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História Secrets - Take on me - Clexa - Quero que seja minha


Escrita por: Alysane

Notas do Autor


Desculpem a demora, eu fiquei sem inspiração
Esse capitulo n saiu como planejei, mas os proximos serão melhores
Prometo

Capítulo 14 - Quero que seja minha


Clarke abriu os olhos e sorriu. Alexandra estava ali na sua frente, com o cabelo preso por um coque alto e sem camisa. Clarke se perguntou como ela conseguia ficar assim em meio ao frio da manhã, mas não reclamou, era uma boa visão daquele corpo.

Alexandra voltou-se para ela e Clarke fingiu estar dormindo, queria aproveitar mais um pouco antes que perdesse Lexa para o trabalho. Poderia não vê-la mais naquele dia e não saberia do mais tarde, então preferiu eternizar aquele momento único, enquanto Alexandra Woods era a mais simples entre as mulheres, e a mais doce entre as amantes.

- Sei que está acordada. – Disse Alexandra sem lhe encarar. A morena estava aquecendo o fogo e fazia algo que Clarke não sabia o que. – Levante, vamos tomar um café.

- Café? – A loira levantou e pode sentir o cheiro forte de café, mas de onde Lexa tinha tirado ela não sabia.

- O melhor e mais forte café desse país. – Lexa sorriu e lhe deu uma caneca despejando o liquido logo em seguida. – Eu mesmo fiz.

Clarke cheirou e tomou um gole.

- Eu mesma colhi os grãos e usei minhas botas para processar. – Lexa mostrou as botas sujas de lama e Clarke cuspiu delicadamente o liquido de volta para a caneca. A morena viu o gesto e gargalhou. – É brincadeira Clarke, eu pedi um pouco de café a família que mora perto do rio, são meus amigos.

A loira sorriu por saber que Alexandra tinha senso de humor e sabia brincar com as situações.

Woods levantou, pegou a sela do animal e se afastou até onde estava o cavalo. Griffin entendeu que estava na hora de voltar e no mesmo instante começou a arrumar as cobertas, mas não antes de pensar em como foi boa sua noite com Alexandra e o quanto se sentiu confortável e protegida em seus braços. Queria repetir aquilo e ainda mais queria estar pronta para Alexandra.

- Acho que temos de voltar, desculpe.

- Não precisa se desculpar. – Clarke bateu a terra e as folhas do casaco de Lexa e devolveu, seguido de um beijo na bochecha. Ela teve de se esticar para alcançar o rosto da morena. – Está tudo bem, eu sei que você precisa trabalhar.

- Mas eu vou voltar para você. – Woods afastou o cabelo do rosto de Clarke e segurou em sua nuca. – Agora tenho um motivo, não é?

---X---

Costia bebeu a noite inteira e ainda não sabia como estava viva. Só queria um café, precisava de café para voltar a vida e esquecer vergonha que tinha sentido no dia anterior.

- Marta por favor, preciso de café. – A ruiva pôs a cabeça na mesa e fechou os olhos para não ver os irmãos de Lexa lhe julgarem. – Estou arruinada.

- Andou brigando com tia Anya de novo? – Aden deixou a torrada de lado e sorriu.

- Mais ou menos. – Disse q levantou a cabeça novamente. Marta trouxe o café, encheu sua xicara e afagou os cabelos da garota ruiva. – Obrigada Martinha.

- Anya é muito jovem ainda Cos, você não pode esperar demais dela. – Marta lhe sorriu e ofereceu um pedaço de bolo. – Por mais que Lexa tente colocar ela no caminho, não vai adiantar. Ela só vai mudar quando quiser mudar.

- Estávamos indo bem até, acho que ela realmente mudou. – A loira suspirou desabafando, mas encarou os garotos do lado e disparou. – Vocês não têm o que fazer? Vão para a aula, logo vão.

- Mas ainda está cedo. – Protestou Jake.

- Andem logo, vão. – Ordenou Costia firmemente, e quando virão que não teria escapatória eles foram embora chateados. – Melhor assim... Voltando.

- Cuidados pirralhos. – Eliza entrou na cozinha e quase levou foi ao chão quando os irmãos de Lexa correram para longe. – Vocês ainda vão derrubar alguém.

- Bom dia Liz. – Costia abriu um sorriso para sua prima e sua cabeça doeu, deveria voltar a deitar e não sair mais do quarto.

- Bom dia. – Blossom jogou seus cabelos para trás e sentou-se à mesa com o nariz empinado. – Vocês virão Lexa?

- Achei que ela estivesse com você.

- Estava, mas ela viu aquela loira azeda e desapareceu, me deixou sozinha.

Marta e Costia se olharam e não precisou palavras para um sorriso nascer no rosto de ambas.

- Odeio aquela garota. – Murmurou Eliza.

Marta enxugou suas mãos e olhou pela janela. Lexa desceu do cavalo e ajudou Clarke a descer logo em seguida, tomando-a nos seus braços. A governanta gostou daquilo, gostava de Clarke e gostava do fato de Alexandra estar com alguém melhor que a ruiva Blossom. Ambas se beijaram brevemente e um sorriso nasceu no rosto de Lexa.

Logo o casal desapareceu do campo de visão de Marta e Clarke apareceu na cozinha com um sorriso de orelha a orelha.

- Bom dia. – A loira saudou todos e jogou o cabelo para trás. Ela voltou-se para Elizabeth e a viu lhe fuzilar com o olhar. – Eliza, Lexa disse que se estivesse aqui subisse que ela deseja falar com você um instante.

- Para você é Elizabeth. – A ruiva bebeu um gole do seu suco. – Até mais garotinha de recados.

---X---

Finn Collins olhava para sua janela enquanto saboreava uma dose de gin, quando ela chegou com seus sapatos italianos. O barulho de seus passos se aproximando o fez sorrir, ele já não sorria desde o dia em que Clarke foi embora. Afinal gostava daquela garota mais do que imaginava e queria ela de novo só pra se, não importa o preço que tivesse de pagar.

- Vocês são inúteis mesmo. – Disse a mulher assim que se sentiu a frente de Finn. – Achei que matando Alexander as coisas ficariam mais fáceis, mas vocês provaram que não.

- A culpa não é nossa se a princesinha se recusa a largar o osso. – Finn tragou o cigarro e voltou-se para a mulher. – O que mudou?

- Lexa saiu da presidência, achei que isso iria provocar sua raiva e descontrole, mas nem ao menos com isso ela se importou. – A mulher desviou seu olhar para não encarar Elliot com sua raiva. – Ela não desviou o foco dela.

- Não, nenhum pouco. – Dessa vez foi Elliot que falou, sua voz estava rouca e cansada. – Ela conseguiu interceptar 46kg de cocaína que o Finn traria a cidade e depois disso destruiu. Um milhão virou cinzas.

- A questão é: o que Alexandra ganha com isso?

- Ela está tomando conta das ruas, eliminando nossos estabelecimentos e assustando nossos homens. Ela ganha o controle da cidade, só não sei porque. – Disse Finn encarando a mulher a sua frente, ele fechou o punho. – E ainda levou Clarke embora.

- Você foi incapaz até mesmo de se controlar minha neta. – O velho resmungou. – Ela estava completamente na sua mão e você a deixou ir.

- Ainda assim eu tentei alguma coisa. – Retrucou Finn. – O que você fez além de bancar o velhinho triste e invalido?

- Chega vocês dois. – Gritou a mulher com os dois e suspirou tentando voltar ao normal. – Clarke está sob proteção de Lexa e ela não vai deixar a garota sair da asa dela tão fácil. Esse não deveria ser o problema de vocês.

- Queríamos Alexander morto e ele estar, queríamos Lexa longe da presidência e ela está. – Elliot cerrou os punhos e encarou a mulher ao seu lado. – Você agora tem um poder a mais na empresa não tem?

- Estou de volta nos negócios, sim.

- Então vamos tomar o que pudermos, coloque Finn de volta nos negócios e me devolva o que é meu. É sua vez de fazer algo – Elliot Griffin acendeu um cigarro, o fogo do isqueiro iluminou seus olhos azuis. – Depois disso, acredito que podemos matar Alexandra e acabar com os Woods de uma vez só.

- Por que matá-la? – Perguntou a mulher olhando o velho de baixo.

- Porque ela envenenou a cabeça de Clarke e a cabeça do meu filho. Ela é um veneno, um mal e eu a quero morta. – Respondeu Elliot soprando a fumaça do ar.

- Matar Lexa não vai resolver o problema. – Finn ergueu a voz. – Ela tem o controle das ruas e se matarmos haverá retaliação, haverá uma completa chacina.

- Então o que sugere?

- Se quiserem matar Lexa, devemos destruir ela por dentro como a morte de Alexander a matou. Deixar ela sem querer voltar.

- Os irmãos, ela os ama. – Sorriu a mulher loira e desviou o olhar para o velho. – E eu odeio aqueles bastardos, então é um bom plano... Vamos matar Lexa por dentro.

Elliot sorriu, ele entendeu bem o que Finn queria e parecia mais do que genial. Matar Lexa não adiantaria, era necessário destruí-la de dentro para fora, até que não restasse nada dentro dela.

---X---

“Dentro dessa família, tem de ter verdade, nossa palavra era nossa honra e foi assim que criei meus filhos. Mas do lado de fora, tudo era enganação, segredos e mentiras eram nossa defesa. Para sobreviver, você tinha que ser um mestre na arte da enganação, a mentira e a verdade tinham que parecer a mesma coisa, mas uma vez que se aprende essa habilidade, ninguém sabe mais a verdade dentro ou fora da família, principalmente você. E nesse momento percebo que estamos afogados num lago de mentiras e já não conseguimos sair.

Demorou muito tempo, mas eu percebi que na minha espiral de desespero, eu estava na verdade caindo dentro de um buraco criado por minha falta básica de benevolência humana. A mais obvia era perdoar. Se eu fui injustiçado, por qualquer um, dentro ou fora dessa família, eu tinha de ser compensado – Dinheiro ou sangue. Não houve dar a outra face. E nesse emaranhado de segredos você percebe que, quando relacionamentos se tornam uma caderneta de lucros e perdas, você não tem amigos, nem entes queridos – apenas pros e contras. Você está absolutamente sozinho. Cheguei onde cheguei e estou absolutamente sozinha.”

- O que você fez com nossa família?

Alexandra Woods amaldiçoou sua bisavó amargamente. Ela poderia ter sido brilhante, um verdadeiro gênio do crime e feito muita coisa. Poderia ter agido como gangster e trabalhado pro governo, poderia ter construído um império longe do crime, poderia ter resgatado os EUA da crise de 29 e feito planos para destruir os nazistas. Mas ainda assim tinha as mãos manchadas de sangue e fez com que todos depois dela tivesse ainda mais sangue nas mãos, seja para manter ou para resolver o que ela deixou para trás. No final das contas, a família Woods não passava de um emaranhado de segredos complexos demais para serem revelados.

- O que está fazendo? – Perguntou Clarke ao entrar no escritório da morena.

- Tentando trabalhar. – Lexa fechou o diário e colocou ao lado da mesa. Clarke se aproximou do sofá e beijou seu rosto. – E você como está?

- Bem. – Griffin tentou não pensar, mas nada vinha mais na sua cabeça. Ela precisava saber o que se sucedeu com Eliza. – Então... Sua conversa com Elizabeth, como foi?

- Complicada, mas ela vai ficar bem. – Alexandra não tirou os olhos da mesinha, seu plano estava lá e ela teria de encontrar uma resposta. – Disse para ela que não poderia ficar com ela porque estava apaixonada por você.

- Ela não gosta de mim.

A morena olhou Clarke e sorriu para ela. Sua garota estava linda e queria beija-la.

- Ela não gosta de ninguém, nem de si mesma. – Woods se deitou no sofá e puxou para junto de si. A loira deitou sob seu peito e sentiu seu coração bater devagar. – Mas não se preocupe, ela não vai prejudicar você em nada. Eliza não seria louca de me enfrentar.

- Não tenho medo dela, sei me cuidar muito bem.

Lexa sorriu e beijou Clarke, um beijo calmo que fez seus lábios se conectarem na mais perfeita ordem. Seus corações batiam em um só ritmo compassado e tudo estava eternizado naquele momento, então quando enfim seus lábios se soltaram, Alexandra percebeu que não podia perder Clarke, não podia deixa-la ir embora.

- Diga-me, no que está trabalhando? – Clarke desviou aquele momento e saiu do abraço de Lexa. Ela se concentrou na mesinha com os papeis.

- Depois que meus primos me afastaram da empresa não tenho muito o que fazer. – Sorriu tristonha e pegou alguns dos papeis. – Essa é a antiga fábrica de bebidas do meu pai, eu me desfiz do negócio.

- Por que?

- Burocracia e descontentamento no geral. Não gosto de me envolver com bebidas e o que vem com elas. – Então seu rosto pareceu duro e frio. Clarke teve medo, mas não esboçou nenhuma reação. – Preferi fazer algo do meu jeito, mas para fazer isso implicaria no fato de que os funcionários não são treinados nisso, e os que são treinados correspondem a uma parcela muito pequena. Não sei se vale a pena demitir mais de cento funcionários por vinte.

Clarke Griffin torceu o nariz e pensou consigo mesma.

- Posso dar uma opinião? – Perguntou ela e viu Lexa assentir. – Você poderia contratar esses vinte como técnicos para ensinar os cem a fazer o trabalho. Logico que você terá de pagar mais para esses vinte, mas acho que vai valer a pena quando tudo começar a funcionar.

- Talvez você tenha razão. – Alexandra voltou a sorrir e encarou Clarke feliz. – Tenho uma ideia.

- E qual seria?

- Quero transformar a fábrica de bebidas em uma fábrica que faz peças originais para carros antigos, uma espécie de oficina especializada nisso. – Lexa procurou seu projeto entre todos os papeis e mostrou a Clarke. – Quero que seu pai seja meu engenheiro mecânico e quero que você seja minha administradora.

- O que? – Perguntou confusa. – Sei que eu pai estar consertando um carro para você, mas isso é loucura.

- Apenas se você achar que é. – Woods se empolgou, pôs o cabelo por trás da orelha e prosseguiu. – Olhe eu sou ótima em lidar com a mente pessoas, mas eu não sei nada sob administração e nem sei mecânica. Tudo que eu tenho foi herdado, não mereço, mas eu tenho de continuar. Preciso de pessoas de confiança como você e seu pai.

- Você confia em mim?

- Confio.

Clarke Griffin levantou e caminhou de um lado pro outro, estava pensando nas probabilidades e se realmente valeria a pena confiar em Alexandra Woods. No entanto, não havia porque desconfiar. De fato, não sabia, mas aí ela se focou em observar Alexandra e seu olhar despertou um brilho que já não via antes. Era aquele olhar de esperança que ela tinha e só ela podia ver uma vez.

- Clarke, não tenho pretensão de te enganar, nem você e nem ao seu pai. – Woods levantou. – A verdade é que eu estou num ninho de cobras e eu quero sair dele, não quero que meus irmãos façam parte do que eu faço, não quero que eles tenham a vida que minha bisavó nos propôs.

- Antes de aceitar sua oferta o preciso dizer algo. – Clarke cerrou o punho, poderia ser a ultima coisa que diria a Alexandra, mas a essa altura não importava. – Meu avô, Elliot Griffin. Ele me pediu para seduzir você e roubar seu dinheiro.

Alexandra gargalhou alto e tirou um cigarro de seu bolso.

- Então diga a ele que você conseguiu. – A morena acendeu o cigarro e jogou o isqueiro na mesinha. – Estou apaixonada por você Clarke, e não tem nada que me faça mudar isso. Quero que seja minha, de hoje em diante.


Notas Finais


Já estamos na metade da fic pessoal, pois é ela será menor
Sinto muito
Comentem ai, vou ter todos os comentarios e conversar com vcs
desculpem a demora
Mas fiquem ligadas nas fic da @ladyjubies ela está atualizando


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