(Jack Frost)
Estávamos acampados ali à dois dias, nenhum sinal do Breu ou de seus Pesadelos, eu tinha certeza que ele estava nos testando, mas nem todos tinham essa certeza, estávamos ficando cansados e estressados, ninguém dormia direito e sem falar que estávamos nos alimentando mal, só pequenos lanches que tínhamos levado, que já estavam acabando, e o Banguela estava mais mau humorado do que nunca já que não podia voar pois precisávamos ficar juntos sempre sem baixar a guarda.
—Cansei disso... ele não vai aparecer, vamos voltar. —Merida falou, claramente irrita pela espera e escassez de comida, ela já tinha atirado todas as pedras do local no mar e a paciência dela parecia ter acabado.
—Calma Merida, tenho certeza de que é isso que o Breu quer, temos que ficar calmos e não baixar a guarda. —Rapunzel falou, tentando acalmar a menina.
—Calmos? Calmos? Estamos aqui a dois dias inteiros e nenhum sinal! Quanto tempo mais temos que esperar? Até morrer de fome? Por que o Jack "acha" que ele quer que percamos o controle para aparecer... Eu não aguento mais isso, vou pra casa. —Ela saiu batendo os pés e o Soluço foi ao encontro dela e a segurou pelo braço, o que só piorou a situação.
—ME SOLTA! —Ela gritou o empurrando.
—Eu também estou cansado tá bom? Ou você pensa que é fácil para mim sentar e esperar? Mas sei que preciso fazer isso... —Comecei a falar já perdendo a paciência com aquela birra dela.
Começamos um discussão sem fim, e quando percebemos nem sabíamos mais sobre o que estávamos discutindo, só gritávamos xingamentos aleatórios um para o outro, a Rapunzel e o Soluço assistiam sem saber o que fazer, claramente preocupados.
—JÁ CHEGA! —Paramos de discutir e olhamos ao mesmo tempo surpresos de ouvir a Rapunzel tão braba.
—Vocês ficam ai discutindo e se xingando, quando deveríamos estar em sintonia, nos preparando para enfrentar o Breu, sabe o que parecem? DUAS CRIANÇAS MIMADAS! —Ela falou aquilo e soava tão de saco cheio que nos surpreendeu.
—A Rapunzel tem razão... vocês estão sendo infantis e... —
O Soluço começou, mas nem deu tempo de terminar.
—Quer dizer que agora somos crianças? E vocês muito adultos? Ah por favor, eu existo a muito tempo para ser chamado de criança e infantil... —Falei, minha raiva voltando.
—Ah e agora quer dizer que você concorda com a Rapunzel, me acha infantil e mimada? —A Merida falou furiosa olhando para o Soluço. E assim começamos uma discussão em grupo, um falando mais alto que o outro, estávamos no nosso limite e estávamos colocando tudo para fora agora, nunca havíamos discutido assim tão feio antes.
—Aaah meus pequenos heróis, problemas no paraíso? —Ouvimos uma voz soar sínica acima de nós, e soubemos na mesma hora que era ele, ele tinha conseguido tirar nossa sintonia e nossa atenção, caímos na armadilha dele e fizemos exatamente o que ele queria, mas agora era tarde, tínhamos sido pegos despreparados, quando paramos de discutir e olhamos ao redor estávamos cercados pelos pesadelos do Breu e ele pairava acima de nós com um sorriso debochado no rosto.
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