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História Second Session Where Is Your Boy Tonight? - I'm just a problem that doesn't want to be solved


Escrita por: carlinhaduda

Notas do Autor


ANOTHER DAY GOES BY
SO HOLD ME TIGHT
OR DON'T!!

ALGUÉM MAIS AÍ ESTÁ VICIADA NA NOVA MÚSICA DESSES HOMÕES DA PORRA?????

Capítulo 67 - I'm just a problem that doesn't want to be solved


Fanfic / Fanfiction Second Session Where Is Your Boy Tonight? - I'm just a problem that doesn't want to be solved

   -O que você está fazendo aqui?

   -Bom dia para você também, Adam.

   -Bom dia. Agora me explica, o que você está fazendo aqui?

   -Trabalhando – diz o moreno ao entrar em sua antiga sala.

   -E o Patrick concordou com isso?

   -Sim – diz Pete mexendo em algumas pastas – Bom, eu fico muito tempo sozinho em casa. Já tirei o gesso e terminei de fazer a fisioterapia e meu punho está bom, então decidi voltar a trabalhar.

   -E tudo sobre o que você estava sentindo?

Pete encara o amigo que estava em pé a sua frente.

   -As dores de cabeça? Passou.

   -Não, Pete, eu estou falando do medo que você sentia. O Patrick disse que você está diferente.

   -Eu estou bem, Adam. Não precisa se preocupar.

 

 

 

   -Mas você mesmo disse que o Pete não quer ajuda. Talvez seja um estresse, eu já te disse disso.

   -Talvez, Andy, e se não for? Ele é meu marido e você faria a mesma coisa no meu lugar.

   -Não, Patrick, eu tentaria conversar com o Pete. E tentar entender o que está se passando com ele ao em vez de pegar uma cópia do arquivo dele na polícia. O que você acha que te espera dentro daquela pasta?

Patrick não responde. Havia contado a Andy o que havia escondido na última gaveta da sua mesa.

   -Sinceramente? Eu teria medo do que poderia descobrir.

   -É por isso que eu não li e nem ouvi o áudio do depoimento do Pete – Patrick cruza os braços – Não tive coragem de fazer isso e... A gente teve um final de semana bom.

   -Charlotte disse que você quebrou a janela da senhora Carson outra vez.

   -Ela te contou?

   -Mandou uma mensagem com a foto da janela quebrada – Andy sorri.

   -Foi um erro de cálculo.

   -Patrick, você sempre foi ruim de mira.

   -Ok, mas a questão não é essa. Na sexta, eu beijei um cara e fui sincero com o Pete sobre estar carente e sentir falta dele.

   -Patrick, você...

   -Eu fui sincero e contei a verdade. Eu me arrependo do que eu fiz, não foi certo e eu havia prometido nunca mais traí-lo. Mas eu voltei para casa em vez de ir para cama com o cara. Não sei se foi por isso, mas o Pete pareceu ceder um pouco.

   -Isso não justifica o seu erro.

   -Eu sei. Mas isso me diz que o Pete ainda se importa com o nosso casamento.

   -E você pensou no que o Pete vai achar disso? Se ele não quis te contar é porque ele não quer que você saiba. Acho que você está correndo um grande risco com essa ideia.

   -Você acha que o conteúdo daquela pasta pode arruinar minha relação com o Pete?

Patrick se inclina para frente esperando uma resposta. Sua expressão preocupada era visível.

   -Bem... O que você acha que poderia ter acontecido se seu marido passou dois meses trancado em um porão com um psicopata que o ama? E, só para deixar claro o quanto essa sua decisão é ruim, o que você acha que poderia ter acontecido com o psicológico do Peter? Seja o que for, o Pete não quer relembrar isso e muito menor conversar sobre isso. Pelo menos, não com você.

   -E o que você acha que eu deveria fazer?

   -Tentar convencê-lo a ir no psicólogo. É a melhor forma de você ajudá-lo sem que o machuque ainda mais. Admite, Patrick, você também tem medo do que pode descobrir.

Andy tinha razão.

 

 

 

   -Onde ele está?

   -No banheiro. Trancado – Adam responde – Eu não sei explicar o que aconteceu, Patrick.

   -Tudo bem. Eu vou conversar com ele.

Patrick deixa Suzi e Charlotte na sala. Os três tinham um semblante preocupado em relação a Pete. Adam o segue. O maior estava realmente preocupado. Patrick foi até o criado mudo onde retirou um molho de chaves.

   -Você tem cópia da chave do banheiro?

   -E de todas as portas – Patrick procurava a chave certa.

   -Desde quando?

Patrick encontra a chave e olha para o maior.

   -Desde quando ele começou a trancar tudo.

Adam engole em seco. Nunca percebeu o quanto Pete poderia estar mal. Ao seu ver, Pete estava bem antes de simplesmente uma de suas pacientes entrar na sala dizendo que ele estava passando mal. Adam o encontrara desmaiado no chão.

Patrick vai até a porta e bate.

   -Amor, sou eu. Eu posso entrar?

Nenhuma resposta. Patrick olha para Adam.

   -Pode ir, eu cuido dele.

Adam assente.

   -Me liga se precisar de alguma coisa.

Patrick concorda. Adam sai do quarto. Patrick respira fundo e gira a chave no miolo. O loiro empurra a porta devagar e encontra Pete dentro da banheira com a cabeça encostada no azulejo frio.

A banheira estava cheia. A torneira não pingava. Pete sabia disso. Ela pingava dentro da sua cabeça. De repente sentiu todo o peso sobre sua cabeça que começou a doer poucos segundos antes dos tremores e o coração bater a mil por hora. Os pensamentos vinham junto com toneladas de lembranças, palavras sujas que Mikey havia dito em seu ouvido e com a sensação de ter nojo de si mesmo. Não conseguiu respirar.

E então, tudo escureceu.

Patrick sentou-se no chão ao lado da banheira. Pete o encara por alguns segundos. O moreno parecia estar tão distante.

   -Eles chamaram você? – o moreno indaga com a voz baixa e falha.

   -Não. Acabei de chegar do trabalho.

   -Não pensei que já fosse tarde.

   -Quer me contar o que aconteceu?

Pete não responde.

Patrick sabia que tinha que ter paciência. Pete ainda parecia muito abalado.

   -Eu estou aqui, amor – Patrick segura a beirada da banheira – Pode conversar comigo, se quiser.

Pete tira a mão de dentro da água e segura a de Patrick. A mão do loiro aperta a sua mão molhada e Pete se sente protegido. Proteção. Era isso o que buscava.

   -Quando você chegou no sábado de madrugada... Você disse que estava sendo sincero porquê achava que assim eu poderia ser sincero com você – Pete olha para as mãos unidas – Eu não estou sendo sincero com você, Patrick. Desde o início. Me desculpa.

   -Eu sei que não é fácil, Pete. Mas eu estou aqui com você.

Pete olha nos olhos cinzas de Patrick.

   -Sim, você está. Você sempre esteve, não é? Eu que não enxergava isso.

   -Você não precisa ter medo. Eu não vou abandonar você – diz o loiro acariciando a mão do moreno.

Pete engole a saliva. Patrick estava sendo um amor todo atencioso. Não merecia uma mentira. Pete decidiu derrubar um muro que impedia Patrick de se aproximar.

   -Eu pensei que tinha parado – diz o moreno – Achei que fosse por causa do tribunal, quando o Mikey me atacou, mas não. Eu tive medo de te contar. Então aconteceu duas, três vezes e eu sabia que se eu saísse de casa iria acontecer novamente. E aconteceu no supermercado quando eu tive que voltar para o carro. E quando eu estava com o Barney. Eu sinto muito... Eu tenho medo de sair de casa sozinho. Eu estou tendo essas crises ultimamente e, o que aconteceu hoje, ... Eu... Eu acho que estou ficando louco. Acho que o tempo todo uma pessoa me perseguindo. E então eu começo a tremer e tenho vontade de fugir. Me sinto muito mal. Meu coração bate muito rápido e eu sinto as minhas vistas escurecer e todos os pensamentos vem muito rápido na minha cabeça e eu fico confuso e tudo o que eu quero é sair correndo e me esconder. Desculpa por não te contar antes. Eu não tenho o controle sobre isso e acho que fica mais forte com o tempo. Me desculpa.

Patrick enxuga as lágrimas do moreno.

   -Não é culpa sua.

   -O Adam te contou o que aconteceu?

Patrick assente.

   -Eu perdi o meu emprego, Patrick. Não vou poder mais trabalhar como médico e, se eu enlouquecer de verdade, eu nunca mais vou poder voltar a trabalhar.

   -Você não vai enlouquecer, Pete.

   -Me desculpa, me desculpa!... – Pete chora e suas mãos começam a tremer.

Patrick segura suas mãos e as beija. O moreno tinha marcas vermelhas nos braços e no peito. Talvez seriam por ter se esfregado com a bucha na hora do banho. Patrick o puxa para perto e tenta abraçar Pete.

O moreno chora desconsolado. Agarra a camisa de Patrick com a mão molhada. Patrick o mima como uma criança e beija seus cabelos molhados.

   -Vai ficar tudo bem amor, a culpa não é sua. Fica calmo, está bem? Eu estou aqui, amor. Não precisa ter medo.

Aos poucos, Pete se acalma e para de chorar. Patrick o ajuda a sair da banheira e se vestir. O moreno deita-se na cama sem dizer nada.

   -Eu já volto.

   -Você pode trancar a porta?

   -Sim.

O loiro sai e tranca a porta. Ficou parado olhando a folha de madeira que o separava de Pete.  Precisava digerir tudo o que tinha ouvido naquela noite. Pete tinha crises de medo. Tinha desmaiado enquanto trabalhava. Tinha sido sequestrado e sabe se lá o que mais. Patrick aperta os olhos para secar as lágrimas.

Não sabia o que estava errado e muito menos se poderia fazer algo para mudar.

Não sabia se deveria perguntar ou forçar Pete a falar o que tinha acontecido no porão.

Não sabia se sentia medo ou preocupação com a pessoa que estava ao seu lado.

Não sabia o que fazer.

 

 

 

   -O papai vai ficar bem? – Charlotte pergunta.

A menina se arrumava para dormir. Estava com seu pijama cor de rosa cheio de desenhos de lacinhos estampado. Patrick decidiu colocá-la na cama mais cedo para poder cuidar do moreno.

   -Sim.

   -Estou preocupada com ele, papai.

   -Eu também estou, querida.

Charlotte se deita na cama. Barney deita em seu canto preferido aos pés da menina. Patrick cobre a filha e acaricia seus cabelos negros.

   -Ele vai ficar bem. Você vai me ajudar a cuidar dele, não é?

   -Sim. Eu não gosto de ver o papai mal. Ele vai ficar bem mesmo, papai?

Patrick assente.

   -Agora tente dormir, está bem?

Charlotte abraça Donnie. Patrick beija sua testa se levanta e apaga a luz.

   -Boa noite, querida.

Ao entrar no quarto, o loiro vê Pete agarrado ao coração de pelúcia como um garotinho com medo do escuro. O loiro se deita na cama.

   -Charlotte já dormiu?

   -Sim.

Pete lambe os lábios e não olha nos olhos do loiro. Patrick sente uma enorme vontade de abraçá-lo. Queria dizer que também não sabia o que estava acontecendo com o moreno, mas que passariam por aquilo juntos. Queria ter a certeza e poder dizer que tudo ficaria bem. Mas não tinha. Antes que pudesse dizer alguma coisa para confortar o moreno, Pete se vira de costas.

Queria poder conseguir dormir. Ainda acreditava que tudo não passava de um horrível pesadelo. Mas não era. Havia contado o que realmente se passava e quase não teve coragem de falar. Agora Patrick sabia o que estava acontecendo e provavelmente poderia querer saber o que aconteceu. Pete não teria coragem de dizer. Não poderia contar as coisas que Mikey tinha feito. Simplesmente não poderia.

Quando percebeu as lágrimas, Pete tentou secá-las. O moreno sente os braços confortantes de Patrick o segurando. Teve ainda mais vontade de chorar. O amor de Patrick era verdadeiro e o loiro não fazia questão de escondê-lo. Pete se perguntava se Patrick poderia perdoá-lo por uma coisa que fora obrigado a fazer. Mas a razão tão fútil o fazia acreditar que Patrick jamais aceitaria. Pensou no que Patrick faria no seu lugar. Com certeza teria resistido. Não teria se deixado levar por algo tão simples. Não jogaria o amor que sentia por uma coisinha de nada. Mas precisava. Estava necessitado e cedeu na primeira oportunidade de saciar-se. Fora tão tolo.

   -Eu estou aqui, amor. Não vou te deixar.

Pete se vira para o loiro. Patrick limpa seu rosto e beija suas bochechas e sua testa. O olhar cinzento do loiro tinha um carinho imenso.

   -Não precisa ter medo, ok? Eu vou estar aqui e vou te proteger. Não importa o que aconteceu com o Mikey, eu só quero que você fique bem e eu quero te fazer feliz. Muito feliz. Vamos superar isso, tá?

   -Eu não quero enlouquecer, Patrick.

   -Você não vai. Tudo vai ficar bem.

   -Como você pode ter tanta certeza?

   -Eu tenho. Eu prometo que vou cuidar de você. Vem cá.

Pete se aconchega nos braços de Patrick. Mesmo que o sentimento de nojo o assombrasse, Pete se sentia seguro. O moreno fechou os olhos e tentou pensar em nada. Patrick o abraçou mais forte e Pete pode finalmente se sentir protegido. Ninguém entraria no quarto. Ninguém o causaria mal algum.

Sentiu que foi perdoado.

   -Você marca o psicólogo para mim? Acho que você tem razão. Ele pode ajudar.

   -Marco. Não se preocupe. Vamos dormir, está bem?

Pete secou algumas lágrimas que estava presa em seus cílios. Se aconchegou mais uma vez ao corpo do loiro.

   -Patrick?

   -Hum?

   -Não me solta.

Patrick abriu um sorriso.

   -Eu jamais faria isso, amor.


Notas Finais


bjjo bjjo♥♥.


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