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História School Days - Sala B-04


Escrita por: L-Mouse

Notas do Autor


Olá pessoas, repostando aqui a fic, e antes de mais nada, gostaria de avisar que sou a autora da fanfic mesmo, só que com uma conta diferente. A conta antiga >> L_Mouse << foi excluída e junto a ela, as minhas fanfics, amigos, etc. e etc.
Então não se preocupem, que não é plágio! KK, vou explicar mais um pouco sobre isso futuramente num jornal, enton fiquem atentos (se vocês quiserem saber de algo, claro ashuahs)
Boa leitura!

Capítulo 1 - Sala B-04


O sinal já havia batido indicando o final das aulas naquela manhã e todos os estudantes faziam seus caminhos animados para a saída da escola. Alguns conversavam impropérios sobre os professores, outros sobre assuntos divergentes do ambiente escolar, enquanto alguns apenas corriam como se sua vida dependesse de chegar em casa antes de sua mãe servir o almoço.

Algo bastante reforçado em aulas de biologia, é que ‘jamais deve-se usar tais palavras nesta disciplina: nunca, jamais, sempre e todo. ’. É um pouco contraditório, mas podemos dizer que é verdade. Não só na biologia, mas também na vida, sempre existe uma exceção. E naquele momento havia uma. Nem todos os estudantes faziam seus caminhos para o enorme portão de saída.

Na sala B-04 a porta continuava aberta, não pelo esquecimento do último aluno que saíra pela mesma, mas por este ainda se encontrar ali. No assento próximo a parede da terceira fileira, encontrava-se a exceção dentre os alunos animados para irem para suas casas.

Ela continuava sentada, isolada em seu cantinho enquanto lentamente colocava seus materiais na bolsa rosa desgastada a sua direita. O movimento repetitivo de suas mãos era monótono e sem pressa alguma, ela não tinha a menor vontade de sair daquele lugar. Seus olhos eram fixados em um ponto qualquer na mesa de madeira a sua frente, e parecia perdida em pensamentos. Pensamentos esses que lhe traziam certa dor.

Mas, por tanta dor que eles lhe trouxessem, seus olhos não lacrimejavam. Talvez por que soubesse que lágrimas não adiantariam de nada, afinal elas só são uma extensão inútil de sua tristeza que apenas a tornava mais fraca na frente de todos aqueles que nunca lhe deram atenção. Ou então, por que estivesse cansada de soltá-las, todos os dias mesmo tentando evitar aquelas benditas gotas salgadas, elas banhavam seus olhos e percorriam seu rosto abatido e pálido, e isso era cansativo. Mas, seria mais provável por que não tinha motivos para soltá-las ainda. Afinal sabia que tê-las liberadas agora, só seriam mais um convite para piorar sua situação.

10 minutos fora o tempo de suas mãos finas acabarem seu serviço. Fechara o zíper e olhara para o relógio acima do quadro branco. Suspira, mantendo um mantra interno na expectativa de que aquele dia terminasse em paz. Levanta-se da cadeira cautelosamente e ajeitara a bolsa em suas costas.

Seu caminho fora de seu ‘refúgio’ era tímido, inibido. Seus passos eram lentos, curtos mas demonstravam certa ânsia, de sair daquele lugar. Com a cabeça baixa, sua franja cobria seus olhos que inquietamente percorriam o corredor como se estivessem com medo de encontrar um dragão furioso e cuspidor de fogo entre paredes de um antigo castelo. Pode soar uma comparação infantil, mas era praticamente como a morena se sentia.

Um aluno ou outro passava por ela, integrantes dos mais diversos clubes e atletas que rumavam até suas reuniões e seus treinos, como se não existisse. Era de certo alívio. Preferia indiferença ao que geralmente recebia daquele outro grupo. E falando neste ela se sentia cada vez mais segura ao notar a sua ausência por aquele lugar.

Ao colocar os pés na saída/entrada do prédio, levanta a cabeça para então confirmar com a vista que ali também não estavam. Estufa o peito, e logo solta o ar de forma aliviada. Em seus lábios um ensaio de sorriso surge. Não era todo dia que ela tinha essa sorte. Com sua mão direita no corrimão, ela se põe a descer a média escadaria de concreto totalmente alheia ao redor, afinal estava safa. Ou era o que achava.

Na metade dos degraus, perdida em seus pensamentos vitoriosos, ela não percebeu a aproximação de um grupo conhecido em suas costas. Em um curto intervalo de tempo, um pé atinge sua coluna e o impulso é o suficiente para que ela perca o equilíbrio e role o resto dos degraus até o gramado verde. 3 sorrisos debochados surgem nas faces das garotas no topo da escada ao ver o corpo frágil descer até o chão.

O último impacto da jovem, fora de seu rosto na terra úmida. Sentiu a pressão em seu nariz, e dessa vez seus olhos lacrimejaram. As teorias do motivo por trás delas também existem nessa situação. Pode ser pelo óbvio fato da queda e da dor que se alastrava por seu corpo, mesmo não tendo se machucado gravemente era dor, e dor nunca é bom. Mas também pode ter sido um reflexo do susto, afinal aqueles machucados eram rasos e ela certamente não esperava por aquilo.

Mas mesmo que as duas teorias tenham seu fundo de importância nesse reflexo, é fato que as lágrimas insistiam em cair de seus olhos diretamente na terra, em sua maior parte pelo sentimento que morava dentro de si desde que se lembra. Um sentimento tão denso em seu peito, que a muito tempo parara de tentar dissipá-lo e/ou impedir seu crescimento e que ele lhe tomasse conta. Ela praguejava internamente por ser tão fraca. Queria dizer que não merecia, mas era tão fraca que esse pensamento não vingava.

Ela achava que merecia tudo aquilo. Na verdade, não achava, tinha certeza plena.

-

O trânsito do centro de Seul estava um caos naquela hora da manhã. O relógio no painel marcava ‘6:45’, o que deixava o motorista cada vez mais inquieto. Faltavam poucos metros de seu destino, mas mesmo assim sentia uma tremenda vontade de explodir todos os carros parados a sua frente e mandar tudo para a casa da mãe.

A jovem sentada ao seu lado tinha em seu ouvido direito um fone, no qual uma música qualquer saia em volume baixo. Seu olhar era perdido através de sua janela. Parecia observar os mínimos detalhes daquela cena estática e urbana de sua cidade, mas na verdade seus pensamentos estavam em outro plano.

Aquele era para ser um dia feliz para a jovem loira. Depois de anos numa luta intensa contra si mesma, havia conseguido convencer seus pais de mudar de escola. Seu sonho estava sendo realizado, o grande dia havia chegado e estava a poucos metros do tão desejado local, e pela lógica ela deveria estar transbordando felicidade, fazendo suas brincadeiras como sempre faz, deveria sentir sua respiração acelerar ansiosa para chegar no tão desejado prédio. Mas não era assim que ela se encontrava.

Qual seria o motivo? Ele estava literalmente ao seu lado. O esquerdo para ser mais precisa. A ideia de como era impressionante como aquele homem que muitas vezes chega a idolatrar, consegue estragar seu dia mesmo tendo este começado de começar, nunca lhe parecera tão verdadeira como agora. Era realmente impressionante como uma simples mudança de humor tinha o poder de tirar toda a alegria de uma outra pessoa.

Taeyeon se sentia sem vida ao lado do homem que muitas vezes tinha orgulho de chamar de pai. Para quem visse de fora, aquele era um motivo ridículo para se sentir de tal forma, mas para ela não. Para quem soubesse como ela vivia, aquela era uma reação comum para si e um tanto ‘controlada’ para muitos, que em sua situação com certeza faria diferente.

O trânsito finalmente voltara a andar, e para o alívio de ambos conseguiram chegar na frente do prédio bem conservado do colégio. O senhor Kim para o carro de maneira brusca na frente do portão enorme, onde vários alunos se encontravam. Um suspiro pesado sai de seus lábios e ele se mantém focado em sua frente,

-Boa aula filha.- sua voz saíra dura, mas com um leve tom de preocupação.

-Tenha um bom dia pai.- Taeyeon acena com a cabeça antes de destravar a porta do passageiro saindo do carro.

O homem agradece em silêncio e faz seu caminho de maneira calma. Taeyeon observa o carro se afastar e balança negativamente a cabeça. Era impressionante que até ali, ele faria de tudo para manter as aparências. Suspira e contempla o local a sua frente.

Fora deixada no pequeno caminho de asfalto próximo ao portão de entrada do prédio central bem conservado. Ao seu redor pode notar a grama verde bem cuidada, e ao imenso espaço seus olhos percorrem de rosto em rosto, para então soltar um sorriso mínimo de felicidade. Nenhum lhe era conhecido.

Os alunos que ali se encontravam em sua maioria eufóricos em conversas diversas com colegas, amigos, conhecidos e pouco se importavam para a nova presença naquela imensa instituição. Taeyeon sente o vazio em seu peito ser preenchido por um sentimento de felicidade. Seu plano de passar despercebida estaria dando certo?

Antes que pudesse chegar a alguma conclusão, uma outra jovem se aproxima da loira e põe um braço por cima de seus ombros de forma desleixada.

-Nossa, cheguei a pensar que tinha desistido Tae.- a voz brincalhona da morena fez o susto da loira se tornar em alívio.

-Claro que não Yul. Acha mesmo que depois de tudo, eu iria desistir? Nem se quisesse.- a loira fala rindo.

-Hm, nunca se sabe não é?- a morena lhe encara com uma sobrancelha arqueada.- Bem, acho melhor irmos falar logo com o diretor. Afinal é bom sabermos onde é nossa sala de aula.

-Com certeza.- a loira ri e segue sua amiga para dentro da construção magnífica a sua frente.

Algum tempo depois, elas descobriram que a sala do diretor ficava no terceiro andar. Chegando lá, a secretária polidamente as levou para a sala, pomposa e extravagante, do diretor. Logo se sentam nas pequenas cadeiras postas à frente do birô do tão poderoso homem, que logo as recebe com um sorriso imenso no rosto.

-Sejam bem-vindas ao nosso humilde colégio, senhoritas Kim e Kwon.- ele dá um olhar astuto para as duas, principalmente para a loira.- Como devem saber, sou Jung Yoochun, o diretor.- ele abre os braços, como um artista que recebe seus aplausos. As amigas se entreolham.

-Gostaria que soubessem que é um prazer imenso terem escolhido essa instituição para cursar não só o 2º ano do E.M, assim espero, como termina-lo.- ele sorri convencido para as duas.- Bem, aqui estão os horários de suas aulas. Como já nos encontramos na terceira semana de aula, saibam que não haverá mais mudanças, logo podem decorá-lo sem medo.- ele ri animado para as duas, principalmente para a loira.

Yoochun não era um mau diretor. Bem, não eram o que as más línguas propagavam por aí, mas o colégio sob sua direção atingiu patamares que para muitos parecia impossível ter sido alcançados em tão pouco tempo. Ele foi uma figura importante para o aparecimento da instituição na lista das melhores em quesito de educação do país, fato este que não era ignorado por seus superiores. Porém, como tudo há falhas, ele também tinha as dele. E para Taeyeon, uma destas falhas se mostrava agora, em sua super excitação.

-Sobre as questões de clubes, atividades extracurriculares e derivados, elas não são obrigatórias como em maioria das escolas. Aqui nós nos focamos no estudo, na educação. Vocês são livres para entrar naqueles que lhe agradam ou não, contanto que isso não afete seu desempenho e decorrente disso, o da escola.- ele desvia o olhar para a loira.- Mas acho que isso não será um problema certamente não é srta. Kim?

Ele sorrira. Um sorriso cínico, daqueles que Taeyeon mais detestava. Aquele homem se demonstrava um completo imbecil e ela nem estava em sua presença a tanto tempo assim. Ele sabia o que queria esconder de todos ali. O que queria que ninguém além de si e Yuri ali soubessem. E o motivo? Bem, ele estava estampado na cara daquele idiota a sua frente.

-Pode ter certeza disso sr. Jung.- ela sorri de forma pacífica. Fingia, isso era fato. Mas isso não lhe era difícil, afinal sua vida toda tivera que ser assim. O homem então solta uma risada excêntrica de pura animação.

-Sabia que podia contar com vocês. Principalmente você srta. Kim! – Ele solta um suspiro tentando controlar sua emoção. Tinha que se demonstrar profissional, mas puxa por que tinha que ser tão difícil?- Bem, acho que é apenas isso. As moças têm alguma pergunta? – ele pergunta enquanto entrelaça seus dedos por cima da mesa. As duas negam com a cabeça. Ele sorri.- Então, vocês estão liberadas. A aula irá começar daqui a pouco. Podem esperar na sala ao lado, que a professora irá leva-las até a classe.

Os três se despedem de forma polida, e logo a dupla sai da sala. Na recepção, a secretária olhava entediada para algo em seu computador, e elas logo se acomodaram no sofá médio na frente da mesma.

-Aish... De certo ele é um idiota.- Yuri comenta suspirando em frustração. Sabia o quanto aquilo mexia com sua amiga.

-Totalmente.- a loira murmura com a visão baixa. Não queria ter que fingir novamente. A morena ao seu lado se sente mal vendo a baixinha alegre naquele estado. A puxa para um abraço de lado.

-Não fique assim Tae. Ele tinha que saber, afinal é o diretor. Tem que saber que tipo de aluno ele coloca na escola.- ela procura encarar a face da loira.- Mas é bem provável que seja um dos poucos a saber. Os alunos não sabem, logo você pode ser você mesma. Tudo bem?

Yuri mostra um sorriso convicto no rosto. Tinha certeza do que havia dito, caso contrário ao passarem por aqueles montes de adolescentes eles fariam montinho na pequena loira que abraçava. Taeyeon encara a morena com certo brilho nos olhos. Sentia seu peito aquecer com as palavras da amiga. Abraça-a de volta fazendo a maior sorrir mais ainda.

-Srtas.?- elas interrompem o contato e olham para a mulher de longos cabelos presos num coque e de sobrancelha arqueada.- Por favor queiram me acompanhar. Sou a professora de história de vocês, Lee Chaerin.

As novas alunas se levantam rapidamente do sofá e se curvam para a professora. Ficaram tão submersas no momento que não escutaram o breve toque do sinal e nem a mulher adentrar. As três fazem seu caminho até o lance de escadas, e continuando pelo segundo andar.

Chegando na metade do mesmo, a professora para de frente para uma porta laranja e logo a abre, fazendo todo o fuzuê dentro da mesma praticamente se dissipar. B-04, foi o que Taeyeon leu na plaquinha amarela por cima da porta. A professora arruma alguns materiais por cima de sua mesa, e logo os alunos lhe desejam um bom dia.

-Bom dia alunos. Antes de voltar de onde paramos, tenho que lhe apresenta-los a duas pessoas.- ela faz um sinal para as amigas entrarem na sala. Elas o fazem.- Essas são as srtas. Kim e Kwon, suas novas colegas de classe. Conto com vocês para lhes colocar por dentro de tudo que já vimos neste breve início de período letivo.- ela se vira para as duas.- Por favor, se apresentem.

-Annyeonghaseyo. Sou Kwon Yuri, tenho 16 anos e espero que sejamos bons amigos.- a morena diz soltando um sorriso maroto, dando a boa parte da sala uma boa impressão da mesma.

Taeyeon escuta sua amiga se apresentar enquanto analisa aqueles rostos desconhecidos. Todos olhavam para a morena de maneira curiosa. Ela não era o centro das atenções, e isso era magnífico. Bem, até sua amiga terminar de falar e todos os pares de olhos irem para a baixinha loira. Taeyeon sentiu seu coração acelerar e sua língua embolar.

-Ahm... A-annyeonghaseyo. Sou Kim Taeyeon, também tenho 16 anos. Conto com vocês para nos ajudarem.- com um pouco de dificuldade, ela conseguira voltar ao seu tom normal. Seu coração batia acelerado, seu rosto queimava, mas todos ali não soltaram um pio.

-Agora que já se conhecem, - a professora fala novamente.- srta. Kwon você pode se sentar ao lado da srta.Im, atrás do sr. Shin.- a professora aponta e Yuri vai cautelosamente para o assento lhe direcionado.- A srta. Kim, pode se sentar ao lado da srta. Hwang.- a professora aponta para o único espaço vago na sala.

A cadeira mais próxima a passagem, na terceira fileira.


Notas Finais


Mais uma vez gente, non me xinguem, non é plágio asasdhsakuh
Como tenho os 19 capítulos já prontos, vou postar a cada uns 3 dia tá legal? E então, espero que eu reganhe o incentivo próprio de continuar a escrever ashsu
Até o próximo, bjs bjs :*


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