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História Scripted (Nosh) - I missed you


Escrita por: LUVT0MMO

Capítulo 17 - I missed you


Pov Noah

Finalmente em Chicago. Eu contei as horas para chegar logo, Josh já está aqui e eu estou louco para vê-lo.

Eu estava tão ansioso que olhava meu celular toda hora para ver as horas, até que o táxi para e por um momento eu pensei que havíamos chegado, mas ao olhar para fora, encontro uma fila de outros carros. Eu não acredito que eu estou preso em um congestionamento.

-Isso vai levar muito tempo? -pergunto para o motorista que dá de ombros.

-Acho que deve ter dado algum acidente mais a frente e só Deus sabe quando vamos sair daqui. -suspiro e me jogo para trás no banco. Mais um tempo sem ver ele.

“Tô preso no trânsito :(” mando para Josh e espero ele responder, porque não tenho outra coisa pra fazer.

“Você já está em Chicago?” ele pergunta e eu confirmo “Você está com muitas malas?”

“Só uma mochila” o que ele tá planejando? 

“Manda sua localização” ele pede e eu mando “Ok, em 20 minutos eu chego e nós vamos sair” que? Ele quer sair comigo?

“Sair?” ele não me responde mais e acredito que tenha ido se arrumar.

Ele vai sair só comigo? É um encontro? Eu não tô arrumado para isso. Meu Deus! Josh Beauchamp está vindo até mim.

-Moço, eu vou descer aqui mesmo. -falo para o cara e ele desliga o taxímetro, entrego para ele uma nota de 50, mesmo que tenha dado menos que isso- Pode ficar com o troco. -saio do carro e vou até a calçada.

Coloco meu boné para ficar um pouco disfarçado e olho o meu reflexo pelo celular, estou ok. Eu poderia estar mais arrumado e... Ah, foda-se!

Sinto o meu estômago revirando, talvez sejam as famosas borboletas.

Olho a hora no celular, falta 10 minutos. Respira, Noah! É só o cara que você está afim vindo até você. Por que eu estou nervoso desse jeito? Nós trabalhamos juntos e...

-Oi! -levo um susto quando ouço a voz dele- Consegui vir mais cedo, era mais perto que eu pensava. -o olho e ele está com aquele sorriso, o sorriso que me faz sorrir também.

-Oi. -falo sorrindo e admirando todo o rosto dele. Eu senti mais falta do que pensava dele.- Você quer ir onde?

-Tem um parque aqui perto, pensei em irmos lá. -ele ajeita o boné na cabeça e anda na minha frente, entendo isso como um sinal para acompanhar ele, então vou junto com ele- Como foi a sua viagem?

-Entediante. -respondo e ele ri- Eu queria muito chegar... -deixo no ar e acho que ele capta minha mensagem porque fica vermelho.

-E eu queria muito que você chegasse, por isso eu tô aqui. -ele me olha de canto de olho e sorri. Puta que pariu!

Conversamos mais um pouco e andamos lado a lado, eu queria poder pegar na mão dele, mas eu sei que é cedo para isso. Eu sei que ele recém se assumiu para a família e a mídia ainda tacha ele como homofóbico, então ele tem receio e eu entendo.

Entretanto, quando nossas mãos se esbarram enquanto caminhamos, eu tenho vontade de tacar o foda-se para tudo, para a mídia, para os fãs, para todo mundo que julga isso errado.

-Sabina tentou vir comigo. -ele comenta e eu presto atenção- Eu inventei que ia no mercado e ela odeia ir no mercado.

-Uma boa desculpa. -falo e ele ri, concordando com a cabeça- Então, você queria que fosse só nós dois? -eu não posso deixar de perguntar.

-Não é óbvio? -ele para assim que chegamos numa parte reservada do parque e me olha- Eu queria ver você sozinho, sem ninguém para atrapalhar. -acho que vou morrer. Mãe, Linsey e Nico, eu amo vocês e queria dizer que o motivo da minha morte é Josh Beauchamp e a sua forma de falar comigo.

-Vir a um parque não é um sinônimo de tranquilidade. -falo olhando para os lados e ele me puxa até um banco. Um banco que lembra a cena que Will e Tiny se beijaram pela primeira vez.

-Eu sei, mas foi o melhor que eu pensei. -ele responde e suspira- Não tem ninguém em volta, não é? -nego. O parque está vazio e é compreensível, é fim de tarde e estamos no outono, as pessoas se recolhem em casa para fugir do frio- Eu posso fazer uma coisa?

-O quê? -pergunto e ele se ajeita no banco próximo de mim. Olho surpreso para ele, que ri e segura no meu rosto. A mão dele está gelada e quando nossos narizes se tocam, noto que não é só a mão.

Fico esperando ele tomar a iniciativa de me beijar e ele não demora para fazer. Sinto os lábios macios dele, num beijo gostoso, no qual eu consigo sentir mais que um simples beijo, não é como quando estamos gravando, tem mais.

Retiro as minhas mãos de dentro do bolso do meu moletom e seguro na nuca dele, aprofundando o beijo. Ele parece gostar, porque sorri no meio do beijo e eu sinto vontade de morrer de amores por ele.

Nos afastamos por necessidade de ar e ele olha todo o meu rosto, me dando mais um selinho. Eu tô muito apaixonado e se antes eu tinha dúvidas, agora eu não tenho mais.

-Você não tem medo? -pergunto baixinho- De alguém ter visto e fotografado?

-Nós podemos dizer que era a gravação de alguma cena. -ele pisca o olho- Sinceramente, eu não quero mais me esconder, mas ainda tenho medo.

Faço carinho na bochecha dele, que também está gelada. Acho que ele não está bem agasalhado -Você tem o meu apoio. -ele sorri e me dá um selinho.

-Eu senti muito a sua falta. -ele confessa e passa a olhar para frente de vergonha.

-Eu também senti muito a sua falta. -falo no mesmo tom e também olho para frente, observando o céu mudando de cor, de laranja para um azul escuro- Você não está com frio?

-Um pouco, mas eu prefiro ficar aqui. -ele tomba a cabeça para o lado para me olhar- Você esta com frio?

-Não. -falo a verdade, eu não estou com frio. Minhas mãos estão dentro do bolso do meu moletom novamente e a mão dele invade o meu bolso, pegando na minha mão. Eu achei isso fofo! Ele entrelaça nossos dedos e eu olho para ele sorrindo, ele faz o mesmo e eu consigo sentir que ele sente o mesmo que eu. 


(...)


Quando chegamos na mansão já era noite e Sabina parece saber que estávamos juntos, mesmo que nós tenhamos dado a desculpa de “encontrei ele na porta de casa”, nós até passamos num mercado real e compramos algumas coisas para não ficar tão suspeito.

Cada um sobe para o seu quarto e eu entro no meu, fechando a porta atrás de mim e suspirando, como numa cena de um filme adolescente. Eu me sinto um adolescente, o que eu ainda sou, só tenho 19 anos.

Alguém bate na porta e eu abro, dando de cara com uma Sabina olhando para mim com uma cara maliciosa. -O que aconteceu?

-Vocês estavam juntos, não é? -ela pergunta, sorrindo de canto- Ele saiu sozinho para “ir no mercado”, demorou algumas horas e volta com você.

-Sabina...

-Vocês não iam me contar? -pergunta dessa vez com uma cara chateada.

Olho para o corredor atrás dela, vendo se tem mais alguém, mas é só ela. -Nós estamos começando algo e você sabe que ele tem muitos problemas com a mídia, não queremos espalhar isso para o mundo agora.

-Desde quando?

-Bom, não sei direito quando começou, mas acho que foi um dia depois de que ele ouviu a nossa conversa. -conto. Aquele dia ele demonstrou os sentimentos e eu já sabia dos problemas dele, então foi mais fácil de entender.

-Eu fico feliz por vocês. -ela fala- Meus dois amigos juntos. Só gostaria que um de vocês tivesse me contado.

-Desculpe, Sabina, foi necessário. -falo e ela assente. Ouvimos passos no corredor e nos viramos assustados, mas era o próprio Josh.

-Falando no diabo. -ela aponta.

-Vocês estavam falando de mim? -ele pergunta, parando ao meu lado- Seus fofoqueiros! -brinca.

-Josh, você é muito burro! -a morena xinga ele.

-Desculpe? -ele fala- Por que eu sou burro?

-Porque ela sacou sobre a gente, sua desculpa não colou. -eu respondo e ele me olha rápido. Pensei que ele fosse ficar bravo, mas ele só ri.

-É, foi burrice mesmo. Eu podia ter pensado em algo melhor. 

-Agora que eu sei, me sinto um castiçal perto de vocês. -Sabina reclama e eu reviro os olhos- Ah, Josh, sua irmã gêmea é muito legal.

-Shippo! -falo e Sabina me olha sem entender- Você não sabia?

-A Joalin é tão lerda que ainda não te mandou nenhuma cantada?

-Espera, até o Noah sabe? -ela pergunta e eu assinto- Caralho, vocês são muito casalzinho.

Ignoramos ela e eu entro no meu quarto, puxando Josh junto. -Pode vir também, novela mexicana. -chamo a garota- Não quero ficar no corredor correndo o risco dos outros nos ouvirem.

-Eu não. -ela fala- Não tô afim de ver pornô. -ela nem nos dá chance de contradizer e sai dali.

Suspiro e fecho a porta atrás de mim, olhando para o loiro a minha frente. Ele é lindo! Josh se aproxima de mim e me encosta na porta, me beijando. Eu tô no paraíso!

Passamos um bom tempo assim, só nos beijando e curtindo um ao outro. Eu queria que fosse assim sempre, então em sinto que devo perguntar.

-O que nós temos?

-O que você quer ter? -estamos deitados lado a lado na cama e ele se vira de lado, para poder me observar.

-Eu não quero te pressionar.

-Eu não estou me sentindo pressionado. -comenta e sorri- Essa era uma das coisas que eu queria falar com você. -ele desvia o olhar rapidamente com vergonha- Eu queria tentar algo com você.

-Namorar? -pergunto e ele assente. Ele está envergonhado e eu também- Eu também quero tentar. -ele olha para mim de novo e se aproxima para me dar um selinho.

-É só tudo muito novo para mim, então eu quero ser discreto. -ele explica e eu entendo.

-Mas então... Estamos num tipo de relacionamento? 

-Sim... -ele sorri largo- O diretor não pode saber disso. Ele já exige muito da gente sendo que “somos amigos” imagina se souber que temos algo agora.

-É, ele não vai sair do nosso pé. -concordo rindo. 


(...)


Eu não poderia estar mais feliz, é como se o mundo fosse borboletas, arco-íris, flores e corações. Tenho vontade de saltitar pela casa assim que acordo, mas ia ficar muito na cara e eu passaria vergonha na frente dele.

-Está mais sorridente Noah... -Lamar comenta e todos da mesa olham para mim, inclusive o loiro, que tenta disfarçar um sorriso.

-Ver a família é bom, não é? -minto e todo mundo parece acreditar, voltando a tomar seu café. Pisco o olho para Josh que ainda me olha e ele ri nasalado.

Conversas paralelas aconteciam na mesa e eu não participava ou prestava atenção em nenhuma. Meu cérebro estava focado num certo loiro que estava a duas cadeiras a minha frente, ou seja, na minha diagonal, e usava uma camisa xadrez com os primeiros botões abertos. Simplesmente lindo!

-Bom dia meus atores favoritos! -o diretor fala ao entrar na sala e todos param de conversar na hora- Espero que essa semana de folga tenha servido para alguma coisa. -serviu sim, serviu para eu perceber o quanto eu odeio a sua voz.

-Quais gravações hoje? -Lamar pergunta e eu me viro para o diretor, olhando aquela cara de velho azedo dele.

-Como atrasamos uma semana, vai ser um pouco de todo mundo. -reviro os olhos, mas tudo bem, é o meu trabalho- Já terminaram o café? -todo mundo assente, mesmo que eu tenha visto que alguns recém tinham tomado um gole- Ao trabalho então.

Todos se levantam e vão até a van, acabo entrando antes de Josh e coloco minha mochila no banco ao lado, guardando lugar para ele. Sabina passa por mim e solta um sorriso malicioso, sentando no banco de trás.

Josh é o último a entrar e parece perdido -Josh! Aqui!- grito meio desesperado e ele vem até mim sorrindo. O resto não parece ter notado nada.

-Você guardou para mim? -ele nota a mochila, a qual eu retiro rapidamente para ele sentar. Assinto com a cabeça e ele faz um coro de “owwnt” -Fofo! -aperta as minhas bochechas.

-Josh? 

-Desculpe. -pede rindo e se ajeita no banco- Ah, tomara que tenha cenas nossas. -ele fala de repente e eu sorrio.

-Tomara mesmo. -coloco a minha mão na minha perna e vejo que ele segura ela, brincando com os meus dedos. Estava escuro, por ser cedo da manhã, e ninguém ia ver de qualquer forma.

Ele boceja e então eu percebo que ele está com sono -Quer dormir um pouco?- pergunto e ele assente -Deita no meu ombro.- e é o que ele faz.

Meu coração parece uma escola de samba com tudo isso, mas eu preciso me acostumar, já que agora estamos num tipo de relacionamento, um namoro por assim se dizer. 



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