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História Saseum (VHope) - Beating Hearts;


Escrita por: chagaseu

Notas do Autor


UMA EXCELENTE TARDE PARA VOCÊS BRASIL

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to de férias essa semana e eu fiz absolutamente nada; fiquei sem planos e sem coisas pra fazer e isso me deixou bem down. como vocês sabem, eu me mudei e me bate uma saudade muito grande da casa onde eu morei esses últimos três anos. saudade mesmo, de doer, porque eu vivi tempos muito especiais ali. e agora estamos em uma casa pequena, esperando para nos mudarmos de vez pra nossa casa própria. um casarão bonito, bem americano, e isso me motiva muito.

só que esse período de transição está sendo um pouco difícil. por isso tenho escrito pouco; estou me concentrando na minha “recuperação”, se é que eu posso chamar assim. MAS, finalmente terminei de escrever e editar esse cap que é bastante importante para o desenvolvimento da história. e estou EXTREMAMENTE satisfeita com o progresso que estamos fazendo.

aliás, perdão pela falta de resposta nos comentários, por algum motivo toda vez que eu escrevo um comentário e tento enviar, diz “erro, tente novamente”, alguém pode me dizer porque? não consigo enviar de jeito nenhum.

ENFIMMMMM VAI LER QUE TÁ BAO ♥️

Capítulo 21 - Beating Hearts;


27 de Março, 1920

 

Jinju, Gyeongsang 




 




 

Jung Hoseok era alguém que não gostava de conflitos. Alguém que evitava a todo custo ter que levantar a voz para quem quer que fosse, preferia resolver tudo com diálogo, e jamais levantaria a mão para ninguém. 

 

Entretanto, ao ser bruscamente acordado pela luz que invadiu seu quarto, e perceber que havia sido ninguém menos do que Kim Namjoon a invadir seu quarto e abrir as cortinas, toda a sua pacificidade desapareceu. 

 

Quis genuinamente dar-lhe um empurrão e mandá-lo sair. Mas tudo o que fez foi encará-lo com olhos arregalados, e alheio à seu descabelo e expressão de susto. 

 

Era cedo demais para aquilo. 

 

Decidiu ignorar os pensamentos invasivos que sugeriam agressão, e preferiu acreditar em seu gênio tranquilo e conciliador. 

 

– Bom dia. – O alfa disse simplesmente, com os braços cruzados sobre o peito e as mesmas feições sérias que ele sempre carregava. Alguém que tinha um sorriso tão bonito, ora essa! Se não sorrisse mais, ficaria com aquela cara fechada pelo resto da vida. 

 

– Bom… Dia. – Tentou pentear os cabelos para se fazer um pouco mais apresentável, notando que sua cabeça latejava e sua voz havia falhado quase completamente. Namjoon pareceu notar, porque simplesmente ergueu a sobrancelha em confusão. – Céus. – Sussurrou; sua voz novamente falhando. – O que…?

 

–  Está resfriado? –  O rapaz perguntou, e por conta de seu tom de voz e expressão facial, mostrava que não realmente se importava com uma resposta. Ou, ao menos, era o que Hoseok achava. 

 

–  Acho que sim. –  Tossiu logo após responder-lhe, notando que sua situação não era tão branda quanto pensava. Quase nunca ficava doente, mas quando acontecia, ficava muito mal. Era quase um exagero; uma piada da natureza só para lhe tirar o foco por alguns dias. –  O que está fazendo aqui? 

 

–  Vim te avisar que eu, Taehyung, Seokjin e outros alfas estamos saindo de Jinju para coletar as taxas das propriedades em nosso nome. –  Hoseok franziu o cenho, visivelmente confuso em relação ao que raios tinha a ver com isso. O que foi imediatamente percebido pelo Kim, que não se demorou e continuou explicando. –  Vamos para cidades grandes, como Daegu e Namhae. Vai ser uma viagem longa, pouco mais de três semanas; e é costume levarmos um ômega que possa ser de ajuda. Ainda mais um ômega como você. Entende; que conhece medicina. 

 

Levou alguns poucos segundos para Hoseok entender perfeitamente o que o alfa queria dizer, e imediatamente se colocar contra a ideia. Afinal de contas, mesmo que estivesse preso em Jinju, tinha responsabilidades a serem cumpridas. 

 

–  Pensei em levar Jimin, mas realmente é um tanto a se fazer. Então essa responsabilidade é sua. 

 

Ponto final. A maneira como disse aquela frase deixou bem claro que não era uma sugestão, ou um convite. Era algo imperativo, contra o qual o ômega não tinha uma palavra. E por conta de sua certeza, o jovem ficou ali. Sentado no meio de sua cama, descabelado, resfriado e atônito.

 

Quem Kim Namjoon pensava que era? 

 

Quem Kim Namjoon pensava que Hoseok era, por Deus? 

 

–  Eu sou enfermeiro, não um cuidador. 

 

–  Não é somente pela medicina. É complicado te explicar agora, por isso preciso que esteja pronto para viajar. –  Nada mudou enquanto dizia as palavras pausadamente, como se estivesse falando com uma criança. Sua expressão não mudou, sua postura, seu tom de voz; literalmente nada. Era como uma estátua de mármore, que por algum motivo tinha uma voz audível. 

 

–  Estão cruzando a Coreia, e esperam que eu vá com vocês? –  Não conseguiu se segurar, e deixou que seu riso desacreditado encontrasse o alfa. Mas ao rir, acabou tossindo. Enfatizando seu ponto. –  Primeiro de tudo, estou doente. Não posso simplesmente vagar por aí. Segundo, eu não quero estar no meio de pessoas que não gost— 

 

–  Acho que você já esteve tempo o suficiente em Jinju para saber que contrariar algo já decidido é uma batalha inútil. –  Lhe interrompeu simplesmente, infuriando ainda mais o pobre rapaz. Cada dia mais, sentia que não tinha uma voz naquela comunidade. A sua comunidade não era assim. Sua comunidade expunha ideias e ideais, e todos que tinham um ponto e evidência para prová-lo eram mais do que bem vindos para falar. 

 

Mas a deles impunha. Impunha conceitos, hierarquias; até mesmo o poder de tomar decisões por um homem adulto. Aquele não era o seu tipo de comunidade; e jamais seria. 

 

Então simplesmente suspirou, evitando o olhar de Namjoon e decidindo ficar quieto. Não era o que geralmente fazia, mas realmente não estava com cabeça para contrariar a pessoa mais paranoica que conhecia. 

 

Gastaria muito de seu tempo e sua paciência. 

 

–  Saímos amanhã às sete em ponto. Se ainda estiver dormindo às seis, faço questão de te acordar com um copo de água gelada. –  O carrasco, satisfeito com seu comentário, tirou o cabelo castanho da frente do rosto. E foi naquele momento que Hoseok pôde ver o curativo em sua testa. Gaze bege que parecia reluzir contra a luz; e que encheu o peito do ômega de orgulho e uma satisfação egoísta. 

 

Um glorioso símbolo do golpe que levou na noite passada. Do qual o alfa nem ao menos se lembrava. 

 

–  Precisa que eu vá pra cuidar do seu machucado? –  Riu soprado, ignorando a maneira como as expressões do alfa mostraram algo que se parecia muito com… embaraço. Algo que jamais pensou que ele podia mostrar, já que aparentemente tinha todas as suas emoções sob controle. 

 

–  Não preciso que cuide do meu machucado. Não foi tão ruim. –  O olhar direcionado à si foi frio e, por algum motivo, condescendente. –  Ou ao menos foi o que me disseram. 

 

–  Não imaginaria que você fosse o tipo desastrado. 

 

–  E não sou. Por isso acredito que o descuido não foi meu. –  Como uma demonstração de superioridade naquela situação, Namjoon tirou de vez o cabelo da frente do curativo e o expôs ao ômega como um troféu. Hoseok sentiu seu sangue gelar, e uma culpa que não deveria sentir caiu sobre seus ombros. Ele, muito provavelmente, sabia que não havia sido um descuido seu. E provavelmente sabia também, que o ômega tinha algo a ver com aquilo. 

 

Senão não teria usado aquele tom de voz, ou o maldito sorriso de lado. 

 

–  Muitos de nós ficamos preocupados. Taehyung simplesmente sumiu; assim como você. E tudo isso depois de eu ter misteriosamente perdido a consciência por meia hora. –  Ele riu de seu próprio comentário, levando o Jung à uma linha muito tênue entre uma conversa cordial e uma discussão. 

 

–  Espero que já tenha dito tudo o que tinha a dizer. Não tenho o dia inteiro para te dar satisfações. –  Alfinetou, finalmente se levantando da cama e sentindo-se incomodado com o fato de que Namjoon não movera um músculo. Como se não pretendesse sair, de qualquer forma. Estabelecendo algo que era uma forma distorcida de dominância. 

 

–  De fato. Era só isso. –  Não se importou muito com a maneira como o alfa suspirou fundo, com os olhos fechados, intensamente concentrado em algo conjurado por sua mente pensante. Hoseok sabia que ele tinha várias paranoias a respeito de sua pessoa; não fazia a mínima ideia do que se tratava agora. 

 

Mas de que importava? Debater sobre o acontecimento lhe daria somente uma dor de cabeça. Poderia estar pensando sobre o que lhe levou a perder a consciência. Ou onde Taehyung havia estado. Ou até mesmo o que Hoseok havia feito durante todo aquele tempo. 

 

Entretanto, não tinha o tempo e a motivação para descobrir. Não era capaz de ler mentes, de qualquer maneira. 

 

–  Certo. Pode me dar licença agora? –  O mais alto riu discretamente, com as mãos nos bolsos. 

 

–  Posso. –  Observou o alfa sair do cômodo, nunca deixando de acompanhá-lo com o olhar. Não sabia quais pensamentos e inseguranças lhe assolariam quando se encontrasse sozinho de novo (as memórias da noite passada começavam a voltar à tona); mas preferia estar sozinho do que estar com Kim Namjoon. 

 

Mas antes que saísse, olhou para o Jung por cima do ombro e disse, com a maior tranquilidade:

 

–  Seu quarto está com cheiro de alfa, Hoseok. –  Olhou-o por baixo dos olhos; um olhar indecifrável e que soou muito como um aviso. Uma ameaça. 

 

E como se jamais tivesse ao menos entrado em seu quarto, deixou o Jung sozinho. Com as bochechas vermelhas, e olhos arregalados. Com o coração batendo tão rápido, que se perguntava se Namjoon podia ouvi-lo. 






 






 

– Pensei que não fosse sair hoje, hyung. 

 

Foi a primeira coisa que ouviu ao se sentar à mesa com sua xícara de chá, com muita coisa em sua cabeça para que se preocupasse com o que Songjae queria dizer com aquela frase. 

 

Nem mesmo o próprio Hoseok achava que fosse sair do quarto naquele dia. Porque se seus planos não tivessem sido interrompidos, muito provavelmente estaria a caminho de sua liberdade. À menos de três horas de Ulsan, se tivesse viajado sem trégua. E lá estava; à mesa dos Kim. Bebendo chá como se não tivesse quase quebrado um acordo e atacado um deles na noite passada. 

 

Aquilo lhe deixava inacreditavelmente frustrado. 

 

– Fui dormir tarde ontem. –  Respondeu, curto e direto, muito vagamente dirigindo o olhar ao ômega mais jovem. Não prestou muita atenção; ou ao menos não planejava. Mas é claro que nada poderia ocorrer tranquilamente em Jinju. Na bendita Gyeongsang. Com os benditos Gwangsan Kim. 

 

– Sim, eu soube. –  Do canto de seus olhos pode perceber que Songjae desviou o olhar. Estando sentado na cadeira ao lado do mais velho, propositalmente evitando ser ouvido pelos outros presentes na sala de jantar. – Soube por Taehyung. – Seu tom de voz foi um pouco mais sério dessa vez. E, pela primeira vez desde a noite passada, Hoseok se sentiu encurralado. 

 

– Taehyung? 

 

– Sim. – O Jung engoliu em seco, e implorou aos céus para que o chão de madeira se abrisse e o fizesse desaparecer. Mas externamente, apenas ergueu as sobrancelhas em surpresa. Não deveria estar surpreso… Taehyung e Songjae definitivamente tinham algo e Hoseok havia somente interferido no que poderia ser um relacionamento no futuro. – Hyung… Você me disse que não tinha interesse por ele. – Sentiu seu sangue ficar gelado por ter sido pêgo. Suas costas pesaram pela culpa, e nunca quis tanto reverter o passado. 

 

A maneira como aquele jovem olhou para si, decepcionado e sentindo ciúmes muito visíveis, fez o ômega querer sair daquele cômodo naquele segundo. 

 

– Se me disse isso com tanta certeza… Por que o beijou? 

 

Aquela era uma boa pergunta. Uma ótima pergunta, na verdade. Para a qual não sabia se tinha uma resposta. Porque o momento era perfeito. Porque Hoseok precisava de algum contato físico e emocional. Porque Taehyung lhe dava todos os motivos para tomar a iniciativa. Tantas, tantas possíveis respostas. 

 

Mas nenhuma delas parecia ser o suficiente para acalentar o coração de um ômega com ciúmes. Apenas piorariam a situação e sabia daquilo perfeitamente. Portanto, apenas olhou de volta em seus olhos. Silencioso, sem palavras. 

 

Encurralado. 

 

– Foi Taehyung que te contou? – Murmurou, não fazendo nada a respeito de suas bochechas que queimavam. 

 

– Sim. Na verdade, eu estava procurando por ele ontem à noite. Não o havia visto desde a tarde e estava preocupado. Procurei a casa inteira, Hoseok hyung. Só para chegar ao seu quarto e o encontrar lá. Com a camisa desabotoada e o cabelo bagunçado. – À medida que falava, as bochechas do ômega ficavam mais vermelhas e seu tom de voz mais irritado. Nem ao menos tentava esconder sua irritação e isso fazia o Jung se sentir ainda pior. 

 

Inferno. Explicar a situação seria mais complicado do que a situação em si. 

 

– Songjae, o que você viu ontem foi extremamente mal interpretado. – Olhou ao seu redor, confirmando que ninguém lhes podia ouvir. Se mais alguém ouvisse, estava perdido. Literalmente jogado em um abismo. – Eu havia bebido demais, então Taehyung com toda a sua hospitalidade me levou para o quarto. Mas eu acabei dormindo, e como estava tarde e ele estava sonolento também, ele acabou se deitando. 

 

– Então você o beijou. Deitado com ele na sua cama, em seu quarto. – Cruzou os braços; e o gosto do chá do ômega ficou amargo em seu paladar. 

 

– Não fale assim. A conotação é errada; tudo o que aconteceu foi um beijo. No calor do momento, para ser honesto; não teve significado algum. – Percebeu que começava a levantar a voz, e sua voz ficou embargada. Não sabia se por conta de seu resfriado, ou pela situação difícil daquele momento. E só pareceu piorar quando Songjae riu tristemente, e deixou de olhar para o ômega. Com a cabeça baixa; seu rosto jovial sendo coberto por uma cortina castanho escura. 

 

 – Então você não somente beijou a pessoa que eu amo; mas também o fez sem emoção alguma? Por puro… Capricho. 

 

Songjae se levantou bruscamente, chamando a atenção de alguns poucos indivíduos na sala. Hoseok o seguiu, não pensando em nada além de resolver aquela situação. Se alguém tivesse de sair com o coração partido, que fosse o próprio Hoseok. Não Songjae. 

 

Hoseok sabia lidar com um coração partido, e preferia ter o seu ferido do que o do mais jovem. Seguiu-o até o lado de fora da casa, até uma pequena varanda que notou que não havia visitado antes. Sentia o cheiro de grama molhada, e a brisa gentil de Primavera; mas nada daquilo lhe importou quando suas bochechas queimavam e seu coração batia freneticamente. 

 

– Songjae, por favor...

 

– Eu não ligo mais. Já deveria saber. – Correu os dedos pelo cabelo escuro, e ao ver a trilha formada pelas lágrimas em seu rosto, Hoseok sentiu seu coração ser esmagado em culpa. A brisa era fria e suas mãos estavam geladas; mas seu peito pegava fogo. – Não sou eu o ômega de interesse dele. É você. 

 

– Não seja assim. Foi só um beijo, somente algumas horas; não aconteceu nada. Nem de minha parte, nem da dele. E para alguém que você já beijou muito ferozmente há alguns dias, não faz sentido estar tão preocupado. – Deixou que seus pensamentos se tornassem audíveis, levando o mais jovem a franzir o cenho. 

 

 – Eu não estou falando sobre o maldito beijo;  eu já o beijei um milhão de vezes antes! Eu conheço seu corpo, seu coração; eu conheço Kim Taehyung de cor e salteado! – O rapaz voltou a chorar, secando seu rosto à medida que as lágrimas caíam. Vermelho e soluçando. Frustrado, irritado; sentindo-se traído e aquilo fazia algum sentido, na verdade. 

 

Hoseok havia sido injusto. Sabia que Songjae gostava de Taehyung, e que havia atração mútua entre os dois; e mesmo assim pensou apenas em si mesmo. No seu desejo, no que seu corpo queria. 

 

Como um maldito narcissista. 

 

– Estou falando sobre como ele se sente sobre você. – O Jung sentiu seu peito pegar fogo, ao mesmo tempo em que seu sangue ficava gelado. – Por acaso é cego? Não vê como ele olha para você? Como te segue por aí, e tenta te impressionar com suas histórias e piadas sem graça? Ele nunca faz nada disso comigo e eu odeio isso. – A seriedade, a firmeza em sua voz fazia o ômega se sentir minúsculo. Se fosse ele a falar e chorar ao mesmo tempo, já não estaria fazendo sentido algum. 

 

Mas Songjae… Ele falava claramente. Falava exatamente do que estava em seu coração, sem deixar que sua frustração lhe atrapalhasse. 

 

– Eu odeio tanto como ele me vê como uma criança, quando eu sou um ômega adulto. 

 

– Taehyung não sabe o que é melhor para ele em termos de um ômega. – Foi o que conseguiu dizer, não ouvindo sua própria voz em meio a todo o caos em sua cabeça. – Ele não sente nada por mim; não seja tolo. Ele se comporta dessa maneira com todos. Com suas piadas sem graça, e histórias impressionantes. 

 

– Mas ele não olha para ninguém como olha para você. Com essa maldita adoração nos olhos; como se você fosse a última pessoa nesse inferno de casa! – Ao ver que Hoseok abriu a boca para lhe responder, prontamente lhe interrompeu. – E não ouse dizer que não. Você sabe que é verdade. 

 

– Eu não me sinto da mesma maneira. Não haveria como tê-lo se eu não o quero. – Songjae suspirou fundo, com um olhar completamente diferente do que Hoseok estava acostumado a ver. Algo desafiador; quase como uma ameaça. 

 

– Então deixe-o em paz. – Disse, simplesmente, olhando bem dentro de seus olhos sem medo de qual a sua reação seria. Deixando o Jung ainda mais perplexo. – Eu faço parte da vida dele há anos. Odiaria se isso mudasse agora, especialmente por causa de alguém que acabou de chegar aqui. – Aproximou-se do ômega mais velho, deixando a diferença de altura de alguns poucos centímetros visível. Mas mesmo que fosse um pouco mais alto, Hoseok se sentiu minúsculo. O que foi evidenciado pela maneira como sua postura caiu. – Tire seus olhos do meu alfa, Jung Hoseok. – Com os olhos arregalados, e boquiaberto, seu cérebro levou alguns segundos para processar o que havia acabado de ouvir. – Por favor. 

 

Não houve resposta. 

 

Hoseok ficou ali, parado no meio da varanda enquanto Songjae saía de sua presença. Lhe deixando sozinho, boquiaberto, com o coração esmagado em culpa e em choque. 






 






 

Vagou pelos viveiros, sozinho. Digerindo tudo que havia acontecido naquelas últimas horas. Notando que a única coisa boa que lhe havia acontecido naquelas horas, foi estar com Taehyung. Com alguém que compreendia seus pensamentos mais íntimos e sem sentido, sem esforço algum. Foi estar com alguém que dividia seus sonhos, objetivos e que mostrava interesse em saber dos seus. 

 

Foi ter aquele contato tão breve e tão intenso com ele; não somente o beijo em si, mas também estar com ele. Em silêncio. Existindo ao mesmo tempo, respirando o mesmo ar. Só aquilo lhe dava um alívio imenso; fazia-lhe esquecer que estava preso em um país que não era o seu. 

 

Mas… Não podia ter a única coisa boa que havia acontecido. Porque ia contra morais, ideais e expectativas. Não podia dormir ao lado de alguém com quem não tinha conexões emocionais. Não podia estar com ele como estava, porque já “pertencia” a alguém. Não podia estar com ele, porque se estivesse, seu quarto iria ficar com “cheiro de alfa.” 

 

Então, ao pensar naquilo, Hoseok percebeu que não tinha absolutamente nada. 

 

Não tinha conforto, não tinha um lugar ao qual pertencia, não tinha ninguém em quem se pudesse confiar. Tudo o que tinha e que lhe dava todas aquelas coisas iam contra leis não escritas da ética daquele clã. Por isso, sozinho em um banco de madeira, o ômega se sentou e chorou. Chorou toda a sua frustração, desapontamento e tudo o que fazia seu coração doer. 

 

Estar sozinho não doía tanto quando era uma escolha. Mas estar sozinho porque não havia um escolha doía. 

 

Doía como o inferno. 


Notas Finais


gente gente gente

isso vai dar uma treta

hshshsbsbsbzudusu

QUE QUE 6 ACHARAM HEIN? tentei deixar a cena de discussão bem intensa pra mostrar que agora não tem amizade nessa porra
e aquela parte da sinopse “amigos, inimigos e amantes” vai fazer MUITO sentido é agora

a começar pelos inimigos 👀

VELA EM INGLÊS É CANDLE E EM COREANO É SONGJAE HUEHEUWHSUS

me deixem saber sobre o negócio dos comentários por favorzinho! amo vocêsssss ♥️


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