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História Say It - Jeon Jungkook - Capítulo 35


Escrita por: Camelias

Notas do Autor


Aqui está anjinhos 💋

Capítulo 35 - Capítulo 35



 Capítulo 

 35 




 POV’S JEON JUNGKOOK 




Uma vida em meio a tantas. 






 Desde que me conheço por gente minha mãe sempre foi alguém doce e gentil. Acho que isso vem dela, é maior do que ela. Nunca comentou muito sobre a sua família, os jeon’s, mas sei que veio de uma família rica e com muitos pensamentos divergentes. A história dela com o meu pai sempre me fascinou, os pais deles eram amigos e com isso viveram juntos a vida inteira, nasceram na mesma maternidade, em quartos ao lado e com dois dias de diferença. Eu diria que era o destino. Poderia um amor ser tão forte assim? Acho que o dos dois era. Ou pelo menos pretendia ser. Apesar da linda história de amor, as coisas eram diferentes em casa. 

 Meu pai era alguém sem paciência, não gostava de abraços e demonstrações de carinho, por muito tempo isso era algo comum para mim, até entender como os outros pais eram. Quando tive a minha primeira namorada eu queria que ela me tocasse, demonstrasse afeto, e isso me fez questionar se meu pai realmente amava a minha mãe, ou se amava a sofras da herança dela. Acho que a segunda opção se encaixa melhor olhando tudo agora. Um tremendo filho da puta. Mesmo assim ela continuou doce, gentil e feliz, acho que suas convicções vão muito além de um pseudo homem como meu pai. Penso que ela se arrependeu de ter se casado com ele, ou talvez não. É complicado. 

 Olhando para ela agora, ao lado do senhor Linz, sentados no sofá da colônia e esperando que eles digam o porque de estarem ali, fez meu estômago embrulhar. Ela parecia mais velha agora. Todos estavam ali, olhando atentos para eles, só esperando para saber a novidade, não tão animadora assim. 

 - Viemos aqui para ajudá-los. - Foi ela quem falou primeiro. 

 - Com oque? Exatamente. - E foi S/N quem a questionou. Gosto desse lado dela. 

 - Existem comportamentos dos seus pais que nós conhecemos melhor do que ninguém. - O pai dela se levantou. - Precisam conhecer o inimigo para vencê-lo. - meus ombros se tencionaram. 

 - E oque sugerem de novo? - os olhos dele vieram até mim. 

 Durante todos esses anos frequentando a casa dos Linz, o patriarca sempre foi alguém reservado e observador, trocamos poucas palavras durante todos esses anos. Na maioria das vezes a sua palavra sempre era voltada para mim no meu aniversário, e raramente em outras ocasiões, talvez eu tivesse criado uma imagem distorcida dele na minha mente. Alguém mais parecido com o meu pai, quando na verdade ele parece mais com a minha mãe. Gosto dele, se ele gosta de mim isso já é outra história. 

 - Suponho que já saibam da história de Bethany e Carl. - concordamos. - Eu sou descendente do irmão mais novo de Carl, e sua mãe é descendente da segunda irmã de Bethany. Já sua mãe e seu pai, não são uma Linz e um Jeon legítimos. - ele explicou com calma, e automaticamente eu olhei para S/N. 

 - Oque significa que a profecia não se aplica a eles. - minha mãe concordou com ela. 

 - Acontece que as coisas só mais complicadas. - Foi a vez dela se levantar. - Sua mãe burlou muitas regras da liga, sei disso porque meu marido é o líder deles, e sua mãe é uma rebelde. Mentiu sua desordem por anos, até descobrimos que ela é uma azul. - isso fazia mais sentido agora, o pendrive. - Mais isso faz dela forte, principalmente quando aprendeu a enganar a todos. 

 O senhor Linz não pareceu incomodado com aquilo, na verdade ele parecia aliviado, como se desmascarar a sua esposa o deixasse mais leve. 

 - E oque isso interfere no que já sabemos? - Henry despontou na escada. 

 - Duas potências juntas são mais fortes em números. - O senhor Linz era um homem inteligente e dos números. - Eles tem exércitos muito bem treinados e muitos homens. Vocês são poucos, mas são jovens, fortes e rápidos. - seus olhos brilharam na cor verde. A inteligência corria em seu sangue. - Sua mãe é uma pessoa horrível, mas tem seus caprichos, seus medos. O ponto fraco dela é a arrogância. Se considera intocável. - os olhos dele vagavam de S/N para mim, e as vezes para Henry. 

 - Seu pai não aceita receber ordens. É do jeito dele sempre, e você conhece bem isso. - Minha mãe se aproximou mais de nós dois. - Isso não faz dos dois a melhor dupla do mundo. - Foi a primeira vez que vi minha mãe sorrir daquele jeito. 

 Como se esperasse por aquele momento a vida inteira, para acabar com o meu pai. Aquilo remexeu algo em mim, talvez a história só fosse linda do ponto de vista do meu pai. 

 - Está dizendo que podemos usar seus egos para destruí-los? - Foi a primeira vez que vi Lisa fora do quarto em dias. - E como faríamos isso? Sem perder mais dos nosso. - A cena seria incrível se não fosse em meio a todo o caos que as nossas vidas passavam. 

 Eu e S/N a um passo à frente e toda a colônia ao nosso redor, formando um escudo. E nosso país na nossa frente, apenas nos olhando, como se os papéis fossem invertidos. 

 - Ataquem antes de serem atacados. - minha mãe andou até a janela da sala. - O grande erro deles, e a vantagem de vocês, é acreditarem que nunca serão atacados. Seus egos os fazem acreditar que ninguém nunca ousaria atacá-los primeiro. E talvez estivessem certos, mas vocês são os mais fortes de toda a espécie, só precisam de um bom plano. - ela se virou para nós. 

 - É por isso que estamos aqui. Passamos tempo de mais esperando para acabar com isso. - A voz imponente do pai de S/N me fez pensar que eles eram os líderes. 

 Meus olhos foram até a garota ao meu lado. Precisava da opinião dela, atacar primeiro era um bom plano, mas poderia dar tudo errado se não fizermos certo. 


 “Oque acha?” 

 Ela não demorou para me olhar. 


 “Parece uma boa ideia. Mas precisamos de mais do que isso.”

 Concordei com ela, e pude ver o vislumbre laranja em seus olhos. Ela lia a mente de alguém, e julgo ser de minha mãe. 

 “Eles falam a verdade. Em cada palavra.” 

 Meu coração acelerou. Acho que tinha uma queda por quando ela usava a desordem. 

 

 “Um bom plano. Não podemos perder mais dos nossos.” 

 Ela sorriu mínimo. 

 

 “Um bom plano. E podemos começar com você me contando oque aconteceu quando sumiu durante dias.” 

 E ali estava os poderes dela. Acho que tinha chego a hora. 


 - Todos os verdes. - eles vieram à frente. - Vocês ficarão responsáveis por montar um plano com o senhor Linz e a minha mãe. O melhor de toda a vida de vocês. - eles concordaram. 

 - Yoongi e Taehyung. - A voz de S/N fez os dois se despontarem diante dos demais. - Ficarão responsáveis de comandar o treino dos outros. - Ela se voltou para os outros. - Todos vocês vão treinar como nunca fizeram antes. Assim que o plano ficar pronto nós o colocaremos em prática. O quanto antes. - assim que ela se virou novamente para frente, pudemos ver os olhares de nosso país. 

 Acho que lá no fundo eles se orgulhavam de nós, por mais atrapalhados que pudéssemos ser. Acredito ter visto um esboço de sorriso no rosto do senhor Linz. 

 - Henry, vá atrás de Liana e a deixe em um lugar seguro. Onde ninguém possa achá-la. - S/N ainda olhava pra o pai, que concordou com ela. Sabíamos que a mais nova estava no carro. Podíamos ouvi-la. 

 Henry não contestou, nenhum deles o fez. Apenas seguiram nossas ordens, acho que confiavam em nós mais do que nós mesmos. A passos calculados e precisos, S/N me conduziu até seu quarto no segundo andar, em outros momentos meus hormônios estariam em chamas para despi-la ali mesmo sem nem esperta ela fechar a porta. Mas agora eu sabia que a situação era outra, e a última coisa que estava em chama eram os meus hormônios. 

 - Pode começar. - Ela cruzou os braços. Implacável. 

 Ela fica sexy assim. 

 - Eu ainda posso ouvir os seus pensamentos Jeon. - ela bradou. 

 - Eu sei. - Sorri, da forma que sei que ela odeia. Me sentei na cama.

 No final aquilo tudo era uma máscara. Era melhor dormir contar que a mãe dela, o ex e a melhor amiga tinham me torturado paga conseguir algo sobre ela. Ao ponto em que aquilo era egoísta, porque mais do que ninguém ela deveria saber até que ponto eles seriam capazes de ir para conseguir oque queriam. 

 - Depois que você correu eles acharam melhor pegar oque tinha sobrado. - ela franziu o senho. 

 - Eles quem? - Acho que minha cara dizia por si só. O suspiro dela dizia que tinha entendido tudo. 

 - Não precisa perguntar. - Me ajeitei and cama. - Firam apenas alguns socos, pelos capangas, já que claramente nosso pais não tem culhão para isso. Perguntaram sobre você, sempre sobre você. Sua desordem, sua força, sua rotina, seu ponto fraco, sua importância. Queriam informações sobre a colônia, sobre quantas pessoas se importavam de verdade com você, tudo para te destruir. - ela engoliu em seco. Me levantei. - Nunca disse uma palavra para eles, e isso me custou alguns roxos, acho que você se lembra. - Eu Sorri, para amenizar oque ela senti. 

 As vezes seu odiava poder senhor oque ela sentia. Ela desviou o olhar por alguns segundos, acho que estava pensando em algo. 

 - Porque voltou diferente? - seus olhos se cravaram nos meus. 

 - Porque estar longe de você garantia a sua segurança. - passei a mão por seu rosto. - Se não compartilhássemos mais nenhuma intimidade, não seríamos mais alvo deles. - ela riu. 

 - Isso não faz sentido, sabe disso né? - eu ri. 

 - A inteligência nunca foi meu forte. - Beijei o nariz dela. Oque a fez sorrir. Eu gostava de vê-la assim. 

 - Nunca mais me esconda nada, principalmente se estiver relacionado à mim. - eu concordei. Tudo era relacionado a ela. 

 Acho que meus hormônios acordaram, porque algo mais embaixo estava começando a me incomodar. Meus olhos estavam em sua boca, e talvez os dela estivessem na minha, isso não fazia diferença agora. Assim que senti seus lábios nos meus, o som de batidas na porta nos fizeram separar nossas bocas. 

 - É claro. - Disse assim que me distanciei, ela riu. Pareceu mais leve. 

 Abrimos a porta e Henry nos olhava com o senho franzido. Acho que ele já sabe, ou talvez prefira não prestar atenção. 

 - Eu posso fingir que não vejo, mais nosso pai repara bem mais do que eu. - ele cruzou os braços. - para de beijar a minha irmã enquanto meu pai estiver lá em baixo. - ele me deu um tapa na cabeça. - Em outra situação eu te mataria. - ele se virou e começou a descer a escadas. - Liana já está segura. 

 Acho que Henry foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Acho que a família Linz tinha sido a melhor coisa na minha vida. Tirando a mãe deles. 



 [...]



 1 hora e 25 minutos. 

 Esse foi o tempo que os verdes levaram para criar o maior plano de nossas vidas. Em outras ocasiões eu desconfiaria piamente da eficácia desse plano. Era as nossas vidas em jogo, e qualquer coisa era melhor do que não ter nada e esperar outro ataque. Compartilhar a desordem com S/N me fez confiar neles, mais do que um dia o meu organismo se renderia a confiar. Namjoon se apoiou na mesa, e o seu olhar era puro fascínio pelo oque tinham criado.

 - Vamos criar uma emboscada. - Parecia simples. - Vamos mandar cinco de nós, um grupo bem passado, um de cada desordem. Resguardando os vermelhos e laranjas. - eles mantinha o olhar em nós. - Os cinco atacarão como se estivessem buscando vingança pela perda de Lucas. Lisa tem que estar no primeiro grupo, é importante. - ela concordou, e Rose apertou seu ombro em forma de apoio. - enquanto os cinco causam a distração e chama a atenção, o segundo grupo será com seis pessoas. - Isso me lembra o jogo de costumávamos fazer. - Atacaram em silêncio pela parte de trás, chegando no meio. É importante que estejam atentos a qualquer coisa, o galpão onde estão não é muito armado com tecnologia, oque nos da vantagens. - ele ajeitou a postura. 

 - Mas é muito bem vigiado, é por isso que o primeiro grupo tem que chamar o máximo de atenção que conseguir. Depois recuem. Ambos os grupos. - Irene foi quem tomou a fala. - Isso vai deixá-los cansados, e ninguém seria louco de atacar em menos número de membros estando cansados. O ego vai agir por eles, vai baixar a guarda. - Fazia sentido. 

 Nós baixamos a quadra milhões de vezes por simplesmente achar que era um aviso. Jogar o jogo deles. 

 - O segundo grupo vai ter uma carta na manga. A Liana. Um laranja e um vermelho. - Assim que a voz do senhor Linz ecoou pela sala, pude ver as costas de S/N se refecerem. - Ninguém tocará nela, pode ser nova mais é esperta. Será a ameaça de vocês, e recuarão assim como o primeiro grupo, no exato momento ambos devem recuar. - ele era claro no que dizia. 

 - O restante de nós entrará com o senhor Linz e a senhora Jeon. Os guardiões principalmente, é importante que a imagem de vocês seja vista, mostrar que não são fracos. Entrarão sozinhos pelo caminho que os dois grupos abriram, como uma passarela. - Jisoo tomou a frente. - Ao sinal de um dos líderes, os dois grupos retornará para dentro. E então vamos atacar. Dividindo as forças. - seus olhos estavam em mim e em S/N. 

 - Esse tempo entre a saída dos dois grupos e a entrada do terceiro, vai nos dar tempo para recuperar as forças, e mais exaustão para eles. - Jin se juntou a Irene a um passo na frente. - Assim que estivermos juntos, tudo e todos a nossa frente que não for da colônia é nosso inimigo. Acredito que sabem oque tem que ser feito. - Matar. 

 Isso incluía quatro pessoas que tem eu e S/N no centro de um alvo bem feito. Espero muito que eles sejam nossa responsabilidade, acho que o acerto de contas deve ser feito pelas mãos calejadas dessa história. 

 - Jihyung não consegue correr muito rápido. - Minha mãe tomou a fala. - Quando era adolescente fraturou o joelho em um dos treinos, isso da vantagem para a emboscada. Ele é medroso e traiçoeiro, não importa quem seja, ele vai deixar para trás para salvar a própria pela. Nessa hora, depois de vocês precisarão encurrala-lo, será a chance de ouro. - ela parecia ter planejado isso a meses, anos talvez. - Já Cassandra é orgulhosa, vai lutar até o momento em que perceber estar sozinha, ou pelo menos vai ordenar seus fiéis lutarem por ela. Ela é forte, mas é medrosa, deixem ela cansada, mostrem que ainda tem todas as forças do mundo, por mais exaustos que estejam. Por último. - ela olhou para mim e S/N. - Vocês dois são a chave, a ligação entre guardiões vai muito além de compartilhar pequenas frações de desordens e pensamentos. - ela segurou nas mãos de S/N, e quando me dei conta o senhor Linz já estava na minha frente. 

 - A partir do momento em que decidirem lutar com as desordens compartilhas se tornarão invencíveis, um único ser. - ele olhava nos meus olhos. 

 E pude ver que os dois tinham o mesmo olhar, profundo. Como se pudessem nos ler por completo. 

 - Vai demorar segundos até que consigam tomar controle do turbilhão que se instalara dentro de vocês, mas vão conseguir. - ele segurou nos meus ombros. - É a junção de todos os descendestes antes de vocês, todos que já passaram na terra, é mais poder do que se juntarmos todos os aboleos que já existiram. - ele se distanciou. 

 - Vocês se tornarão a catalizador de todo o poder, uma máquina. Isso vai custar muita energia de ambos. - minha mãe ainda segurava as mãos de S/N. - precisam deixar isso para o último segundo, quando realmente for a hora certa. 

 - E qual é a hora certa? - a voz de S/N saiu diferente do que eu esperava, distante, mas firme e convicta ao mesmo tempo. 

 - Vocês vai sentir. São bons nisso. - o sorriso doce de minha mãe estava ali. 

 Me perguntei se S/N estava com medo, porque talvez eu estive com um pontinha dele. Acho que as mulheres são mais fortes do que os homens em todos os pontos, pelo menos ela era mil vezes mais forte do que eu. Tive que conter um sorriso idiota que quis escapar enquanto eu olhava para ela. 

 - Vamos dar cobertura para os dois a cada segundo. Ninguém chegará perto. - A voz de Marcus reverberou pelo cômodo. 

 - Somos a colônia, e não importa oque aconteça, aqueles filhos da puta vão perder. - Sehun riu com a boca suja de Garet. 

 - Somos a colônia. - Taehyung abraçou pelos ombros os dois que estavam ao seu lado, Jimin e Jennie. 

 O sorriso de todos, não necessariamente de felicidade, mas de alívio, porque aquilo poderia finalmente acabar. Os olhos de S/N brilhavam ao todos ali jurando estar um pelo outro até o fim. Assim como minha mãe e seu pai, que olhavam aquilo admirados, gostaria de poder ler a mente deles. Ainda não cheguei nesse nível, acho que nem quero. 

 - E quando começamos? - Hoseok fez a pergunta preciosa. 

 - Amanhã. - S/N deu a palavra final, ninguém aquentava esperta mais tempo. - todos já estão preparados, treinam até as sete e depois descansem. - eles concordaram sorrindo. 

 - Boa escolha. - segurei o seu ombro e sussurrei em seu ouvido. 

 - Eu recomendo um braço de distância Jeon. - A voz retumbante do senhor Linz me fez recuar. 

 - Claro senhor. - a risada sonora de Henry chamou a minha atenção, ele deu de ombros como se dissesse que tinha avisado. 

 Acho que finalmente conheci a face de sogro do senhor Linz. Ainda não sei se gosto dela, com certeza gosto bem menos do que de sua filha. Aos poucos a sala foi ficando vazia, e apenas nós quatro permanecemos ali, penando no que nos metemos. 

 - Vocês dois podem dormir no meu quarto. - S/N se dirigiu a minha mãe e ao seu pai. - Lá é mais afastado da sala, vão conseguir dormir em paz. - ela sorriu para eles que retribuíram. 

 - E onde você vai dormir? - Eu coloquei as mãos no bolso, eu sabia onde. O olhar dele me fez excluir os pensamentos, era claro que a sua pergunta era para garantir que ela não passasse perto do meu quarto. 

 - Com a Lisa pai. - ela tombou a cabeça como se repudiasse o instinto protetor do pai. Mas eu sei que ela gostava quando ele agia assim. 

 Ele semicerrou os olhos, como se procurasse nela algum resquício de mentira. No final minha mãe o convenceu de deixar a filha em paz, segundo a mais velha S/N já tinha mais do que idade para saber oque fazia e com quem dormia. O sangue do mais velho ferveu, isso era nítido, mas ele manteve a calma e riu com ela. Gostaria que meu pai tivesse tratado a minha da mesma forma que o senhor Linz a tratava, como se o mundo estivesse todo nos olhos dela. 

 - Acha que seu pai gosta da minha mãe? - a pergunta escorregou pelos meus lábios assim que os mais velhos foram para a parte de trás da casa. 

 - Talvez. Ele não costumava sorrir assim com a minha mãe. - ela parecia observá-los de longe. - Não sei se gosto disso. É estranho. - Eu sei. 

 - Também acho. - estávamos lado a lado olhando pela janela todos treinando em meio aos risos. 

 A mão dela segurou a minha, e juro que uma onda de calor percorreu o meu corpo. Não de forma promíscua, mas como se me lembrasse que estava tudo bem agora. Que o amor da minha vida estava ali do meu lado, segurando a minha mão. 

 - Acha que vamos conseguir? - a voz dela era carregada de incertezas. Totalmente diferente de minutos atrás. 

 - Tenho certeza. - Eu a abracei por trás. O pai dela já tinha idade o suficiente para não enxergar de longe. - Você é boa no que faz. - ela sorriu. - Principalmente com a boca. - ela me deu uma cotovelada, me fazendo rir e rindo junto. 

 Essa era a intensão, distraí-la de tudo isso, mais uma vez. Porque eu também tinha medo, mas ela não precisava de um medroso ao seu lado agora, ela precisava de um Porto Seguro, alguém que certificaria de que tudo ia ficar bem. Então foi isso que fiz, durante as cinco horas seguintes até irmos dormir. 

 Por sorte o pai dela não passou para conferir em qual quarto ela estava, ele não era tonto, sabia muito bem em qual estava. Foi a primeira vez que desejei dormir com ela nos meus braços durante todos os dias da minha vida daquele dia em diante, simplesmente porque o cheiro de seus cabelos era incrível, a sua pele era macia, a respiração dela enquanto dormia me acalmava. E os círculos que ela fazia no meu braço me faziam sonhar com um mundo onde éramos normais. Namorados normais. Onde eu conheceria seus pais normais, e ela conheceria os meus, sairíamos com os nossos amigos normais, e não teríamos que lutar com eles. 

 Acho que em outra vida nós seremos normais, e desejo que ela esteja comigo tem todas as vidas que eu tiver que viver. 










 POV’S Narrador. 




 A guerra destrói mundos, mas constrói histórias.


Notas Finais


Céus, acredito que este será o penúltimo capítulo.
Sim também está sendo triste só lado de cá. Aparentemente teremos apenas mais um capítulo, o 36. Quero suas apostas para o final desta história.


Espero que tenham gostado e desculpe os erros ortográficos. Se cuidem anjinhos.





Beijinhos





Bye bye 💋🤍


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