História Sarada, a maldição dos uchiha - Um novo inimigo

SARADA POV

Abri meus olhos devagar, uma forte dor de cabeça me impedia de pensar direito,  duas formas indistintas estavam em minha frente eu as ouvia conversando,  mas as palavras pareciam embaralhadas, foquei toda a minha atenção para conseguir ouvir.

----Vamos entrega-la para Konoha?

----E perder uma arma dessas? Talvez com isso possamos ser a nação mais poderosa.

----O Mizukage sabe disso?

----Ele não precisa saber. Falou o outro com um tom pretencioso.

----A general vai chegar logo, o local já tá limpo.

----Mas e o Kagura?

----Já demos um jeito nisso,  tudo que o Chojuro-sama sabe é que prendemos os parceiros dela, mas infelizmente Sarada Uchiha conseguiu fugir e está desaparecida.

O plano do Orochimaru deu errado,  na verdade eu nem sei se ele realmente não queria isso, eu realmente não deveria ter desobedecido ele daquela vez, talvez essa seja a tal vingança dele ou talvez não,  tomara que eu vá para o pátio normal em breve e saia logo daqui, os soldados voltaram para seu posto e eu finalmente consegui abrir os olhos,  estava em uma pequena cela e meus pulsos estavam completamente envoltos em metal,  provavelmente para que eu não pudesse fazer selos ou conseguir concentrar chackra,  percebi um grande erro que poderia ser minha saída daquele lugar,  meus pés ainda estavam livres e me permitiam pelo menos realizar um ataque,  mas antes é melhor analisar a situação e ver se poderei retirar Kagari,  Yashamaru e o novo alvo do nosso "sensei", eu realmente estou ansiosa pra concluir o treinamento com ele e parar de fazer essa missões malucas e perigosas das quais nunca saímos ilesos, percebi que a troca de turnos ocorria em cerca de uma em uma hora,  fiquei repetindo o nome de todos os jutsus que conhecia para conseguir passar o tempo,  mais trocas de turno, e a cela ficava cada vez mais fria, contrai meu corpo ficando em posição fetal tentando me esquentar o que infelizmente não adiantou,  para aquela época do ano estava anormalmente frio,  provavelmente estávamos bem fundo na terra, tinha alguma coisa de estranho naquela prisão,  no meu tempo como gennin eu fui em várias e todas tinham iluminação e eram compartilhadas,  percebi que meu fluxo de chackra estava quase inexistente, então não teria o porque das correntes daquela forma, além disso a cada seis horas todos os prisioneiros recebiam água e a cada doze comida,  considerando que eu fiquei provavelmente doze horas apagada e  se passaram quase quatro, deveria já ter recebido as porções.

Chidori

Raikiri

Edo Tensei

Shindra Tensei.....

O tempo passava e enquanto isso além de repetir os nomes eu tentava acumular o máximo de energia que pudesse,  mas mesmo que tentasse era tudo em vão,  pensei em várias estratégias de fuga, mas todas eram impossíveis,  até que finalmente um guarda abriu a porta da cela me trazendo uma vasilha com água,  bebi cada gota,  eu poderia tê-lo atacado facilmente,  mas o outro de fora simplesmente fecharia a grade,  precisava que algo mais importante ocorresse,  adormeci encostada na parede, acordei tempos depois tendo perdido a noção do tempo,  uma tigela com arroz jazia em minha frente,  tentei mover os braços para alcança-la, mas as correntes estavam curtas demais para isso, fiquei em pé e saltei por cima delas, e consegui aproximar da minha boca,  comi com vontade e sentando na forma de lótus voltei a pensar em estratégias.

----Quem vê de longe nem imagina o perigo que você representa.  Falou alguém me tirando do meu transe.

Me surpreendi ao ver uma mulher de estatura mediana e roupas formais parada na minha frente,  ela tinha uma aparência bem diferente,  seus cabelos azul claro batiam quase em sua coxa contrastando com seus olhos de um azul bem escuro, quase cinza, seu corpo se aproximava da perfeição,  bem esbelto e com um busto bem grande,  mas o que mais chamava atenção nela era seu sorriso indecifrável,  geralmente eu conseguia saber o que alguém está sentindo só por sua expressão,  mas para mim tentar ler o que aquele sorriso queria dizer era como entender uma língua desconhecida.

----Será um prazer Sarada-chan, tê-la na minha coleção, eu sou Misaki.  Me falou com uma expressão de prazer.

----Então, não vai me deixar com os outros presos?

----Não.  Disse como se fosse obvio,  em seguida com uma risada completou. ----E te dar a chance de fugir?

----Poxa Misaki-chan , você não confia em mim. Respondi fingindo decepção

----Gosto de pessoas difíceis, elas me divertem mais. Informou fazendo um gesto para o guarda,  que abriu a porta a deixando entrar, ela segurou meu queixo,  me forçando a olhar fixamente para ela. ----E não pense que vai escapar de mim, mesmo que você fuja eu vou continuar te caçando, e saiba de uma coisa,  tudo que eu quero eu consigo.

----Que novidade,  as cinco nações já estão me procurando a um ano, já me acostumei.  Enquanto ela se distraia conversando comigo,  eu terminava oque tinha feito nas últimas doze horas,  movia lentamente meu pulso de um lado para o outro, permitindo que a pulseira que eu usava descesse,  aquele era o momento perfeito para utiliza-la, com um movimento rápido joguei meu braço contra o dela, quebrando-a, dentro da pequena esfera de vidro jazia uma potente mistura de venenos desenvolvidos por Orochimaru,  alguns pedaços ficaram fixados próximos à clavícula dela e veneno começaria a fazer efeito em poucos segundos,  seu rosto escultural se contorceu de raiva e com apenas uma mão,  fui erguida pelo pescoço até a parede,  não conseguia respirar, balancei minhas pernas inutilmente, até que em poucos segundos os olhos dela viraram para trás e eu caí no chão tentando recuperar o folego, concentrei o chackra que consegui nos meus braços e com um movimento as correntes caíram junto com grandes blocos de cimento no chão, havia usado quase toda da minha pequena reserva de energia, mas mesmo assim ainda conseguia manusear aqueles blocos, com um pedaço pontudo de rocha cortei meu pé e invoquei o Kaneki, me ajoelhei suada no chão, todos aqueles movimentos cobraram seu preço, rapidamente a fênix subjugou os dois guardas, e a troca de turnos só aconteceria dali a meia hora, corri me apoiando nas paredes enquanto minha kushiose ia na frente verificando se estava limpo, me concentrei em liberar adrenalina pelo meu corpo e finalmente consegui correr, os corredores se estenderam por quase dez minutos e o efeito do hormônio estava quase passando, o cansaço voltava rapidamente quando consegui abrir a porta, provavelmente aquela deveria ser uma ala secreta da prisão já que só encontramos cerca de doze pessoas naquele complexo, um enorme muro de pedra com grades eletrificadas estava na minha frente, a prisão de Bashong Uur, uma das mais seguras no mundo, aquela mulher deveria ser muito forte para ficar tão confiante de que eu não escaparia, a luz intensa ofuscou meus olhos por um momento, procurei uma alternativa para entrar e percebi que alguns blocos estavam mais a frente que outros, se minhas mãos não estivessem presas eu poderia escalar, mas as correntes tinham cerca de dois metros e com isso e minha força talvez desse, só que eu perderia completamente o elemento surpresa, conseguia sentir minhas forças voltando aos poucos, tinha uma técnica que eu poderia usar para conseguir entrar, porém em minhas atuais condições eu teria no máximo quinze minutos para acha-los antes de apagar por um tempo, sentei ao lado de Kaneki que me olhava sem entender nada, fechei os olhos e me concentrei, acumulei um chackra verde estranho na minha mão, era verde, mas não como os de ninjas médicos era mais sombrio e obscuro, descobri que o tinha no dia que aconteceu ‘aquilo’ com a Ita-chan, ainda não sei como o obtive nem como controla-lo direito, só o usei duas vezes e em ambas o ativei sem querer e no final sempre ficava esgotada, mas aquela era minha única esperança.

----Sarada-chan.

----Agora não, eu tenho que me concentrar.

----Eu não posso mais te ajudar, tenho que tipo recarregar entendeu? Eu sinto muito, nessa você continua sozinha.

Bufei, mas no fim assenti e senti o confortável calor dele se esvair, pensei como ativa-lo, nas outras vezes eu ou alguém que eu precisava proteger tinha estado em situações de vida ou morte, então pensei em coisas que poderiam estar acontecendo com eles dois, e com toda a minha força bati um metal contra o outro, ouviu um alto estrondo, mas o lacre continuava em perfeitas condições, droga, pensa Sarada, pensa, o que te deixa com mais raiva?.

FLASHBACK ON

‘’’----O que vamos fazer quando ela voltar?

----Comemorar é claro

----Meu Kami Dobe, como você pode ser tão baka?

----Sobre a kenkkei genkkai?

----Isso também, mas ela é perigosa, não podemos deixar que viva normalmente, isso sem contar o tratado.

----Qual é o problema de disso?

----Naruto não se esqueça que a Sarada não é um Jinchuurik, ela não tem um monstro dentro dela, ela É o monstro. Levei a mão a minha boca não entendo mais nada.

----Ela não é uma arma Sasuke, e sim uma pessoa.

----Temos que recupera-la rápido antes que outros consigam, não fique exasperado, só estou apresentando os fatos, se ela cair em mãos erradas pode ser que tenhamos problemas no futuro.

----Oque a Sakura-chan acha disso?

----Está ciente. Minhas pernas já enfraquecidas cederam, claro que eu tinha tido o cuidado de ocultar me chakra porque naquela hora estava tão alterado que dava para sentir a quilômetros de distancia, meu pai falar aquilo sobre mim não impactava tanto, mas a pessoa que eu mais admiro no mundo, a mais bondosa que eu conheço e mais incrível achava que eu era um monstro, mas porque? O que eu fiz, eu não feri ninguém, involuntariamente lágrimas rolaram dos meus olhos e fui lentamente me afastando, minhas dores aumentando a cada passo por estar me lembrando de tudo que ela já havia me ensinado

‘Eu te amo Sarada’

‘Pode sempre contar comigo’

‘Sempre seja bondosa com os outros, pois assim eles farão o mesmo’

‘Todos temos nossos defeitos não podemos julgar ninguém’’’

FLASHBACK OFF

Cerrei meus dentes ao lembrar daquele dia, a raiva veio tão facilmente quanto um rio flui, fiz meus pulsos irem de encontro novamente, e rapidamente eu podia mexer meus dedos livremente, enrolei meus pulsos nas correntes, eu as usaria como armas, com Yashamru e Kagari eu desceria novamente para recuperar minhas Kopesh, escalei determinada a parede, nem percebi o quanto estava alto e também quando a rede logo chegou, cinquenta metros quase, eu tinha dez minutos, olhei para aqules fios onde corria eletricidade suficiente para matar uma pessoa normal, com toda a minha força fiz dois sulcos de apoio na parede com os meus pés e peguei o maior impulso que consegui, pousando suavemente em uma das estacas que sustentava a rede, usando o peso de uma das correntes com o concreto  quebrei o local onde me apoiava e usando a outra corrente para me segurar nos fios, ficando pendurada, enrolei as duas pedras em um dos cabos e corri pela parede soltando todas as estacas e me permitindo usar o metal como corda para descer e posteriormente subir, saltei faltando pouco mais de um metro para o chão, o pátio daquela prisão era supreendentemente grande, e para a minha sorte estava no horário dos presos pegarem sol, imediatamente vários guardas vieram na minha direção, me agachei enquanto girava derrubando todos eles, eu estava certa novamente, sem aquelas duas que me prendiam antes, eu nunca teria conseguido chegar até ali, tentei procurar os dois no meio da multidão de detentos que se encontrava naquele momento, mais três minutos, meu tempo estava se esgotando eu não tinha outra opção empurrei o máximo de cara que pude, puxei o cabelo de um, abaixei as calças de outro e assim se instalou um caos, agora eu só tinha cinco minutos para sair dali, mas valeu a pena porque eu despistei os carcereiros e no meio das brigas encontrei os dois meio perdidos em um canto da prisão, e sem falar nada os puxei de uma vez e enquanto desviávamos dos socos tentei perguntar para eles o andamento da missão.

----Encontraram o tal de Tatsumi.

----Kagari entrou nos registros da prisão e não encontrou nenhum Tatsumi. Me falou Yashamaru.

----Tem certeza que não procuraram errado?

----Nós sabemos fazer o nosso trabalho, onde esteve nos últimos dois dias?. Reclamou o outro.

----Eu apaguei por quase dois dias?

----Sei lá acho que sim, agora como vamos escapar gênia?

----Com aquilo. Apontei vitoriosa para a rede de cabos destruídos.

----Pelo menos você sabe fazer um bom estrago. Falou tentando esconder o quanto estava impressionado.

Subimos o mais rápido que conseguimos, eu tinha só mais dois minutos, já sentia meu corpo fraquejar, mas não permiti que meus companheiros percebessem, chegamos no alto do muro em pouco tempo, e dei um tapa na minha testa, eu não tinha pensado em como desceríamos aquilo tudo.

----E agora o que vamos fazer?. Perguntei ficando nervosa.

----Não sei, você é a garota dos planos, usa algum dos seus jutsus copiados. Eu ia responder quando a minha visão escureceu por um momento e se não fosse pelo Yashamaru eu teria caído cinquenta metros.

----Acho que ela já fez muito, tenta alguma coisa Kagari em vez de reclamar.

Bufando ele fez vários selos e invocou um grande gavião.

----Não vou levar vocês três não Kagari, e nem adianta pedir.

----Nossa ele é igualzinho a você. Comentei o deixando ainda mais mal-humorado.

----Por favor Hajiset, só dessa vez, eu prometo que vou te recompensar.

----Última vez então.

Subimos todos nas costas dele, e finalmente me permiti ficar cansada, olhei para trás chateada por não ter dado tempo de pegar minhas espadas, apaguei em poucos segundos com aquelas palavras na minha cabeça.

‘E não pense que vai escapar de mim, mesmo que você fuja eu vou continuar te caçando, e saiba de uma coisa, tudo que eu quero eu consigo’

BORUTO POV

Acordei no meio da madrugada com batidas na minha porta, um Chunnin de Suna me entregou uma carta, era uma missão especial na vila da névoa.

Boruto Uzumaki, necessitamos da suas habilidades únicas para a realização de uma missão rank-S  soliciada pelo atual Mizukage Chojuro, você deve se apresentar e se reportar somente para a atual comandante das forças da névoa, por favor venha imediatamente.

Ass. Misaki Yomiyama.