História School? Is cool (Hiatos) - Aliado?

 

— Que… QUÊ? — Gaguejou. Olhou para o chão, e droga, ela teve a mesma ideia que eu, se agachando para pegar as canetas do chão, ou tentando, já que batemos testa com testa.

 

— Aish. — Cai de bunda no chão colocando a mão sobre a testa. Eu jurava que tinha visto uma constelação inteira.

 

— Você tem cimento no lugar de osso? — Ela me perguntou. Abri os olhos vendo-a do mesmo estado que eu, esfregando a testa sem parar.

 

— A culpa não é minha se você se abaixou junto. — Falei bravo, sentindo uma ardência ruim. Certeza que ficaria um galo enorme aqui.

 

— Hanbin. — Nem vi quando ela se aproximou de mim, quase que ficando sobre meu corpo. — Promete pra mim que não vai contar pra ninguém!

 

— E-eun… — Engoli seco, eu não estava gostando dessa proximidade. Quem visse de fora ia achar que estávamos fazendo coisa errada.

 

— Por favor. — Segurou na gola do meu casaco me puxando para mais perto.

 

— Prometo… — Olhei para seus lábios, me sentindo totalmente desconfortável, meu corpo não respondia por mim, fui me aproximando devagar.

 

— O que está aconteceu aqui? — A porta foi aberta com tudo por Bobby e Nana perguntando juntos.

 

— Nada. — Ela saiu rápido de cima de mim e começou a pegar lápis.

 

— O intervalo já acabou? — Perguntei disfarçando e ajudando-a.

 

— Está quase… — Hana respondeu, nem tive a coragem de encará-los. Logo já havíamos guardado tudo, e adivinhem? Levantamos juntos e batemos DE NOVO as testas.

 

— Yah Eun-ah! — Falei bravo com dor.

 

— Nossa, isso deve ter doído. — Bobby comentou rindo.

 

— Na falta de um, agora eu tenho dois. — Ela fechou os olhos com dor, eu só levei de novo minha mão para a testa, a fim de cessar a dor.

 

— Você diz que minha testa é de cimento, mas você já sentiu a sua?? — Falei gemendo de dor. — Parece que eu dei de cara no chão.

 

— Yah! — Falou tentando chutar minha canela, mas dei um pulinho para trás antes de ser acertado.

 

— Muito cuidado entendeu? — Coloquei a mão cobrindo minha área preciosa. Logo todo mundo começou a entrar e a aula começar de novo, dessa vez um pouco mais lentamente do que o comum. Apesar de tudo, hoje eu me senti mais próximo dos meus amigos, o que normalmente eu fico mais na minha.

 

A aula acabou e todos, com exceção de Jaehyun nos encaminhamos para o portão, pelo menos o primeiro já que eu ia por outro lugar.

 

— Anda logo Eun. — Minho falou tentando empurrá-la, mas ela grudou em meu braço.

 

— Pode ir, eu não vou. — Ela disse fazendo todo mundo parar. — BI e eu combinamos de estudar juntos.

 

— Combinamos? — A olhei sem entender, mas recebi uma cotovelada nas costelas. — Combinamos. — Virei para eles, que olhavam um pouco desconfiados. — Eu prometi explicar a lição pra ela. — Ainda me olhavam mais desconfiados que o normal. — De ontem.

 

— É, a que eu perdi. — Sorriu.

 

— Mas você não tem que trabalhar hoje? — Song colocou as mãos no bolso, estranhando tudo aquilo.

 

— O Bobby disse que ia cobrir ele. — Ela falou me fazendo virar de supetão pra ela, tentando dizer que aquilo era loucura.

 

— Eu disse isso? — Bobby perguntou.

 

— Disse. — Foi convicta no que disse. — Não lembra?

 

— Não… — Ele coçou a cabeça confuso.

 

— Ah, ele devia estar olhando para a- — Parei de falar quando senti sua mão sobre minha boca.

 

— Ha… Eu lembrei agora. — Ele falou sem graça. — Eu vou te matar. — Sibilou cerrando os dentes e perto de mim. Tirei a sua mão da minha boca.

 

— Certo, até mais tarde. — Minho pegou a mochila de Nana.

 

— Vamos? — Eun falou animada ao meu lado.

 

— Eu preciso falar com o senhor Dong. — Saímos com ela ainda com a mão em meu braço. — É rápido.

 

— Deixa que eu resolvo. — Eun falou.

 

— Afinal, por que eu estou fazendo isso mesmo? — Bobby falou.

 

— É por uma boa causa. — Eun rebateu.

 

— Ainda não me convenceu. — Paramos em frente à loja.

 

— Na semana de provas eu te ajudo a estudar. — Colocou a mão para fechar um acordo no ar.

 

— Fechado. — Apertou a mão dela.

 

— Ótimo, tudo resolvido, agora eu preciso avisar o senhor Dong. — Passei por eles, entrando na lojinha, por sorte ele estava mexendo no caixa.

 

— Que bom que você chegou, eu vou precisar de uma ajudinha hoje no deposito. — Ele falava ao mexer no balcão, de certo estava contando as moedas.

 

— Senhor Dong… Eu vou precisar me ausentar hoje. — Falei receoso.

 

Ele parou o que estava fazendo, notando os meus amigos do lado. — Por que? Está doente?

 

— Anyo. — Balancei a cabeça. — Eu preciso ajudar minha amiga…

 

— O Bobby vai ficar no lugar dele, senhor Dong. — Eun avançou alguns passos.

 

— O Bobby? — Senhor Dong olhou para o meu amigo ao lado, meio desesperado.

 

— Sim. — Sorri nervoso.

 

— A amiga seria essa? — Apontou para Eun.

 

— Oh, que falta de educação a minha. — Eun começou a falar de forma fofa, então era assim que ela conseguia a maioria das coisas… Fez uma reverência totalmente formal. — Kang Eun.

 

— Kang? — Ele saiu de trás do balcão. — Por um acaso você é filha do candidato Kang Sun?

 

— Sou sim. — Assentiu.

 

— Omo! Seu Appa me ajudou muito em minha loja. — Pegou as mãos dela, apertando de forma exagerada.

 

— Então o senhor deixa? — Perguntei esperançoso.

 

— Ah… Bem… — Hesitou em responder.

 

— Se o problema é dinheiro, eu pago o prejuízo de hoje. — Ela falou.

 

— Não… Olha… — Ele ficou bem sem graça com tudo isso.

 

— Eu insisto, ainda pago pelo trabalho de Bobby. — Apontou para o mesmo.

 

— Eu adoro ver essas cenas, sabe que o Minho já fez isso? Mas ele foi bem mais discreto que ela. — Bobby cochichou em meu ouvido.

 

— Então, o que me diz? — Falou com aquele olhar que diziam ser dos “Kang”.

 

— Pode ir Hanbin. — Ele se virou para mim. — E você. — Apontou para Bobby, que apesar de ser mais alto que ele, se encolheu. — Nada de aprontar na minha loja.

 

— Yay. — Ela deu um abraço nele, que ficou totalmente aturdido e de olhos arregalados sem saber o que fazer. — Obrigada.

 

— Vamos né, Eun. — Puxei seu braço tirando ela dali. — Obrigado senhor Dong. — Fiz uma pequena referência.

 

— Avisa minha Omma, BI. — Bobby gritou assim que eu sai da loja, só conscienti e sai em direção ao ponto de ônibus.

 

— Por que disso tudo? — Falei segurando a alça da minha mochila no ombro.

 

— Eu gostaria de ter a chance de explicar… — Entortou os lábios.

 

Assenti, chegamos no ponto e vi que faltava cinco minutos para o ônibus passar, ela no entanto parecia toda confusa.

 

— Você já andou de ônibus? — Perguntei roubando sua atenção.

 

— Claro. — Sorriu meio tensa.

 

— Então você já comprou seu bilhete. — Afirmei, mas já imaginava que ela não fazia ideia do que era aquilo.

 

— Bilhete? — Virou meio desesperada. — Ai, eu não sabia disso. — Levou os dedos na boca, quase roendo as unhas, comecei a rir dessa cena. — O que eu faço?

 

— Não se preocupa. — Ri mais. — Eu te ajudo.

 

— Hanbin-ah. — Falou meio chorosa. — Na verdade, eu nunca fiz isso.

 

— Eu imaginei. — Comecei a rir da cena, aish, hoje ia ser um dia fora do comum e engraçado. No ponto tinha uma máquina, dessas parecidas com saque de banco, comprei seu bilhete, vendo que ela olhava tudo aquilo curiosa, ensinei cada passo e depois disse como deveria passar no leitor. Assim o ônibus chegou, não sei o que foi mais engraçado, o fato dela tentar colocar o bilhete no leitor, ou tentando se equilibrar enquanto o motorista acelerava. Contudo, era um tanto quanto engraçado isso tudo.

 

Cheguei em casa. — Omma! Cheguei. — Abri a porta, com Eun em meu encalço.

 

— Oi querido. — Ela passava da sala para a cozinha com os potinhos de comida, de certo estava comendo e trabalhando de novo, olhei a sala onde estava seu notebook aberto com alguns papéis do lado.

 

— Omma, quantas vezes eu tenho que dizer pra você comer em paz? — Segui entrando na cozinha.

 

— OMO. — Arregalou seus olhos que mais pareciam duas jabuticabinhas, olhei para a direção que ela olhava.

 

— Ah, essa aqui é minha amiga. — Puxei Eun, que parecia um pouco tímida. - Como se isso fosse possível. - Para dentro.

 

— Muito prazer, sou Kang Eun. — Se reverenciou.

 

— Oh, a irmã do Minho? — Limpou as mãos no pano de prato.

 

— Sim, irmã mais nova. — Cocei a cabeça vendo que minha Omma portava um sorriso malicioso. Já sai dali para arrumar meu almoço e dela, colocando as coisas em sua frente, enquanto a mesma se sentou conversando na mesa com minha Omma.

 

— Oh querida, desculpa não ficar para conversar com vocês. — Minha Omma se levantou recolhendo os papéis.

 

— Não precisa se desculpar. — Ela riu fofinho, aish desde quando eu reparo assim em uma garota?

 

— Por um acaso… Vocês estão… Namorando? — Ela foi cautelosa demais ao falar.

 

— Omma! — Gritei.

 

— Qual problema? Você dois são lindos juntos. — Colocou a mão na cintura, me fazendo bater a mão no rosto, mas lembrei do pequeno galo. — Enfim, estou indo na casa dos Kim.

 

— Ah, avisa a Omma do Bobby que hoje ele vai me cobrir na loja. — Falei com ela me olhando torto. — O que?

 

— Ainda diz que não está namorando… — Apertou o olhar. — Tchau querida, volte sempre. — Deu um tchau. Olhei pro lado finalmente vendo Eun dar um tchauzinho. — Juízo ein. — Omma falou.

 

— Ka! — Apontei para a porta, ela começou a rir e se foi.

 

— Namorar… — Olhava para um ponto fixo longe, fiquei observando enquanto comia. — Já sei! — Ela se virou de supetão, fazendo eu engasgar com a comida e tossir sem parar.

 

— Calma. — Meus olhos lacrimejaram.

 

— Toma isso aqui. — Ofereceu coca-cola para mim, no qual peguei o copo tomando uma grande golada. — Você se assusta muito fácil. — Riu da minha cara.

 

Pigarreei. — Também você grita quando eu to comendo!

 

— Escuta. — Ela começou a comer e falar. — E se você fingir ser meu namorado?

 

— Você tá doida? Se Jaehyun, Johnny e Minho descobrem, eu apanho triplicado. — A olhei indignado.

 

— Eu te defendo. — Juntou as mãos. — Nós não precisamos contar pra ninguém, só usamos isso se necessário.

 

— Não sei não… — Voltei a comer. — Me conta isso tudo que eu penso sobre.