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História Secrets - Take on me - Clexa - Geladeira Azul


Escrita por: Alysane

Notas do Autor


E ai gente linda, depois daquele pesadão acho q vcs merecem algo mais suave
A ansiedade n me deixa dormir, portanto ficarei para conversar cm vcs.

Capítulo 11 - Geladeira Azul


As primas Blossom observavam Alexandra e Clarke tomarem o café na varanda com a governanta Marta. A loira usava um dos pijamas confortáveis de Lexa e devorava um pedaço de torta de maça, enquanto a morena escondia seus sorrisos a ela por trás do jornal. Nem uma das duas sabia exatamente o que estava acontecendo, mas Costia achava toda a cena fofa e pelo outro lado, Elizabeth queria arrancar os olhos de Alexandra com suas mãos.

- Quem é essa garota? – Perguntou Eliza em meio a sua raiva. – Ela simplesmente chegou de madrugada coberta no casaco de Lexa como se fosse dona da casa e agora Lexa não dá atenção a ninguém.

- Ela é o tendão de Aquiles de Alexandra. – Disse Costia com um sorriso no rosto sem desviar o olhar do casal. – E se eu fosse você não implicava com ela.

- Ela come como um animal. – Observou Eliza.

Elizabeth Blossom era a verdadeira secretaria do diabo. Havia herdado a beleza e o dinheiro da família, além de um polido sotaque britânico digno de um filme de drama, mas deixará a astucia com sua prima Costia e se focava apenas na sua obsessão maluca por Alexandra, que depois de um final de semana deixou Blossom perdidamente apaixonada. Ela era uma mulher perigosa não restava dúvida, o dinheiro lhe deixou arrogante, prepotente e extremamente preconceituosa, e sem dúvida ela não abriria mão de sua amada para qualquer mulher que entrasse em seu caminho.

- Lexa nutre um estranho desejo por essa garota. – Interveio Anya adentrando na conversa. – E por mais que se afastem, elas acabam se juntando de novo. Como se o destino estivesse fazendo isso.

- Isso é uma bobagem. – Eliza desviou o olhar e voltou a sentar-se à mesa de reuniões. O nervosismo tomava conta dela e Costia achou isso divertido. – Lexa devia estar aqui conosco tomando conta da empresa que é dela.

- É por isso que trabalhamos para ela. – Retrucou Anya sentando-se a direita da cabeceira da mesa. – Lexa nos paga para que não precise trabalhar tanto aqui.

- Não se engane, nossa priminha tem trabalhado mais do que todos nós essa semana. – Costia deu uma última olhada para sua prima e suspirou triste com a realidade dos fatos. – Ela merece algum descanso hoje.

- Subornando pessoas e transportando carregamento de drogas?

- Ei. – Anya bateu na mesa com raiva e Blossom lhe encarou com receio. – Nunca mais fale uma coisa dessas, nós não fazemos esse tipo de coisas. Não somos bandidos.

- A prostituta voltou? – Edith entrou na sala espalhando seu ódio por todos os lugares. – Achei que Lexa já havia se cansado dela.

- Ela não é uma prostituta tia, não fale dela assim. – Advertiu Costia ao observar os ânimos da sala aumentarem e sentou na mesa do lado esquerdo da cabeceira. – Clarke está sob proteção de Lexa e acho plausível que a respeitem enquanto ela estiver aqui. Ninguém quer ver Alexandra com raiva.

- Só de lembrar da última vez que ela ficou brava. – Anya passou a mão no pescoço lembrando da punição de sua prima e tentando recuperar o ar. – É bem traumático.

- Já passou Any. – Blossom sorriu e tentou consolar sua namorada com um carinho.

- Bom dia senhoritas. – Alexandra entrou na sala sem dirigir o olhar para ninguém e se pôs no seu lugar de presidente. – Podemos começar?

- Estamos esperando Luck, Mike e John. – Eliza passou a mão no cabelo e tomou coragem. – Por que trouxe aquela puta para cá?

- Primeiro, ela tem um nome e é Clarke, então tenha um pouco de educação e não a julgue. Você não está na posição de chamar ninguém de puta. – Alexandra amassou o cigarro no cinzeiro e prosseguiu depois de soltar o ar de seus pulmões. – Enquanto aos meus priminhos, já esperei demais por eles. Não tolero atrasos, principalmente vindo de garotos que não conseguem guardar o pau dentro das calças.

Anya segurou o riso e entregou a pauta do dia para sua prima.

- Ainda são dez da manhã Lexa. - Protestou Eliza em defesa.

- E eu não ligo, estou acordada desde as sete. - Woods sentou e olhou todos de relance, aparentemente sem protestos adicionais.

- Podemos começar então? – Perguntou Costia livrando todos da tensão e recebendo um sim de sua chefe. – Muito bem...

 

A sala de reuniões ficou vazia depois de duas longas horas de discussões exaustivas. Alexandra se espreguiçou na cadeira e relaxou seu corpo quando ouviu a porta ser trancada. Por mais que executivos não colocassem a mão na massa, Lexa percebeu que esse era um trabalho árduo e que preferiria descarregar um caminhão de feno durante o dia inteiro a trabalhar daquela maneira.

- Lexa, desculpa atrapalhar, mas eu fiz o que você pediu na outra semana. – Anya permaneceu na sala um tanto relutante e achando que sua prima a mandaria em bora, mas se surpreendeu quando Lexa voltou-se para ela com toda sua atenção. – Andei avaliando as contas de todas nossas empresas nos últimos cinco anos e foi bem difícil, era uma bagunça sem fim. Mas eu consegui encontrar algumas coisas que talvez te interessem.

- Sente-se Any. – Woods chegou para mais perto da mesa e viu todos os papeis repletos de cálculos que sua prima colocava na sua disposição. – O que você tem para mim.

- Primeiramente eu encontrei uma confusão nas finanças, como se dezenas de contadores diferentes tivessem mexido nelas, então eu descobri que nos últimos anos foi a tia Edith quem tomou conta da direção financeira.

Woods ergueu a sobrancelha e Anya entendeu o que ela pensava.

- Também encontrei algumas irregularidades e obras fantasma para onde ela estava mandando dinheiro. – Os números começaram a aparecer e aquilo lhe irritou profundamente. – Algumas doações feitas no nome de seu pai para instituições que jamais existiram.

Os músculos da mandíbula de Lexa estavam tensos e Anya sabia que ela não estava nada feliz.

- Minha mãe é a principal culpada disso?

- Não podemos afirmar, como disse; tivemos muitos contadores diferentes durante esse período, qualquer um pode ter feito isso bem debaixo dos nossos olhos.

- Quanto dinheiro foi desviado?

Anya hesitou e recebeu um olhar fuzilante de sua prima. Ela engoliu seco e disse.

- Quase 2,4 bilhões.

- Rasteie esse dinheiro até sua origem. - Ordenou. - Se ele saiu da empresa, então existe vestigio de onde ele passou.

Woods voltou a se encostar na cadeira e pensou consigo mesma por alguns instantes nas várias probabilidades das várias coisas que teria de fazer a partir daquele momento.

- Posso contar com você que essas informações não serão passadas para mais ninguém? – Perguntou mantendo-se seria.

- Claro que sim Lex. Eu fiz toda pesquisa sozinha inclusive.

- Ótimo, porque você é quem eu mais confio. – Lexa tocou o ombro de sua prima. – Precisamos descobrir quem fez isso conosco Any, e não podemos confiar em mais ninguém.

- Nem em Costia? – Perguntou tristonha.

- Talvez Costia. – Woods pensou em sua prima e não havia porque duvidar dela, mas ainda assim não confiaria em ninguém. – Mas ninguém mais. Se descobrirmos quem fez isso, e pior se descobrirmos que meu pai sabia disso, essa companhia irá pro buraco.

- Então que Deus nos proteja, não podemos deixar isso acontecer.

 ---X---

A tarde já estava próxima do fim e Alexandra aproveitou parar observar atentamente Clarke aprendendo a montar com seu puro sangue e sorriu ao vê-la sorrir com as brincadeiras de Jake e Aden. Seus irmãos pareciam gostar da loira e isso foi mais um motivo para gostar da presença de Clarke no haras, eles sorriam e eram felizes.

- Ela irradia esse lugar. – Disse Anya ao se aproximar de sua prima. – Traz sorrisos a todos, inclusive para você.

- Ela é diferente de nós.

- Inclusive Lincoln me contou que Finn estava com ela e que a humilhou. – Aquilo pareceu lhe perturbar e era possível ver a tensão no seu maxilar. – Mas ao ponto de comprar uma guerra com ele Lexa? Quanto ela vale para você?

- Finn está envolvido na morte de meu pai, tenho certeza disso. – Disse Alexandra sem pensar duas vezes, desviou o olhar e encarou sua prima. – Também tenho certeza que tem alguém maior trabalhando com ele e creio que esse alguém está bem próximo de nós. Estou instigando o rato a correr pro ninho, quero ver quem o salva. Além disso, essa história fica ainda mais bizarra e você não faz ideia de quem é essa garota.

- Quem é?

- Ela é uma Griffin. Neta do palhaço do Elliot Griffin. Demorei, mas descobri a verdade. – A morena cruzou os braços e se encostou na árvore, provavelmente Anya deveria fazer o mesmo ou iria cair para trás quando descobrisse a verdade. – Meu pai ateou fogo na plantação de uvas do velho para ele ser obrigado a vender a fazenda e no meio disso matou a mãe dela num acidente.

- Lexa, isso é loucura...

- Eu sei, mas Clarke aparentemente não sabe na encrenca que se meteu, e o mínimo que posso fazer para ajuda-la é protege-la de toda essa merda. – Lexa voltou a procurar sua loira e afirmou com um certo pesar no peito. – Eu a quero Any.

- Nesse caso sugiro que a proteja de Elizabeth, ela está cega de ciúmes e sua mãe vai envenenar os ouvidos dela contra Clarke ainda mais.

Alexandra sorriu só de imaginar nas mulheres de sua vida brigando por ela, mas aquilo não importava. Lexa não se importava com Elizabeth por mais que gostasse de sua companhia, afinal sempre foi honesta em relação aos sentimentos ou a falta deles, e aparentemente a ruiva não se importava com isso ou se importava, nunca demonstrou.

- Se te deixar feliz. – Anya voltou a falar tirando a concentração de Alexandra nos seus pensamentos. – Desde nosso acordo que não fico com ninguém além de Costia e confesso que tem me feito bem.

- É? E como tem sido a monogamia?

- Não perco mais meus relógios, durmo bem e acordo com minhas roupas, transo bem e tenho uma boa garota comigo. Acho que deveria ter aprendido a ser uma seguidora da monogamia antes.

- Não existe prazer em ter várias mulheres, as coisas não devem funcionar assim, e você deveria saber disso. – Ao longe Clarke lhe viu admira-la e acenou tirando um sorriso da morena. – Costia ama você e ela faria de tudo por você, ter alguém assim é a forma mais sublime de amor, e é a forma mais pura de se ter prazer. Então não a deixe escapar.

- Agora eu disso, estou arrependida de ter errado tantas vezes com ela e pretendo recompensar tudo isso. – Talbot se limitou a baixar a cabeça com vergonha de suas próprias ações. – Obrigada por me colocar no lugar certo, de novo. Costia tem razão, você nos guia pelo caminho certo.

- Eu tento dar o melhor de mim, só isso... Já volto.

- Onde você vai? Ainda não contei sobre o que pretendo fazer com Costia.

- Apenas faça, eu não ligo.

 

Clarke viu Alexandra se aproximar dela e ficou feliz com aquilo.

O dia inteiro elas estiveram separadas por motivos de força maior, e provavelmente aquele seria o único momento em que ambas teriam uma conversa sincera sobre os eventos que culminaram até aquele instante.

- Meus irmãos parecem gostar de você. – Disse Woods ao se aproximar e gritou para seus irmãos ao longe que estavam tentando se equilibrar em pé no cavalo. – Ei seus idiotas, parem com isso antes que se machuquem. Eu não vou levar vocês ao hospital se quebrarem a cabeça.

Clarke sorriu daquilo. Por mais que Alexandra se mostrasse durona, ela amava seus irmãos e protegia com sua vida.

- Eles são legais.

- Como está se sentindo? – Lexa tirou uma folha de uma plantinha e colocou na boca. – Vi você montando hoje, está de parabéns você aprende rápido.

- Obrigada. – Uma cerca lhe dividia de Lexa, mas isso parecia não importar e ambas continuaram caminhando para longe dos garotos. – Estou bem, e você?

- Estou bem. – O sol brilhava no seu rosto e Clarke viu como Alexandra parecia feliz na simplicidade do campo, muito mais feliz do que estava quando a encontrou na noite passada.

- Eu não sei como agradecer por ter me salvado ontem. – Clarke juntou suas mãos e Alexandra viu seu nervosismo crescer. – E acho que preciso pedir desculpas por fazer você romper com Finn.

- Você sabe o que eu sou Clarke? – Perguntou a morena e pôs outra folha da plantinha na boca. E não se importou com as palavras de Clarke, como se elas fossem nada. – Sabe o que eu faço?

- Você é uma empresária, cuida dos negócios de sua família.

- Sabe qual meu outro trabalho? – Perguntou sem tirar os olhos sérios dela.

- Você é uma gangster. – Murmurou com a cabeça baixa, o medo começou a tomar de conta e sabia que não podia fugir.

- Exatamente. – Woods segurou o queixo de Clarke e a fez olhar para ela. – Na última vez que nos vimos, eu disse que confiaria e protegeria você independente do que estivesse naquele dossiê, ainda assim você fugiu. Por quê?

- Você é uma gangster e eu tive medo.

- Tem medo de mim agora?

- Não. – Respondeu envergonhada consigo mesma.

- Então pode me dizer por que estava com Finn naquele lugar? – A pergunta foi sincera, mas Lexa tinha medo da resposta e por isso se apoiou na cerca quando soube que ela viria.

- Precisava pagar minha faculdade, estou terminando e eles não permitiriam que eu prosseguisse se não pagasse o que faltava. Finn disse que se eu dormisse com ele, ele me daria o dinheiro, então eu dormir e ele não me deu o que prometeu, ao invés disso usou minha fragilidade para me comprar. – Alexandra Woods gargalhou alto por não acreditar e Clarke não acreditou que ela estava rindo de sua fraqueza. – É eu fui estupida.

- E antes de recorrer a ele porque não recorreu a mim? – A pergunta logica deixou Clarke parecendo uma completa idiota. Ela abaixou a cabeça novamente envergonhada. – Você podia ter me vendido seu cavalo, sabe o quanto amo aquele animal?

- Não tive muito tempo para pensar nas minhas probabilidades.

O sorriso de Lexa morreu quando viu as lágrimas brotarem no rosto de Clarke novamente. Ela odiava ver aquela garota chorar, e estava se odiando por faze-la chorar.

- Desculpe. – Disse desviando o olhar da loira. – Você sabe que Finn está bravo e que ele vai procura-la porque acha que você é propriedade dele, não sabe?

- Sei e vou me manter alerta...

- Posso lhe fazer uma proposta? – A morena subiu na cerca, se sentou passando as pernas para o lado em que Clarke estava, em seguida colocou mais uma folha na boca e sorriu ao ver a loira assenti. – Não tenho tanta influência nas ruas da cidade, mas se você aceitar e quiser eu posso te proteger aqui. Você pode sair, ver seus amigos e ir a faculdade, eu pago seus estudos, mas eu gostaria muito que por enquanto você permanecesse aqui até tudo se acalmar. É claro que você poderia estudar online, eu tenho uma biblioteca enorme que vai desde a de Platão até Milton Friedman. Não te privaria de nada.

- E por que estaria fazendo isso por mim? – As lágrimas continuavam no rosto de Clarke, mas agora ela não sabia se era por tristeza ou felicidade. Por mais que a proposta fosse tentadora, ela sabia que ninguém fazia nada de graça e logo Lexa daria o bote. – Por acaso você...

- O que? – Alexandra negou com a cabeça antes que Clarke pudesse concluir a frase. – Pelo amor de Deus Clarke, não... Não quero você. Bom, não assim... Quer dizer... Eu quero... Não, não.

Clarke Griffin sorriu e a abraçou com força, Lexa teve de se equilibrar para não cair da cerca e envolveu Clarke nos seus braços. E por uns minutos ambas permaneceram assim, sem dizer qualquer coisa. Talvez por não precisar ou por não existir palavras.

Alexandra embriagou-se com o perfume de Clarke e se deixou levar por ela, incitando a paixão de pulsava em seu peito a cada minuto que olhava para a garota Griffin. Poderia se perder naquele instante se a realidade não insistisse em lhe puxar para o mundo real.

- Você ainda não respondeu sobre minha proposta. – Disse Lexa soltando-a de seu abraço. – Então aceita ou não?

- Sim, eu aceito sim.

Alexandra tirou seu chapéu e colocou na cabeça de Clarke dando um sorriso largo.

- Assim você não fica vermelha com o sol. – Disse por fim e deu uma de suas folhas a Clarke. – É menta, quer?

- Obrigada. - Rendendo-se ao gosto pelas plantas de Alexandra Woods,

Clarke ficou entre as pernas de Alexandra e ambas permaneceram ali olhando os irmãos Woods brincarem com o cavalo de Clarke, verão em meio a sorrisos e despreocupação.

Aquele momento poderia congelar. Mas, infelizmente nem todos ansiavam por isso.


Notas Finais


Esse capitulo ia ser maior, mas sei lá eu gostei desse finalzinho da Lexa com a Clarke
Então comenta ai que eu vou postando mais (só assim pra eu tomar vergonha na cara e escrever)
É serio, mas n me denunciem, please...
bjoooossss


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