História Secret love (malec-shortfic) - Capítulo 1

Eu ainda me lembro do dia, estava um dia frio e eu esqueci o meu casaco em casa e ele tirou o dele e me deu, estávamos saindo do colégio.

Mais é o que amigos fazem certo? eu estava me tremendo de frio e ele me emprestou seu casaco. Quando chegamos na minha casa ele disse que eu podia ficar, como uma lembrança dele pra mim, pra eu nunca esquecer dele e que ficava melhor em mim do que nele.

Mal sabe ele que eu durmo abraçado a ele todos os dias, não quis lavar pra não tirar seu cheiro.

Mas ele não pode saber dos meus sentimentos, sou um tolo apaixonado e não posso evitar que meu coração bata acelerado toda vez que o vejo ou que eu gagueje, ou que minhas mãos tremam quando ele as aperta, e que meu corpo todo se acende quando ele me abraça.

Nós conhecemos desde criança, eu me apaixonei por ele quando eu tinha uns 15 e percebi que eu não gostava de meninas, ele sempre me apoiou não me julgou quando eu contei pra ele, ele esteve comigo quando eu contei pros meus pais, sussurrou no meu ouvido que estaria aqui comigo, e eu tive mais coragem pra contar, simplismente por que ele estava ali comigo me apoiando.

Nunca fui até o fim com ninguém, beijos quentes sim, mas não passou disso, o Magnus sempre vem na minha mente nas horas mais inconvenientes.

É como se eu estivesse esperando por ele, é idiota, eu sei.

ele é hétero e namora, eu sabia que ele ficava com as meninas, é claro, mas vê-lo assumir o namoro com ela me matou por dentro, e quando eu os vejo juntos, sendo o casal perfeito, dói. Mais o que eu posso fazer?

Por que ele gostaria de mim?

Por que ele me beijaria?

Não tenho metade da beleza dela.

Ele sempre disse que meus os olhos são lindos, e que combina com meus cabelos pretos e pele pálida, sempre coro, acho que ele acha que é por que sou tímido – é por isso também. – Mais principalmente por que eu o amo.

Ele não pode saber, não, não pode, acabaria com a nossa amizade e é só isso que eu posso ter dele.

As vezes eu acho que a Camille, –namorada do Magnus – sabe, ela me olha como se soubesse disso, e me desafiasse. Eu não gosto dela, – não só por que ela é namorada do Magnus, mas porque ela me trata mal, quando ele não está por perto.– Ela também não gosta de mim, mas me atura por causa dele, e eu a aturo por ele.

Não falo pro Magnus isso, por que eu sei que entre mim e ela ele irá escolher ela, é sempre assim. Sempre escolhem seus parceiros em vez de amigos.

Mais não o deixaria fazer essa escolha, não tem nem cabimento isso.

Desperto dos meus pensamentos com o meu celular tocando, é ele.

Atendo na hora, não posso evitar.

– Oi Alexander! – Ele diz do outro lado da linha.

– Oi Magnus.

– Te liguei pra te fazer um convite.. – o corto na hora não quero ficar de vela.

– Não quero, estou bem em casa.

– Mas você nem ouviu o que eu tinha pra falar. – responde parecendo indignado.

– Fala...

– O parque reabriu, e eu chamei a Camille pra ir, e queria que você fosse também, pode chamar alguém, a Izzy talvez.

Izzy é minha irmã e confidente, a única que sabe dos meus reais sentimentos por ele.

– Passo.

– Por favor... – ele súplica com a voz manhosa, falando assim eu não consigo negar nada pra ele.

Suspiro derrotado.

– Tá eu vou, mas vou chamar o Andrew.

– O quê? Aquele idiota, não.

Se eu não o conhecesse diria que é ciúme.

– Ele é meu amigo, e eu não quero ficar de vela sozinho.

– Chama a Izzy, ele só quer te usar Alec.

Ele sempre diz isso do Andrew, eu e ele nem nos beijamos.

– Como? eu e ele nunca ficamos, Magnus.

– Mais eu o conheço mais que você.

– E se eu quisesse ser usado? eu não gosto dele nem iria me importar, todo mundo pode ficar com alguém menos eu?

– Não foi isso que eu quis dizer, ele não presta, depois não diga que eu não avisei.

– Não pedi conselho, pode deixar que eu sei o que faço, não sou criança.

– Desculpa, você sabe que eu só quero seu bem, somos amigos, afinal.

Amigos.

– Eu sei tchau, te vejo lá.

Desligo, e uma lágrima cai, mas eu a limpo.

***

Estou pronto, só esperando o Magnus, como o Andrew e a Camille são amigos e moram perto eles vão nos encontrar lá.

O Magnus mora aqui na frente.

Uma batida na porta ecoa, deve ser ele.

Abro e o vejo, lindo. Com uma blusa aberta mostrando seu peitoral definido e uma Jaqueta por cima.

Fico sem ar com a visão.

– Vamos Alec.– ele diz me despertando.

– V- vamos.

Ele se vira e abre a porta do carro pra mim, muito cavalheiro.

Entro em minutos e depois chegamos ao parque, na entrada está Camille – linda parecendo um anjo, Magnus a olha admirado. 

e Andrew.

Ele chega perto dela e dá um beijo, como eu queria ser ela.

Andrew chega perto de mim e me dá um beijo na bochecha.

– Oi Alec.

– Oi.

Entramos e Magnus e Camille vão em direção a algum brinquedo.

Ele me chama para ir junto mas eu decido não ir.

Ele está fingindo que o Andrew não existe de propósito.

Camile só me olha de cara feia e não diz nada desde que chegamos.

Como se eu ligasse pro que ela pensa, só tenho medo de ela descobrir que eu gosto do Magnus.

Depois de um tempo eu e Andrew vamos em alguns brinquedos do parque e eu me canso, e vamos pra um lugar mais afastado.

–Até que enfim estamos sozinhos. – diz ele com um sorriso malicioso.

– Porque?

ele apenas sorri e se aproxima contra o fundo de uma barraca e tentar me beijar, eu tento o empurra-lo mas ele é bem forte.

E de repente ele é puxado para trás por um Magnus furioso.

– Você não viu que ele não queria seu idiota! – grita furioso.

Magnus dá socos em Andrew até que eu desperto do estado de choque e puxo ele.

–Já chega Magnus!

–Você viu o que ele queria fazer com você eu disse que ele não era confiável!

Camille chega minutos depois e me olha brava.

–Você sempre tem que chamar atenção né não posso ficar com meu namorado em paz um dia!

Ignoro ela e me volto para o Magnus.

–Como você viu que eu e ele estávamos aqui? – pergunto realmente curioso.

–Estávamos saindo da roda gigante quando eu vi você e ele vindo para cá.

–Você não tá vendo que ele quer chamar sua atenção! Ele sempre gostou de você, e você se finge de cego.

Meu mundo desabou nessa hora ela sabia e acabou de contar para ele.

Ele me olha tentando entender o que ela disse e eu apenas abaixo a cabeça.

Essa altura o Andrew já saiu.

–É óbvio que eu gosto ele é meu amigo.

–Não se finge de sonso você sabe do que eu tô falando.

É o fim da linha não posso mais negar, mas também não vou admitir.

– É verdade Alec?

Eu o olho, ele parece... decepcionado e eu sinto uma vontade imensa de chorar.

Não respondo. Tento correr o mais rápido que posso, ouvindo ele me chamar e a Camile perguntando se ele vai mesmo vir atrás de mim.

Ele não veio.