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História Scarlet Riddle and the Chamber of Secrets - Chapter two


Escrita por: Mackenzie-Avonlea

Notas do Autor


Oiii, minhas bruxinhas e meus bruxinhos!!! Aqui está mais um capítulo para vocês!!! Espero que gostem!!!💖💖💖

Capítulo 4 - Chapter two


Fanfic / Fanfiction Scarlet Riddle and the Chamber of Secrets - Chapter two

O salgueiro lutador

 

  As férias haviam acabado e todos os estudantes de Hogwarts estavam a irem para a estação, Scar e Lisen estavam a andar até o “portal” que as levariam para a  plataforma 9 ¾ e ao chegarem lá, elas encontram Molly Weasley, Gina Weasley, Rony Weasley e Harry Potter.

- Oi, gente – Scar fala com um sorriso gentil

- Oi, Scar! – os dois meninos falam a sorrirem

- Oi, querida. Oi, Sra. Gryffindor

- Oi, Sra. Weasley – ela se vira para a neta – Tudo bem se te deixar aqui? Sei que estará em boas mãos

- Tudo bem, vovó – ela dá um pequeno sorriso e a abraça – Sentirei saudades

- Oh, eu também, minha querida – depois de se despedirem, Lisen vai embora e deixa a Scar sobre os cuidados de Molly

– Vou levar Gina e vocês três venham logo atrás de nós – disse a Sra. Weasley a Harry, Rony e Scar, a agarrar a mão de Gina e se afastando. Num piscar de olhos as duas tinham desaparecido

– Vamos juntos, só temos um minuto – disse Rony a Harry e Scar

  Harry verificou se a gaiola de Edwiges estava bem encaixada em cima do malão e virou o carrinho de frente para a barreira. A menina havia feitiço para que suas coisas já estivessem em Hogwarts, ela não sabia o porquê, mas todos os feitiços de proteção que cercava a escola não funcionavam para ela. Os dois se abaixaram sob a barra dos carrinhos, a loira ficara no meio dos meninos e avançaram decididos para a barreira, a ganhar velocidade. Quando faltavam apenas poucos passos eles desataram a correr e...

TAPUM.

  Os dois carrinhos bateram na barreira e quicaram de volta; o malão de Rony caiu com estrondo, Harry foi derrubado, a gaiola de Edwiges saiu saltando pelo chão encerado e ela rolou para fora, a gritar indignada; felizmente, Scar conseguira parar antes de bater contra a parede; as pessoas à volta olharam e um guarda próximo berrou:

– Que diabo vocês acham que estão a fazer?

– Perdi o controle do carrinho – ofegou Harry, a apertar as costelas ao se levantar. Rony teve que recolher Edwiges, a coruja fazia tanto escândalo que muitos dos circunstantes resmungaram contra a crueldade para com os animais

– Por que não podemos atravessar? – sibilou Harry para Rony e Scar

– Não sei...

- Alguém deve ter fechado a passagem, mas o estranho é que eles nunca fazem isso – a garota estava confusa, ela encosta na parede para ver se seu braço atravessaria ou se ela conseguisse sentir alguma magia, seu braço não atravessara, no entanto, a parte da magia – Sinto a magia, mas não é a mesma, é outra

  Rony olhou desorientado para os lados. Uns dez curiosos continuavam a observá-los.

– Vamos perder o trem – cochichou Rony – Não entendo por que o portão se fechou e a magia que você consegue sentir não fara diferença...

  Harry olhou para o enorme relógio no alto com uma sensação ruim na boca do estômago. Dez segundos... nove segundos... Ele levou o carrinho à frente com cautela até encostá-lo na barreira e empurrou-o com toda a força. O metal continuou sólido.

– Três segundos... dois segundos... um segundo...

– Já foi – disse Rony, parecendo atordoado – O trem foi embora. E se papai e mamãe não conseguirem voltar para nós? Você tem algum dinheiro de trouxas?

  Harry deu uma risada cavernosa.

– Os Dursley não me dão dinheiro há uns seis anos

  Rony encostou o ouvido na barreira fria.

– Não ouço nada – informou tenso – Que vamos fazer? Não sei quanto tempo vai levar para mamãe e papai voltarem

- É claro que não ouve – a menina de olhos azuis resmunga

  Eles olharam para os lados. As pessoas continuavam a vigiá-los, principalmente por causa dos gritos de Edwiges que não paravam.

– Acho que é melhor irmos esperar ao lado do carro – sugeriu Harry – Estamos a atrair atenção dema...

– Harry! – exclamou Rony, com os olhos brilhando – O carro!

– Que tem o carro? – Scar pergunta confusa

– Podemos voar para Hogwarts no carro!

– Mas eu pensei...

– Estamos imobilizados, certo? E temos que voltar para a escola, não é? E até os bruxos de menor idade podem usar a magia quando há uma emergência grave, seção dezenove ou coisa assim da Lei de Restrição ao...

– Mas sua mãe e seu pai... – disse Harry, empurrando mais uma vez a barreira na esperança inútil de que ela cedesse – Como é que vão chegar em casa?

– Eles não precisam do carro! – disse Rony impaciente – Eles sabem aparatar! Sabe, desaparecer aqui e reaparecer em casa! Eles só usam o Pó de Flu e o carro porque somos todos menores e ainda não temos permissão para aparatar

- Espera, eu sei aparatar! – Scar fala com os olhos a brilhar, ela não confiava muito em um dos dois a dirigirem um carro

- Não é tão seguro, além do mais, Hogwarts tem feitiços de proteção, não dá para aparatar para lá – o ruivo fala

  A sensação de pânico de Harry de repente se transformou em excitação.

– Você sabe voar?

– Não tem problema – disse Rony, a virar o carrinho de frente para a saída – Andam, vamos. Se nos apressarmos poderemos seguir o Expresso de Hogwarts.

  Passaram então pela aglomeração de trouxas curiosos, saíram da estação e voltaram à rua secundária onde ficara estacionado o velho Ford Anglia. Scar não conseguiria fazer o amigo acreditar que as proteções da escola não funcionam com ela. Rony destrancou a enorme mala do carro com vários toques seguidos de varinha. Tornaram a carregar a bagagem na mala, puseram Edwiges no banco traseiro e embarcaram, os meninos na frente e Scar no banco de trás a sentar no meio.

– Veja se não tem ninguém a olhar – disse Rony para Harry, a ligar a ignição com outro toque de varinha. Harry meteu a cabeça para fora da janela: o tráfego roncava pela estrada principal adiante, mas a rua deles estava deserta

– Tudo bem – falou

  Rony apertou um botãozinho prateado no painel. O carro em que estavam desapareceu – e eles também. Harry e Scar sentiram o banco vibrar embaixo deles, ouviram o ruído do motor, os óculos de Potter virara um par de olhos que flutuavam acima do chão, numa rua suja cheia de carros estacionados.

  E o chão e os edifícios sujos de cada lado se distanciaram e foram a desaparecerem de vista, à medida que o carro decolava; em segundos, Londres inteira estava lá embaixo, enfumaçada e cintilante. Então ouviu-se um estampido e o carro, Harry, Rony e Scar reapareceram.

– Epa! – exclamou Rony, batendo no botão da invisibilidade – Está com defeito

  Os dois meninos socaram o botão. O carro desapareceu. E tornou a reaparecer aos pouquinhos.

– Segurem firme! – berrou Rony e pisou fundo no acelerador; eles dispararam em linha reta para dentro de nuvens baixas e repolhudas e tudo ficou cinzento e enevoado

– E agora? – perguntou Scar, a piscar diante da camada sólida de nuvens que os comprimia de todos os lados, ela sempre teve curiosidade de saber se as nuvens tinham uma textura parecida com algodão-doce mesmo sendo só água e agora ela sabia e podia afirmar que não, ela mal as sentia

– Temos que ver o trem para saber que direção vamos tomar – disse Rony

– Mergulhe outra vez... depressa

  Eles baixaram até ficar sob as nuvens e se viraram no banco, a tentar ver o solo... Mas Scar se perdera em seus pensamentos, isso está me parecendo com um sonho que tive. Nele, eu, Harry e Rony estávamos em um carro a voar, quando estávamos a chegar em Hogwarts o carro começou a dar problema, quase batemos em um muro e... Oh, não... O Salgueiro Lutador!

– Estou a ver! – o grito do Harry havia trazido a menina para o mundo real novamente – Bem na nossa frente, lá

  O Expresso de Hogwarts ia a correr embaixo deles como uma cobra vermelha

– Rumo norte – disse Rony, verificando a bússola no painel – Tudo bem, só vamos precisar verificar de meia em meia hora mais ou menos, segurem firme... – e eles dispararam para o alto, a furar as nuvens. Um minuto depois, saíram numa camada banhada de sol.

  Era um mundo diferente. Os pneus do carro roçavam de leve o mar de nuvens fofas, o céu um azul forte e infinito sob um sol claro de cegar.

– Agora só temos que nos preocupar com os aviões – disse Rony

  Eles se entreolharam e caíram na gargalhada; durante algum tempo não conseguiram parar, mas Scar não conseguira rir, ela estava com um mal pressentimento, algo gritava dentro dela a falar que o quê houve no sonho ocorrera na vida real. Eles verificavam regularmente a posição do trem durante o voo que os levava cada vez mais para o norte e, em cada mergulho abaixo das nuvens, descortinavam uma paisagem diferente. Londres não tardou a ficar muito para trás, substituída por campos verdes e geométricos que, por sua vez, cederam lugar a grandes extensões de terra roxa, pantanosa, uma metrópole que pululava de carros que lembravam formigas multicoloridas, cidadezinhas com igrejas de brinquedo.

  Várias horas tranquilas depois, no entanto, Harry teve que admitir que o divertimento estava começando a cansar. Os caramelos tinham deixado os dois cheios de sede e não havia nada para beber. Bem que Scar tinha avisado.

– Não pode faltar muito mais, não é? – perguntou Rony rouco, horas depois, quando o sol começou a afundar pelo chão de nuvens, tingindo-o de rosa forte - Pronto para verificar outra vez a posição do trem?

  O trem continuava embaixo deles, a contornar uma montanha de pico nevado. Escurecera bastante sob a abóbada de nuvens.

Rony pisou fundo no acelerador e fez o carro subir outra vez, mas ao fazer isto, o motor começou a soltar um silvo agudo. Harry, Rony e Scar trocaram olhares apreensivos.

– Provavelmente ele está cansado – disse Rony – Nunca foi tão longe antes...

  E os três fingiram não notar o ruído que ficava cada vez mais forte, à medida que o céu ia a escurecer cada vez mais. As estrelas espocavam na escuridão.

– Falta pouco – disse Rony mais para o carro do que para Harry e Scar – Falta pouco agora – e deu umas palmadinhas nervosas no painel.

  Quando voltaram a voar sob as nuvens um pouco mais tarde, tiveram que apurar a vista na escuridão para encontrar um marco que conhecessem.

– Ali! – gritou Harry, a sobressaltar Rony, Scar e Edwiges – Bem em frente!

Recortado no horizonte escuro, no alto do penhasco sobre o lago, estavam as torres e torrinhas do castelo de Hogwarts. Mas o carro começara a tremer e a perder velocidade.

– Vamos – disse Rony em tom de quem quer adular, a dar uma sacudidela no volante – Quase chegamos, vamos...

  O motor gemia. Finos penachos de fumaça saíam por debaixo do capô. Harry viu-se agarrando as bordas do banco com toda força ao voarem em direção ao lago. O carro deu um estremeção feio. Ao espiar pela janela, Harry viu a superfície lisa, escura e espelhada da água, um quilômetro e meio abaixo. Os nós dos dedos de Rony estavam brancos de tanto apertar o volante. O carro estremeceu outra vez.

– Vamos – murmurou Rony

  Sobrevoaram o lago... o castelo estava bem à frente... Rony apertou o acelerador. Ouviu-se uma batida metálica e alta, um engasgo e o motor morreu de vez.

– Epa! – exclamou Rony, em meio ao silêncio.

  O nariz do carro afundou. Estavam caindo, ganhando velocidade, rumando direto para a parede maciça do castelo.

– Nãããããão! – berrou Rony, dando um golpe de direção; erraram o escuro muro de pedra por centímetros, porque o carro descreveu um grande arco e voou sobre as estufas às escuras, depois sobre a horta e depois sobre os gramados sombrios, perdendo altura todo o tempo. Rony largou de vez o volante e puxou a varinha do bolso traseiro.

– PARE! PARE! – berrou, golpeando o painel e o para-brisa, mas eles continuaram a mergulhar, o chão voando ao seu encontro...

- EU FALEI QUE ERA MÁ IDEIA! QUANDO VOCÊS VÃO COMEÇAR A ME OUVIR! – a menina loira dos olhos azuis gritara com uma enorme vontade de bater em seus dois amigos idiotas que nunca a davam ouvidos

– CUIDADO COM AQUELA ÁRVORE! – urrou Harry, atirando-se sobre o volante, mas tarde demais...

CREQUE.

  Com um estrondo de ensurdecer, de metal batendo em madeira, eles colidiram com um tronco avantajado e despencaram no chão com um baque forte. O vapor que saía por baixo do capô amassado formava nuvens enormes. Edwiges guinchava de terror; um galo do tamanho de uma bola de golfe latejou na cabeça de Harry onde ele batera no para-brisa e, à sua direita, Rony deixou escapar um gemido baixo e desesperado, Scar conseguira se abaixar.

– Vocês estão bem? – perguntou Harry com urgência na voz

– Minha varinha – respondeu Rony com a voz trêmula – Olhe a minha varinha

  A Riddle se levanta para ver a varinha, ela quase se partira em duas; a ponta balançava inerte, segura apenas por meia dúzia de farpas de madeira. Harry abriu a boca para dizer que tinha certeza de que poderiam consertá-la na escola, mas nem chegou a falar. Naquele mesmíssimo instante, alguma coisa bateu na lateral do carro com a força de um touro furioso, a atirar Harry contra Rony, ao mesmo tempo que outra pancada igualmente pesada atingia o teto.

– Que está acontecen... – exclamou Rony, arregalando os olhos para o para-brisa, enquanto Harry virava a cabeça em tempo de ver um galho grosso como uma jiboia que o amassava. A árvore em que tinham batido atacava os três. Curvara o tronco quase ao meio e seus ramos nodosos socavam cada centímetro do carro que conseguiam alcançar.

- Caracas! – exclamou Rony quando outro ramo retorcido fez uma grande mossa na porta do lado dele, então Scar lembra que galhinhos iam começar a bater no para-brisa, sem pensar duas vezes, a menina fecha seus olhos e faz o feitiço que a salvaria, ela aparata

  Ao abrir os olhos, ela vê que estava no chão, na sua frente estava o Salgueiro Lutador e, como em seu sonho, o para-brisa agora vibrava sob uma saraivada de golpes aplicados por galhinhos em forma de nós, e um galho grosso como um aríete socava furiosamente o teto, que parecia estar afundando...

  A menina pensa em algum feitiço que pudesse ajudar, então ela pensa em uma que tem alguma chance de ser útil, ela pega sua varinha, aponta para o carro e ao mesmo tempo que faz o movimento, ela fala:

- Reparo – e então o motor pegara outra vez – Nos perdoe, Salgueiro Lutador, não foi nossa intenção lhe machucar - o carro disparou para trás – Mas sabe como são alguns meninos hoje em dia, uns burros! – ela se aproxima da árvore calmamente – Eles não vão mais te machucar – a garotinha de, agora, 1,46 de altura acaricia o enorme tronco da árvore, a mesma parecia estar a gostar  

  A menina para e se aproxima do carro que chegara ao limite de suas forças. Com dois fortes trancos, as portas se escancararam e Harry sentiu o banco deslizar para um lado. No momento seguinte ele se viu estatelado no chão úmido. Pancadas fortes lhe informaram que o carro estava ejetando a bagagem deles da mala; a gaiola de Edwiges voou pelos ares e se abriu; ela soltou um guincho raivoso e voou veloz para o castelo, sem nem ao menos olhar para trás. O carro se vira para Scar e faz um movimento que pareceu uma reverencia como se ele a agradecesse, ela dá um pequeno sorriso e faz uma reverencia também. Então, amassado, arranhado e a fumegar o carro se virou e saiu a roncar pela escuridão, as lanternas traseiras a brilhar com raiva.

– Volte aqui! – gritou Rony para o carro, brandindo a varinha partida – Papai vai me matar!

  Mas o carro desapareceu de vista com uma última gargalhada do cano de descarga.

– Dá para acreditar na nossa sorte? – disse Rony infeliz, a abaixar-se para recolher Perebas, a menina não sabe o motivo, mas nunca gostou daquele rato – De todas as árvores em que podíamos ter batido, tínhamos que bater nessa que revida?

  Ele espiou por cima do ombro a velha árvore, que continuava a agitar os ramos ameaçadoramente.

- É um Salgueiro Lutador e ele está machucado por culpa de vocês! Ele odeia os dois agora – a menina cruza os braços e bufa com raiva, ela odiava quando alguém machucava a natureza ou alguma criatura... está bem, ela odiava muitas coisas e quase nunca ia com a cara de alguém, ela assumia isso

– Vamos – disse Harry cansado – É melhor irmos logo para a escola...

  Não se pareceu nada com a chegada triunfal que eles tinham imaginado. Os músculos duros, enregelados e contundidos, os dois garotos apanharam as alças dos malões e começaram a arrastá-los pela encosta gramada acima, em direção à imponente porta de entrada de carvalho.

– Acho que a festa já começou – comentou Rony, a largar a mala ao pé dos degraus da entrada e a ir espiar silenciosamente por uma janela iluminada – Ei, Harry, Scar, vem ver, é a Seleção!

  Harry e Scar correram à janela e juntos, ele e Rony contemplaram o Salão Principal. Uma quantidade de velas pairava no ar sobre as quatro mesas compridas e lotadas, a fazer os pratos e taças de ouro faiscarem. No alto, o teto encantado, que sempre refletia o céu lá fora, pontilhado de estrelas. Em meio à floresta de chapéus cônicos de Hogwarts, Scarlet viu uma longa fila de principiantes de cara assustada entrar no Salão. Gina estava entre eles, facilmente identificável pelos cabelos da família Weasley, muito vívidos. Entrementes a professora McGonagall, estava a colocar o famoso Chapéu Seletor sobre um banquinho diante dos recém-chegados.

  Todo ano, aquele chapéu antigo, remendado, esfiapado e sujo, selecionava os novos alunos para as quatro casas de Hogwarts. Scar lembrava-se bem da noite em que o colocara na cabeça, exatamente há um ano, e esperara, ansiosa e confiante, a decisão do chapéu que murmurava audivelmente em seu ouvido. Por alguns segundos terríveis ela receara que o chapéu não fosse colocá-la na Slyntherin, a casa que seu pai fora selecionado, mas ele a colocou lá e ela sabia que de alguma coisa seu pai se orgulharia.

  Um garoto muito pequeno, de cabelos castanho-acinzentados foi chamado para colocar o chapéu na cabeça. O olhar de Scar passou por ele e foi pousar no lugar em que Dumbledore, o diretor, assistia à cerimônia sentado à mesa dos funcionários, sua longa barba prateada e os óculos de meia-lua brilhando à luz das velas, ela sentia que ele escondia vários secretos e erros cometidos e ela faria de tudo para descobri-los. Vários lugares adiante, Scar viu Gilderoy Lockhart, com suas vestes amarelas, ela logo fechou a cara, não acreditava que aquele ser falso, burro e convencido seria seu professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. E lá na ponta sentava-se Hagrid, enorme e peludo, bebendo grandes goles de sua taça, a cara raivosa e indignada da garotinha sumira rapidamente e um enorme sorriso se abriu.

– Espere aí... – cochichou Harry para Rony – Há uma cadeira vaga na mesa dos funcionários... Onde está o Snape?

  Severus Snape era o professor de que Harry menos gostava e o que Scarlet mais gostava e admirava, além de ser o companheiro de seu pai. Por acaso Harry era o aluno de quem Snape menos gostava também e Scarlet era a aluna que ele mais gostava e tinha orgulho, além de ser como sua filha para ele. Ele era exigente, rigoroso, sádico, injusto, irônico e sarcástico, todos os alunos que não eram da Slyntherin o odiavam, quase sempre ele abusava de seu poder de professor, mas Scar sabia que ele era uma boa pessoa. Severus ensinava Poções.

– Vai ver ele está doente! – disse Rony esperançoso

– Vai ver ele foi embora – disse Harry – Porque não conseguiu o lugar de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas outra vez!

– Ou vai ver foi despedido! – disse Rony entusiasmado – Quero dizer, todo mundo o detesta...

- Parem de falar essas coisas! Como podem desejar o mal de alguém? E ele não foi despedido coisa nenhuma, Dumbledore confia nele! E não é todos que o detestam! Eu rezo que vocês estejam errado e ele só notou que não estávamos lá, então está a nos procurar! A deixe eu fazer como vocês estavam a fazer...

– Ou vai ver – disse uma voz muito seca atrás deles na mesma hora que Scar abre a boca para falar – está esperando para saber por que vocês  três não chegaram no trem da escola.

  Harry virou-se depressa. Ali, as vestes negras ondeando à brisa gelada, achava-se parado Severus Snape. Era um homem magro, com a pele macilenta, um nariz curvo e cabelos negros e oleosos até os ombros e, naquele momento, sorria de um jeito que dizia a Harry e Rony que eles estavam numa baita encrenca. Mas quem disse que a garotinha ligara, ela dava um enorme sorriso, seus olhos brilhavam em alivio e felicidade.

- Eu fale, nada daquelas baboseiras que vocês falavam estavam certas!

- Scar, não está a ver que estamos encrencados – Rony sussurra, mas todos ouviram

- Queridinho, eu não estou encrencada, vocês é quem estão. Lembra quando seu pai ia bater no Sr. Malfoy, mas eu o impedi e falei que não podia ser expulsa? – o menino ruivo concorda com a cabeça, ele e o garoto da cicatriz em forma de raio estavam curiosos – Eu falei a verdade, não posso ser expulsa, pois nunca faço algo sem ter motivo e eu sempre tenho um plano ou algo do tipo, além de minha família ser a fundadora de Hogwarts, então a escola por direito é minha, pelo menos uma parte dela – a menina explica tudo como calma e a dar de ombros, a boca dos meninos se abrem em um perfeito “o”

– Me acompanhem – disse Snape.

  Sem nem ousarem se entreolhar, Harry, Rony e Scar seguiram Snape pela escada e entraram no enorme saguão cheio de ecos, iluminado por tochas. Um cheiro delicioso de comida vinha do Salão Principal, mas Snape os levou para longe do calor e da luz e desceu uma estreita escada de pedra que levava às masmorras.

– Para dentro! – disse ele, indicando a porta que abrira no corredor frio.

  Os rapazes entraram na sala de Snape, trêmulos, já Scar estava calma e confiante. As paredes sombrias estavam cobertas de prateleiras com grandes frascos, em que flutuava todo tipo de coisa nojenta de que, naquele momento, Harry nem queria saber o nome. A lareira estava apagada e vazia. Snape fechou a porta e virou-se para encará-los.

– Então – disse com suavidade – o trem não é bastante bom para o famoso Harry Potter e seu leal escudeiro Weasley. Queriam chegar com estilo, não foi, rapazes? E por que a Srta. Riddle estava junto?

– Não, senhor, foi a barreira na estação de King’s Cross, ela...

– Silêncio – disse Snape secamente. – Que foi que fizeram com o carro?

  Rony engoliu em seco. Não era a primeira vez que Snape dava a Harry a impressão de ser capaz de ler pensamentos. Mas um momento depois, ele compreendeu, quando Snape desdobrou o Profeta Vespertino daquele dia.

– Vocês foram vistos – sibilou o professor, mostrando a manchete: FORD ANGLIA VOADOR INTRIGA TROUXAS. E começou a ler em voz alta: – “Dois trouxas em Londres, convencidos de terem visto um velho carro sobrevoar a torre dos Correios... ao meio-dia em Norfolk, a Sra. Hetty Bayliss, quando pendurava roupa para secar... O Sr. Angus Fleet, de Peebles, comunicou à polícia...” Um total de seis ou sete trouxas. Acredito que o seu pai trabalha no departamento que coíbe o mau uso de artefatos dos trouxas? – perguntou ele, erguendo os olhos para Rony com um sorriso ainda mais desagradável. – Tsk, tsk, tsk... o próprio filho dele...

  Harry teve a sensação de que acabara de levar um direto no estômago, aplicado por um dos ramos mais parrudos da árvore maluca. Se alguém descobrisse que o Sr. Weasley havia enfeitiçado o carro... não tinha pensado nisso...

– Reparei na minha busca pelo parque que houve considerável dano a um Salgueiro Lutador muito valioso – continuou Snape.

– Aquela árvore causou mais dano a nós do que nós a... – deixou escapar Rony

- O quê? Vocês causaram mais dano nela! Eu falei que não era uma boa ideia vir com aquele carro! Mas vocês nunca me ouvem!

- Primeiro: você também estava dentro do carro, então também machucou a árvore, segundo: por que não tentou nos impedir a qualquer custo?

- Meu querido amigo Rony, a árvore odeia vocês dois, não a mim, eu tentei ajuda-la, concertei o carro! E vocês nunca me ouviriam! – a menina ofegava de raiva, seus olhos pareciam chamas vivas de tão raivosos

– Silêncio! – disse Snape outra vez – Infelizmente vocês não fazem parte da minha Casa, e a decisão de expulsá-los não cabe a mim. Vou buscar as pessoas que têm este prazeroso poder. Esperem aqui. Depois eu converso com você, Scar

Harry e Rony se entreolharam pálidos. Harry não sentia mais fome. Sentia-se extremamente enjoado. Tentou não olhar para uma coisa grande e pegajosa que estava suspensa em um líquido verde, em uma prateleira atrás da escrivaninha de Snape. Se Snape tivesse ido buscar a professora McGonagall, diretora da Casa Gryffindor, eles tampouco estariam em melhor situação. Poderia ser mais justa do que Snape, mas era rigorosíssima. Dez minutos depois, Snape voltou e não deu outra, era a Profa McGonagall que o acompanhava. Harry já a vira várias vezes, mas ou se esquecera como a boca da professora ficava contraída, ou nunca a vira zangada antes. Ela ergueu a varinha no momento em que entrou. Os dois, Harry e Rony se encolheram, mas ela meramente a apontou para a lareira apagada, onde as chamas irromperam instantaneamente.

– Sentem-se – disse, e os dois recuaram e se sentaram em cadeiras junto à lareira.

– Expliquem-se – disse, os óculos brilhando agourentos

- Eu falo – Scar, que estava sentada em cima da mesa do mestre de poções se intromete, todos a encaram

- Eu pedi para eles, Srta. Riddle. Além do mais, eles são da minha casa

- É, mas também não sabem se defenderem direto, então eu falo e ponto final – os meninos arregalam os olhos, Minerva a encara espantada e severa, Snape a encara espantado e um tanto orgulhoso

  Scar não dera tempo para discussão, saiu a contar a história a começar pela barreira da estação que se recusara a deixa-los passar.

– ... então não tivemos outra escolha, professora, não podíamos embarcar no trem

– Por que não nos mandaram uma carta por coruja? Creio que vocês tem uma coruja? – disse a Profa McGonagall, a olhar para Harry e Scar com frieza

  Harry ficou boquiaberto. Agora que ela dissera, parecia a coisa óbvia para ter sido feita.

– Eu... não pensei...

- É óbvio que ele não pensou, eu falei para não usarmos o carro, mas eles não queriam me ouvir

– Isto – tornou a professora – é óbvio

  Ouviu-se uma batida na porta da sala, e Snape, agora com a cara mais feliz que nunca, abriu-a. Parado à porta achava-se o diretor, o Prof. Dumbledore. O corpo de Harry inteiro ficou insensível. Dumbledore parecia anormalmente sério. Olhou por cima daquele nariz curvo dele, e Harry, subitamente, viu-se desejando que ele e Rony ainda estivessem a apanhar do Salgueiro Lutador. Fez-se um longo silêncio. Então Dumbledore disse:

– Por favor, expliquem por que fizeram isso

  Teria sido melhor se tivesse gritado. Harry detestou o desapontamento que havia na voz dele. Por alguma razão, não conseguiu encarar Dumbledore nos olhos, mas Scar conseguia tranquilamente, era muito difícil ela temer alguém ou alguma coisa.

- Nossa, eu vou ter que falar novamente a história toda?! – silêncio

  Então ela contou a Dumbledore tudo, exceto que o Sr. Weasley era o dono do carro enfeitiçado, a fazer parecer que ela, Harry e Rony tinham encontrado o carro voador estacionado do lado de fora da estação, por acaso. Ele sabia que Dumbledore perceberia a coisa na mesma hora, mas o diretor não fez perguntas sobre o carro. Quando Harry terminou, ele apenas continuou a observá-los através dos óculos de meia-lua.

– Vamos buscar as nossas coisas – disse Rony com a desesperança na voz

– De que é que está falando, Weasley? – vociferou a Profa McGonagall

- É, Rony, do que é que está a falar? – com um sorrisinho de lado e debochado, Scar pergunta

– Bem, os senhores vão nos expulsar, não é? – disse Rony. Harry olhou rapidamente para Dumbledore

– Hoje não, Sr. Weasley – disse Dumbledore – Mas preciso incutir em vocês a gravidade do que fizeram. Vou escrever aos pais dos três hoje à noite. Devo também preveni-los de que se fizerem isto de novo, não terei escolha senão expulsar os dois

- Vai ser meio difícil você avisar ao meu pai, querido Dumbledore, ainda mais a minha mãe, que ela descanse em paz e esteja bem, mas eu tenho a minha vó, ela serve? – o tom de ironia era visível na voz da menina, mas o tom cordial era notório também

- Sim, Srta. Riddle, me desculpe

  Snape fez cara de quem acaba de ouvir que o Natal foi cancelado. Pigarreou e disse:

– Prof. Dumbledore, esses garotos zombaram da lei que restringe o uso de magia por menores, causaram sérios danos a uma árvore antiga e valiosa... com certeza atos desta natureza...

– A Profa McGonagall é quem decidirá sobre o castigo dos meninos, Severus – disse Dumbledore calmamente. – Fazem parte da Casa dela e portanto são responsabilidade dela. Você escolhe o castigo da Srta. Riddle – E se virou para a professora: – Preciso voltar para a festa, Minerva, tenho que dar alguns avisos. Vamos, Severus, tem uma torta de abóbora deliciosa que quero provar

- Espere! – todos encaram a menina – Eu não sei a senha da sala comunal e estou com um pouco de fome, a culpa não é minha se os meus dois amigos me passaram um pouco do azar deles! – ela cruza os braços indignada – Concordo que tenho que receber um castigo, mas ficar do lado de fora e passar fome não é muito justo!

  Snape lançou um olhar de puro veneno a Harry e Rony, deu um sorriso pequeno para a loira e a chamou, ele a levou para a sala comunal da Slyntherin, a senha era ambição, eles adentraram, todos que estavam lá vieram a correr até a Riddle a perguntar se ela está bem e a falarem que todos já sabiam do ocorrido, Severus fez alguns sanduiches e um suco de abóbora aparecer na mesinha para a menina comer, enquanto ela explicava tudo direitinho para todos da sua casa, ela comia, seus amigos a deram algumas broncas, mas todos estavam felizes por ela estar bem e admirados por ela, uma criança de 12 anos, já saber aparatar. Mas algo não parava de martelar na cabeça da menina, algo que a faz não prestar atenção 100% no que acontecia ao seu redor, o que está a acontecer comigo? Por que havia sonhado com aquilo? Por que eu sonhei com algo que não havia acontecido, mas ia acontecer? Será que eu estou a começar a ver o futuro? Mas como? Por quê?


Notas Finais


Esse foi o capítulo, meus bruxinhos e minhas bruxinhas!!! Espero que tenham gostado!!! Amo ler seus comentários!!! Vocês são incríveis!!!💖💖💖 O que vocês acham que está acontecendo com a Scar? Alguma teoria? E esses meninos que nunca ouvem a Scar? Será que algum dia isso vai mudar? Acharam justo a Scar não poder ser expulsa? Um beijo e tchau, meus amores!!!😘😘😘💚💚💚


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