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História Say It - Jeon Jungkook - Capítulo 34


Escrita por: Camelias

Notas do Autor


Finalmente estou de volta anjinhos. Me desculpe a demora, foi realmente corrido por aqui.





Boa leitura

Capítulo 34 - Capítulo 34



 Capítulo 

 34 



 Linhagem pura. 








 Hoje eu entendo a velocidade com que as pessoas podem não fazer mais parte de nossas vidas. 

 O silêncio naquela casa nunca foi tão ensurdecedor como é hoje, e como será nos próximos dias. Acho que nunca notamos a falta que alguém faz, até não termos mais ela. A nossa mente projeta coisas para lembrar o nosso corpo de onde estamos, e a minha está projetando a cada segundo o momento em que olhei para os braços de Jin e vi ele ali, de quando olhei para os olhos de lisa marejados. Fizemos de tudo, literalmente tudo para trazê-lo de volta, mas existem coisas que até mesmo os seres mais poderosos do mundo não podem mudar. O choro silencioso de Lisa nos quebrou tanto quanto a dor ao ter ciência do que tinha acontecido.

 Lucas morreu. 

 Morreu. 

 A risada na mesa, as brincadeiras na sala, as implicâncias com Jennie, e a paixão que ele e lisa viveram, nunca mais estarão aqui, é por isso que a casa da colônia se tornou tão... Vazia. Já se fazem três dias, e ainda parece mentira, tudo parou no tempo. Quando a fixa cai nunca é imediatamente, a minha caiu a três dias, mas ainda me vejo inerte a tudo isso, como se nada fosse a minha realidade.  

 - Você precisa comer. - Ela estava de costas para mim, como se nem estivesse ali. - Pelo menos uma garfada, por favor Lisa. - ela suspirou. 

 - Não quero comer. - Foi a primeira vez que ela falou algo nesses dias. - Não quero fazer nada. - olhei para o teto, para controlar as lágrimas. 

 - Mas precisa. - ela se sentou na cama. - Não pode ficar sem comer. - estendi o prato para ela. 

 Lisa passou os três dias dentro do quarto, sem comer nada, sem beber uma gota de água. Parecia estar em estado catatônico. Isso preocupou a todos, principalmente as meninas, todos os dias nos revezamos para tentar fazer ela comer, hoje era a minha primeira vez. Era difícil ver ela chorando por algo que eu fiz, era difícil saber que eu tirei o amor da vida dela. Que eu o matei. 

 - Vou deixar aqui. Mais tarde eu venho ver como está. - sorri mínimo para era. 

 Me levantei da cama e caminhei até a porta. E a cada passo eu quis me ajoelhar e chorar junto com ela, mas simplesmente não podia. Líderes não são fracos. 

 - S/n? - parei de nadar e me virei para ela. - Obrigada por cuidar de nós. - em meio a tudo aquilo ela sorriu, sorriu para mim.

 E eu quis morrer. 

 Engoli o choro e agradeci, forcei um sorriso e sai do quarto. Finalmente podia respirar, parecia que o ar não era o suficiente para nós duas naquele quarto. Minha mente parecia estar girando, como se alguém segurasse o meu cérebro e o chacoalhasse, sem parar. 

 - É só respirar. - a voz grave soou ao longe. E a mão tocou o meu ombro. - Só respirar. - Fiz oque ele mandava. Sem nem perceber quem era. 

 Quando finalmente minha respiração se revelou novamente, meus olhos focaram no que estava a minha frente, e minha mente voltou a funcionar, eu vi os cabelos platinados a minha frente. Yoongi era mais bonito de perto. 

 - Está mais calma? - apenas conversei com a cabeça. - Que bom. Isso também acontece comigo. - ele tirou sua mão de meu ombro. 

 - É horrível. - ele riu. 

 - Eu sei. Mas é só focar na respiração que tudo volta ao normal. - ele colocou as mãos no bolso da calça. 

 - Nem tudo. - ele deu de ombros concordando. 

 - precisamos conversar. - estranhei sua fala, mas concordei. 

 Fomos até o meu escritório, era o lugar mais seguro para conversar sobre qualquer coisa. Yoongi parecia ansioso, mas disfarçava bem, bem até de mais. 

 - Sobre oque quer falar. - fechei a porta da sala e me sentei. 

 - Sobre o seu papel nisso tudo. - meu coração parou por um momento. - Tem coisas que eu sei, que podem te ajudar. - e errou uma batida mais uma vez. 

 - Tipo oque? - arqueei uma sobrancelha. 

 - Logo no início quando nos contaram sobre você, eu dei uma olhada nas anotações de Jisoo, existia a possibilidade de você não durar muito, que seu organismo te mataria antes mesmo da liga. - apoiei minhas mãos na mesa. -  Não fomos projetados para suportar uma carga tão grande de energia como a sua. Mas as coisas se desenrolaram de uma forma que não somos capazes de entender. - ele respirou fundo. 

 - Vá direto ao ponto. - eu só queria ajudar as pessoas, e isso era a última coisa que estou fazendo agora. 

 - Você e Jungkook são mais poderosos do que imaginam. Minha avó contava uma história sobre o bosque. A muitos anos um casal de aboleos criou um campo de segurança máxima para proteger a nossa espécie, isso deu um pouco errado. Lembro dela contar que existe uma porta, com a inicial dos dois, que só pode ser destrancada pelos seus descendentes. - ele tirou uma chave do bolso. - Ela me deu essa chave e me pediu para mantê-la guardada até o dia em que vocês chegassem. - ele se aproximou de mim. 

 - E porque acho que isso pode me ajudar? - ele sorriu doce. Aquilo me deixou com esperanças. 

 - Porque você e Jungkook estão destinados a fazerem história. Dentro daquela porta tem tudo a respeito de nós. - deu de ombros. - pelo menos é oque minha avó dizia. 

 Sem mais nada, Yoongi se retirou da sala, dizendo a mesma frase de meses atrás. “Você sabe oque fazer.” Eu não sabia, naquela época, e muito menos agora. Não consigo imaginar como sou capaz de fazer história e salvar a todos nós, quando não consegui salvar Lucas quando ele precisou. Novamente me vejo presa em minha mente, aquela que costuma me deixar impotente. E eu odeio isso. 

 Três batidas firmes na porta. É ridículo como eu sei que é ele ao pela forma como bate na porta. Em segundos os cabelos castanhos escuro despontam pela pequena fresta que ele abriu, e por um momento eu esqueci de tudo oque minha mente pregava. Não sei quando vai ser a hora, não sei se ainda não é a hora, mas eu amo Jungkook, e quero ele ao meu lado para sempre. Se é que o para sempre realmente existe. 

 - Como você está? - tem sido assim não últimos dias. Ele pergunta como eu estou e sorri pequeno. 

 - Estou bem. - e mesmo assim eu minto para ele, que finge não ver para evitar confusões. 

 Ele colocou as mãos nos bolsos e olhou por todo o cômodo, até parar em mim. Não estamos distantes, só estamos... diferentes. Acho que toda essa situação é a principal culpada por isso, não é o momento para declarações à cada segundo, muito menos para momentos picantes. Acho que ambos entendemos isso melhor agora. 

 - Eu vi Yoongi saído daqui. - começou ele. - Acho que ele me disse o mesmo. - não são necessárias todas as palavras para entendermos oque está acontecendo. - Precisamos ver se é verdade. - ele deu um passo à frente. 

 - Nós não lemos nem a metade das cartas.- suspirei. - É perca de tempo ir lá sem tê-las lido por completo. - ele concordou. 

 - Então vamos ler. Vou buscá-las e leremos todas o quanto antes. - eu concordo, já estamos tempo de mais paramos do mesmo lugar. 

 Não demora muito para Jungkook retornar com as cartas em mãos, quando olhamos para todas elas, não parecem muitas e isso me intriga. Quais as chances de ternos todas as respostas nesses pequenos pedaços de papel? Nenhuma, oque está escrito aqui não conta nem a metade da história dos dois. Sei disso porque se fossem minhas, eu jamais colocaria tantas informações relevantes nelas. De toda forma, nós sentamos nas poltronas e começamos a lê-las, uma por uma, tentando prestar a atenção em cada linha, cada palavra, porque tudo ali poderia nos ajudar. Basicamente Bethany e Carl trocaram cartas durante meses em busca de um único momento onde, de fato, se veriam pessoalmente. Durante as cartas podemos perceber que os pais de Bethany não aceitavam a relação, por um motivo muito simple que naquela época era tudo. Dinheiro. Bethany era de familia rica e Carl não tinha o mesmo poder aquisitivo que ela, isso foi um problema para ambos, já que eram de menor e nenhum dos dois poderia fazer muita coisa. 

 Bethany tinha dois irmão mais velhos, e Carl duas irmãs uma mais nova e a primogênita. E nenhum deles apoiava a relação, o casal estava sozinho no meio de tudo isso. 

 - Isso é interessante. - Jungkook comenta. - É a segunda vez que ela comente nas cartas que algo mudou desde a escapada dos dois. - eu reviro levemente os olhos pelo tom de voz com segundas intenções de Jungkook. 

 Bethany e Carl saíram escondido depois de meses tentando sair formalmente, mas sem o apoio da família isso seria difícil. Aparentemente os dois passaram a noite juntos, oque fez Jungkook cogitar a ideia de ambos terem transado. Desde então Bethany comente mudanças em si, físicas e mentais, como se sua personalidade tivesse mudado. 

 - Carl não comentou nenhuma mudança. - nos olhamos e concordamos. - Acha que ela está grávida? - ele nega. 

 - É um período de tempo curto de mais para ela estar notando mudanças. - voltei meus olhos para a carta. 

 - Mas não é impossível. - O corpo de uma mulher é impressionante de mais para alguém como Jungkook entender. 

 

 “Eu consigo ler seus pensamentos, querida.” 

 O sorriso irritante está nos lábios dele, e eu o insultaria se algo maior não tivesse me chamado a atenção. 

 - Desde quando? - ele da de ombros. 

 - A alguns dias. - continuo olhando para ele, esperando que continue. - É como se desbloqueasse a fase de um jogo, antes essa desordem tinha limitações, o túnel tinha limitações. Agora é como se.....- sua voz morre. 

 - É como se? - o incentivo a continuar, e ele parece um pouco incomodado, talvez envergonhado. 

 - Como se fôssemos um só. - seus olhos estão grudados nos meus. Algo nosso. 

 Foram os segundos mais longos entre nós, como se o nosso cérebro tivesse entrado em estágio catatônico, e nada mais além daquela redoma invisível ao nosso redor importasse. Acho que isso já estava se tornando comum entre nós, até que nossos cérebros voltam a funcionar e nosso olhos se arregalam. Era óbvio! 

 Estava na nossa frente o tempo todo, as mãos de Jungkook vasculham a pila de cartas já lidas que fizemos, e eu passos meus olhos mais uma vez por cada linha escrita por Bethany. 

 - Porra. - ele joga as costas na poltrona enquanto olha as cartas. - É um intervalo de menos de uma semana, desde que ela supostamente transou com ele, até o relato das mudanças. - ele parece juntar as peças. 

 - As pesquisas de Jisoo...- ele concorda. - Isso significa que o fato de termos transado, faz com que criássemos uma ligação maior do que já tínhamos. - ele concorda, mais uma vez em silêncio. - Igual os dois. - Aponto para as cartas. 

 Acontece que, não temos mais muitas cartas para tentar achar uma resposta. No final continuamos no escuro, porque acabamos de pegar a última carta, a de Carl. 


 “Meu querido e único amor, eu sei que está assustada, mas acredite quando digo que nunca vivi algo assim. E eu lhe garanto que nunca mais viverei. A algo maior do que nós nisso, não somos apenas nós quando estamos juntos, mas não estamos juntos. E temo nunca estarmos. Eu sei que nunca ficarei satisfeito com apenas uma parte sua, e por esse motivo aceitarei o emprego em Nova York. Venha comigo. Esqueça tudo oque nos prende aqui nesse fim de mundo, esqueça todos que nos impede de sermos felizes, de nos amarmos. Se quiser, me encontre na estação de trem, plataforma 8, as 19:40. Te esperarei até o último segundo. 

 Com amor, C.” 

 

 Ele tinha comentado sobre isso em algumas cartas anteriores. Carl era bom no que fazia, escrever, e recebeu uma boa oferta de emprego no exterior, que cogitou recusar para ficar com Bethany, mas ela o encorajou a aceitar. E aqui estamos, na última carta trocada entre ambos, sem um desfecho pra isso. 

 - Ela foi com ele? - A voz de Jungkook é de incredulidade.

 - Aparentemente sim, ela assina com o sobrenome dele. - guardamos todas as cartas enquanto processávamos o pouco de tínhamos, ou o muito que tínhamos. 

 As palavras de Yoongi veem a minha mente, talvez ela e Carl tenham fugido e construído a fortaleza deles. Mas deu errado, aparentemente. E tudo oque temos são escombros que mais ninguém além de nós consegue ver. Isso é frustrante. 

 - Vamos até o bosque. - Anunciei depois de guardarmos as caixas no meu quarto. 

 Jungkook ainda parece inerte no meio de tudo isso, acho que de todas as coisas, ele espera algo mais revelador, que não o envolvesse tanto nisso tudo. 

 - Espere. - ele segura o meu pulso. - Vamos ir separados. - franzi a testa. 

 - Porque? - Ele engoliu em seco. 

 - Henry quer falar comigo, a sós. - meus ombros caíram. 

 - Isso não é importante agora Jeon. - oque Henry em sã consciência iria querer agora? 

 Não era possível que ele iria querer arranjar confusão justamente nesse momento em que estamos. Jeon não discute, mas não muda de ideia, eu apenas me solto dele e continuo a descer as escadas. Homens são tão confusos, não conseguem deixar de lado algo que, claramente, não importa agora. Eu sei que não importa, porque Henry passou a manhã inteira me rondando e perguntando sobre minha vida amorosa, ele quer que confirme que estou com Jungkook, porque esse é o motivo de seu estopim. E me irrita Jeon cair nessa em nome da amizade, que claramente não vai se abalar com isso. 

 - Se o seu irmão quiser arrancar a minha cabeça por eu ter escolhido ir com você, ao invés de ir falar com ele, eu juro que volto para me vingar. - ele entrelaça nossas mãos ao sairmos da casa. 

 - Torça para que seja ele quem queira arrancar sua cabeça. - ele riu e eu também. 



 [...]



 Dentro do bosque é frio. E isso não parece causar boas lembranças a Jeon, ele nunca me contou ao certo oque aconteceu com ele naqueles dias em que sumiu, acho que eu não gostaria de saber ao certo. Depois de alguns minutos finalmente chegamos ao campo, acho que nenhum de nós estava com coragem de entrar ali, não sozinhos, a mão dele não soltou a minha por nenhum segundo. Eu gostava daquela sensação. 

 - Oque estamos procurando exatamente? - ele pergunta enquanto olhamos para a porta com as iniciais. 

 B&C 

 Chuto que talvez fosse o escritório deles, ou o quarto, mas com certeza era algo bem pessoal. 

 - Respostas. - o silêncio de nossas respirações responde por nós. Não sabias ao certo oque esperar ao passar por aquela porta. 

 Jungkook tomou coragem e pegou a chave da minha mão, abrindo a porta por completo, era escuro lá dentro. Eu olhei ao nosso redor, tudo indicava uma armadilha, e mesmo assim nós entramos naquele quarto estranho. Ainda de mãos dadas. Lá dentro tinha uma TV, com um pendrive ao lado, vermelho e laranja com uma raposa. Aquilo me lembrou o pendrive que Jeon me pediu para pegar, só que em cores diferentes. Aquilo parece ter passado pela cabeça de Jungkook também, já que ele analisava o pendrive igual a mim. Infelizmente e finalmente nossas mãos se desgrudaram, eu peguei o pequeno objeto e o conectei na TV. Nos sentamos no pequeno sofá que tinha na sala, e ao reparar melhor no lugar, também tinha uma pequena escrivaninha ao lado. 

 O vídeo finalmente começa, e meu coração parece querer sair pela boca. Tento, inutilmente, controlá-lo dentro de mim. O homem, por volta de seus 40 anos, os cabelos com alguns fios brancos, aparece na tela. Ele se senta em uma cadeira, a única coisa que compõe a filmagem junto a ele. Seus olhos parecem sem vida e, sem esperanças. Aquilo me arrepiou. 

 - Acredito que se está vendo isso, é um de nós. - A voz grave dele ecoa da televisão, me arrancando mais um arrepio, era como ouvir a voz da nossa própria cabeça de materializando. - Sou Carl Jeon Linz, ou só Carl Linz, como preferir me chamar. -Eu e Jungkook nos olhamos no mesmo instante. 

 Então era aquilo que ele tinha se tornado? Era completamente diferente do que imaginei dele, e me perguntei onde Bethany estava naquele momento em que o vídeo foi gravado. 

 - Não sei em que ano estão me assistindo, então acho melhor contar a minha história. Talvez nem todos tenham acesso as cartas. - ele pigarreia e endireita a coluna, como se a lembrança o doesse. - Eu tinha dezesseis anos quando conheci Bethany Jeon, o amor da minha vida. Ela era de família rica e eu, bom eu era apenas um Linz, e isso não agradava muito ao pai dela. - ele ri sem humor. - Passamos meses trocando cartas e tentando nos encontrar com a aprovação do pai dela, até que isso não foi mais possível. Recebi uma proposta para trabalhar em outra cidade, e após saber que o senhor Jeon planejava casa-lá com um herdeiro de terras, eu decidi aceitar a proposta. A convidei para vir comigo, e ela veio. Vivemos momentos lindos, mas antes de fugirmos nós percebemos que não era tão simples. - mais uma pausa, e meus olhos não desgrudam da TV. - Acho que nós desbloqueamos algo dentro de nós ao nos amarmos, e isso nos trouxe até aqui. Somos diferentes do restante da população, considerados a escória, uma praga. Bethany nunca concordou com a forma que nos viam, isso tudo foi ideia dela, criar um lugar seguro para nós, para os outros igual a nós. Não estávamos sozinhos, não éramos os únicos. - Olhei para Jungkook, por um lado eu estava curiosa. Mas por outros eu tinha medo, medo do que ele poderia revelar a seguir. 

 Se Bethany fugiu com ele, a uma grande possibilidade de eu e Jungkook termos o mesmo sangue. E isso me amedronta, por significa que tudo esta acabado. Para sempre. Então eu peço mentalmente que aquilo não seja verdade, e não me importo se Jeon está lendo meus pensamentos agora. 

 - Acredito que já conhecem as desordens por nome. Eu sou um laranja e Bethany uma vermelha, existem milhares igual a nós, com outras desordens. - ele riu feliz, como se estivesse lembrando de algo. - Existia muitos de nós. Só não sabíamos que isso não era exatamente algo bom. Criamos a fortaleza para servir de lar para os aboleos, foi assim que ela nos nomeou. Acontece que nem todos aceitaram as regras do lugar e decidiram criar sua própria fortaleza, seu próprio grupo. Estava bem até um grupo se rebelar, poder é o pior dos desejos. - Agora os olhos dele estavam opacos. - perdemos muitos dos nossos e ainda vamos perder mais, estamos fracos. A fortaleza não é invencível, infelizmente. Se você achou este arquivo, então você é um descendente, levei anos para descobrir que isso pode acontecer. E, infelizmente, vocês provavelmente são um Jeon e um Linz. - ele pragueja baixinho. - Bethany Jeon Linz foi a primeira de nós, a mais forte e a mais esperta, o cérebro de tudo isso. Mas a ganância de seu pai fez com que ela não estivesse mais aqui para gravar este vídeo comigo. Assim como vocês que foram escolhidos para seguir o meu legado e de Bethany, outros também seguirão o do pai dela. Esse é o problema. - ele apoiou os cotovelos no joelho, chegando mais perto da câmera. - Tudo tem um preço, esse foi o nosso. Decidimos fazer uma profecia, um filho único e uma primogênita será nosso descendentes, não desculpem por isso. Nós nunca tivemos filhos, não faço ideia de qual parte da família vocês pertencem, talvez vocês sejam meus sobrinhos distantes. - ele engole em seco. - A liga não vai facilitar, acabar com vocês é a forma de manter o poder nas mãos deles, e por isso estou aqui, implorando para que não deixem isso acontecer. Somos seres incríveis de mais para viver em ódio. - ele se levanta como se fosse desligar a câmera. 

 E meus olhos estão focados em Jungkook porque imagino que a gravação fosse se encerrar, até ouvir ele pigarrear. E meus olhos voltam paga a tela. Os olhos de Carl estão marejados, e ele está agachado em frente a câmera. 

 - Não importa quem são, saibam de uma coisa. Os nosso sangues não foram criados para se misturar. Um Jeon e um Linz nunca ficarão juntos. Não com os dois vivos. - e assim ele desliga a gravação. 

 Nossas respirações são a única coisa audível naquela sala. Minutos e minutos em silêncio, presos em nosso pensamentos. A pior de todas as prisões. Um Jeon e um Linz nunca ficarão juntos. Aquilo me faz encolher, e finalmente a voz grave e Jungkook toma conta do lugar. 

 - Não se preocupe com isso, já desafiamos o nosso destino até aqui. Isso é só mais uma coisa. - aquilo em deixaria feliz em outra ocasião. 

 Significa que ele quer ficar comigo, certo? 

 - Acha que nosso pais estão seguindo o legado do pai de Bethany? - minha voz sai como um fio. 

 - Tenho certeza. - ele suspira. - Acho que esse é o preço que pagamos. - seus olhos vem até mim.

 Tão profundos e misteriosos quanto o mar, e desejo que nunca fiquem igual aos de Carl. Quero olhar para sempre nos olhos de Jungkook e ver a intensidade que vejo agora. Como se o mundo não fosse capaz de acabar com nós. 

 Não fomos projetados para aguentar tanta energia. 

 E aqui estamos nós, com todas as desordens querendo tomar conta do nosso corpo. Poderíamos apenas ter sido pessoas normais. 



 - Você se interessaria por mim se eu não fosse quem sou agora?  - a minha pergunta o pega de surpresa. 

 Ele para de andar, estamos no meio do bosque. Saímos da fortaleza a alguns minutos e apenas andamos. Seus olhos estão colados nos meus. Olho no olho, algo nosso. 

 - Eu já queria te beijar muito antes de descobrimos que você tinha alguma desordem. - ele da de ombros, e aquilo me surpreende. - Não me olhe assim, não vou contar quando comecei a te imaginar em cima de mim. 

 Meu olhei se arregalam com a sua fala, e ele sorri da forma que eu odeio. Gosto de como Jungkook me provoca, e de como ele me faz ser alguém mais leve. Tenho curiosidade em saber como ele se sente comigo. Andamos mais um pouco pelo bosque, aquilo parecia uma tortura para ele, e mesmo assim o fazia. 

 - Acho que devemos voltar. Já está começando a escurecer. - ele concorda comigo. 

 Nossas mãos entrelaçadas me fez imaginar como seria viver algo normal com ele. Ir a restaurantes, cinema, parques e andar de mãos danadas pela cidade, viajar, trocar presentes e conhecer os nossos pais. Um que não queria nos matar. Assim que saímos da proteção das árvores do bosque, desgrudamos nossas mãos, ainda não é algo que todos sabem, não é algo que conversamos com Henry e por mais que eu acredite que ele não tem nada a ver com isso, eu entendo os motivos pelos quais ainda não o fizemos. Pelo menos os motivos pelos quais eu ainda não o fiz. Assim que passamos pela roxa destruída no fundo da propriedade, eu noto uma movimentação diferente na porta dos fundos da colônia, aquilo faz um frio passar pela minha coluna. 

 Olho para Jungkook que parece ter entendido o mesmo que eu, apressamos o passo ao mesmo tempo em que olhando pra tudo atentos de mais. Vejo várias pessoas na sala através dos vidros, ao entramos na casa vemos todos reunidos ao redor do sofá, onde algumas pessoas estão sentadas, pessoas que ainda não reconheço. Assim que Jin nos vê ele sinaliza para que nos aproximar. Meus olhos ficam surpresos ao ver as duas figuras sentadas no nosso sofá, e Jungkook parece sentir o mesmo. 

 - Pai? 

 - Mãe?

 Falamos ao mesmo tempo. Acredito que as figuras de qualquer um de nossos progenitores sentados em nosso sofá era a última coisa que esperávamos ver ali, mas ao vislumbrar meu pai e a senhora Jeon sentados ali, tão aflitos quanto o restante de nós, nos fez questionar algo. 





 Qual foi o motivo que os levou até ali?


Notas Finais


Este capítulo não está tão agitado, mas prometo que os próximos prometem grandes emoções.




Oque a senhora Jeon e o senhor Linz foram fazer na colônia?




Quero saber oque acharam e como estão!


Senti saudade de escrever paga vocês.


Espero que tenham gostado e desculpe os erros ortográficos. Se cuidem!



Beijinhos e até logo...





Bye bye 💋🤍


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