vão tentar normalizá-la com a língua quente de Severo alisando a minha pele.

Seu corpo pendeu para frente e ele amparou minhas costas, para me deitar no tapete. Eu não resisti ao seu comando e me deixei levar. Ele deitou sobre o meu corpo, deixando suas pernas entre as minhas. Procurei por seus lábios e eles logo se chocaram contra os meus. Meu corpo parecia que entraria em combustão, pedindo cada vez mais dele.

Deixei minhas mãos correrem da sua nuca para as suas costas e então para o seu peitoral. Abri às cegas os botões da sua camisa ainda entretida com os beijos de Severo. Vendo a minha dificuldade, ele arrancou a própria camisa e a jogou em algum canto da sala. Quando seu tórax ficou nu e disponível para as minhas mãos, eu não tardei a acariciá-lo, sentindo seus músculos contraírem sob meus dedos.

Suas mãos correram para as minhas coxas e ele ergueu um pouco a barra do meu vestido, para ter mais acesso. Suas carícias e leves apertos nos lugares certos estavam me enlouquecendo. Seus beijos voltaram a percorrer o meu colo e ele explorou meu decote. Eu arranhei suas costas em incentivo e ele puxou minhas coxas para envolver seu quadril. No instante que nossas intimidades, ainda cobertas, se chocaram, nós soltamos gemidos satisfeitos. Aquele homem iria me matar se continuasse me provocando daquele jeito.

Entre beijos e carícias, Severo segurou meu quadril e amparou minhas costas, antes de levantar do chão comigo grudada em seu corpo e caminhar até o quarto. Ele sentou na cama, enquanto eu me mantinha em seu colo, e deslizou as mãos pelo zíper do vestido nas minhas costas. Severo o abriu lentamente, em uma tortura maravilhosa, aproveitando para alisar minhas costas. Suas mãos subiram aos meus ombros e desceram as alças do vestido. O percurso delas foi seguido por seus lábios, que tornaram a beijar meus ombros e meu colo avidamente. 

Eu me afastei abruptamente, levantando do seu colo e Severo pareceu surpreso e preocupado. Mas eu apenas deixei o vestido deslizar pelo meu corpo, caindo ao redor dos meu pés. Eu optara por não usar sutiã e vestia apenas uma calcinha de rendas pretas. Seus olhos percorreram meu corpo seminu e eu senti um arrepio de excitação correr pelo meu corpo. Desci dos saltos para voltar a me aproximar e depositei um beijo em seus lábios.

Severo espalmou as grandes mãos nas minhas costas e girou nossos corpos, fazendo com que eu caísse sobre os lençóis macios. Seus lábios abandonaram os meus para deslizar pelo meu colo. Suas mãos tomaram meus seios, massageando-os, e eu arfei. Sua boca desceu pelo vale entre os meus seios e então abocanhou o seio direito, fazendo-me envergar as costas de prazer. Ele sugava e mordiscava o mamilo com propriedade e experiência. Quando já o tinha deixado avermelhado, sua boca correu para o outro seio, fazendo o mesmo ritual.

Sua mão livre desceu pela minha barriga até o meio das minhas pernas. Seus dedos acariciaram a superfície da minha calcinha, fazendo uma leve pressão na minha intimidade. Eu gemi baixinho e isso estimulou Severo a continuar com as carícias, até que seus dedos contornaram o tecido para me tocar. Ele suspirou ao perceber o quão molhada eu estava. Seu polegar se arrastou sobre o meu clitóris e eu não consegui conter um gemido alto.

Eu arranhava suas costas e afagava seus cabelos para aliviar a tensão e isso só o estimulava mais. Seus lábios deixaram meus seios para percorrer a minha barriga até a minha calcinha. Ele me lançou um olhar sedutor e começou a tirar a peça pelas minhas pernas. Quando eu já estava completamente nua, Severo perdeu alguns segundos me admirando. Eu senti meu rosto queimar e ele sorriu quando se ajoelhou entre as minhas pernas.

– Você é linda, Hermione – murmurou e sua voz parecia ainda mais rouca do que de costume. – Não precisa ter vergonha.

Eu não tive tempo de dizer nada, ele começou a distribuir beijos pelas minhas coxas. Seus lábios subiam em direção a minha virilha e eu agarrei os lençóis, me preparando para o que viria. Sua língua se arrastou pela minha intimidade e, mais uma vez, eu enverguei as costas e gemi. Ele continuou a me torturar com a língua e vez ou outra mordiscava e sugava meu clitóris. Remexi meu quadril contra sua boca, pedindo por mais, e ele agarrou minhas coxas, me puxando para mais perto. Se é que era possível. Minhas mãos se embrenharam em seus cabelos negros e eu implorei por mais. Ele aumentou a velocidade dos movimentos e eu senti meu ventre se contorcer.

– Severo... – gemi – Eu...

Eu não consegui terminar a frase, um gemido alto escapou da minha garganta, enquanto espasmos percorriam o meu corpo inteiro. Uma euforia maravilhosa tomou conta de mim e eu joguei a cabeça para trás extasiada. Minha respiração estava completamente irregular e meu coração batia descompassado no peito.

Severo subiu seus beijos pela minha barriga, seios, pescoço e então, alcançou meus lábios, depositando um beijo casto neles.

– Está tudo bem? – questionou com um sorriso carinhoso, enquanto tirava alguns fios de cabelo do meu rosto.

Não consegui responder com palavras, então simplesmente o puxei para um beijo mais urgente e demorado. Ele acompanhou o meu ritmo e levou as mãos às minhas coxas, puxando-as para envolver seu quadril. Eu senti o volume em suas calças se chocar contra a minha intimidade nua e pulsante, e levei as mãos ao cós da sua calça para arrancá-la dali. Eu precisava dele. Imediatamente.

Atendendo ao meu pedido, Severo se afastou, levantando da cama, e tirou o restante de suas roupas de uma vez. Eu arfei ao vê-lo completamente nu. Ele era maravilhoso e... Enorme. Meu ventre se contorceu novamente e minha intimidade latejou. Ele sorriu com a minha análise e ergueu uma sobrancelha convencido. Então, voltou a deitar sobre o meu corpo e me beijou.

Eu senti seu membro roçar na minha virilha e meu corpo estremeceu. Ele afastou o rosto do meu vagarosamente e o acariciou com carinho. Percebi uma preocupação passar por seus olhos. Mas antes que eu pudesse questioná-lo, ele externou seus pensamentos.

– Hermione, você tem certeza?

Sorri pelo seu cuidado e afastei seu cabelo do seu rosto, para vê-lo melhor.

– É a minha única certeza – murmurei convicta.

Eu tentei beijá-lo, mas ele desviou o rosto. Olhei para ele confusa e ele prosseguiu.

– Você não entende? Isso pode quebrar o voto perpétuo e te matar. – Seu rosto se contorceu com a possibilidade. – Eu nunca me perdoaria.

Acariciei seu rosto com carinho.

– Se eu pudesse escolher, preferiria morrer nos seus braços sabendo que sou sua – repliquei. – Eu amo você, Severo.

Seus lábios atacaram os meus e eu entendi que ele não precisava de mais para se convencer. Durante o beijo, senti algo leve tocar minha testa. Abri os olhos para ver do que se tratava e vi várias pétalas de rosa vermelhas surgirem no ar e caírem sobre nossos corpos. Severo estava fazendo aquilo? Era lindo.

Ele percebeu a minha distração e sorriu para mim.

– Sua magia é incrível, Hermione.

Era eu? Acho que estava feliz demais.

Severo tornou a distribuir beijos pelo meu rosto e então ficou um tempo me olhando. Senti seu quadril se posicionar contra o meu e seu membro se arrastou vagarosamente pela minha intimidade.

– Promete que me dirá se sentir dor? – indagou.

Eu apenas assenti. Ele me beijou carinhosamente e segurou meus quadris com firmeza. Arfei ao senti-lo começar a me penetrar e ele partiu o beijo para encostar a testa na minha, observando atentamente meu rosto. Severo se movia devagar, me penetrando centímetro por centímetro, para que eu me acostumasse. Até que ele parou de avançar.

– Você vai sentir um pouco de dor agora, então tente relaxar. – Eu percebi em seu tom a preocupação – Olhe para mim.

Olhei para aquelas ônix profundas que ele chamava de olhos e me perdi no carinho que vi nelas.

– Eu amo você, Hermione.

O choque de suas palavras acompanhou a dor por ele ter se arrastado mais profundamente em mim. Ele parou de se mexer, para esperar que eu me acostumasse a ele. Sua respiração estava tão entrecortada quanto a minha. Mas no meu caso era diferente. Ele disse que me amava.

Puxei seu rosto para beijá-lo e ele atendeu prontamente ao meu pedido. Remexi levemente o quadril em um estímulo mudo para que ele continuasse e ele o fez.

Seus movimentos eram lentos e cuidadosos. Eu sabia que ele estava em uma luta interna para se controlar e não acabar me machucando. Eu o amava por isso, mas meu corpo parecia querer cada vez mais. Agarrei-me às suas costas e gemi baixinho em seu ouvido. Para estimulá-lo, movimentei meu quadril contra o dele. Ele gemeu.

– Eu quero mais, Severo – pedi.

Ele tinha enterrado a cabeça nos meus cabelos e voltou a me encarar.

– Eu não quero te machucar – murmurou.

– Você não vai me machucar. Eu preciso de você.

Ele apoiou ainda mais o peso do seu corpo em um dos braços ao lado do meu corpo e segurou com mais determinação meu quadril. Então, suas estocadas ficaram mais firmes e mais rápidas.

O quarto se encheu com os nossos gemidos. Meu corpo se contraia com todos os estímulos; os beijos de Severo, meus seios roçando em seu peito enquanto eu arranhava suas costas e puxava seus cabelos, as estocadas precisas... Tudo fazia meu corpo incendiar.

Mas assim que senti os anúncios do meu orgasmo, eu implorei para o meu corpo aguentar mais um pouco. Eu não queria que acabasse. Não queria me separar dele. Queria que o tempo parasse para poder ficar com Severo para sempre, como um só.

Meu corpo não atendeu meu pedido. Severo me penetrava rápido e forte e parecia a ponto de gozar também. Ele gemeu quando eu senti meu ventre se contrair e os espasmos foram acompanhados de um gemido alto que escapou da minha garganta.

– Severo – gemi seu nome no ápice do meu prazer.

– Hermione – ele correspondeu se derramando em mim.

Seu corpo desabou sobre o meu. Estávamos exaustos e satisfeitos. Ele tornou a se apoiar nos próprios braços e me olhou com carinho. Quando fez menção de sair de dentro de mim, eu o impedi com as pernas.

– Fica mais um pouco – pedi.

Ele assentiu e acariciou meu rosto. Eu não queria me afastar dele, não queria me separar dele. Eu não queria perdê-lo. Mas quando a manhã chegasse, eu teria que me casar com Greyback. Senti meus olhos queimarem e marejarem. Era tão injusto.

Severo percebeu e me envolveu com seus braços. Eu retribui o abraço e afundei o rosto em seus cabelos.

– Está tudo bem – ele murmurou no meu ouvido. – Eu não vou deixar nada te acontecer.

– Eu te amo.

Eu precisava que, independente do que acontecesse, ele soubesse que eu o amava e nada mudaria isso. Ele se afastou apenas o bastante para olhar nos meus olhos.

– Eu também te amo.

Seus lábios tomaram os meus em um beijo carinhoso e aos poucos eu fui me acalmando. Quando percebeu que eu já estava melhor, ele saiu de dentro de mim e se deitou na cama, me puxando para o seu peito. Eu o abracei fortemente e ele retribuiu, afagando os meus cabelos.

Eu estava exausta do sexo, mas me recusava a dormir. Não queria perder nem um segundo da companhia de Severo. O vi desviar os olhos para o relógio ao lado da cama e ele sorriu para mim.

– Feliz aniversário, Hermione.

Ele se inclinou e me deu um beijo apaixonado. Então, puxou as cobertas que estavam nos pés da cama e nos cobriu. Ficamos agarrados um ao outro por um tempo que eu não poderia quantificar, até que os carinhos de Severo me fizeram me render ao sono.


Notas Finais


Snape sempre carinhoso com a Hermione. Sempre. ❤️

Quem não quer um presente de aniversário desses? Hahaha Não avisei que tinham cenas picantes para não estragar a surpresa. ;)

Sobre a cena da aula de Defesa... Sev fez o que sempre quis fazer; elogiar a Hermione e dar os pontos que ela merece. Mesmo que eles fossem para a Grifinória.

"Aí, você mudou o patrono dela." Mudei. A J.K. comentou certa vez que a lembrança feliz da Hermione era a do Harry e do Rony a salvando do trasgo. Logo, se ela mudou de lembrança, para o Snape, natural mudar o patrono.

"Mas por que essa fixação por borboletas, sua autora maluca?" É uma homenagem ao Alan Rickman, porque o "último" trabalho dele em vida foi dando voz à borboleta azul de Alice através do espelho, Absolem.

Bem, preparem-se para o casamento...

- B


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