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História Second Chance - Que os deuses nos protejam


Escrita por: Cammiis

Notas do Autor


Voltando com mais um capítulo lindo e maravilhoso pra vocês, dessa vez, meu cérebro cooperou comigo e me deixou escrever o que eu queria, e esse mostra um pouquinho a manhã seguinte ao casamento no Píer Lótus kkkk espero que gostem, boa leitura :D

ALERTA: possível fofura extrema (pelo menos eu achei fofo demais kk)

Capítulo 7 - Que os deuses nos protejam


O Píer Lótus acordou animado na manhã seguinte, fazendo com que Jiang Cheng levemente bufasse em desagrado ainda em sua cama. O céu ainda nem havia clareado direito, mas próximo ao seu quarto, era possível ouvir com clareza algumas gargalhadas de alguém que acordara muito cedo. A princípio, seus lábios quase proferiram o nome do irmão bagunceiro, mas lembrou-se que ele não havia dormido em casa naquela noite e que as risadas eram finas demais para serem dele. Então, outro nome surgiu em sua mente.

"A-Qing!", resmungou ao virar-se de barriga para baixo e colocando a cabeça embaixo do travesseiro, uma tentativa de abafar a voz da garota tão cedo. "Se ela não é uma parente perdida de Wuxian, com certeza é sua versão pequena e feminina!"

Em seus cálculos, não deveriam nem ser 7h ainda e a garota do lado de fora parecia estar ligada nos 220V, como se estivesse em um outro mundo totalmente novo, onde sua intenção era desvendá-lo tal qual uma aventura. Mesmo que negasse do fundo do coração, Jiang Cheng estava curioso para ver o que tanto fazia a convidada de sua irmã rir tanto naquela hora, então levantando-se e sentindo a brisa fresca abraçar-lhe o corpo quente, ele foi até a janela.

Do lado de fora, A-Qing brincava em meio às flores de lótus, fazendo barulho ao bater as mãos na água - tão criança quanto o irmão, era o que pensava -, tentando pegar uma das flores que mais parecia bonita aos seus olhinhos. Nem percebera quando um pequeno sorriso surgira em seus lábios, mas ali estava, suavizando um pouco a expressão emburrada de quem havia tido o sono interrompido. Olhando-a ainda pela janela, ele pode perceber que ela realmente queria uma daquelas flores, mas que não havia nenhuma perto de onde estava, e como a água geralmente era fria naquele horário, ela não se atrevia a entrar.

Sem se importar com suas roupas - vestindo somente a roupa de baixo sem a camisa -, Jiang Cheng saiu, caminhando até onde A-Qing estava, fazendo-a adquirir um leve tom avermelhado nas bochechas devido a sua condição. Por um segundo, aquela reação fez seu ego inflar, deixando-o bem consigo mesmo e agradecendo mentalmente por todo o treino pesado que o pai sempre lhe impôs desde a infância.

Jiang Cheng, "Você quer uma?", perguntou apontando para a flor mais ao meio da água, não esperando por uma resposta ao entrar sem cerimônias e caminhando tranquilamente até onde as mais bonitas ficavam. Parou um pouco e as analisou, se fosse para dar-lhe uma flor de lótus, que desse a mais bonita. Ao achar uma que lhe agradasse os olhos e o coração, ele a pegou delicadamente e voltou, estendendo-a para ela que o encarava com um sorriso gracioso nos lábios, "Bom dia, A-Qing!"

A-Qing, "Bo-Bom di-dia, Jovem Mestre Jiang...", talvez se não fosse pela falta de roupa de seu anfitrião, ela não lhe negaria olhares mais longos, porém, ela não queria ser pega encarando o belo corpo do outro daquele jeito e ser acusada por falta de respeito ou coisa do tipo, "O-Obrigada pela flor, e-eu..."

Jiang Cheng, "Você já comeu alguma coisa?", provavelmente não, era o que pensava, "Vi que se encantou com o Píer Lótus, se quiser, posso te levar para conhecer o lugar depois de tomarmos café...", vendo-a assentir, ele sorriu - novamente, diante a fofura dela - e se virou em direção ao quarto, "Ótimo, só vou me trocar e já poderemos ir..."

De volta ao quarto, o coração de Jiang Cheng parecia bater loucamente quase ao ponto de fugir-lhe do peito, não sabendo o porque de estar acontecendo aquilo consigo e daquele jeito. Arrumando rapidamente a bagunça de lençóis em sua cama e pegando seu uniforme da seita, ele se lavou e se arrumou, ousando até mesmo passar umas gotinhas de colônia que havia comprado na última vez que havia visitado a irmã na Torre da Carpa.

Deu uma breve olhada pela janela e percebeu que ela ainda estava lá, lhe esperando pacientemente enquanto admirava a flor em suas mãos. Lembrando-se do comentário malicioso e impertinente do irmão sobre "limpar a baba", ele deu um tapinha em seu rosto para que parasse de sonhar acordado e saiu novamente, fechando a porta atrás de si. Ao olhar para o lado, viu YanLi e ZiXuan com o pequeno A-Ling se aproximando para lhe cumprimentar, pelo olhar do cunhado, sabia que ele falaria alguma coisa para provocá-lo.

Jin ZiXuan, "Bom dia, cunhado, caiu da cama por vontade própria ou por vontade de ver alguém?", o sorriso debochado em seus lábios era quase o mesmo que Wei Wuxian lhe dava quando gostava de encher-lhe a paciência com bobagens, talvez - só talvez - ele estivesse passando tempo demais com o irmão sem seu conhecimento, para ficar do mesmo jeito que o outro, "Você passou colônia?"

Jiang Cheng, "Cale a boca!", foi o que disse antes de virar-se para a irmã e brincar um pouco com as mãozinhas gordinhas do sobrinho, "Bom dia, irmã, bom dia, A-Ling!"

Apesar de conter-se para não rir do irmão, YanLi lhe sorriu, doce como sempre, "Bom dia A-Cheng...", desejou seguindo o olhar do irmão até um pouco mais à frente, observando A-Qing com uma flor na mão, lembrando-se do mesmo dia em que ZiXuan havia lhe dado uma ao pedi-la - indiretamente - em casamento, "Bom dia, A-Qing, como você está?"

Ouvindo lhe chamarem, A-Qing virou-se em direção à voz e notou além de Jiang Cheng, que parecia estar mais bonito que o habitual - ou seria a fome lhe fazendo ver as coisas de maneira diferente? -, a Jovem Senhora Jin e seu marido, com o pequeno e fofo bebê aninhado em seus braços. Ajeitando as vestes ao se levantar, ela se aproximou saltitante, os fazendo pensar em como ela era realmente uma graça de garota. 

A-Qing, "Bom dia, Jovem Senhora Jin, Líder de Seita Jin, pequeno A-Ling... Eu estou muito bem, obrigada, e vocês?", vivendo muitos anos fingindo-se de cega, A-Qing aprendeu a usufruir de seus outros sentidos com mais clareza, em outras palavras, ela conseguia sentir o peso do olhar de Jiang Cheng sobre ela, e isso a deixava levemente vermelha, "Esse lugar é maravilhoso!", comentou animada, "Seria incrível morar em um lugar assim..."

Absorto em pensamentos, Jiang Cheng não percebeu quando inconscientemente, deixou um de seus pensamentos - que ele nem sabia que existia em sua mente - escaparem, atraindo a atenção dos demais para si, "Poderia morar, se quisesse...", percebendo só depois o que havia dito e envergonhado da cabeça aos pés, se afastando pronto para ir à cozinha, sendo seguido por A-Qing, já que a mesma iria tomar café com ele para seguirem com os planos do dia.

Por outro lado, encarando-se ainda no mesmo lugar, YanLi e ZiXuan trocavam sorrisos cúmplices, achando graça das atitudes de Jiang Cheng. Jin ZiXuan, "Meu amor, até quando seu irmão vai negar o que já ta na cara dele?"

Jiang YanLi, "A-Cheng é lerdo assim mesmo, amor, logo ele se dá conta, e quando esse momento acontecer, ele vai ficar igual ou pior que o A-Xian com o Segundo Jovem Mestre Lan...", ela riu com o comentário, fazendo o marido rir junto. Seria uma experiência interessante, ver seu outro irmão também apaixonado.

Por boa parte do dia - se não todo -, Jiang Cheng mostrou à A-Qing todo o Píer Lótus, por dentro e fora dos portões, voltando perto do anoitecer com um sorrisinho nos lábios, ajudando-a com pequenas lembranças do lugar que ela havia gostado e ele havia lhe dado, aquecendo o coraçãozinho e bagunçando a mente da garota, não passando despercebido por aqueles que caminhavam entre as mesas dispostas no jardim.

Ao seu lado, A-Qing parou, segurando timidamente a manga de suas vestes fazendo-o olhar um pouco para baixo, "Jovem Mestre Jiang, obrigada por me mostrar cada cantinho daqui, e por ser tão paciente comigo, eu adorei passar meu dia com você...", ousada, ficando na pontinha dos pés e se apoiando em seu ombro, ela deixou-lhe um sutil beijo na bochecha, antes de correr até o quarto que ainda seria seu por mais alguns dias, deixando não só ele como todos que estavam ali, abismados diante da cena.

YanLi olhava para para o irmão à distância, conhecendo-o muito bem para notar a timidez começar a atingi-lo, antes que fizesse o mesmo que a garota mais cedo, seguindo para seu quarto. Virando para o marido que amassava uma pequena e macia batata para dar ao filho, ela comentou, "ZiXuan? Acho que já começou..."

Olhando-a e roubando um leve selinho, ZiXuan suspirou teatralmente, "Que os deuses nos protejam..."


Notas Finais


Ok kk eu não sei vocês, mas eu realmente achei fofo esse capítulo xD tentei ao máximo deixar decente de um modo que vocês pudessem gostar :') de qualquer forma, obrigada a quem leu até aqui <3


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