1. Spirit Fanfics >
  2. Santa Simpatia >
  3. Oferendas ao Deus Shukaku!

História Santa Simpatia - Oferendas ao Deus Shukaku!


Escrita por: LW_05

Notas do Autor


Mil desculpas leitores, eu dei uma sumida braba, mas como eu havia falado, desistir jamais. Eu travei foda nesse capítulo e tive minhas dúvidas sobre terminar nele, ou no próximo, mas alguns comentários me deram um pouco de confiança e resolvi expandir um pouco (mas pode deixar, não corri do tema principal, santa simpatia rs), com isso a fic se prolonga um pouquinho, mas creio que não chegue perto dos vinte capítulos não. (ainda me assusto com essa quantidade).

Sem mais demoras, me desculpem pela falta de profissionalismo, mas dando uma de G.R.R. Martin, melhor demorar e entregar algo com qualidade do que, né? x)

Boa leitura!

Capítulo 10 - Oferendas ao Deus Shukaku!


Ino fechou os olhos respirando pesado, sentir o corpo de Gaara colado no seu, a respiração dele em seu pescoço, era muito prazeroso. Quando ele começou a beijá-la então, precisou conter os gemidos lhe subindo pela garganta. Com delicadeza, empurrou o ruivo quebrando o contato, precisavam conversar antes de qualquer coisa.

Ino: Por que você ficou tão puto?

Gaara: Ino, tem coisas sobre mim que você não sabe, nem Temari na real... – Baixou a cabeça.

Ino: Vamos sentar ali, você vai precisar me contar tudo se ainda quiser que eu considere ter algo com você. – Apontou para um banco próximo a eles.

Gaara: Esses anos em que estive na minha cidade natal, meu pai praticamente me obrigou a substituí-lo nas empresas dele por lá. – Começou a explicar depois que se acomodaram.

Ino: Tema me contou...

Gaara: E foi além da minha vida profissional, essa nem Temari sabe. – Fechou os olhos por alguns segundos e voltou a encarar firme a loira ao seu lado. – Ele até arranjou uma futura esposa pra mim.

Ino: Oi?!

Gaara: Não cheguei a namorá-la, mas nas reuniões em que ele me forçava a ir e tals, ele sempre nos apresentava como futuros noivos. – Baixou a cabeça. – Quando eu era mais novo, briguei muito com ele, mas não adiantou nada, Ino. O cara é um vulcão em pessoa, eu teria que ser mais babaca que ele e honestamente, eu me sentia mal tentando superá-lo nesse quesito.

Ino: Tema comentou que você sempre foi uma boa pessoa... – Desviou os olhos para o chão.

Gaara: A menina também não queria, dava para notar que ela estava na mesma posição que eu, o pai dela é um dos sócios mais promissores do meu pai...

Ino: Ok, mas ainda não entendo a ligação disso com a gente aqui já que vocês não chegaram a namorar.

Gaara: Para o meu pai, eu já estou noivo! – Se encararam. – Eu sempre gostei de você também, Ino, mas por não conseguir enfrentar mais o meu pai, eu fugi. Vir pra cá foi uma desculpa para fugir dele, mas uma hora eu vou voltar para lá.

Ino: Você precisa superar isso!

Gaara: Sim...

Ino: Estamos no século XXI, digo, casamento arranjado? Oi?!

Gaara: O lance não é só casamento, é a minha vida inteira ser controlada por ele. Isso é bem comum em família com o porte da minha...

Ino: E se você aparecesse comigo, que é apenas filha de um microempresário local...

Gaara: Sim, seria pôr mais lenha no fogo. – Riu sem ânimo nenhum.

Ino: Gaara. – Respirou e soltou o ar devagar. – Eu não quero parecer egoísta, mas não teria sido mais fácil me contar tudo isso enquanto a gente conversava lá no começo do ano? Cada um com a sua cruz, me envolveu e me magoou com algo que não tem nada a ver comigo.

Gaara: Eu também fiquei meio chateado, pode parecer frescura minha e provavelmente é, mas eu estava pensando em como agir sobre toda essa situação em relação a você e ao meu pai e ai de repente, você foi e fez o que quis.

Ino: Como eu iria saber?!

Gaara: Se tivesse deixado as coisas rolarem naturalmente, acredito que a essa altura eu já teria desabafado com você. Ou não notou que eu te olhava toda hora, tentava manter assunto com você?  

Ino: Notar, eu notei, né?! Tanto que foi isso que me deu coragem de fazer a simpatia. – Cruzou os braços. – Mas eu não tenho bola de cristal, pra mim você só estava com medo de chegar em mim.

Gaara: Medo de chegar em mulher, Ino? Sério?! – Fechou a cara.

Ino: Você já chegou em alguma?! – Respondeu no mesmo tom.

Gaara: Eu...

Ino: Como? Se seu pai já tinha te empurrado uma e pelo que estou entendo você tem a vida vigiada por ele!

Gaara: Meus irmãos tentaram me ajudar sem ele saber... – Estava intimidado por Ino, ela havia atingindo seu ego.

Ino: Sim, isso Tema também me contou, que Kankurou te apresentou um monte de menina e mesmo assim, você não agia.

Gaara: Um monte? Se foram três foi muito, Kankurou só tem amigo homem e tão babacas quanto ele. – Ambos se encaravam de cara fechada.

Ino: Ah Gaara. – Levantou. – Confessa logo que nunca chegaria em mim e de nada por ter feito as coisas acontecerem entre a gente.

Gaara: Caralho, Ino! – Levantou também. – Eu tinha essa situação toda, como iriamos namorar sendo que não resolvi nada lá com o meu pai ainda?!

Ino: Quando você parar de fugir das coisas, eu volto a conversar com você. – Virou as costas. – SEU FROUXO!

Gaara: Como é que é?! – Pegou no braço dela.      

Ino: Frouxo, ué! – Chegou bem perto do rosto dele. – Medinho de impor sua vontade ao papai, medinho de chegar em mim por causa do papaizinho, é um belo de um covarde você!

Gaara: Ah é?!

Puxou a menina contra si e forçou um beijo, segurou o rosto de Ino com as duas mãos e conseguiu passagem para dentro da boca dela. Ino estava surpresa, mas não se deixou intimidar, o empurrou com toda a força que tinha. Gaara rangeu os dentes e a puxou pelos braços, prendeu a loira na parede a segurando pelos pulsos e voltou a beijá-la colando os corpos.

Gaara: Vou te provar que não preciso de simpatia nenhuma! – Disse rouco depois de Ino se debater várias vezes o afastando.  

Foram pegos de surpresa pelo sinal anunciando o término do intervalo, se separaram quase que no mesmo instante e não demorou muito para Sakura e Tenten aparecerem no começo do corredor, chamaram por Ino e a loira foi de encontro as amigas, mas antes de sumir de vista virou para trás em direção ao ruivo e o fuzilou com os olhos.

 

 

As meninas tentaram através de bilhetes saber tudo o que havia acontecido naquele intervalo, mas Ino não respondia a nenhum. Gaara estava com a cara fechada e de braços cruzados o tempo inteiro, enquanto a loira empinava a postura e nem sequer olhava para alguém, só se concentrava no quadro negro a frente. Finalmente as aulas daquele dia terminaram e não teria mais como fugir do interrogatório das amigas, se reuniram em um self-service perto da academia. Hinata, Naruto e Shikamaru foram juntos.

Sakura: Desembucha logo! – Assim que o grupo se acomodou na mesa.

Tenten: Resolveram alguma coisa?!

Ino: Meninas, não resolvi nada. – Bebeu um pouco de sua limonada. – Acabou que brigamos de novo.

Hinata: Poxa, Ino!

Ino: Ah perdi a paciência, Gaara na verdade é um frouxo que não consegue enfrentar o pai.

Tenten: Oi? O que tem a ver o pai nessa história?!

Ino: Tá, resumidamente falando. – Fechou os olhos massageando a lateral da cabeça. – Eu estava certa sobre Gaara gostar de mim também, mas ele não chegou, não fez nada porque está “compromissado” com uma menina la na cidade natal dele. – Fez as aspas com as mãos.

Sakura: O QUE?!

Tenten: Como assim, compromissado?

Ino: O pai dele meio que o empurrou para a filha de um dos sócios ricos de lá.

Shikamaru: Temari sabe disso?

Ino: Não. Por isso Gaara não agia, ele não bate de frente com as vontades do pai e isso está refletindo em toda a sua vida, principalmente na sua vida pessoal.

Tenten: Caramba...

Naruto: Eu vou falar com ele! – Bateu na mesa chamando a atenção de todo mundo e abrindo o largo sorriso costumeiro. – Antigamente Gaara era bem mais estourado, basta resgatar isso nele.

Shikamaru: Será que ele vai saber dosar essa rebeldia dele? Cuidado, Ino!

Ino: Eu?

Shikamaru: Provocou uma fera adormecida.

Ino: Tsc! – Virou a cara. – Ele que venha!

Tenten: Se quiser posso ver alguma simpatia no livro da min...

Todos: NÃO!

Tenten: Ah vão pra merda!

 

 

Enfim desabafa em sua cama depois de tomar um bom banho, não via a hora de chegar em casa e não fazer nada. Ino estava em mais uma de suas batalhas internas, contar ou não para Temari? A amiga mais velha sempre protegeu com unhas e dentes o irmão caçula, tinha pena dele justamente pela carga que o pai havia depositado nele desde novo. Então não seria justo ela saber? “Ino, isso é problema da família deles, não se mete”, dizia a voz da razão em sua cabeça. Por outro lado, seu coração implorava para se meter sim e tentar resolver junto esse dilema, afinal a recompensa seria finalmente ter Gaara só para si.

Pegou o celular e ficou encarando o aparelho por uns dez minutos, resolveu escrever para Temari, mas ainda pensou umas quinze vezes antes de apertar a tecla de enviar. Estava feito! Agora teria que contar tudo e torcer para Gaara entender que novamente, ela estava tomando a atitude que ele não tinha. Seria assim caso o relacionamento se tornasse real? Ino esperava que não, não saberia diz o quanto a sua paciência aguentaria.

 

 

Temari chegou na casa de Ino no início da noite, a mais nova preparou um café e ambas começaram a conversar na varandinha do quarto dela. Ino contou tudo o que havia acontecido na aula de manhã.

Temari: Filha da mãe... – Estava magoada, não fazia ideia que Gaara havia se reservado ao ponto de esconder os problemas até dela.

Ino: E tem mais, as meninas viram que nós dois ficamos de cara fechada e lógico que me cercaram no final da aula, contei para elas e para Shikamaru e Naruto também, que foram almoçar junto da gente.

Temari: Ah por isso o Shika tava meio estranho hoje comigo, me evitando um pouco...

Ino: E acabo de notar a quão fofoqueira eu fui.

Temari: Foi um pouco. – Riu. – Mas vocês são amigos e se preocupam.

Ino: É a última vez que tomo alguma atitude pelo seu irmão!

Temari: Não vai ser não! Você é impulsiva, Ino! E meu irmão vai ter que aprender a ser, pelo menos ao ponto de não precisar ficar contanto com você! Por isso apoio o relacionamento de vocês, acho que vai ser bom para os dois.

Ino: Só espero que ele mantenha aquele ego enorme dele quieto.

Temari: Também duvido...

 

 

E finalmente o último dia de aula antes das férias do meio do ano, a sala estava mais tumultuada que o normal e nenhum professor se deu o trabalho de passar algum dever para casa, lógico. Sakura havia aparecido com uma mala imensa e não parava de falar como seria as suas férias com a tia médica, já Hinata mostrava fotos da pousada que alugou para passar junto de Naruto e o restante não tinha muito plano em mente. Ino por um momento havia esquecido dos problemas e se sentiu imensamente feliz vendo Naruto e Hinata tão bem juntos, porém foi por pouco tempo. Meia hora depois da aula ter começado Tsunade pegou todos de surpresa entrando na sala, pediu licença e se virou em direção ao corredor, Gaara apareceu chamando a atenção de todo mundo com um hematoma enorme na lateral do rosto. “Puta merda, o que será que aconteceu agora?!”, Ino pensou já se sentindo culpada por aquilo. Tenten a olhou assustada, coisa que não ajudou muito a loira se acalmar.

Depois do discurso da diretora sobre cuidado e responsabilidade durante as férias, a aula retomou, porém, o falatório diminuiu consideravelmente uma vez que era possível sentir a áurea demoníaca de Gaara entupindo a sala inteira. Ino esperou uns dez minutos e arriscou olhar para trás, deu de cara com o ruivo a encarando de cara fechada, estava com os braços cruzados e nem tinha se dado o trabalho de tirar as coisas a mochila. Voltou a si quando sentiu algo batendo de leve em seu peito, era uma bolinha de papel amassada. “Ino, nem se atreva a ficar sozinha hoje, ele tá com cara de que vai te matar! Ass: Tenten”, leu e logo depois olhou para a amiga. Não fazia ideia o que havia acontecido, “será que Temari falou para ele? E se falou ficou assim pelo o que? Por eu ter espalhado para a sala toda? Kami-sama...”, ficou absorvida em seus pensamentos o resto daquela primeira aula.

Assim que o professor deixou a sala, as meninas correram para perto de Ino, que por um momento ficou mais aliviada, mas foi por um momento mesmo, porque tal ato das amigas não impediu Gaara de levantar e ir para perto do grupo.

Gaara: Ino! – Rosnou quando chegou.

Ino: O que foi que eu fiz agora? – Levantou o encarando.

Gaara: Você fez o favor de contar para mais alguém sobre minha vida pessoal?!

Ino: Não diga como seu eu tivesse falado para o mundo inteiro, são meus amigos e se preocupam comigo, falei com eles sim e principalmente com a sua irmã! Não vê que ela pode te ajudar com sua situação?!

Gaara: Eu não pedi sua ajuda, caralho! – Falou rouco de raiva. – Me deixa resolver as coisas do meu jeito!

Ino: Ih, então não resolveria nunca!

Gaara: INO! – Socou a mesa.

Ino: Por que você não pega essa raiva toda e ao invés de jogar em mim, não joga no seu pai? – Abriu um sorriso vitorioso.

Shikamaru: Ino, já deu!

Professor: Bom dia alunos! – Entrando na sala sem notar na tensão ao fundo da sala.

Gaara: Não chega perto de mim hoje, não vou responder pelos meus atos com você! – Disse baixinho ao pé do ouvido dela enquanto passava pela loira.

Ino: Imbecil...

 

 

Tema, seu irmão chegou aqui pegando fogo, ein?! Ele tem cursinho hoje, se tiver, vamos nos reunir na sua casa de tarde?”, terminou de digitar e enviou para a mais velha. Ino estava se segurando para não jogar sua mesa em cima do ruivo, mas precisava admitir, o ver explosivo daquele jeito a fez sentir um misto de tensão e tesão. Sim, querendo ou não, a simpatia havia despertado um pouco do Gaara de antigamente e ela sabia que por mais ódio que ele sentisse, não levantaria um dedo para a machucá-la, então resolveu se concentrar na provocação mesmo. A vibração do celular a chamou de volta e viu que era Temari respondendo, “Mesmo se não tivesse cursinho, duvido ele ficar aqui em casa, comi ele no esporro por ter me escondido algo do tipo. Podem vir, mas do que se trata a reunião?”.

Para a alegria de todos, não teria mais aulas depois do intervalo, então foram liberados mais cedo e assim, as férias haviam começado oficialmente. Gaara seguiu bufando deixando todo mundo preocupado, mas logo que saiu, a sala voltou ao falatório. As meninas comeram no mesmo self-service do outro dia e seguiram para casa de Temari, depois da mesma confirmar que Gaara não tinha ido para casa.

Assim que chegaram, se acomodaram no balcão da cozinha enquanto Temari passava um café para as meninas e Shikamaru (que resolveu ir junto).

Ino: Eu tive uma ideia. – Começou. – Tenten, você tá com o livro da sua avó aí?

Tenten: Sim! Estou andando com ele desde que você me pediu...

Sakura: O que você ta pensando em fazer, Ino? – Perguntou preocupada.

Ino: Oras, ou Gaara e eu brigamos ou nos pegamos.

Temari: Como?

Ino: Vou fazer a simpatia da Shukaku de novo! – Abriu um sorriso maldoso. – E vou usar da mesma bebida de novo, assim quando a pegação acabar ele vai ter aquela dor de cabeça horrível e não vai ficar me enchendo o saco, ai toda a raiva que ele não conseguiu jogar pra cima de mim porque vai estar enfeitiçado na minha presença, vai para o pai de vocês, óbvio!

Temari: Óbvio?

Ino: Óbvio!

Temari: Que cara de espanto é essa, Shika?!

Shikamaru: Pela primeira vez ela acertou o nome do Deus Shukaku de primeira, notaram?

Ino: Vai a merda!


Notas Finais


E então? Eu senti a necessidade de fazer alguma ligação lá com o segundo capítulo aonde conta um pouco da vida do Gaara, ai algo que era só uma introdução ("enchação" de linguiça, né) se transformou em ponto importante na história! :)

Espero que tenham curtido essa expansão aqui na fic e prometo que ela não será uma bagunça, tudo vai se encaixar bonitinho!

Beijos de... ah de qualquer hortaliça ai, vai... x)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...