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História Se eu tão somente (Reencarnação Novel) - 2 - O destino de Benjamin


Escrita por: Zyranith

Capítulo 2 - 2 - O destino de Benjamin


Fanfic / Fanfiction Se eu tão somente (Reencarnação Novel) - 2 - O destino de Benjamin

Uma família feliz. Formada por três pessoas, um garotinho, um pai e uma mãe. Quase como uma família normal, tirando o fato que era uma família de demônios. Não demônios malignos, demônios bons. 
Todas as pessoas no reino de Osnir acreditam que os demônios são seres malignos que devem ser cruelmente dizimados. Mas nem tudo é como parece. 
No meio de um bosque afastado da capital, ao extremo sul das terras do império de Osnir, vivia uma família feliz. Um garotinho que era amado pelos pais e que crescia de forma saudável e feliz, apesar de solitária.

~

- Yuki, venha! - Vejo meu pai gritando da porta de casa, desço rapidamente da árvore que tentei subir. 

- Papai, mamãe! - Grito ao chegar na porta de casa. 

- Querido, você já esta crescido então achamos melhor explicar a nossa situação para você. - Papai fala e eu afirmo com a cabeça. 

- Sabemos que você é uma criança e que quer brincar com outras crianças, também sabemos com o quanto você sonha em sair do bosque, e hoje vamos te explicar o porque. - Papai se senta e eu olho sem piscar pra ele.

- Como você sabe, nós somos metade demônio raposa, a muitos anos atrás um demônio fez um pedido a Deus, ele pediu que pudesse visitar a terra, e Deus sendo bom, permitiu, mas aquele demônio era muito traiçoeiro e quando ele veio para Terra, ele abriu o portal que ele passou para todos os outros demônios do submundo, e aí a terra foi invadida de demônios, e eles matavam cruelmente os humanos. Então um dia Deus decidiu dar o poder a uma mulher humana para matar os demônios, e a ela foi dada uma espada, a Celiard. Uma espada capaz de purificar a existência de um demônio, o transformando em um espírito bom, e assim ele pode descansar. - Uau, então essa é a história dos nossos antepassados!!! 

- Papai continue! - O garotinho fala empolgado.

- Mas nem tudo é bom, se vários sacerdotes se juntarem eles conseguem matar um demônio, mas esse demônio vai para o mais profundo dos infernos. Por isso que todo demônio prefere ser morto pela Sacerdotiza Sagrada, porém se ela não tiver um bom coração, com apenas um corte ela mata um demônio e o envia para o sofrimento eterno. - O garotinho engole a seco as palavras do pai, escutando atentamente.

- Nós, demônios temos um segredo, um ser humano, mesmo a própria sacerdotiza, só consegue nos matar se souber nosso nome. Nosso verdadeiro nome, o nome que foi dado por nossos pais. Mas esse nome por ser importante só é usado quando falamos com pessoas que nós amamos e confiamos, então nunca, nunca fale seu nome a alguém que você não conhece bem. -

- Papai, mamãe, eu não me chamo Yuki?- Ele pergunta confuso. 

- Sim, mas quando você conhecer o mundo exterior, você usará um novo nome.

- Benjamin, você se chamará, Benjamin. - Eles sorriem e o filho sorri também. 

- Mas o motivo por você não poder sair desse bosque, é que somos os últimos demônios existentes. O que faz com que as pessoas nos queiram mortos. A Beneficiação da morte dos últimos demônios é de, A sacerdotiza subirá ao trono, seja ela prebleia ou estrangeira, e será coroada Imperatriz e governara, e a ela será dado 1 desejo, qualquer que ela quiser. Por isso querido, evitamos que você saia, é pro seu próprio bem, nos desculpe mas você ainda é muito pequeno para lidar com o mundo lá fora. - Eles passam a mão na cabeça da criança com os olhos cheios de água e então sorriem. 

~ Passado algum tempo ~ 

- Ei, Yuki, vamos correr com a mamãe e o papai no bosque. - Minha mãe fala ao lado do meu pai. Eu fico realmente feliz quando corro com eles, nós usamos nossas formas raposas e é tão legal. 

Mas não foi o passeio que o garotinho esperava. Caçadores estavam na floresta e pegaram o pai dele, depois a mãe mas ele conseguiu fugir.

- Benjamin. Sobreviva. - Com 12 anos essas foram as últimas palavras que sairam da boca de sua amada mãe. 

Ele se escondeu, os caçadores foram embora e quando anoiteceu ele correu, com todas as forças, com todo o ar contido dentro daqueles pequenos pulmões e chorou, porém, ninguém escutou aquele choro. 

Aos 13 anos Após vagar durante muito tempo foi encontrado por um marquês que era um nobre homem, que cuidou dele como se fosse avó do mesmo. Mas a felicidade de Benjamin dura pouco. O marquês que era quase um avó se adoeceu e morreu, deixando toda a herança para Benjamin, a os 16 anos apareceu o irmão aproveitador do marquês para ser guardião de Benjamin enquanto ele não cumpria a maior-idade. 

Esse homem diferente do seu bondoso irmão, era mau, tinha um coração coberto de trevas e machucou Benjamin de todas as formas possíveis, ele era a figura exata de um demônio na terra. 

A os 18 anos, Benjamin mata o marquês das trevas e começa a ter uma vida tranquila. Mas os traços de toda a dor sofrida não poderiam ser apagados tão facilmente. O sofrimento que ele passou, transformou, um menino doce e inocente em um homem, aproveitador frio e calculista. 

A os 20 anos tudo muda quando ele conhece Dara, uma mulher forte e bondosa, ela desperta um lado bom nele, o que faz com que ele comece a mudar. Mas novamente Benjamin é traído. Ele descobre que Dara só estava ao lado dele para matar ele, a dor de ser abandonado, humilhado, traído, o ódio a ira o rancor a raiva, todos esses sentimentos juntos transformaram Benjamin em um demônio por completo e nessa hora Dara o matou.

A última imagem que ele viu ao morrer, foi a mulher que ele amava nos braços de outro, sorrindo. 
Porém era pior do que parecia, Dara na verdade tinha um péssimo coração e ao matar Benjamin não purificou a alma dele, assim o condenando para o sofrimento eterno. 

Essa era a vida de Benjamin em Soneto Encantado. E eu não entendi o porque, mas desda primeira vez que vi ele, eu senti uma dor profunda, é como se eu ouvisse ele me chamar, e por mais que ele desejasse morrer, eu via o quanto ele queria viver, o quanto ele desejava ser amado apesar de dizer não precisar de ninguém. E todas as noites que ele sofreu eu realmente chorei por não poder ajudar ele. 

Lembro da história de benjamin após desmaiar com o choque de ter entrado em Soneto Encantado. Eu me pergunto, porque estou aqui? Sera que realmente terei uma oportunidade de tirar um pouco da dor do coração de Benjamin? 
Eu espero que sim... pode ser que você não chegue a me amar, mas ainda assim eu quero aliviar a sua dor, mesmo que momentaneamente, eu quero que ele sinta como é a felicidade.

- Senhorita Violet. - Escuto uma voz e acordo, estou deitada em uma espaçosa cama, não é o teto que eu vejo, e sim a parte de cima da cama, suponho que a minha família tem muito dinheiro. Estou me sentindo tão incômoda... meu corpo está pesado e estou com frio.

- Senhorita, está com frio não? Já que está com frio, vou cobri-la. - Ela diz, sorri e começa a colocar cobertores em cima de mim, a dor da minha cabeça começa a piorar, porque eu me sinto tão mal..?

- Minha cabeça está doendo, por favor me de algum remédio. - Com muita dificuldade me sento e pego na manga da senhora.

- Sua cabeça está doendo? Pois bem, que continue assim, seu pedaço de lixo. Acha que só por ser favorecida pelo duque tem algum privilégio?- Ela dá um tapa na minha mão e me olha com olhar de desprezo, o que eu fiz para ela..? Eu não pensei que iria novamente escutar isso, a dor está aumentando e o frio também. O que está acontecendo? Me pergunto...

~ Algumas horas depois ~

Me sinto fria? Não, tem algo quente. Minha dor de cabeça melhorou e... água? Estou dentro da água..? Rapidamente abro os olhos e percebo que tem alguém me abraçando. Sinto que estou deitada no peito de alguém, levanto meus olhos e vejo um homem loiro com uma camisa branca totalmente molhada, ele está dentro da banheira comigo..? Quem é esse homem?

- Duque Lincette, tem certeza que deseja o senhor pessoalmente resfriar a senhorita Violet? - Um homem diz a porta do banheiro, Duque Lincette... Duque Linc..!!! Ele é o pai de Dara! Então eu sou irmã da Dara..?

- Por favor se retire Sir. Ermes. - Ele diz e olha para mim.

- Você sentiu medo não sentiu Violet? Mas eu peço que você desculpe esse seu pai por ter feito você passar por isso, eu não vou mais permitir que você sofra. Me perdoe. - Ele passa a mão na minha cabeça e me deita novamente no peito dele. Que sentimentos são esses..? Um abraço, estar comigo para que eu me recupere, palavras gentis. É assim que se sente ter uma família? Lágrimas começam a brotar dos meus olhos, e ele me abraça mais forte, eu não sei se devo mas eu nunca senti esse tipo de afeto vindo dos meus pais.

- Papai.- Eu levanto meus olhos e ele parece meio confuso.

- Sim Violet, papai está aqui. - E então ele sorri.
















Notas Finais


Na foto é o Duque Lincette


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