História Say Something ( Em correção ortográfica) - Slut.

Emily on

Acordo com o meu celular tocando sobre a cabeceira e abro os olhos na hora, me assustando com o som.

— Não… — O Zayn me aperta quando tento ir atender.

— Zayn eu tenho que atender, é o Louis provavelmente.

— Ele que se foda. — Ele me aperta mais ainda, deslizando o corpo sobre o meu e deitando a sua cabeça no meu ombro.

— Amor… — Mexo no cabelo dele de leve e ele bufa irritado. estendendo a mão e pegando meu telefone, me dando. — Obrigada. — Sorrio e atendo.

— Aonde você ta Emily? To tipo a uma meia hora aqui embaixo te esperando! — Olho assustada para o relógio.

— Louis, nós combinamos 9:30h e são somente 9h!

— Eu… Eu sei, é que eu to ansioso. — Ah, coitado do Boo Bear.

— Por que não sobe aqui e toma um café com a gente para sairmos?

— Promete que não vamos demorar pra sair?

— Prometo. — Sorrio desligando o celular e abraçando o meu bebê.

— Preciso ir me vestir, o Louis esta subindo.

— Eu… Eu to doente. — Ele finge uma tosse e eu rio.

— Doente?

— Sim, ta me doendo muito a barriga, olha. — Ele se vira e aponta para o umbigo, e eu sorrio pondo a mão em cima.

— Aqui? — Ele concorda e eu inclino beijando. — Melhorou?

— Acho que não, é melhor ficar aqui e cuidar de mim caso qualquer coisa aconteça. — Ele se inclina me dando um beijo e eu sorrio.

— Eu tenho que fazer isso com o Louis.

— Eu posso ir junto? — Ele fala rápido e eu suspiro.

— Eu acho que a mãe dele mal sabe que eu estou indo, se mais você for… 

— Eu durmo no carro, e a gente pode foder no banco de trás pra…

— Babe, amo você. — Falo rindo e levanto indo até o banheiro, ligo o chuveiro na mesma hora que a campainha toca. — Por favor abre para o Louis e prepara algum café?

— Virei escravo. — Escuto ele falar quando se dirige a porta e eu rio entrando no chuveiro.

Tomo banho lentamente e me preparo psicologicamente pois o Louis ia estar todo nervoso quando fosse falar com a mãe dele, e pelo visto quem teria que o acalmar seria eu.

Saio me vestindo com a roupa que tenho aqui e nem seco os cabelos, somente me dirijo até a cozinha e encontro os dois comendo.

— Hey Louis. — Dou um beijo na sua testa e o Zayn solta um gemido de nojo.

— Quando vocês os dois se comem no meu quarto eu aguento quieto. — O Louis brinca e eu coro, odeio falar da vida sexual assim tão abertamente.

— Comeu já?

— Sim, comi a Íris antes de vir pra cá senão não ia aguentar esses 4 dias. — Ele toma chá e o Zayn gargalha, me puxando para o seu colo.

— Boa Louis. — Ele ri e eu ponho uma panqueca na boca dele. Como com eles e junto a mesa para não deixar muita coisa para o Zayn.

— Vou te esperar no carro, tchau cara. — O Louis se despede do Zayn, que aperta a mão dele.

— Cuida no caminho pra Doncaster, tu sabe que tem aquelas curvas que são brabas. E não esquece que… 

— Relaxa cara, trago ela viva. — Ele ri saindo e eu olho para ele que está sério.

— Aww amor, vai passar rápido, eu prometo. — Vou até ele dando um selinho, que sorri de leve.

— Odeio ter que ficar longe de ti. — Ele põem as mãos no meu quadril e eu enrosco meus braços no seu pescoço. Sorrio quando ele se inclina para baixo, colando os nossos lábios devagar. Invado a boca dele com a minha língua devagar sorrindo e ele morde o meu lábio logo eu exploro todos os cantos da boca dele que eu já sei de cor. Ele aperta a minha bunda e acelera o beijo, me prensando na parede e movendo os lábios mais rapidamente, fazendo os meus se chocarem contra os dele de maneira violenta. — Vou sentir saudade. — Ele me da um selinho e eu mordo o queixo dele.

— Falo com você todos os dias.

— Promete? — Ele pergunta e eu concordo sorrindo. — Podemos fazer sexo pelo telefone, ou eu te olho pelo Skype enquanto tu… — Eu colo nossos lábios de novo e ele ri.

— Amo você Zaza. — Sorrio pegando minha bolsa e ele vai comigo até a porta.

— Eu digo que te amo quando me ligar de noite. — Ele pisca o olho e eu o abraço uma última vez, logo indo para as escadas e descendo. Esse elevador dele nem que me paguem! 

Assim que desço vou para o carro do Louis, o mesmo que já acelera na hora.

— Estou tão animado, faz mais de um ano que não vejo as meninas. — Ele sorri e eu acompanho.

— Qual o nome delas??

— Ah claro, tem a Charlotte mas chama ela de Lottie, ela é a mais velha e tem a tua idade ou já ta mais um ou dois anos mais velha, não lembro. — Ele coça a cabeça sem jeito e eu sorrio.

— Quem mais?

— Tem a Felicite, chama ela Fizzy se quiser. As gêmeas Phoebe e Daisy que tu falou, tem minha mãe, e ela é casada com um cara que eu mal conheço. — Ele fala feliz da vida e eu com os olhos arregalados.

— Nossa, você tem muitas irmãs, Louis.

— Sim tipo, sério eu to com muita saudade delas, a Daisy e a Phoebe devem estar gigantes. Eu comprei uns presentes, mas não sei se elas vão gostar.

— Comprou o que?

— Sei lá eu não fazia idéia, então comprei umas meias né? Elas vão gostar né?

— NÃO! Volta para o shopping agora!

— Mas a gente vai…

— Vamos nos atrasar uma meia hora, mas vai deixar elas felizes. Quer dar meias para crianças? Por favor! — Ele bufa indo para o shopping e assim que descemos, claro que com o cartão do John, compramos um sapato pra Lottie, uma bolsa pra Fizzy, Barbies pra gêmeas, e logo voltamos pro carro e ele segue indo em direção a estrada.

— Sabe, é uma única vez na vida que eu vou fazer isso Emily, então aproveita. — Ele aperta o volante e eu olho para ele.

— Fazer o que?

— Agradecer. Obrigada por ir comigo e por comprar os presentes. 

— Você é minha família, Boo Bear.

— Eu sei, mas não é sua obrigação, sei que está fazendo isso porque quer e significa muito pra mim. — Ele pisca o olho e eu sorrio, conectando meu celular no carro. — Se colocar Justin Bieber tu morro, da última vez que eu visitei elas a Fizzy fez eu decorar todo o maldito álbum Believe.

— Ah, não deve ter sido tão ruim.

— Se o álbum tem versão acústica é ruim, bem ruim acredite. — Ele fala rolando os olhos e eu ponho The Fray. — Eles são bons. — Concordo e começamos a cantar o cover deles de heartless do kaney West, que para mim é melhor que a versão original.

Louis Pov

Bem mãos suando, coração quase saltando pela boca e eu continuo lindo. Tudo bem Tomlinson, você consegue.

Assim que eu entro na minha cidade natal, eu consigo sentir o cheiro de… Família? Sei lá eu que porra, mas tava bom.

— Ah antes que eu esqueça, minha família não sabe nada nem da policia ou que eu falo palavrões, o Steve e o meu pai já se acostumaram, mas como tem as meninas menores eu tento evitar na frente delas. — Falo.

— Aww… Isso é tão bonitinho Louis! — Ela aperta minha bochecha e eu bufo.

Assim que entro na minha rua olho a minha casa de longe e inspiro fundo.

— Vamos ficar em um hotel ta? Só vamos passar hoje e primeiro dar os presentes e oi como ta tarde. Amanhã levo elas pra almoçar e passar a tarde com a gente.

— Tudo bem. — Ela da o melhor sorriso perfeito e eu odeio isso porra. Como que ela pode me deixar mais confiante com a porra de um sorriso?

Assim que a gente desce, sorrio olhando a bicicleta das gêmeas. Vou apressado até a porta e assim que aperto a campainha, meu corpo todo treme. A Emie toca o meu ombro, mas nem isso agora consegue fazer as minhas pernas pararem de tremer. Depois de uns segundos, um homem alto e gordo abre a porta.

— Ah… — Ele me olha sem jeito e eu fico sério.

— Quem é tu?

— Eu sou o Many, o… O marido da sua mãe, Louis. — Ele estende a mão e eu não cumprimento, a Emie estende a mão sorrindo e pisa no meu pé, fazendo eu suspirar e apertar a mão dele.

— É um prazer. Muito obrigada por nos receberem, ainda mais esse horário. — Ela fala educada como se ele desse alguma porra pra isso.Tudo bem Louis respira, ela só quer ser legal.

— Podem entra, eu..

— LOUIS! — A Phoebe aparece e eu abro os braços pra ela, que me abraça na hora com força. Sinto as lágrimas dela no meu ombro e não, eu não vou chorar .

— BOO BEAR. — A Daisy abraça a minha perna e foda-se essas lágrimas que já caiam dos meus olhos. Fico de joelhos no chão abraçando as duas e respiro fundo. O Many sábio já entrou e a Emily me olha com um sorriso estúpido na cara.

— Louis? — Vejo a Lottie na porta com a cara vermelha e me levanto na hora pra abraçar ela. — Não acredito que está mesmo aqui. — Ela fala tremendo no meu ombro e ele abraço ela ainda mais forte.

— Eu falei que ia voltar… — Murmuro e ela ri seco.

— Demorou demais, não acha? — Infelizmente concordo, me afastando e secando as lágrimas dos olhos dela.

— Ta, to aqui já. — Sorrio abraçando ela de novo e a Emie tosse.

— É a sua namorada? — A Phoebe fala animada e eu rio.

— Eu namorar esse babaca? Jamais!. — A Emie brinca e elas sorriem.

— Hum… Ela é a Emily, nossa irmã. — Eu aponto e elas me olham estranhas.

— Irmã?

— Ela é filha do Steve. — Elas fazem cara de quem entende e a Lottie sorri fraco. — A Fizzy? — Pergunto olhando pra dentro de casa e tentando achar ela.

— Trancada no quarto. Ela está brava porque você demorou demais. — Eu sorrio sem graça e olho pra Emily.

— Vai lá, adoraria conhecer melhor as meninas. — Ela olha pra minhas irmãs e eu sorrio de leve.

Entro sem jeito na casa e respiro fundo olhando a sala que a alguns anos atrás eu convivia. Olho pra parede e noto a foto minha e das minhas irmãs com o meu avô, fazia anos dessa foto.

Subo as escadas rápido e assim que vejo a porta do quarto da Fizzy, abro sem bater. Ela me olha assustada e nem um sorriso me dá, voltando a atenção ao computador dela.

— Qual é Felicite. — Falo o nome e ela bufa. — Não pode me ignorar quando eu vim aqui pra te ver! — Abro os braços e porra ela ta chorando. — Eu só…

—Imbecil! — Ela levanta e corre me abraçando, fazendo eu dar alguns passos pra trás.

— Imbecilidade deve ser genético, então porque tu é pior que eu. — Brinco e ela começa a tremer.

— 1 ano? mais de um ano Louis, qual é o seu problema? — Ela se afasta de mim e eu seco as lágrimas dela.

— Não é só porque o papai nos abandonou que você também tem que fazer isso. — Quando ela fala isso eu fico na defensiva direto.

— Ele não abandonou ninguém Fizzy, e tu sabe muito bem disso. — Ela bufa, se afastando.

— Qual é Louis, uma coisa é ele nos abandonar por causa da mamãe, mas você…

— Sabe, a mamãe consegue ser a maior va…

— Eu consigo o que, Louis? — Vejo a mulher que me trouxe ao mundo parada na porta do quarto e suspiro. 3 anos sem ver ela, e continua a mesma mulher.

— Mãe. — Ela nem faz questão de sorrir e por mais que eu já esperasse por isso e ache ela uma das piores pessoas do mundo, isso dói, e muito.

— Está tarde, acho melhor as meninas dormirem caso você queira ver elas amanhã. — Ela murmura saindo pelo corredor e eu respiro fundo.

— Não pode culpar ela… — A minha irmã mais nova murmura e eu me viro furioso pra ela.

— Que porra tu acabou de falar?

— Você nos trocou e escolheu ficar com ele… Boa noite, Boo Bear. — Ela me dá um beijo na bochecha e eu saio daquele quarto.

Cruzo pelas minhas outras irmãs pelos corredor e desejo boa noite, procurando pela Emily que me esperava na frente do carro.

— Então, como foi? — Ela fala animada e eu destranco o carro entrando nele. Assim que ela fecha a porta, dou a partida sem falar nada. — Qual é Louis, ela não deve estar tão braba. Tudo bem que foi mais que um ano, mas se as mais novas e a Lottie entende… 

— Ela é uma vadia, nojenta, filha de uma puta escrota que eu queria que morresse. — Falo furioso e ela me olha sem entender nada.

— Está falando da…

— Minha mãe, aquela vadia! Ela nem me abraçou ou falou que estava com saudade! Eu não vejo ela a 3 ANOS, caralho! Da última vez que eu vim ela não ficou em casa um segundo sequer e te garanto que só tava hoje porque a vadia não tinha desculpa pra dar. Aquela cachorra. — Aperto o volante e ela toca no meu ombro.

— Relaxa, ela deve….

— Não defende ela Emily, tu não sabe o que…

— Eu ia dizer que ela deve ter algum distúrbio mental. — Eu sorrio de leve e já vejo o hotel… 

(…)

— Eu fico com a cama embaixo do ar. — Ela se joga em cima e eu suspiro.

— Tudo bem, prefiro ficar perto da porta e fugir caso me assuste com você. — Murmuro indo pro banheiro e tirando a roupa pra tomar um banho.

Assim que acabo, volto pro quarto e vejo que a Emily ta sorrindo pro celular.

— O Zayn te mandando fotos pelado já?  Nossa, vocês são rápidos em… — Brinco e ela me joga a almofada.

— Estou falando com as meninas, acredita que elas adiaram a festa do pijama esperando por mim?

— E quem liga? — Falo, ela bufa logo desligando o abajur e indo dormir.

Ponho uma cueca e me deito na cama, desligando o meu abajur também e olhando pro teto enquanto me coloco embaixo das cobertas. Eu… Eu sou um imbecil na realidade, por que sequer eu vim se ela não quer que eu venha? Mas ela não é ninguém pra me proibir de ver as meninas e… Ela encheu a cabeça delas de merda, pura merda e nada mais do que merda. Elas tão tipo a Emily quando se mudou pra Londres, achando que o Steve escolheu meu pai. 

Eles não escolhem, simplesmente acontece e eles sofrem com isso por causa da família e elas estão ficando tão… Odiosas. Minha mãe começou a ficar amarga desde que o meu vô morreu, mas quando meu pai largou ela, foi fora do sério. Quem dera meu avô tivesse aqui pra por juízo na cabeça dela.

— Foda-se. — Murmuro baixo e seco a porcaria da lágrima, ver elas chorando hoje foi triste. Imagino pro meu pai que nem sequer pode ver elas porque a minha mãe ameaça ele.

— Boo Bear?

— Sim? — Escuto ela se levantando e sinto ela do meu lado.

— Vai para o lado. — Faço o que ela manda me encolhendo mais, essa cama de casal que não era assim tão de casal. — Não precisa ficar triste, amanhã eu falo com as meninas.

— Vai falar o que Emie? Ah, o seu irmão abandonou vocês por mais de um ano porque não tinha coragem de olhar pra mãe? — Ela passa a mão pelo meu rosto e sei que ela está sorrindo de leve.

— Você é ótimo e quem perde por ficar longe de você é ela, acredite Louis. — Ela me abraça e eu retribuo.

— Elas odeiam ele, elas odeio o nosso pai. E daqui a alguns anos vão me odiar, assim como a minha mãe. — Ela beija a minha bochecha.

— Eu te amo Louis, e tenho certeza que elas também, só precisam aprender a como demonstrar isso.

— Espero que você esteja certa, Emily.

(…)

Emily On

— Já falei para você relaxar senão vai bater o carro Louis. — Ele freia na frente da casa e eu respiro fundo.

— Eu chamo elas, espere aqui. — Eu falo e ele concorda. Assim que eu desço e aperto a campainha, as gêmeas me abraçam e vão correndo para o carro. As mais velha me cumprimentam e seguem, e vejo a Senhorita pior mãe do mundo. 

Deixo as meninas irem para o quarto e sorrio falsamente para ela.

— Senhora Tomlinson? — Estendo a mão e depois de muito esforço, ela cumprimenta.

— Se me dá licença. — Ela ia fechar a porta, mas eu ponho o pé.

— Só queria avisar que eu sou muito boa nas leis do país.

— Ah?

— O que quero dizer é que eu conheço perfeitamente os direitos do divórcio, e tanto você como eu sabemos que o John tem mais do que o direito de ver as filhas. E acredite, caso não deixe isso acontecer, eu mesma faço questão de te processar ou se puder te mando presa por obstrução á justiça. — Sorrio da mesma maneira cínica á ela.

— Sabe, você deve ser tão ladra como o seu pai, ele rouba maridos e você o que?

— E você tão desumana quanto eu pensei. O John para pagar pensão você quer e exige, agora para ele ver as filhas você não deixa. — O Louis buzina me olhando sem entender e eu faço sinal com a mão para ele esperar.

— Se acha que uma adolescente patética de 16 anos pode vir aqui e me ameaçar, está enganada.

— E se acha que uma mulher de 40 anos pode simplesmente ignorar o meu irmão está muito enganada. Quando vier largar as meninas, espero que a sua mentalidade diminua. — Me viro voltando para o carro, respirando firme.

— Isso foi o que Emily?

— Acho que aprendi alguma coisa com o Malik. — Sorrio fraco e ele acelera.

— Aonde vamos Louis? — A Phoebe fala apertada no colo da Lottie.

— Fiquei sabendo que alguém queria ir patinar no gelo! — Ele sorri e vamos até o shopping. 

Passamos a tarde toda a patinar e o Louis estava agora com as gêmeas comprando lanche, e eu com a Lottie e a Fizzy.

— Então meninas, ah… Está melhor Fizzy?

— Sabe Emily, eu aprecio muito que você esteja aqui com o Louis, mas não precisa agir como se me entendesse.

— Fizzy. — A Lottie repreende e eu sorrio fraco.

— Sabe, eu fui obrigada a ir morar com o meu pai depois que a minha mãe morreu, e não foi muito bom, porque eu fiquei em torno de 7 anos sem saber nada do meu pai.

— Nós estamos a 8 com o papai…

— E bem, eu entendo o ódio que você tenha sabe? Mas quer saber de uma coisa? Dói mais nele do que em vocês.

— Emily, ele simplesmente nos…

— Abandonou? — Eu rio fraco porque era exatamente assim que eu via o meu pai.

— Ele podia ter ligado ou… — Ela começa a lacrimejar com raiva.

— Já pensou que a sua mãe não deixou?

— Agora quer jogar a culpa na minha mãe? — Ela fala furiosa enquanto a Lottie somente observava em silencio tudo.

— Não, digo sim porque a minha mãe fez isso. Ela não deixava o meu pai me ver ou nada. Ele mandava cartas e ela não me dava.

— Minha mãe não é um monstro.

— Nem a minha. Mas imagine a dor da rejeição, ainda mais se for por outro homem. A família do John ainda aceitou a sua escolha sexual, os meus avós não e deserdaram meu pai de tudo. — Ela me olha com pena e eu sorrio fraco, objetivo alcançado pelo menos. — Vocês tem as irmãs mais novas, não deixem elas ficarem com ódio que o pai de vocês não pode controlar.

— Elas mal conviveram com ele, elas ficaram menos de 2 anos e…

— E acha que é saudável elas cresceram com a sensação de que o pai delas as abandonou?

— Não, não é bom para elas.

— Então por favor, por elas, por vocês, pelo Louis e pelo John, tentem aceitar ele melhor. Acho que a mãe de vocês encheu tanto a cabeça de vocês com a idéia de que quem desistiu de vocês foi ele, que vocês não vêem que foi o contrário. Que ele não teve escolha quando se apaixonou por um homem, mas vocês tem a escolha de aceitar isso…

— Agora entendo o porque do Louis gostar tanto de você. — A Lottie sorri.

— Eu não gosto da Emily, ela me dá nojo. — Ele faz uma careta e eu e elas levantamos.

— Vamos? — Ele concorda e realmente a tarde foi divertida, mas estranha por saber que eu não era a única irmã do Boo Bear. 

Assim que chegamos, eu acompanho elas até a porta que é aberta pela mãe delas, que chama o Louis com a mão e eu sorrio, finalmente ela iria pedir desculpa por tudo.

— O que foi mãe? — Ele fala sem jeito sorrindo.

— Eu só quero deixar claro que essa foi a primeira e última vez que deixo você sair com elas. Assim que você escolheu ficar com o seu pai, a sua relação comigo acabou e com elas automaticamente. — Eu olho chocada sem acreditar no que os meus ouvidos tinham acabado de ouvir.

— O que quer dizer com isso? — Ele fala com a voz fraca.

— Que eu espero que essa seja a última vez que eu veja você e esse seu cão de guarda. — Ela aponta para mim e eu olho furiosa.

— Sabe, você é a pessoa mais…

— Mais o que?

— Mais vagabunda, imprestável, vadia nojenta do caralho que eu podia imaginar em conhecer em toda a minha vida! — Falo e ela assim como o Louis, me olham surpresos. Nossa, acho que foram muitos palavrões

— Emie…

— Emie o cacete, essa vagabunda vai me ouvir. Se você acha mesmo que de alguma maneira vai impedir ele de ver a família, está enganada sua velha escrota. Acho que você está precisando tomar no meio desse seu cu e parar de ser tão estúpida.

— Como é? — Ela me olha furiosa.

— Isso mesmo que você escutou. Acredite ,nós voltamos amanhã para Londres e assim que eu pisar lá ,vou por um advogado atrás de ti por proibir o John de ver as crianças. Entendo o porquê de ele ter te largado, afinal ninguém merece ser casado com um ser tão desprezível quanto você. — Falo ofegante pelo calor do momento.

— Não me venha com ameaças, criança.

— Não são ameaças, são fatos que vão acontecer, e sabe, você pode até mesmo ir presa. Sorte a sua que na nossa casa tem espaço pra elas. Espero que você vá presa, e nem arder no fogo do inferno você merece! — Falo exasperada e o Louis toca o meu ombro, ainda chocado.

— O que foi? — Olho para ele, que levanta as mãos na hora como quem quer dizer que não disse nada.

— Então pode trazer os advogados. — Ela murmura falhando, confiante porcaria nenhuma.

— Aproveite então, porque o que eu mais quero é ver você atrás de grades sua vadia nojenta, onde é o seu lugar. — Dou um passo para trás quando o Louis me puxa até o carro. — Você deveria ganhar o prêmio de mãe mais vadia e nojenta do mundo. — Berro e ele me empurra para dentro do carro.

— Acho que deu. — Ele murmura fechando a minha porta e enquanto ele dá a volta, fico olhando para a mãe dele.

— Mas… Você mal se despediu das meninas e…

— Me despedi antes porque nós sabemos que não passa de um dia por causa da minha mãe.

— Louis, você devia ter deixado eu terminar, ela não tinha o direito de fazer isso com você e com elas! — Cruzo os braços e ele acelera.

— Acho que você já falou demais.

— Por que está rindo? Não foi engraçado!

— Emily, você falou mais palavrão em uma frase do que na sua vida toda, eu acho que ainda to em estado de choque. E ao invés de tu me acalmar, eu que tive que te tirar do barraco, pensei que eu fosse o barraqueiro. — Ele gargalha.

— Eu odeio ela, ela é tão ruim com as meninas e principalmente com você. — Falo e ele sorri para mim

— Eu não acredito que vou falar isso, mas te amo Fields, obrigada por se meter em uma das primeiras brigas da sua vida por causa minha. — Ele ri e eu sorrio.

— Faria isso de novo por você, Boo Bear. — Ele pisca o olho e vamos em direção ao hotel, para preparar as malas e dormir para voltar amanhã, ainda estou louca para chegar para eu acabar com a raça dessa vadia que tenta machucar o meu Louis.

CONTINUA…