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História Sanguine Ardeo - Medo?


Escrita por: MorbidVision

Notas do Autor


Sexta feira 13, não podia deixar de publicar, certo? Boa leitura

Capítulo 6 - Medo?


      Iam amore virginali totus ardeo.

Circa mea pectora multa sunt suspiria

De tua pulchritudine, que me ledunt misere.

Tui lucent oculi sicut solis radij,

Sicut splendor fulguris, qui lucem donat tenebris.

(Agora o amor virginal a tudo queima.

Em meu peito, muitos são os suspiros

por tua beleza, que me ferem intensamente

Teus olhos brilham como raios de sol

Como o brilho do relâmpago, que traz luz à escuridão).

-Stefani narrando-

Finalmente os cães me guiam até essa mansão no meio do nada, vejo alguns escravos sentados em torno a uma fogueira com um xamã vestindo uma máscara, estou a uns 200 metros deles então paro, como se tivesse uma barreira na minha frente. Olho para o chão e minha visão embaralha e então olho para frente dou de cara com a máscara assombrosa do xamã e acabo desmaiando com tamanha pressão sob mim.

Acordo amarrado no chão em uma espécie de porão, está com um cheiro forte de coisas mofadas e estou envolto de muitos ornamentos de prata e imagens, até que aparece uma criança negra em minha frente curiosa, começa a me olhar dos pés a cabeça e depois sai correndo rindo. Aquele que era o xamã se aproxima de mim, um homem negro marcado pelo seu cruel destino (que cujo eu já havia experimentado uma vez). Ele olha bem nos meus olhos e fala

_Eu sei muito bem o que senhor fez na noite passada, e não é a primeira vez de muitos séculos, estou correto?

_Sim, o senhor está correto.

_Deixe-me apresentar, sou Ethan, batizado aqui pelo cristianismo, mas meu nome de nascimento é N'iang. Apesar da escravidão ter sido abolida há algum tempo, ainda vivemos aqui isolados como tal. Mas o meu real motivo de estar aqui é que queremos propor uma troca com o senhor, a nossa liberdade e metade do dinheiro guardado e o senhor pode ficar com tudo aqui para recepcionar os seus amigos. Se o senhor não precisasse tanto, não teria vindo aqui. O que Milord acha da proposta?

_Muito tentadora a sua oferta N'iang, mas não sou nenhum lord mas vou aceitar a sua proposta sim. Mas vocês precisam de documentos...

_O senhor não precisa se preocupar quanto a isso, já está tudo resolvido. O senhor tem o que se orgulhar depois de tantos séculos servindo à algo que não lhe beneficiava em nada. Fez algo de bom apesar da sua maldição, pelo menos isso. Tenho pena do senhor. Iremos sair hoje ao meio dia é o mesmo horário que o senhor começa a dormir, aproveite a estadia, ninguém visita esse lugar.

_Obrigado! (Nunca me senti tão intimidado por um mortal antes, parecia que a presa virara o predador. Pela primeira vez em séculos senti medo)

N'iang se retira do lugar e logo caio no sono profundo do dia, sou acordado ao anoitecer por um vulto na porta. O lugar está vazio, antes cheio de ornamentos, também não estou mais amarrado e sigo em direção à casa. Deixaram o caminho todo limpo e tranquilo, acredito ter sido uma troca justo, guardarei esse dia em minha amaldiçoada alma. A casa é perfeita para Lady Ekatherine, grande e com poucos quartos, mas a perfeição está em seu porão imenso, lugar ótimo para todos repousarem.

Sigo em direção ao casebre, o estranho é que os escravos não deixaram uma marca sequer de rastros, quem realmente era aquele xamã? Melhor eu parar de pensar nisso e contar logo a novidade para todos.

Chego finalmente, todos estão preocupados espalhados em cada canto da casa, Ekatherine me olha e vem correndo à mim e me abraça

_Stefani, estava preocupada com você. Temia muito algo de ruim a você, da próxima vez leve alguém junto

_Obrigado pela preocupação Milady, no momento quem estava comigo não estava apto para a missão. (falo enquanto olho para Mary que fica olhando para o chão sorrindo)

Ekatherine olha para Mary com desconfiança mas não fala nada sobre, só retorna seu olhar para mim e me abraça novamente, então falo:

_Bom, a grande novidade é que temos um lar perfeito para todos, podemos aproveitar e ir para lá agora, não precisam levar muita coisa daqui desse lugar, lá na mansão já tem tudo preparado.

Todos me olham com admiração, sinto uma sensação leve de dever cumprido e vou preparar as minhas poucas coisas para a viagem

Então ao chegar na mansão, todos vão arrumando as suas coisas, Ravenna arruma as suas coisas e vai explorar o jardim, Ekatherine olha Mary pela janela e vai correndo ao seu encontro.

Estou escorado na sacada olhando para o céu e Tomoe se aproxima de mim por trás e me abraça e então alisa a sua mão no meu peito, chega próxima ao meu ouvido e fala:

_Que cara de preocupação é essa meu príncipe? (Ela se refere a mim como príncipe por conta de eu ser o predileto de Dracula)

_Não é preocupação Tomoe, é ansiedade. 800 anos de existência, você deveria ao menos saber diferenciar os sentimentos.

Tomoe se aproxima bem perto ao meu lado, faz uma expressão de arrogância olhando para o céu então começa a rir e fala com o mesmo ar de arrogância olhando para mim

_Hahahahaha, você me faz rir Stefani. Por isso gosto tanto de você. Você sabe que o meu forte nunca foi sentir. Sentimentos levam os mortais à morte e te levam também a essa ansiedade que está lhe consumindo. Me considero livre desse mal.

_É por isso que não existe beleza alguma dentro de você. Você está apodrecendo Tomoe, isso vai acabar te levando a perdição.

_Chega Stefani, você fala como se soubesse de tudo e sobre todos, mas tudo o que você faz é sentir pelos outros como se tivesse alguma responsabilidade sobre o que acontece com todos nós. Já não importa o que você carrega para si meu príncipe?

_Encarar a verdade é algo que ninguém quer, Tomoe, principalmente quando é para si que ela se volta. Não é escolha minha isso, nem estar aqui. Me sinto responsável por todos porque é para ser assim desde o princípio, sou predestinado à isso.

_Dracula mexeu com sua cabeça Stefani, assim como mexeu com a minha uma certa vez. Não se responsabilize demais, estamos todos aqui agora, reunidos. O que vamos fazer quanto a...

Tomoe é interrompida por um corvo voando e crocitando em minha direção, então eu pego o corvo com uma só mão ele começa a se debater e alcanço meus olhos em seus pequenos olhos negros, mas conforme vou os olhando, os seus olhos vão se transformando na mensagem em imagem enviada. Vejo um inferno com fogo vermelho se instalando em Londres, casas e tabernas em chamas e vários lobos espreitando pelos cantos dos estreitos becos à procura de algo, e até que surge um momento na mensagem que vejo Gustaf caminhando confiante vestindo um clássico traje de batalha viking da cor negra e empunhando um grande machado dourado com uma linda, grande e brilhosa pedra vermelha perfeitamente cravada e ornamentada com folhas douradas semelhante a uma rosa na ponta do cabo que então brevemente já a identifico e sei muito bem do seu enorme poder, me questiono rapidamente como ele tenha conseguido até que meu pensamento é interrompido por uma figura sombria surgindo ao seu lado, negra e curvada semelhante a um ancião, não consigo visualizar bem as suas características a não ser os seus enormes pés, penso logo e me questiono novamente de já ter visto algo semelhante à alguns séculos atrás até que me recordo rapidamente de quem realmente se trata e entro em desespero, largo o corvo que voa instantaneamente crocitando, pulo desesperadamente da sacada em direção à Ravenna e enquanto estou no ar grito:

_Apocalypsis Rubrum!

Caio no chão já vestindo meu traje de combate e empunhando a minha espada sedento por sangue lycan...


Notas Finais


Espero que esteja gostando, sinceramente gostaria de publicar o livro de uma vez só, mas o que seriam dos vampiros sem o mistério? Até a próxima


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