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História Scars of the past - ... He died


Escrita por: Seokhui

Notas do Autor


Comemorando esse comeback maravilhosamente mexicano de BTS, eu volto com outro capitulo!
24 FAVORITOS!!!! OBRIGADA DE TODO O CORAÇÃO!!
O plano inicial era para isso ser postado sábado, mas devido a probleminhas eu tive que adiar :c
Esse capitulo ate agora foi o que eu mais adorei escrever, não é a toa que me empolguei chegando a 5k de palavras kkkkkk
Boa leitura!

Capítulo 6 - ... He died


 

Sentado em uma pilha de carros inutilizados tendo a figura majestosa do Castelo do Sol Nascente como companhia, Akira fumava. Suspirou, a fumaça desaparecendo entre o negro do céu noturno.

Antes de questionamentos, não era um viciado. Apenas usava de cigarros em situações de extremo estresse, como agora. Cinco de seus homens haviam sido brutalmente torturados, “coincidentemente” (ou não) eram os mesmos que mandara em missão para capturar Jungkook.

 Sabia que não tinha o direito de exigir satisfações, até porque havia sido ele mesmo que começara toda essa história. Tragou novamente, deixando a fumaça invadir seus pulmões.

– Akira? – virou seu rosto em direção a voz que lhe chamara, uma subordinada o encarava com um misto de preocupação e divertimento por estar em um lugar tão alto.

– Sim? – Viu-a escalar os carros, sentando-se a seu lado. Tirou de dentro de seu bolso a caixa onde guardava seus cigarros, estendendo-o. – Aceita um?

– Não, obrigada. – Riu, notando que seu líder encarava o grande palácio dourado. – Não consegue dormir por conta de nossos planos ou por ainda não ter se reconciliado com Jaehwan?

– Acho que pelos dois. – Passou a mão em seus cabelos tingidos de verde, suspirando alto. Geralmente ficava por um ou dois dias sem conversar com Ken quando brigavam, mas não uma semana. Sentia falta do melhor amigo, e somada a pressão que Akira colocava em si mesmo tudo parecia piorar. Seu único amigo próximo no momento era o fumo.

– Não fique assim, vocês vão se reconciliar. – Passou a mão por suas costas, tentando lhe confortar. O esverdeado limitou-se a dar um sorriso fraco, tentando acreditar em suas palavras. Voltaram a encarar o castelo, inertes nas próprias mentes. – Acha que Namjoon realmente vai fazer o trabalho?

Akira não teve tempo de responder, as luzes que antes iluminavam aquele castelo estonteante apagaram-se sem aviso prévio. E para terminar, quatro explosões soaram. Possivelmente em cada muro e direção do castelo.

Involuntariamente, riu.

– O... O que... – A mulher ao seu lado estava sem palavras pôr o que acabara de ocorrer. Ouviu mais pessoas saírem de onde estavam aconchegadas ou dormindo, curiosos com a barulheira repentina.

– Namjoon realmente faz jus aos seus apelidos. – Sussurrou para si mesmo, sorrindo. – Não é mesmo, God of destruction?

 

 

 

 

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Até o momento, tudo estava conforme os planos.

Namjoon corria junto ao seu time por entre a escuridão dos corredores do castelo, alerta a todos os barulhos (que não eram poucos) que eram emitidos a sua volta. Todos os ambientes se transformaram em uma caótica gritaria, tiros soavam próximos e vez ou outra longe de si, passos vinham e iam. Caos seria pouco para descrever o que ocorria.

Escondeu-se rente a parede ou ver um feixe de luz provindo de uma lanterna ser jogado em seu rosto e ouvir tiros zunirem perto de si. Pelo o que se lembrava da planta da construção, a sala de armamentos estava ao virar o corredor onde os atiradores estavam.

Um dos integrantes de seu time jogou algo semelhante a um cilindro perto de onde estava o atirador, o azulado reconheceu sendo uma das bombas de fumaça que os entregara, logo escondendo-se novamente.

Os soldados assustados atiraram na bomba, espalhando a fumaça que aprisionava.

 Quando a névoa finalmente estava sobre todo o ambiente dificultando ainda mais a visão e respiração de seus inimigos devido à combinação de fumaça e gás de pimenta, o grupo avançou. Não houve quase nenhuma dificuldade para neutralizar os soldados atordoados.

Primeiro objetivo, completo.

– Comecem a levar todo o armamento para fora do castelo! – Ordenou, vendo-os se organizarem conforme haviam sido instruídos. – Dividam-se em seus respectivos times. Aqueles que guardaram essa sala iniciem a construção da barricada, usem mesas, cadeiras e caixas vazias que encontrarem. O time de transporte monte os carrinhos que estão em suas mochilas e levem-nos carregados para fora do castelo por onde entramos. O Time de apoio não deve em hipótese alguma sair de perto daqueles que estão empurrando os carros, sua única missão é protege-los. Agora vão!

Correu porta afora, ajudando seu time a finalizar a barricada.

Seu coração estava a mil, entorpecido de adrenalina e nervosismo. Namjoon não gostava de ser pessimista, principalmente em momentos como esse, mas tudo estava indo bem demais. Isso é de se estranhar, Não...?

– Kookie, Conseguimos conquistar a sala de armamentos. Como estão os outros?

Entendido. Eu estou indo até Jimin, ele não está respondendo nenhum de meus chamados. – Respondeu ofegante. O azulado sentiu seu coração apertar, rezava para seu presságio não estar relacionado ao amigo mais novo. – Namjoon hyung, não se preocupe. Jimin já é grandinho o suficiente para cuidar de si mesmo, apenas estou indo busca-lo. Preocupe-se consigo mesmo primeiro.

– Eu que deveria dizer isso. – Tiros alojaram-se nas caixas que haviam sido postas na porta da sala armamentista, indicando que os reforços haviam chegado. Escutou Hobi gritar, mas não conseguira entender devido a troca de tiros.

 

 

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Hoseok estava na região contraria a de Namjoon, do lado esquerdo. Sua missão? A área de laboratório.

Negar que sentia medo era ser orgulhoso.

Estava preocupado, tanto consigo quanto com os outros meninos. Mesmo que Rapmon fosse o líder, ele era o mais velho e sentia-se na responsabilidade de zelar por todos. Não se perdoaria por nada se algum deles fosse embora antes da hora.

O laboratório em que se encontrava era algo que Hobi amaria ter em sua clínica. As paredes brancas e paredes de vidro que delimitavam as salas faziam o ambiente parecer espaçoso e arejado, dando uma sensação pacifica. Inúmeros microscópios e computadores extremamente modernos estavam distribuídos por todas as salas, além dos vários telões que apresentavam complexas cadeias orgânicas e equações químicas. Inveja era pouco para descrever o que sentia.

Todos os cientistas e soldados que estavam naquela área haviam sido detidos e amarrados, agrupados na sala principal por ser a mais espaçosa.

Suspirou aliviado, a pior parte havia acabado.

Junto a outros homens (um em cada sala), Hoseok fez como Jungkook dissera e conectou o pendrive ao computador.

A única zona do castelo que ainda apresentava luz era a ala médica, pois apresentava um gerador de energia próprio. Para Hobi chegava a ser algo logico, a necessidade de manter-se tanto descobertas quanto experimentos refrigerados era preciso em alguns casos, algumas substancias em muito tempo em temperatura ambiente podiam significar sua perda.

O download de todos os arquivos já estava completo, retirou o pequeno dispositivo do computador e direcionou seu olhar até a sala principal. Franziu o cenho ao ver um dos homens que designara para cuidar dos presos conversar com um dos cientistas, o mesmo sorria cético enquanto cuspia palavras.

Não tinha conhecimento do que seu aliado falava, pois apenas era capaz de observar suas costas no ângulo que estava. Entretanto, estranhou ao vê-lo levantar a arma pro homem amarrado. O cientista sorriu mais uma vez, falando algo que Hoseok fora capaz de entender ao ler seus lábios deixando-o preocupado.

"Morra."

Uma porta localizada no canto da sala principal fora escancarada, liberando algo que investira em um dos homens que guardava os prisioneiros, atacando seu pescoço.

Agora sim, Hobi estava apavorado.

Não fazia ideia do que era... Aquilo. A criatura parecia humanoide, mas a pele extremamente branca e por locomover-se de quatro o classificavam como um animal. Estava paralisado de medo e choque, sangue jorrava do pobre homem, manchando as paredes sem cor e vidros de vermelho escarlate.

O caos se instalara.

A besta agora investia contra outro soldado, gritos e tiros soavam desesperados. As balas que não eram capazes de acertar o que quer que fosse aquilo afundavam nas paredes e atravessavam as paredes de vidro, fazendo cacos voarem por todas as direções. Os prisioneiros, incapazes de se esconder ou fugir devido as amarras morriam um a um por culpa de alguma bala perdida. Aquilo se transformara em uma chacina, para ambos os lados.

– Mas que porra... – Hoseok não fora capaz de terminar sua fala, uma bala raspara em sua perna. Guniu de dor, escondendo-se atrás da mesa numa tentativa de proteger-se dos tiros. Precisava de reforços.

Hyung! O que houve?! – A voz de Tae tirou-o do transe de dor e medo. Ia respondê-lo, até sentir um arrepio por toda a sua espinha. Olhou para frente, vendo que a besta o encarava com os olhos assassinos.

"fodeu."

Aquilo começara a correr em sua direção, sem se importar em arrebentar o que restava das paredes transparentes no caminho. Hope sacou sua arma, atirando na direção de seus olhos e braços. As balas não parecia ter nenhum efeito, o desejo de morte e sangue era maior que qualquer sentimento de dor.

Cacos de vidro voaram em sua direção junto a besta, que direcionava seus dentes para seu pescoço. Hobi caíra no chão, apenas conseguindo contê-lo antes que abocanhasse sua cara.

O barulho de dentes chocando-se com extrema força perto de seu rosto e os rosnados faziam Hoseok sentir que lutava contra um animal selvagem. Uma mistura de baba e sangue respingavam sobre sua máscara a cada tentativa de mordida desferida, fazendo-o arrumar forças do mais fundo do seu ser enquanto tentava não vomitar.

 Estava apavorado, não havia como alcançar os cartuchos para recarregar sua arma ou a faca de bolso que estava presa em sua perna por ter que segurar aquilo. Estendeu o braço, encontrando um caco maior que a palma de sua mão. Agarrou-o, e com todo o resto de suas energias passou a apunhalar desesperadamente a nuca da criatura.

Os rosnados foram transformados em gunidos de dor, mas continuaram a não hesitar em tentar atacar Hobi. Somente quando a luva que usava e a arma provisória estavam empapadas de sangue a besta parou de mexer-se, entregando-se finalmente a morte.

Poderia ser obra de seu cérebro entorpecido de adrenalina, mas Hoseok teve a certeza de ver os olhos da criatura ganharem humanidade segundos antes de morrer, encarando-o como se quisesse agradecê-lo por alguém ter o matado.

Extremamente enojado, Hope jogou tanto o caco de vidro quanto o cadáver para o mais longe possível de si que conseguira, sem ter forças o suficiente para levantar-se e estancar o sague que escorria da sua ferida na batata de sua perna.

Agora que a fusão de sentimentos em si se acalmara, seus músculos mostraram os primeiros indícios de dor devido ao esforço físico repentino. Respirou fundo, estava vivo. E somente isso bastava.

– Hobi! Você está bem?! Nos responda pelo amor de Deus.

– Hyung! Fale qualquer coisa!

– Eu e Jimin estamos chegando no laboratório, hyung por favor diga algo!

Sorriu fraco, tossindo compulsivamente.

– Como vocês são barulhentos. Na medida do possível eu estou bem sim, apenas um tiro de raspão e pesadelos grátis por todo mês. – Falou baixo, não demonstrando nenhuma vontade de levantar do chão cheio de cacos. Retirou a luva encharcada do liquido vermelho, atirando-a para qualquer direção. – E Namjoon, se quiser invadir outro lugar novamente, eu faço questão de te jogar de um prédio.

 

 

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Nos pisos superiores, Tae suspirou aliviado ao ouvir a voz do amigo mais velho. Depois de tê-lo ouvido gritar, a única coisa que escutara em seguida foram inúmeros tiros e rosnados. Graças a algum Deus, ele estava bem.

Voltou a andar, desviando dos corpos que estavam espalhados pelo chão.

O ruivo havia ficado com a missão mais sangrenta de todas, e sinceramente, preferiu ter a feito ao deixar para algum de seus amigos. Entrou pela parte de trás, perto de onde o refeitório ficava.

Não havia matado nenhum servo, e instruíra todos os homens que estavam consigo a levarem qualquer um que não trajasse uma farda para fora do castelo. De resto, quando terminado o trabalho naquele lugar, dividiu seus subordinados em grupos de busca para procurar e exterminar qualquer guarda que encontrassem.

Sim, matar os guardas poderia ser errado.

Mas não esqueça que aquilo não se comparava nem a metade de coreanos que foram mortos na Guerra do Milênio.

Tae sabia que devia estar feliz por todo o plano estar acontecendo em seus conformes, mas algo o deixava com uma pulga atrás da orelha. Akuzen não fizera menção nenhuma de aparecer até agora.

Por ter circulado praticamente o castelo inteiro, havia entrado em algumas salas tentando acha-lo, mas sem resultado.

V fantasiara que o general faria sua aparição igual naquelas cenas de filmes em que o chefe se coloca nas linhas da frente, rugindo palavras contra os invasores e bradando uma espada em direção ao céu. Não podia negar que estava um pouco decepcionado por isso não ter ocorrido.

– Namjoon hyung, Estou indo ai para irmos juntos até os laboratórios. - Passou a correr, tendo somente o barulho de suas botas de couro como companhia. Havia mandado que seus homens saíssem do castelo e esperassem do lado de fora para cumprir sua última tarefa.

Tudo bem, estou lhe esperando.

Assim que o azulado viu Tae entrar em seu campo de visão levantou-se das caixas que estava sentado e passou a correr a seu lado, em direção a ala médica.

Trotavam em silêncio, imersos em seus próprios pensamentos e preocupações com suas próximas ações.

 

 

*’“*:.。. .。.:*・゜゚・♡♪+*.

 

Namjoon e Tae debatiam estratégias, escorados sobre o mapa do castelo dopados de tanta cafeína que já haviam ingerido. Ambos concordavam que suas cabeças funcionavam melhor nas altas horas da noite, e a cansativa rotina que viviam os obrigavam a ingerir algo que os mantivessem acordados pois sabiam que somente com as próprias forças alguma hora desmaiariam de sono.

 – Jungkook deve entrar pela mesma passagem que Jimin. É muito perigoso ele entrar pela área da frente. Sem contar que ele ainda não está completamente curado.

 – Sim. – O ruivo anotara o que fora sugerido nos papéis, levando a caneta até sua boca para mordisca-la enquanto voltava a ler as folhas em sua mão.

 – Tae – Levantou seus olhos, encarando o amigo mais velho. – Eu queria te pedir desculpas pelo o que houve com o Kookie. Sei que é minha culpa e preciso me desculpar com Jungkook depois. De alguma forma, esse episódio afetou nossa amizade, e estou certo que você percebeu isso também. Sei que o momento não é o melhor para falarmos disso mas... Minhas sinceras desculpas.

Ok, V não estava esperando isso.

Piscou, colocando as folhas que segurava sobre a mesa.

 – Na realidade, eu também lhe devo desculpas. – Abaixou o olhar, envergonhado por ter feito seu hyung ter de pedir desculpas primeiro. – Vocês sabem que quando estou nervoso faço as coisas no impulso. E acabei descontando tudo em você, Namjoon hyung. Me desculpe também.

Ficaram em silêncio, na companhia somente dos barulhos de canetas escrevendo e papéis se mexendo. Estavam digerindo tudo que ocorrera, envergonhados de mais para conversar.

 – Como vamos fazer quando Akuzen aparecer? – Tae perguntou, quebrando o clima estranho. – Ele pode aparecer a qualquer momento, em qualquer ala do castelo.

 – Temos que inicialmente concluir as missões bases. Mas se ele aparecer, colocamos o segundo no comando para administrar tudo e vamos atrás desse cara. – Namjoon espreguiçou-se, tomando mais de seu café. – Nenhum de vocês vai ser a favor, mas vou atrás de Akuzen sozinho.

 – O que?! Há, não. – Encarou-o, tentando demonstrar por olhares quão estupida era sua ideia. – Hyung, ele chegou ao cargo de general não porque ele tem a aparência de um. O cara é um urso perto de você, acha mesmo que vai conseguir manter uma luta sozinho?

  – Tae, você não enten...

 – E é por isso que eu vou com você.

 – Espera, o quê? – O azulado acabara de ter um choque mental. Já havia preparado seu discurso sobre seus motivos e razões, e Taehyung simplesmente destruíra toda a sua linha de pensamento ao dizer que o acompanharia.

 – Sei que nada vai mudar sua ideia. É um líder cabeça dura. – Deu de ombros, achando cômica a cara que Namjoon fazia. – Sou bom em combates corporais, vou ser uma ajuda gigante. E nem tente me impedir, se não retiro meu pedido de desculpas que fiz mais cedo.

A cara de surpresa não saia do rosto de Namjoon.

 – Vamos dormir, hyung. – O ruivo levantou, rindo enquanto empurrava o mais velho até seu quarto. – Acho que depois disso você não vai mais conseguir pensar em nada.

 

 

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- Mas o que aconteceu aqui... – Jungkook não pode conter a surpresa ao ver o tamanho caos que o laboratório estava. Entrou em desespero ao não achar Hoseok em lugar nenhum. – HYUNG!

- Se acalmem, estou aqui - Avistou Hobi escorado na parede dentro do que restava de uma sala. Não muito longe de si havia algo manchado inteiramente de sangue, morto. – Se eu fosse vocês, nem encarava essa coisa.

Havia sangue respingado pelas paredes, vidros e poças gigantes do liquido vermelho espalhadas pelo chão. Por sorte a máscara que usavam impedia que o cheio de ferro invadisse suas narinas violentamente, caso contrário o maknae estaria vomitando no piso branco.

Hoseok aparentava ser a única pessoa viva naquele quarto, inúmeros corpos estavam espalhados pelas demais salas com os mais diversos tipos de ferimentos. O que quer que tivesse acontecido ali, não era coisa boa.

- Onde... Onde estão seus homens? – Jimin saíra do transe, indo até o amigo mais velho ajuda-lo a amarrar os curativos que tentava passar por sua perna ferida.

- Possivelmente fugiram no caos que esse bicho ai fez. – Estremeceu somente por lembrar o que passara alguns minutos atrás, querendo apagar tais memórias de sua cabeça. – Alguns morreram... Igual os cientistas e guardas. Não tive forças o suficiente para levantar e checar se algum sobrevivera, mas acho pouco provável.

Jungkook levantou-se, indo até a sala de maior área que concentrava o maior número de corpos. Ouviu seus hyungs conversando sobre algo que não era capaz de raciocinar, pois sentira todo seu sangue gelar ao ver o símbolo que residia em cada uniforme dos cientistas.

Era uma espada vermelha de ponta cabeça, seu cabo era adornado por uma cruz e ao seu lado haviam duas pequenas chamas.

Cruz Vermelha.

O maknae segurou o impulso de sentar no meio do sangue e chorar, cravando com força suas unhas na palma de sua mão. Sua atenção foi roubada ao ouvir um dos cientistas respirar pesadamente, lutando por sua vida. Encarou aquele homem com extremo nojo, e inconscientemente levou sua mão até o cinto, onde sua arma estava presa. Iria acabar com aquilo logo.

– Jungkook, o que está fazendo? – Acordou de seu transe ao ouvir a voz de Namjoon chamá-lo. Retirou a mão calmamente do cabo de sua arma, recompondo-se. – Aconteceu algo? Está mais pálido que o normal.

– Estou bem sim, hyung. Não se preocupe. – Sentiu o olhar curioso do amigo mais velho, mas apenas saiu de perto de todos aqueles corpos e foi para aonde o resto do grupo estava.

– Jimin, você está bem? – Tae perguntou, encarando o moreno. – Juro ter te escutado gritando mais cedo.

– Estou sim. – Sorriu, sentando do lado de Hobi. – Apenas acabei encontrando um soldado na hora que fui sair da sala de controle e me assustei.

 – Nós conseguimos algumas informações com esse guarda. – Jungkook continuou, agora mais calmo. – Ele nos disse que Akuzen está confinado em seu próprio quarto. Mas não importou o que disséssemos ou pressionássemos, não quis nos dizer o porquê.

 – Não importa muito, agora já sabemos aonde ele está. – Hoseok se manifestou, passando seu braço sobre os ombros de Jimin apoiando-se no amigo. – Vamos até ele.

 – Eu e Namjoon hyung vamos. Vocês três juntem-se aos outros lá fora. – O azulado olhou-o de soslaio, concordando em seguida.

– Até parece. – Jungkook fora direto. Encarando Taehyung intensamente, tentando ler suas expressões. – Vocês dois tramaram isso, não?

– Não, Jungkook. – O ruivo continuou a falar. – Hobi hyung precisa de ajuda. E Jimin não vai conseguir levá-lo sozinho com essa fratura em sua costela.

O moreno abriu a boca para perguntar como V percebera, mas fechou-a ao notar que já sabia a resposta. 

– Tae, eu posso ajudar vocês. – O makane o encarou, suplicando.

– Machucado do jeito que está? – Retrucou. – Dessa forma você vai somente nos atrapalhar.

Ok, acertar um soco em seu estômago doeria menos.

Viu a confiança do amigo mais velho sumir levemente de seus olhos ao notar como aquilo havia o magoado. Limitou-se a segurar o outro braço de Hoseok, passando-o pelos seus ombros. Não disse nada, só pôs-se a andar para o mais longe que podia daquele laboratório.

 

 

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– Não havia necessidade de falar assim com Kookie. – Namjoon comentou, enquanto seguia o amigo mais novo pelos corredores vazios. – Você sabe que isso o magoou muito, não?

 – Hyung, vamos não falar sobre isso agora. Por favor. – Olhou os corredores, tentando se localizar. Seria um saco se reconciliar com Jungkook, só de pensar nisso a cabeça do ruivo doía. – Acho que é por aqui.

Dobraram outro corredor, ouvindo suas botas espirrarem sangue ao pisarem pelas poças que encontravam-se no chão. Tae não lembrava-se de ter rondado por ali, então deduziu que fora seus homens que fizeram tal bagunça.

Ao passarem por alguns corpos, um barulho chamou à atenção do azulado. Olhou na direção do som, vendo um soldado sorrir parcialmente morto para si segurando uma granada. O pino daquela arma mortal estava em sua outra mão. Viu-o jogar aquilo perto de onde V acabara de andar, logo perdendo os restos de sua força.

Taehyung seria engolido pela explosão, e não iria nem entender como teria morrido.

 – TAE! – Namjoon estendeu seu braço, puxando-o para trás usando o peso do próprio corpo, fazendo com que fosse para frente.

A explosão soou, lançando ambos em direções opostas.

O ruivo por ter sido afastado da granada graças ao seu líder rolou alguns metros, atordoado. Só parando ao atingir a parede.

Metade do corredor havia sido destruído. Tendo uma cratera que ia do teto, da parede que dava com a paisagem magnifica da cidade, até o chão. Mesmo que Tae quisesse chegar ao outro lado a procura de Namjoon, seria impossível.

 – HYUNG! HYUNG! – Suas orelhas zuniam. Não sabia ao certo se alguém o chamava pelo comunicador, mas não ligava. Precisava achar seu amigo mais velho. – HYUNG!

Andou até a beirada, tentando enxergar algo entre a poeira que não parecia abaixar. Não conseguia pensar racionalmente, sua mente estava dominada pelo desespero. Se Namjoon estivesse morto, o que seria dele? O que seriam dos meninos? O que falaria para eles...?

Somente quando seus olhos começaram a queimar e seus ouvidos pararam de zunir tanto que encontrou aquilo que o invadira com alivio.

O azulado estava ajoelhado, tentando levantar-se. Mesmo de longe e no escuro, V conseguia ver a mancha vermelha que se formava em meio aos seus cabelos graças a penumbra que se instalara por culpa cratera e as luzes provindas da cidade.

Namjoon por outro lado estava extremamente atordoado, sua cabeça doía de uma forma que nunca sentira e sua audição resumia-se a praticamente zero. Tossiu, tentando expulsar a poeira de seus pulmões.

Quando o mundo parara de girar e as coisas estavam mais nítidas conseguiu se colocar de pé, agora capaz de ouvir os ventos fortes que chacoalhavam sua roupa. Mirou seus olhos na direção de onde devia existir um corredor, vendo Tae encará-lo com alivio acenando freneticamente tentando chamar sua atenção.

– Você está bem?! – Ele gritara, indo cada vez mais para frente.

– Pare de andar. Desse jeito irá cair. – Levou sua mão até a região dolorida de sua cabeça, sentindo-a encher-se de sangue. – Merda.

De um dos bolsos de seu traje tirou um rolo de ataduras, não acreditando que a super proteção de Hobi realmente o ajudara. Desengonçadamente, passou-as envolta de seu crânio na tentativa de estancar o sangue. Um trabalho feito porcamente, mas estava bom para o gasto.

 – Vá até os meninos, eu sigo sozinho daqui. – Apoiou-se na parede, tentando fazer sua voz chegar até o ruivo. – Eu só preciso seguir reto e virar o corredor, não?

– O QUÊ?! NEM PENSAR. VOCÊ NÃO VAI SOZINHO. – Cruzou os braços, como uma criança birrenta. – Eu não vou falar!

“Você só pode estar brincando com a minha cara.”

Passou a mão pelo próprio rosto, tentando manter a calma. Era por isso e outras razões que Namjoon sempre dissera que V era 10% gênio, enquanto os 90% restantes resumiam-se a idiotice.

– Eu vou considerar isso um sim. Tae, não há outra forma de chegar aos aposentos de Akuzen. E eu consigo sair de lá a partir da passagem secreta, igual àquela por qual Jimin entrara. – Tentou acalmá-lo, já iniciando sua caminhada. – Eu vou ficar bem. Agora vá logo.

Ignorando o berreiro que V iniciara, virou-se de costas, indo em direção a última parte dessa missão infernal.

 

 

[...]

 

 

Namjoon abrira a porta calmamente, não sabendo ao certo o que esperar. Ao notar que tudo parecia limpo, adentrou o recinto.

Assustou-se ao ouvir passos fracos virem até si e por pouco, fora capaz de desviar de um corte certeiro que fora desferido em sua direção, rolando para o centro do quarto. Encarou o general, se assustando em seguida. Akuzen usava um pijama inteiramente manchado de sangue, seus cabelos de mistura negra e grisalha colavam-se em sua testa por suar demasiadamente devido a uma possível febre.

Seu rosto era adornado por um sorriso fraco, e seus olhos estavam enevoados. Aparentava estar em uma espécie de transe, beirando as ações de um alcóolatra. Segurava sua espada, balançando-a freneticamente como se fosse uma criança brincando com um chacoalho.

Não era essa a imagem grandiosa de um general que o azulado tinha em mente.

 – Então... Você também veio me matar... – As palavras saiam atropeladas e de forma rápida. – Vamos ver se consegue...

Espantou-se ao perceber que mesmo nesse estado deplorável, ainda sim era rápido. Tentou atirar, mas a espada batera no cano da arma, fazendo-a voar para longe de si. Sabendo o que viria em seguida, deslocou-se para o lado contrário ao qual a arma poderia ter caído, desviando assim de outro corte.

– Ei... Você é bom... – O sorriso lunático aumentou. Mas que porra estava acontecendo?! – Vamos brincar mais e mais...

Sacou sua faca de caça, usando-a para parar a lamina que viera em sua direção.

Rapidamente após defender-se, Namjoon o atacou direcionando sua faca ao meio do rosto do general. Akuzen desviou, entretanto sua bochecha agora continha um pequeno corte. O azulado teve seu braço que empunhava a arma segurado, sendo puxado para frente recebendo uma cotovelada na parte de trás de sua cabeça, perto de seu machucado.

O impulso gerado pelo ataque fez com que Namjoon andasse até perto da cama e caísse, quase desmaiando por seu ferimento da explosão ter sido acertado. Sentiu a familiar sensação do cabo frio de sua pistola por entre seus dedos, agarrou-a com força extremamente aliviado por tê-la em mãos novamente.

Ao olhar na direção do general, sentiu a pura agonia o invadir ao vê-lo praticamente sobre si, brandindo a espada para o cortar ao meio.

Rolou para o lado, fazendo Akuzen acertar a decoração que enfeitava a cama. A lâmina ficando presa no adornamento de madeira por ter o acertado ao invés de sua cabeça. Agora era a hora perfeita.

Namjoon mirou, certo de que acertaria a cabeça do general.

Só não esperava que mesmo enquanto ele tentava desprender a katana, o militar usaria sua perna para dar-lhe um chute, impedindo que atirasse. A pistola voou de sua mão mais uma vez, e seu corpo chocou-se contra as estantes que decoravam praticamente uma parede inteira do espaçoso quarto.

Levantou-se desengonçadamente, desviando de outra investida da espada. E Aproveitando o impulso que conseguira girou o corpo, acertando um chute na região lateral da cabeça de Akuzen.

Não esperando esse ataque, o general sentiu a explosão de dor o invadir, indo de encontro as estantes derrubando inúmeros livros no processo. O azulado estranhou ao ver que um dos livros nem se mexera, e quando seu adversário o segurara impulsionando-se para cima numa tentativa de se levantar, o livro apenas se curvara e depois voltara ao lugar.

Ouviu engrenagens se mexerem, fazendo seu trabalho e locomovendo a estrutura de madeira quase sem livros. Olhou aquilo surpreso, seria ali onde ficava sua saída secreta?

Os mecanismos deveriam ter sido feitos manualmente, caso contrário nunca acionariam por conta da falta de energia, era perfeito para uma saída de emergência. Saiu de seu mundo de analises ao ver Akuzen de pé, já empunhando a katana.

Desviou novamente, mas acabou tropeçando em algo e caindo no chão. Tentou identificar o que havia o feito se desequilibrar, vendo o corpo de um soldado. Só fora capaz de deduzir isso devido a cor de camuflagem de seu uniforme.

O general não havia matado um rebelde, havia esquartejado um de seus guardas.

 – Morra! – Gritou, levantando a espada pronto para acertá-la em Namjoon.

Moveu sua cabeça para o lado, escapando por pouco da lâmina que fincara-se no chão. Suas mãos correram pelo cadáver perto de si, achando o que queria preso em seu cinto. Destravou a pistola rapidamente, atirando em Akuzen até que o pente encontrar-se vazio.

Tudo ficou em silêncio. O general vomitou sangue enquanto sua roupa manchava-se mais ainda de vermelho.

A região de seu coração furada pela bala.

O corpo cairá com um banque surdo.

Namjoon estava vivo, havia conseguido sobreviver. Fechou os olhos, tentando regular sua respiração descompassada. Iria avisar os meninos que havia conseguido e estava bem pelo comunicador, até ouvir passos fracos.

Levantou-se, atento. De dentro da passagem, um homem saia mancando. Seu corpo estava coberto por vários curativos e trapos que em um passado poderiam ter sido um kimono. Seus cabelos castanhos estavam desgrenhados, e um de seus olhos estava coberto devido algumas ataduras, enquanto o outro parecia brilhar por sua coloração avermelhada.

 – Então... Você o matou. – Saiu de seu transe ao vê-lo o encarar intensamente. O homem sorriu fraco, encarando o cadáver do general com desprezo. – Cedo ou tarde ele morreria pelo veneno. Não faz diferença.

Namjoon tinha inúmeras perguntas, todas sem a resposta que desejava. Viu-o pegar a katana, enterrando sem hesitação no crânio de Akuzen, forçando-a até que a cabeça do general estivesse totalmente aberta.

O azulado torceu o nariz ao ver a massa cinzenta escorrer para fora da cavidade, sujando o carpete. O cheiro de sangue se espalhou pelo quarto.

– Só para garantir que ele nunca mais vai se mexer. – Riu. O sangue espirrara em seu rosto, manchando as ataduras que cobriam seu olho esquerdo. Viu-o girar a espada, fazendo com que a lâmina estivesse apontada agora para o próprio pescoço.

Sabendo o que ele faria em seguida, Namjoon avançou socando a boca do estômago daquele homem. Impedindo que ele tirasse sua própria vida.

Com um suspiro sôfrego, o moreno desmaiou, caindo sobre si.

Hyung! Você precisa sair daí agora! – Jungkook gritou em sua orelha, desesperado. – Os reforços deles estão chegando. Saia o mais rápido possível e esqueça de Akuzen!

 – Calma, Kookie. Eu consegui. – Colocou o homem sobre suas costas enquanto recolhia sua arma. Apesar de ele ser mais alto era extremamente leve. – Pode arrumar as coisas, eu já estou saindo.

Já usando seus óculos de visão noturna, adentrou a sala de onde a pessoa misteriosa em suas costas saíra. Aquele lugar fedia a urina, fezes e sangue. Como alguém poderia viver ali dentro?

Segurando o que havia comido há horas atrás, achou um cadeado no canto da sala. Possivelmente sua saída. Sacou sua pistola, atirando naquilo que bloqueava sua rota de fuga. Arrumou-se, fazendo com quem quer que fosse em suas costas não tivesse perigo de cair.

 E com o auxílio de Jungkook, conseguiu encontrar o caminho até a saída que combinaram, chegando na região dos esgotos.

 

 

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O castelo do Sol Nascente agora estava cercado. Homens entravam e circulavam o perímetro da construção, cachorros com faro extremamente aguçado eram soltos para encontrarem quem quer que tivera feito aquilo. Carros e até mesmo helicópteros estavam sendo usados.

 Entretanto, ninguém jamais esperaria que uma bomba soasse, sendo seguida de múltiplas outras. A estrutura, antes de homenagem ao sol, agora se tornara a personificação do Big Bang.

O castelo deixara de existir, e agora somente a verdadeira estrela dominava o horizonte. Indicando um novo dia.

A missão estava completa.


Notas Finais


Com esse capitulo, nos encerramos o primeiro arco de SOTP! <3
E finalmente o Jin e o Nam se encontraram (yay!) Agora por favor não me matem com relação ao resto kkkk
Uma dica, prestem bastante atenção no nome Cruz Vermelha que daqui em diante ele vai aparecer muito. Nesse segundo arco vou explicar mais o universo em que os meninos estão, e como as coisas chegaram a esse ponto.
E só queria dizer que Kim Seokjin e cabelo rosa é minha morte.
Vejo vocês no próximo cap!
Kissus <3


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