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História Se Reerguer - Capitulo 3: Adeus, Fairy Tail


Escrita por: _xSomeOnex e Nandacchin

Notas do Autor


YOO MINNAAAAA
VOCÊS SE LEMBRAM DE MIM, CERTO? Diz que sim T-T
Sou a irmã de consideração da Lyyh-nee, Alana, Nana, ou Aya, hehe. Eu escrevi a maior parte das fanfics com ela, desde 2015, e também fui se responsável por mostrar esse mundo incrível pra ela ❤

não quero enrolar muito, espero que curtam o capítulo, eu escrevi com um pacote de lencinhos do lado :P

Capítulo 3 - Capitulo 3: Adeus, Fairy Tail


    Parada na porta do enorme prédio, sentiu seu estômago se revirar internamente. Podia ouvir todo o barulho causado pela bagunça dos membros. Sentia uma enorme saudade de tudo ali, as lembranças que cada pedacinho daquele lugar, todos os anos que aquela guilda foi sua família. 

    Não estava muito preparada, mas se não tomasse a coragem necessária agora talvez voltasse correndo para seu quarto e se trancaria lá novamente por algumas semanas. Então, sem se deixar pensar muito abriu a porta vagarosamente, ouvindo o ranger velho e pesado dela. 

    Estremeceu ao sentir o olhar pesado dos outros magos cair em cima de si. A guilda não estava tão cheia, ainda era cedo, mas só a pressão dos poucos olhares presentes a assustou o suficiente para cogitar a ideia de fugir novamente. 

    — Lucy! — ouviu a voz doce de Mirajane ecoar no silêncio, a salvando do constrangimento. Andou rapidamente até o balcão, de onde a albina saiu e a abraçou com toda a força. 

    — M-Mira-san e-eu precis-preciso respirar… — disse com certa dificuldade pelo aperto, mas não deixou de sorrir. 

    — Me desculpe! Eu fiquei preocupada, você sumiu completamente… — Lucy sorriu amarelo ao se sentar no banco alto do balcão, vendo o olhar acolhedor da mais velha. Novamente, sentiu seus estômago embolar, ah, despedidas, por que tão difíceis? 

    — Ah, eu tive… Alguns problemas, sabe, depois dos Jogos…

    O sorriso da Strauss diminui gradativamente ao encarar a feição abatida da loira. Sabia bem da pressão que a maga passou após não conseguir uma grande pontuação para a guilda nos jogos, principalmente por ser humilhada na frente de uma arena toda, e no fim, ter os olhares tortos das pessoas que um dia chamou de companheiros.

    — Enfim, o mestre está? — perguntou tentando ao máximo não transparecer o nervosismo ao sentir o olhar confuso da maga Take Over. 

    — Não no momento, mas acredito que ele chegue logo. Quer falar com ele? — a loira balançou a cabeça positivamente — Oh, por quê? 

    — Nada demais… — respondeu brevemente. Deu uma olhada rápida pelo salão, não vendo nenhum dos seus amigos mais íntimos, o que a aliviou um pouco. — Consegue alguns papéis e uma caneta, Mira-san? — perguntou encarando a mais velha profundamente, o que a deixou levemente perdida, mas logo assentiu. 

    A albina logo trouxe alguns papéis, nos quais Lucy se focou em preencher com seus sentimentos e palavras sinceras que gostaria dizer às pessoas queridas, e até mesmo àqueles que a fizeram se afastar de tudo o que um dia mais amou. Se ela tinha uma grande qualidade — ou talvez defeito —, era seu enorme coração e a quase total incapacidade de odiar alguém. Isso era algo que ela aprendeu com a mãe desde pequena, e levou isso para a vida. 

    Sentiu seu coração se desmanchar em cada pedacinho daquela carta, mas não poderia voltar atrás, afinal, já estava decidida. Se ela queria melhorar, se ela queria se tornar forte, ser alguém independente, aquele lugar já não era mais sua casa. Era triste, claro, mas era uma verdade que ela não podia negar mais. Ela era agradecida do fundo do coração por aqueles que tinham a acompanhado em sua breve jornada até ali. 

    — Mira disse que queria conversar comigo, filha. Está tudo bem? — ouviu a voz rouca do homem baixinho assim que estava finalizando a última linha da carta. Sorriu triste e sinalizou positivamente. 

    — Pode ser na sua sala? 

    O velho parcialmente calvo estranhou o pedido, mas não negou. Ambos subiram até o espaço utilizado como escritório do mestre em silêncio. 

    — Eu… — ela começou antes que o mais velho falasse algo — Sinceramente não sei como falar isso. — abaixou a cabeça sentindo as lágrimas voltarem. — A Fairy Tail foi a primeira família que eu tive de verdade, vocês lutaram e se ergueram por mim quando nem eu mesma tinha mais esperanças, me ensinaram o que é o poder dos laços da amizade, e eu sou profundamente agradecida por isso, porque eu amo vocês demais. Eu amo tanto, que chega a doer. É por isso que eu não sei o que falar… Não, quer dizer, eu sei o que falar, mas não como falar. — duas lágrimas já rolaram fortemente, e isso fez Makarov sentir um mau pressentimento, e que ele sabia que não era somente um pressentimento. 

    — Minha filha… 

   — Por favor mestre. — inspirou forte, secando as lágrimas, e encarando o mais velho com confiança. — Eu quero sair da guilda. 


 

➷➹➷➹


 

    Assim que a porta se fechou, o silêncio em todo o salão da guilda se fez presente. A loira havia saído com os olhos vermelhos e algumas finas lágrimas soltas por seu belo rosto. Passou reto por aqueles que um dia já formaram seu time, sorrindo para os poucos quais confiava. 

    De alguns forma, todos ali já sabia o que tinha acontecido, mas queriam se agarrar no pequeno feixe de esperança que mantinham. Mas assim que o velho baixinho subiu no palco, com os olhos tão vermelhos quanto o da garota,  com uma carta em suas mãos que não paravam de tremelicar, ah, eles souberam. Todos ali perceberam que uma fada havia caído. 

    E a culpa era deles. 

 

    Yo, minna, aqui quem fala é a Lucy.

 

    Vou falar o mesmo que pretendo dizer ao mestre;

    Eu realmente não sei como começar, sabe, é tudo muito complicado. Vocês são a única família na qual eu realmente consegui me enxergar bem, onde eu me senti bem acolhida, tive ótimos amigos e descobri até onde laços de amizade podem nos levar. Vocês me ensinaram a amar de maneiras diferentes, da mesma forma que me ensinaram que o amor machuca, porque eu amo tanto, mas tanto vocês, que isso dói, e isso causou a minha queda. 

    Vocês lutaram por mim quando nem mesmo eu tinha forças para me levantar e encarar o destino. Natsu me ensinou a nunca desistir, não importa o quão forte seja o inimigo, Gray me ensinou que memórias e cicatrizes do passado podem se tornar minha maior força, Erza me ensinou que até seu maior inimigo pode ter sofrido, Wendy me mostrou que sempre se pode recomeçar, Juvia, Gajeel, Laxus, me fizeram ver que não importa seus erros passados, você sempre poderá se tornar uma pessoa melhor. Mira-san me fez ver que delicadeza não é ser fraca, e sim é uma de suas armas mais fortes. Mestre me fez entender que o amor e companheirismo é a coisa mais forte e que nem o mago mais forte pode deter isso. 

    Eu sou profundamente agradecida por isso, e por todos que me acompanharam até hoje nessa guilda. Mas de uns tempos para cá eu percebo o quanto às coisas mudaram, mesmo que vocês tentassem não mostrar, cá entre nós, vocês são péssimos atores. Eu sentia os olhares, eu ouvia os cochichos, os dedos discretamente apontados. Isso dói, sabia? 

    Hoje de manhã eu entendi uma coisa: o meu amor chegou num ponto onde se tornou tóxico para mim. Porque eu amo vocês, mas não acho que isso esteja sendo retribuído. Eu nunca fui egoísta, mas eu descobri hoje que talvez eu devesse pensar um pouco mais em mim. 

    É por isso que decidi algo que me entristece, porém sei que é o melhor para ambos os lados. 

    A partir do dia de hoje, Lucy Heartfilia não é mais membro da Fairy Tail. A partir de hoje, Lucy Heartfilia é uma fada sem asas, uma fada caída. Para o meu bem eu sairei  para me tornar forte. E para o bem de vocês, para não ter um peso morto como eu. 

    Sinto muito, devo ter tomado muito tempo de vocês com essa carta, o mestre acabou de chegar, então isso parece ser um adeus definitivo. 

    Eu amo vocês, Fairy Tail; mas a partir de hoje, eu vou me amar um pouco mais. 


 

    Quando a carta foi finalizada, a loira já estava bem longe da guilda, indo em direção à um lugar indefinido, mas não ligava, ela só queria se afastar. 

    Dentro do prédio que um dia a acolheu, só havia o som do choro e arrependimento. 


Notas Finais


byebye!!


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