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História Scenery - vhope - Hoseok quer ir ao cinema


Escrita por: n_honeymoon

Notas do Autor


oieee, tudo bem? aqui está mais um capítulo, obrigada!

Capítulo 6 - Hoseok quer ir ao cinema


Fanfic / Fanfiction Scenery - vhope - Hoseok quer ir ao cinema

sábado

Hoseok não conseguiu dormir, por isso passou a madrugada acordado, assistindo TV. Às vezes ele cochilava, mas não demorava muito para acordar novamente.

 

Eram 4h30 da manhã, o gato dormia e ronronava sobre o sofá, enquanto isso, Hoseok olhava para a Televisão, sem prestar atenção no que a repórter dizia.

Seus olhos doíam e sua barriga roncava, então ele decidiu fazer um café. Hoseok estava tão inquieto, tão confuso, tão estranho. Ele estava pensando demais no Taehyung, na conversa que tiveram na noite anterior e no abraço apertado que deram logo em seguida.

 

Hoseok estava intrigado, na verdade, porque ele nunca havia parado para pensar que seus livros realmente atingiam alguém, que podiam fazer bem a alguém. Na realidade, ele temia que suas ideias pudessem ser prejudicial, ou até irritar certos grupos.

 

Dois anos antes, Hoseok até fizera uma aparição da parada LGBT. Ele havia sido convidado pelos organizadores do evento, já que seu livro “Incolor” estava no auge da fama, e ele de fato compareceu no dia de festa. Foi divertido conversar com alguns fãs, tirar umas fotos e até dançar um pouco ao som de música pop. Mas, ao mesmo tempo, ele tinha medo de ser muito exposto, de ser visto por muita gente e de futuramente ser julgado. Ele também tinha medo de ficar bêbado e fazer alguma estupidez que pudesse ser assistida por um grande público.

 

De qualquer forma, aquele foi um dia em que ele se sentiu amado e útil. Mesmo assim, ele não sabia que seu livro podia fazer algo de verdade pelos outros. Era uma revelação muito satisfatória, mas também assustadora. Até quando ele podia ajudar? E quando fizesse algo de errado? Ofensivo para alguém? Ele não sabia a resposta para essas perguntas, porém, sabia que tentar era bom e que valia a pena.

 

Quando o café ficou pronto, Hoseok sentou-se sobre o sofá, com as pernas dobradas e a caneca na mão. De repente, ele quis que Taehyung estivesse ao seu lado. Durante as madrugadas e início das manhãs, era quando ele mais sentia solidão, e desejava ter alguém por perto. Mickey não era suficiente; não se podia conversar sobre coisas reais com um gato, e muito menos ter outros tipos de interação.

 

É que estar com Taehyung fazia ele se sentir bem, fazia seus dias terem um pouco mais de sentido. Aquilo tudo era uma prova de que ter contato com outros seres humanos era necessário e saudável, coisa que meses atrás Hoseok jurou para si mesmo que evitaria ao máximo. Ele não sabia ao certo o porquê, apenas sentia que mesmo estando ao redor de muitas pessoas, ele não se sentia necessariamente pertencido. Era como se fosse invisível, mesmo que o enxergassem e mesmo que ouvissem o que ele tinha para falar. Ele quase nunca estava onde queria estar, e por isso parou de dar entrevistas para a TV, para revistas e outros artigos. Ele não gostava muito de interagir.

 

Talvez fosse uma doença, mas ele nunca quis procurar um terapeuta ou coisa do tipo, isso porque o começo de sua nova vida (isto é, ficar sozinho e passar um tempo em meio a natureza) era bom. Ele se sentia livre.

 

Mas não demorou muito para se sentir solitário.

 

Hoseok pegou seu telefone e clicou na conversa com Taehyung. Eles haviam trocado poucas mensagens, todas eram sobre o trabalho, basicamente. O nome de Taehyung estava salvo como “T”. Mais tarde ele mudaria para algo melhor, mas no momento não sentia muita inspiração para tal. Claro que não era necessário inspiração para escrever o nome dele inteiro, “Kim Taehyung”, só que Hoseok queria algo mais legal do que isso. Ele queria algo que fizesse Taehyung parecer um amigo íntimo, coisa do tipo.

 

Sim, eles se conheciam fazia muito pouco tempo, porém, Hoseok gostava dele, gostava mesmo, porque Tae o fazia se sentir normal. Taehyung fazia Hoseok gostar de interações e de humanos; o que era um grande passo.

 

Mickey acordou, olhou ao seu redor e caminhou na direção de Hoseok. Ele deitou-se novamente, só que dessa vez com o corpo grudado na coxa de Hoseok. Ele fez carinho na cabeça do gato, que fechou os olhos lentamente e voltou a dormir. Hoseok suspirou.

 

Tenho que trabalhar, tenho que dormir, tenho que fazer tanta coisa, pensou.

 

Mas, ora essa, era sábado!, talvez ele merecesse um descanso. Não que sua vida fosse muito agitada, na verdade, Hoseok era bastante privilegiado por ter bastante tempo de sobra para si mesmo, porém, como todo mundo bem sabe, todos passam por maus bocados. E mesmo tendo tanto tempo para si e para outras coisas, Hoseok não se sentia totalmente completo e satisfeito. Provavelmente ninguém sentia-se assim, independente do que fizesse na vida.

 

Será que Taehyung pensa em mim?, indagou-se Hoseok.

 

Droga, ele já estava pensando em Taehyung novamente. Bom, era apenas uma dúvida boba que surgira em sua cabeça, assim como tantas outras que o incomodavam, principalmente antes de dormir.

 

Hoseok então resolveu pesquisar na internet sobre os filmes que estariam disponíveis no cinema, o qual abria no período da tarde. Segundo o site oficial do shopping Collor, dentre todos os filmes disponíveis, nenhum parecia realmente bom. Havia uma animação sobre animais falantes, um filme de comédia americano que se passava em uma festa cheia de gente bronzeada, um remake de terror e outros dois de romance (um deles tinha um personagem doente que estava morrendo). Por mais que fosse um tanto medroso, Hoseok resolveu assistir o remake de terror, que era sobre um palhaço assassino.

 

Será que ele deveria chamar Taehyung para assistir também? Não, provavelmente era cedo demais.

 

Pouco tempo depois de escolher o filme que assistiria no cinema, Hoseok deixou a caneca (ainda parcialmente cheia) sobre a mesa de centro e se deitou no sofá. Em um piscar de olhos, ele apagou, acordando somente 12h00. Já que ainda sentia-se cansado, como se tivesse sido atropelado por um caminhão, ou algo do tipo, Hoseok resolveu voltar a dormir, só que dessa vez, ele acordou quarenta minutos depois.

 

Seu corpo tremia porque havia esquecido da coberta, e o gato já não estava mais ao seu lado. Coitado, provavelmente estava com fome, então Hoseok levantou e foi encher o pote do Mickey com bastante ração. Depois, foi ao banheiro e urinou aparentemente 10 litros de xixi.

 

O filme começaria às 15h15, ele ainda tinha tempo de comer, de se arrumar e de colocar um casaco bem quentinho.

 

Acontece que quando Hoseok foi para seu quarto, ele deitou na cama e acabou dormindo por horas e horas. Quando eram 22h06, Hoseok acordou novamente e, depois de tomar um chazinho, ele voltou a dormir.

 

domingo

 

Aquele dia estava chato demais para alguém com tanta disposição. Depois de dormir durante horas e mais horas, o que Hoseok menos queria era ter de ficar em casa sem fazer nada. Então ele pensou em falar com Taehyung por mensagens.

 

 

Oi, tá fazendo o q?

 

Depois de 2 minutos, Taehyung respondeu:

 

Oi, só de boa jogando. Aconteceu alguma coisa?

 

Não, mas to super entediado… acho que vou no cinema, quer ir comigo? Mas só se quiser mesmo, pq se quiser jogar, daí eu vou sozinho.

 

Que nada, eu também to super entediado. Domingos…

 

Pseh. então quer ir? O filme que eu queria ver vai começar às 16. A gente podia se encontrar uns 40 minutos antes pra garantir o ingresso.

 

Por mim tudo bem, mas é no shopping mesmo? Hoje é domingo, deve fechar antes.

 

Sim, fecha às 20, mas dá tempo da gente ver o filme de boas. Como é caminho, eu passo pra te pegar aí de carro, por ser? Passo aí umas 15 horas, porque antes tenho que passar no posto de gasolina.

 

Pode* ser

 

Fechado, 15 horas você aperta o interfone ou me liga, que daí eu desço.

 

Tá bom, até daqui a pouco.

 

Até :)

 

 

***

 

 

Quando eram 14h00, Hoseok decidiu se arrumar. Ele vestiu uma blusa preta sem estampa, uma jaqueta Jeans por cima e calças Jeans da mesma cor. Calçou um All Star de tecido xadrez (que fazia um bom tempo que não usava, até precisava lavar) e depois penteou um pouco o cabelo. Ele não queria se arrumar demais, como faria se fosse um encontro, mas também não queria parecer desleixado, como normalmente ficava quando estava em casa.

 

Assim que o relógio da cozinha marcou 14h45, Hoseok trancou sua casa e dirigiu até o posto de gasolina, onde encheu o tanque do carro. Ele aproveitou para comprar uma pastilha de menta, porque gostava quando sua boca ficava com um gosto bom.

 

A próxima parada foi o prédio de Taehyung. Como Hoseok não sabia mexer naquele interfone esquisito, ele decidiu mandar uma mensagem para Taehyung.

 

To aqui embaixo, já tá pronto?

 

Tae não respondeu. Hoseok resolveu então ligar, e logo Taehyung atendeu.

 

Ah, oi? Desculpa, eu tava na lavanderia e não tava com o celular, não tinha visto a mensagem.

 

— Tudo bem, nem queria te apressar, mas já tô aqui embaixo. Quando estiver pronto me avisa… ou desce que eu te espero — disse Hoseok.

 

Ah, eu já tô pronto, logo logo desço. Até daqui a pouco.

 

 

Taehyung desligou, então, Hoseok decidiu esperar por ele. Não demorou muito para o moreno aparecer, bonito e simples do jeito que era. Ele usava um cardigã verde de botões, uma calça jeans escura e um sapato marrom elegante. Hoseok respirou fundo, ainda o admirando. Poxa vida…

 

Taehyung entrou no carro.

 

 

— Caramba, adorei seu tênis — elogiou ele, acomodando-se no banco carona e envolvendo o próprio corpo com o cinto de segurança.

 

— Ah, obrigado. — Hoseok olhou para seus pés. — Você também tá bem vestido, como sempre. Pode falar a verdade, eu te apressei? Porque eu podia esperar…

 

— Não, eu sempre me arrumo cedo, eu só tava na lavanderia estendendo algumas coisas, agora que o sol resolveu aparecer.

 

— Pega sol lá no prédio?

 

— Não muito… Mas mesmo assim tem várias janelas e de vez em quando bate um solzinho. — Ele sorriu. — Enfim, tudo bem? Você está com um rosto saudável.

 

— Rosto saudável? — Hoseok estranhou. — Como assim?

 

— Como se tivesse dormido bastante.

 

Hoseok assentiu.

 

— Nossa, você é bom. E sim, eu dormi um monte, principalmente sábado, que eu dormi o dia inteiro. — Ele resolveu ocultar a parte de que estava prestes a ir ao cinema sozinho, já que tivera vergonha de chamar Taehyung. — Mas também, nem consegui dormir sexta-feira, fiquei acordado até umas cinco da manhã assistindo TV.

 

— Sério? Por quê?

 

Por causa de você, pensou Hoseok.

 

— Não sei, insônia, pensamentos… Têm dias que a gente simplesmente não consegue dormir.

 

— Entendo. Como eu acordo cedo, eu fico com mais sono e tal, daí eu durmo cedo também. Mas ninguém escapa de uma noite mal dormida… Hora ou outra acontece, independente da gente estar bem — disse Taehyung.

 

— Verdade. O que você faz quando tá com problemas pra dormir?

 

— Bom… Eu não sei. Se for um problema de verdade, algo que eu esteja pensando muito, então eu tento resolver esse problema. Mas se for algo que não está em minhas mãos, se forem só pensamentos incomodando minha cabeça ou, sei lá, se eu simplesmente só não conseguir dormir porque o sono não vem, então eu tomo leite com mel. Depois, inspiro e expiro profundamente, tentando acalmar todo meu corpo… Aí eu apago.

 

— Uau, sério? — Hoseok olhou para ele. —Fácil assim? Sempre adianta?

 

— Não, mas adiantou umas três vezes. E mesmo que não adiante, pelo menos eu me sinto mais calmo.

 

— Nossa, me senti calmo só de imaginar — admitiu Hoseok, suspirando. — Acho que vou aderir sua ideia, parece saudável.

 

— Tente fazer sim, minha vó quem me ensinou — disse, e então mudou de assunto. — Aliás, eu queria falar uma coisa com você, sobre sexta-feira.

 

Hoseok sentiu seu coração bombear mais rápido.

 

— O que foi? Pode dizer.

 

— Eu não sei, só me senti estranho depois do que falei e do que conversamos. Tipo, o papo foi ótimo, o abraço e tudo mais, só que eu não pareci um pouco exagerado demais? Não quero que pense que eu sou assim, como um fã louco ou coisa do tipo.

 

Hoseok mordeu o canto do lábio inferior. Ele não gostava de ver as pessoas agindo de forma insegura.

 

— Taehyung, juro que isso nem se passou pela minha cabeça. Eu não acho que você tem de ficar se preocupando em como agiu ou como deixou de agir, ou com o que falou, ou com o que sentiu. Se você estava sendo verdadeiro no momento, isso é o que importa. Se os outros ficarem se incomodando com o que você realmente é, esses outros não merecem sua companhia, entende? — Hoseok ergueu ambos os polegares, mas ainda mantinha as mãos no volante. — Tipo, você me emocionou com suas palavras… Acho que você tem o direito de se expressar do jeito que quiser, mesmo que pareça “um pouco demais”.

 

— Puxa, você sempre sabe o que dizer. Ainda bem que você gostou das minhas palavras.

 

— Não é que eu sempre saiba o que dizer, eu sou estou compartilhando meu ponto de vista com você. — Hoseok olhou para Taehyung. — Olha, relaxa, eu achei que era uma pessoa tensa, mas você é muito mais do que eu. — Ele riu. — Sem estresse hoje, okay? Hoje eu quero me divertir com você.

 

 

Taehyung ficou envergonhado, mas Hoseok não notou.

 

 

— Mas falando sério — Hoseok voltou a falar —, eu fiquei super feliz com o que você me disse sexta-feira. É algo que todo autor deveria experimentar algum dia. Fiquei muito feliz. — Hoseok sorriu suavemente, lembrando-se dos detalhes daquele dia: de ir na pizzaria com Taehyung, de conversar na sacada, de o abraçar no estacionamento.

 

— Eu tenho outra pergunta que quero fazer pra você, mas vou esperar para quando estivermos dentro do cinema — anunciou Taehyung, alarmando Hoseok.

 

— Ah, qual é, faz agora a pergunta. Pra que esperar, se eu posso te responder agora? — Ele arregalou os olhos, o que fez Taehyung rir.

 

— Eu prefiro fazer antes do filme começar, porque lá é escuro, e no escuro eu tenho mais coragem pra fazer as coisas — admitiu Taehyung, que aos olhos de Hoseok, não pareceu ter ponderado tanto sobre a própria frase.

 

— Taehyung, isso foi erótico — disse Hoseok, um pouco alto demais. — No escuro você tem coragem? Quê? — Hoseok apertou as sobrancelhas. — Qual é a pergunta? Manda logo, eu quero saber.

 

— Puxa, não é nada demais. Depois eu pergunto. — Ele cruzou os braços. — E eu não sou louco, você não pode me julgar, a maioria das pessoas têm mais coragem no escuro. E eu não tô falando só com relação a sexo e coisas do tipo, eu tô falando sobre tudo… até contar um segredo.

 

Hoseok estava assustado, porque ele também ganhava mais coragem de fazer qualquer coisa quando estava em lugares pouco luminosos. E quando estava bêbado, claro.

 

— Talvez te dê coragem porque ninguém pode te enxergar e ninguém pode ver que está envergonhado ou qualquer coisa do tipo. Não sei, talvez um psicólogo possa explicar isso de forma melhor. — Hoseok deu de ombros. — Mas enfim, então você quer me contar um segredo?

 

— Não, por que pensou isso? — Taehyung franziu o cenho, ainda olhando para frente.

 

— Porque você disse que no escuro também era mais fácil de contar um segredo. Bom, tanto faz, já que você é difícil demais, então eu vou esperar a gente chegar lá pra você contar. Pronto, satisfeito?

 

— Sim. — Taehyung ficou olhando para Hoseok, segurando o riso. — É tão engraçado ver você assim, morrendo de curiosidade.

 

— Pois saiba que eu até perdi a curiosidade. Não deve ser nada demais mesmo…

 

— Tá fazendo esse joguinho pra eu contar, só que eu não vou — disse Taehyung.

 

— Então não conte! — Hoseok arregalou os olhos. — Ah, deixa de ser idiota, conta de uma vez.

 

— Tá bom. É só sobre o seu livro…

 

— Meu livro? O que foi dessa vez?

 

 

Eles pararam em um sinal vermelho.

 

 

— Não o “Lua de Mel”, eu digo sobre o outro livro, o “Incolor”. — Taehyung fez aspas com os dedos em ambas as vezes.

 

— Você leu Incolor? Tão rápido assim? — questionou Hoseok, aflito. Nem ele que lia e escrevia tanto conseguia ler um livro de 300 páginas nessa velocidade.

 

— Não li inteiro, mas consegui ler metade. Li em PDF pela internet. Sabe quando você fica entretido e acaba lendo mais do que o previsto? Então, foi isso que aconteceu.

 

Então o livro de Hoseok conseguira manter Taehyung entretido por tanto tempo? Legal.

 

 

— Tá bom, eu sei que é um livro meio estranho, então o que você quer saber sobre ele?

 

O sinal abriu, Hoseok pisou no acelerador e fez uma curva para a direita. De onde estavam, já era possível enxergar o shopping Collor.

 

— E aliás — continuou Hoseok. — Não precisava baixar da internet, eu tenho umas dez cópias na minha casa. Se você pedisse, eu te dava.

 

— Eu sei, é que quando resolvi ler já era tarde demais pra te pedir emprestado. Enfim, quero falar sobre a cena do pincel.

 

 

Hoseok respirou fundo. Puxa, essa cena não.

 

 

— A cena do pincel?! Por quê? Olha, eu sei que é estranha, até cheguei a me arrepender… Mas sei lá, parece que é a cena preferida dos leitores — concluiu Hoseok, um pouco incomodado. — Eu gosto da cena, mas sabe quando parece um pouquinho demais?

 

— Que nada, eu adorei a cena — admitiu Taehyung. — Queria que alguém fizesse aquilo comigo. Eu acho.

 

Hoseok sentiu seu rosto esquentar.

 

Basicamente, a cena do pincel acontecia no meio do livro, isso quando os dois personagens principais já estavam de rolo. Quando esses personagens ficam sozinhos em um estúdio de pintura, um deles, chamado Min Hyuk, pega um dos pincéis limpos e começa a passar no rosto de Hong Lee. No começo, Hong Lee começa a rir, mas depois, ele fica sério, e Min Hyuk desce o pincel lentamente pelo pescoço do outro, depois, pelos braços e, por fim, pelo peito e barriga.

 

Não demora muito para eles começarem a se beijar como doidos, isso em cima de um papel branco e grande estendido no chão. Foi uma mistura de suor, tinta e beijos, que, no fim das contas, tornou-se uma obra de arte interessante, cheia de marcas de mãos, pés e outras formas indecifráveis. Depois que o papel secou, eles até mesmo decidiram emoldura.

 

 

— Adorei como todo mundo quis comprar aquela pintura — disse Tae, entre sorrisos. — Você compraria?

 

— Ham… Acho que não, mas só porque seria estranho pra mim ficar olhando algo tão íntimo. Um momento que pertence a outras pessoas. — De repente, os pensamentos de Hoseok foram longe, imaginando aquela parte do livro. Será que ele seria capaz de fazer algo do tipo? Bem, não sabia ao certo, pois seus personagens não eram ele. — E você? Compraria?

 

Hoseok abriu o vidro do carro e aproximou a mão da máquina que ficava na entrada do estacionamento do shopping. Após apertar o botão, retirou de lá um cartãozinho de papel. “Obrigada e boas compras”, dissera a mulher robô, antes de liberar a passagem para o carro entrar.

 

Enquanto Hoseok procurava um lugar para estacionar, Taehyung pensava na resposta.

 

— Acho que eu compraria sim. É uma pintura que me remeteria a um momento feliz, e por isso eu ficaria feliz também.

 

— As coisas boas da vida — sussurrou Hoseok, mais para si mesmo do que Taehyung. — Chegamos.

 

 

— Legal, ainda dá tempo de comprar o ingresso — disse enquanto olhava as horas em seu celular. Depois, voltou ao assunto de antes: — Mas não era só isso que eu queria falar dessa cena. Eu tenho mais uma pergunta, se não se importar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


gente, sexta-feira eu já posto o próximo, okay? talvez poste até antes. valeeeeu ;3


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