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História Secret Door - Waiting Eyes - One-Shot


Escrita por: HEHartmann

Notas do Autor


Uma história contada por Sasuke em um Universo Alternativo, que leva o título da música "Secret Door", Arctic Monkeys.

Boa leitura!

Capítulo 1 - Waiting Eyes - One-Shot


Neurótico, sujeito em permanente conflito psíquico que o impede de aproveitar a existência de forma prazerosa. Também caracterizado como depressivo por estrutura, como um daqueles médicos disse-me.

Meu nome é Sasuke, mas não entremos em detalhes quanto a meu perfil, pois saiba o leitor que digo meu nome somente para a história que contarei fazer um pouco mais de sentido e possuir certa profundidade.

Minha história começa, digamos, aos meus dezoito anos, porém o vilão deste drama estava por aqui há muito tempo. Citarei aqui alguns detalhes de minha vida, porém somente os mais interessantes, para o deleite do leitor.

Sempre fui um pouco desajustado socialmente, poucos amigos e certa dificuldade de relacionar-me com pessoas, elas me assustavam, e seu comportamento muitas vezes me parecia irracional. Um bom antissocial, certo?

Errado, pelo simples fato de que eu não era mais um antissocial. Aos dezoito anos, como já citado acima, eu fui praticamente arrastado a um psiquiatra, porque minha família não aceitava o meu comportamento, depois de algum tempo eles assumiram que eu realmente tinha problemas mais sérios que uma recusa à sociedade. E para a piora de minha situação, eu realmente tinha.

Fui diagnosticado com neurose, até então nada parecia mudar. Porém não subestime o poder de um neurótico de tornar as coisas mais difíceis. A princípio, a vida continuaria seguindo, porém para um neurótico, não saber do problema faz com que ele não exista e não afete.

Milhares de coisas estranhas, que não citarei aqui, já passaram por minha mente, mas agora eu sabia o porquê e esse porquê me corroía. Algumas vezes é realmente melhor não saber.

Depois disso eu não dormia normalmente, algumas vezes cheguei a ficar horas remexendo-me na cama ou estragando minha visão olhando para a tela do celular em busca de refúgio.

Sempre fui um observador, observava as pessoas à distância, notava detalhes e coisas que outras pessoas normalmente não notavam. Agora, porém, o jogo tinha virado, e eu comecei a notar coisas em mim. Coisas como uma tremedeira ou uma pose um tanto estranha, ou algumas reações incomuns. Agora eu não escaparia disso, tinha certeza.

Saiba o leitor, que eu não era tão infeliz quanto descrevo nestas linhas, porém o drama é constituído disso. Eu não era um completo depressivo que ficava em casa o dia todo e chorava pelos cantos. Eu tinha amigos, estudava e ria como qualquer outra pessoa.

Na medida em que o tempo foi passando, criei certa resistência contra os sintomas de minha doença. Aceitei que tinha um problema, mas não era o pior dentre tantos que existem no nosso mundo.

As quintas, todas as semanas, eu ia às sessões de psicoterapia, e não eram tão horríveis como eu havia imaginado. No começo, não falava abertamente e sentia-me desconfortável, depois de algumas semanas de terapia, conseguia sentir a diferença que esta me fazia. Eu não era mais tão recluso e conseguia controlar meu nervosismo em frente às pessoas. Por incrível que pareça, consegui até fazer novos amigos, um amigo na verdade, os outros, gosto de falar que vieram de brinde, já que eram amigos deste, não importa, o que importava é que me sentia bem no meio deles.

Eles, como posso dizer, também eram desajustados na adolescência, e não largaram dessa “mania”, assim como eu. Eram muito animados, talvez demais para meu gosto, porém eu aprendia muito com eles, com seus comportamentos.

Naruto, o primeiro do grupo que conheci, era um tanto idiota no seu jeito de ser, porém passava uma boa sensação a quem estava ao seu redor, podia ver isso no seu grupo de amigos.

Tenho quase certeza de que não consigo imaginar o tom de rubro que minha face tomou quando, eu fui arrastado por Naruto até seu grupo de amigos, que eu desconhecia completamente. De primeiro, estranhei o modo como me recepcionaram, calorosamente, e com uma simpatia que também era desconhecida por mim.

Todos tinham características peculiares, era um grupo bem diversificado, devo dizer. Depois de conhecê-los, eu já controlava meu nervosismo com destreza, e as crises de ansiedade passaram a ser incomuns. 

Éramos um grupo de oito pessoas, todos de cursos diferentes, mas que se reuniam na hora do almoço em uma mesa isolada no canto para jogar conversa fora. No primeiro dia em que fiquei na mesa deles, descobri alguns fatos e junto com estes apresentarei os membros de nosso grupo, e descrevê-los-ei como em um perfil.

Naruto, um tanto extravagante e barulhento, cursava jornalismo e namorava Hinata, — que também fazia parte de nosso grupo, obviamente — esta que cursava biomedicina, ao contrário de seu namorado era extremamente calma e quieta.

Sai e Ino, que pareciam ser as cópias de Naruto e Hinata de um mundo paralelo, já que Sai era quieto e Ino a extravagante do casal, cursavam arquitetura e administração, respectivamente.

Shikamaru, extremamente calmo e inteligente, no momento em que cheguei à mesa deles, percebi o olhar analítico que ele mantinha sobre mim, descobri que era muito simpático depois de conhecê-lo melhor. Este cursava física.

Temari, comecemos pelo seu curso, que era psicologia. Esta namorava Shikamaru, e tinha uma personalidade meio durona, que contrastava com o jeito meio “molenga” de seu par.

E por último, a pessoa que deixava o clima um pouco mais embaraçoso quando lembrávamos que todos ali eram um casal menos nós dois. Devo relatar aqui, que sentia um extremo desconforto quanto a isso, mas continuemos com a descrição.

Sakura, a última integrante do grupo, foi a primeira pessoa que notei ao ser arrastado até o grupo, pelo simples fato de seus cabelos serem cor-de-rosa. Isso mesmo, Sakura contou-me depois que sempre gostou dessa cor e que alguns anos atrás resolver pintar o cabelo, nunca mais abrindo mão desse hábito. Para descrevê-la levarei um pouco mais de tempo do que os demais.

Sakura tinha dezessete anos, cabelos cor-de-rosa como já citado acima, olhos verde-esmeralda e tinha acabado de ingressar no curso de medicina. Amiga de infância de Ino, sendo um ano mais nova que esta.

Devido aos horários de nossas aulas, Sakura e eu éramos sempre os primeiros a chegar à nossa mesa no refeitório. Nos primeiros dias trocamos somente algumas palavras, por conta das limitações de minha timidez, porém ao longo do tempo, criamos uma amizade mais forte e conversávamos abertamente todas as vezes em que nos encontrávamos sós. E mesmo quando o grupo todo se reunia, criávamos uma conversa paralela.

Tal aproximação que não passou despercebida por nosso grupo. Lembro-me de ter visto várias vezes os olhares insinuantes que eram trocados pelas pessoas à nossa volta, e isso só alimentava meu desconforto e nervosismo.

Admito que com o passar de alguns meses, a psicoterapia já não fazia tanto efeito como uma conversa com Sakura, fosse por algumas simples mensagens trocadas por nós. Pela primeira vez eu tinha amizades verdadeiras, e uma em especial que destaco mais que as outras.

O tempo somente cooperou para o crescimento de minha amizade com Sakura, amizade esta que se transformou em um namoro, que aconteceu logo depois de ela me beijar no estacionamento da universidade, quando depois de uma insinuação não rara de nosso grupo, meu rosto adquirir um tom mais avermelhado do que o de alguém que correu uma maratona.

Como tudo em minha vida, tanto o beijo como nosso namoro começou timidamente, mas não desconfortável, dessa vez eu me sentia bem, ela me fazia sentir bem.

Alguns membros de nosso grupo, que antes estavam confiantes de que fossemos nos relacionar, perderam sua confiança, já que em tempos nossa amizade não passava ao próximo nível. Estes faltaram cair da cadeira, quando, na hora do almoço, chegando à nossa mesa viram a mão de Sakura entrelaçada à minha.

Agora nosso grupo, era definitivamente o mais simétrico daquele lugar, o que dava um pouco de descanso ao meu TOC.

Todas as vezes em que olhava em seus olhos verde-esmeralda excessivamente  brilhantes, era como se ela criasse uma espécie de porta secreta, que levava-me ao nosso mundo particular, no qual eu era eu, e ela era ela, simplesmente.

A neurose não tem cura, mas tem tratamento, e meu tratamento era Sakura.


Notas Finais


Obrigado por ler!!!

Até a próxima!


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