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História Secrets - Take on me - Clexa - Cold


Escrita por: Alysane

Notas do Autor


Vim aqui trazer um pouco de justiça e alegria para vcs nesse fim de semana
Acho que todos esperavam esse capitulo e, devo confessar que deixei de estudar para faze-lo e agr to com um monte de coisa acumulada rsrsr...
Eu suavizei esse capitulo pq a versão original tava bem punk
Então espero que vcs gostem

Capítulo 29 - Cold


Octavia manteve seu olhar fixo em Alexandra Woods que estava a quase meia hora parada, observando atentamente através do vidro seu tio e Finn conversarem. Ambos pareciam nervosos, e Lexa não se preocupou nenhum pouco com o que poderiam está dizendo, no entanto, Octavia se incomodou. Ela tinha medo do que iria acontecer, não por Alexandra e nem por ela mesma, mas por Clarke. Sua melhor amiga estava presa em algum lugar com um homem terrível e não havia qualquer pista sobre seu paradeiro, até ali naquele instante e naquela delegacia.

- Você deve estar pensando o que eu estou fazendo aqui enquanto sua amiga corre perigo. – As palavras de Lexa soaram como um sussurro. A empresária sempre falava baixo, mas firme e isso fazia com que as atenções estivessem sempre nela, Alexandra não era o tipo que eleva a voz por qualquer besteira. – Então eu digo que não está.

- Não questiono seus métodos, eles funcionam mesmo sendo. – A morena parou e pensou um pouco procurando a palavra certa. – P...

- Feios, bárbaros, antiquados... Hediondos. – Um sorriso brotou em seu rosto e Octavia entendeu porque Clarke se apaixonou, Lexa era linda e extremamente charmosa. – Se continuar nessa vida entenderá que, em alguma circunstancias é inevitável você não sujar as mãos. Você só tem que ter certeza se o que está fazendo é pelo motivo certo.

Antes que tivesse tempo de responder, Alexandra saiu em completo silêncio e lhe deixou ali sem saber se poderia ver o que aconteceria ou não.

Ela foi e encontrou na sala na qual Finn e August conversavam, ambos pareceram surpresos com sua chegada e mais surpresos ainda quando ela se aproximou, retirou a jaqueta calmante e pegou o cigarro logo em seguida. Ela o colocou nos lábios, acendeu e sentou-se de frente para os dois.

- Virou policial agora Alexandra? – Perguntou Finn em tom debochado.

- Para o seu azar, não. – A morena continuou a observa-los nutrindo medo em seus corações. Ela sabia que eles tinham medo dela e que por isso tentando lhe tirar tudo, mas ao fazer isso tiraram qualquer pudor ou princípio sobre o qual Alexandra vivia, e não restou nada além de uma assassina. – Só tenho uma pergunta para vocês dois: Onde está Clarke?

Ambos se entreolharam sem saber exatamente uma resposta, no fim August umedeceu seus lábios deixando brotar um sorriso. Ele a provocaria e ela queria isso mais do que tudo. August olhou para debaixo da mesa, levantou e concluiu:

- Ela não está chupando meu pau. – Disse e perguntou a Finn. – Está chupando o seu Finn?

- Não...

Alexandra pôs o cigarro entre os lábios novamente e levantou-se. Abriu os botões e retirou a camisa calmamente. Os dois pareciam não entender absolutamente nada do que estava acontecendo, então quando ousaram questionar, Lexa fez um breve final para a câmera e a luz desligou.

- Não faria nada aqui, é uma delegacia. – Disse Finn hesitando cada palavra e rezando para que a luz ligasse de novo, que a câmera estivesse ligada novamente. – Qualquer coisa que aconteça você será presa.

- Existem dois tipos de pessoas no mundo Finn; as que controlam e as que são controladas. – Woods abriu seus braços. A camisa regata deixava visível os músculos dos seus braços. – Eu sou do tipo que controla tudo. Não coloco os policiais na minha lista de pagamento, eu ponho o departamento inteiro a minha disposição, como está agora. E sabe o que isso significa? Significa que você pode gritar o quanto quiser, mas ninguém vai te ouvir, ninguém vai se importar com você.

- Você não faria isso. – Finn correu para a porta e tentou abri-la, mas parecia não ter ninguém lá, então ele gritou. – SOCORRO, ESTOU PRESO. SOU UM ADVOGADO.

- Não vai funcionar Finn. – Disse August sentindo-se derrotado. – Ela é mais esperta que nós, devo admitir. Alexandra nos pegou de jeito.

Quando gritou pela segunda vez e a porta abriu pelo outro lado, Finn recuou e esperou pelo resgate, mas antes disso seu sorriso morreu deixando-o preso em seu desespero. Anya entrou com um sorriso enorme no rosto e uma bolsa na mão.

- O que? – Ela encarou Lexa. – Cheguei cedo para a festa?

- Eu pedi que ficasse...

- E perder a melhor parte da festa? – Retrucou a loira e colocou sua bolsa em cima da mesa, ela abriu e tirou um taser de dentro, disparando contra Finn e fazendo-o cair desmaiado enquanto se debatia com os choques. – Vamos começar pelo titio?

---X---

Clarke desceu do carro de seu avô e antes que pensasse em fugir, Elliot segurou em seu braço e sacou sua arma. Ele estava assustado com os seguranças de Lexa praticamente fechando a rua e segurando armas pesadas, eles se aproximavam cautelosamente e Elliot sentiu que aquele era seu fim, mas ele lutaria até o final, pois não tinha mais o que perder.

Clarke subiu os degraus de sua casa e as portas se abriram. Guinevere tinha seus olhos cheios de lágrimas e deu passagem quando viu a arma apontada para ela. Clarke baixou a cabeça derrotada e se conformou com o golpe final de seu avô.

- Guinevere, quem e... – Jake gelou assim que viu sua filha diante dele presa aos braços de Elliot Griffin. Ele viu a palidez e a tristeza no olhar de sua filha e se questionou como nunca havia notado aquilo antes. – Clarke.

- Olá Jake, viemos fazer uma breve visita. – O velho empurrou Clarke para o sofá e se sentou ao seu lado. – Um momento em família, talvez... Guinevere, faça chá para nós.

- O que você está fazendo aqui Elliot? – O pai de Clarke tentou se aproximar de sua filha, mas foi impedido pela arma de Elliot. – O que você fez com Clarke?

- Então você já ficou sabendo das novidades?

- Minha filha. – Jake via a expressão de vergonha de sua filha, mas não podia culpa-la pelo que aconteceu, na verdade ele queria abraça-la e garantir que nada aconteceria a ela. – Eu sinto muito meu amor.

- Eu sinto também papai...

- Calada Clarke. – Ordenou o velho. Ele levou a mão a cabeça que parecia doer, estava irritado e inquieto, então Elliot voltou-se para Jake com um sorriso ameno. – Eu não sei se você ficou sabendo Jake, mas sua filha engravidou, ela está esperando um filho daquela gangster maldita.

- Quem? – Jake pareceu confuso e buscou sua filha ou Guinevere para responderem aquela pergunta.

- Lexa não é nenhuma gangster maldita. – Revidou Clarke.

- ELA MATOU SUA MÃE CLARKE. – Gritou o velho colocando o cano na arma na cabeça de Clarke. Suas lagrimas desceram mais uma vez. – POR CULPA DELA E DA GENTE DELA QUE SUA MÃE ESTÁ MORTA, E POR CULPA DELA VOCÊ VIROU UMA PUTA.

- O que você está dizendo? – Jake se aproximou devagar e prosseguiu. – Alexandra não matou Abby, eu estava lá naquele dia e eu vi bem o que aconteceu. Foi um acidente.

- Um acidente? Até você insistirá nisso? – Os olhos azuis de Elliot estavam vermelhos de raiva e por suas lágrimas. – Ela era sua mulher seu idiota.

- Eu sei que houveram excessos, eu não sou idiota e eu sei o que Alexander fez, mas Alexandra não foi responsável pela morte da Abby. – Jake disse dando mais um passo e se mostrando inofensivo. – Alexander ateou fogo somente na plantação, mas um dos caras dele nos impediu de sairmos da casa, ficou falando conosco o tempo todo só que a Abby... Ela fugiu e correu para o galpão porque ela achava que você estava lá, só que o galpão explodiu antes que ela conseguisse sair.

- Ela morreu na plantação...

- Ela morreu no galpão...

- Não pode ser...

-Por que não pode ser? – O ar faltou quando Jake se deu conta de tudo. Ele esqueceu a arma apontada para ele, avançou sobre o velho e segurou Elliot pela gola da camisa, erguendo-o no ar. – Foi você quem a matou, seu psicopata.

- Você matou minha mãe? – Perguntou a loira indignada, suas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- Não...

- FOI SIM. – Gritou Jake e socou o rosto de seu sogro fazendo-o cair e soltar a arma. – Você deixou as bombas abertas, NÃO DEIXOU? O fogo não teria se alastrado até o galpão se as bombas não tivessem vazando. Você fez isso para culpar Alexander de uma desgraça maior.

- Desgraça maior aconteceu com nossa família depois que cedemos a ele.

-ABBY MORREU POR CAUSA DO SEU ERRO ESTUPIDO, SUA GANANCIA. – O pai de Clarke o pegou novamente pela camisa e socou seu rosto, o sangue já escorria pelos seus lábios. – E AINDA POS CLARKE NISSO? A USOU?

- Você passou a vida me fazendo acreditar que o que aconteceu foi culpa dos Woods, quando na verdade foi sua culpa? – O desprezo foi maior do que qualquer outro sentimento, e Clarke não conseguiu fazer nada além de dar as costas para o velho. Ela tremia e parecia fora de si. – Você me deixou ser abusada vovô, você me disse que isso era para o nosso bem... POR QUE FEZ ISSO COMIGO? COM SUA PRÓPRIA NETA?

- Por anos eu vivi ressentido por ter deixado minha filha morrer. – O velho sentou-se no chão e limpou o sangue em sua boca. – A fazenda foi uma série de erros consecutivos que fiz, e eu tive que conviver com meus erros por muitos anos. Não dei ouvidos para Jake, para Abby e acabamos falindo. Achei que vinhos seriam uma boa forma, mas não eram.

- Então você pediu ajuda para vovô Aden, mas ao invés disso encontrou tio Alexander. – Costia retirou as luvas. Sua presença marcante e sua voz doce atraiu a atenção de todos. Ela pegou a arma no chão e a enrolou com um pano pondo sobre a mesa, em seguida prosseguiu. – E claro que Alexander disse não, Lexa disse não, mas você não quis saber, só queria que seu sonho mesquinho se tornasse verdade.

- Como você sabe disso? – Questionou Clarke confusa.

- Eu emprestei o dinheiro para seu avô porque eu queria de verdade que ele se reerguesse, mesmo ele colocando a morte de Abby na nossa conta. – A ruiva permaneceu encarando Elliot. – Na verdade, quando ele deixou as bombas ligadas, o vinho e o álcool escorreram para fora do galpão, a fumaça e o vento fizeram o resto. Foi realmente um acidente e ainda assim encobrimos tudo. Lexa encobriu tudo para que ninguém sofresse anos a fio. Lexa protegeu você Clarke

- Você matou minha mulher e abusou minha filha, A USOU COMO UMA PROSTITUTA. – Jake avançou contra Elliot e começou a espanca-lo, sua mão pesava sobre o rosto de Elliot e ele não parecia querer parar. – Eu vou acabar com você.

- Clarke vem comigo. – Costia amparou Clarke de seu choro e a abraçou. – Acabou...

- Vou ligar para Lexa, ela precisa saber que você está bem.  – Disse Guinevere e se retirou da casa.

- NÃO. – Elliot negou, e revidou o ataque de Jake empurrando-o para trás. – Eu não vou deixar aquela maldita ganhar. Ela me tirou tudo.

- Você fez isso sozinho vovô.

- Eu não vou deixar você sair, já basta o que fez. – Jake pegou a arma na mesa e apontou para seu sogro, ele hesitou e tremeu.

- Pai não faz isso. – Clarke tentou desvencilhar do abraço de Costia, mas não conseguiu. – Pai...

Elliot desviou e correu para a porta, a arma disparou e ele continuou a correr.

- PAI NÃO... – Clarke fechou os olhos e a única coisa que ouviu foram os disparos incessantes. – NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOO.

Jake soltou a arma e correu para fora da casa deparando-se com Elliot caído em seu jardim. Os soldados de Lexa ainda miravam as armas para o corpo, mas não havia chance dele se mover.

Costia umedeceu os lábios e foi até Jake Griffin. Ela segurou em sua mão e o ajudou trazendo para dentro, mas o mesmo parecia anestesiado com o que aconteceria.

- Eu não queria mata-lo, não de verdade. – Disse em meio as lágrimas. – Eu o matei?

- Você não o matou, nossos homens sim. – A ruiva o trouxe para dentro de casa e o sentou no sofá. – Elliot teve o que mereceu, foi até pouco para tudo o que ele aprontou.

- Todos estão bem? – Martin entrou na casa e encarou todos. – Clarke está bem? Machucada?

A loira assentiu e o garoto sorriu.

- Temos nossa princesa de volta rapazes. – Martin elevou a voz para os seguranças. – Podem abaixar as armas, isso merece ser comemorado.

Comemorar sobre o corpo de Elliot Griffin foi a coisa mais bizarra que Clarke pode ver, mas minutos depois ela entendeu o porquê. Havia um prêmio por cada bala que acertasse o corpo de Elliot, essa era a forma dos soldados repararem todo abuso que ele cometeu contra Clarke, afinal àquela altura eles já sabiam de tudo e a verdade foi o gás que eles precisavam para matar aquele homem e faze-lo sofrer.

- Avisei a Anya. – Anunciou Guinevere e sentou-se ao lado de Clarke. – Logo ela estará aqui, mas Lexa não vem.

- Por que ela não vem? – Griffin encarou Costia buscando uma resposta, mas não havia.

---X---

Alexandra colocou suas mãos na bacia de gelo e logo toda a água ficou vermelha. Seus punhos estavam em carne viva, seus braços e a camisa regata tinham os respingos do sangue de seus inimigos, e ela não nutria qualquer sentimento. August tinha seu rosto coberto de sangue, o olho esquerdo inchado, o nariz quebrado e dois ou três dentes jogados no chão. Suas mãos estavam presas por algemas e sequer havia circulação de sangue. Já Finn, além de ter sofrido pelas mãos de Anya, teria sua sentença decretada a qualquer instante. O advogado fechou os olhos porque não quis olhar, mas foi impossível não ouvir os gritos de August e suas suplicas, e isso o deixou com medo o suficiente para enfrentar Alexandra.

- Lexa, realmente eles não sabem nada sobre Clarke. – Disse Anya. Assim como Lexa, ela tinha suas mãos sujas de sangue de August e de Finn, mas diferente de Lexa, ela não sentiu prazer. – Deveríamos parar.

- Ainda não terminei o que comecei. – Woods pegou o cigarro dos dedos de Anya e colocou em seus lábios. A morena tragou enquanto encarava Finn e pensava cautelosamente o que iria fazer. – Mas não vou demorar muito.

- Não, por favor não faz isso, eu te digo qualquer coisa que quiser saber. – Implorou Finn inutilmente. Seus braços estavam suspensos pelo ar com uma corrente prendendo em seus pulsos. Antes de prendê-lo, Anya havia retirado suas roupas e o deixado exatamente como Lexa pediu. – Eu posso contar tudo, só perguntar.

- Onde está a puta da minha mãe? – Perguntou Woods se aproximando com uma faca em suas mãos. – Em qual buraco ela se enfiou?

- Na casa do lago. – Respondeu sem questionar e engoliu seco quando Lexa cortou seu estomago superficialmente. – Por favor, Lexa.

- É verdade tio? – A morena puxou seu tio pelo cabelo e o fez encara-la. – Ela está na casa do lago?

August Woods apenas assentiu, estava cansado demais para dizer qualquer coisa.

- Ótimo, mas eu tenho outro assunto para resolver com você Finn. – Lexa sorriu e pegou seu celular na mesa, ela mexeu alguns segundos e depois mostrou ao advogado. – Um dia você me disse que não confiava em bancos e que colocava todo o seu dinheiro na sua casa, no seu cofre onde poderia vigiar dia e noite, bom acho que você pode ver que não foi uma boa ideia.

Finn Collins observou as câmeras de sua própria casa, enquanto os homens de Alexandra jogavam gasolina e se preparavam para tocar fogo. Collins gritou em negação e implorou para que aquilo parasse, mas não parou. O fogo consumiu tudo e quando a câmera começou a falhar deu sinal de que já era tarde demais, a casa sucumbiria em chamas assim como sua riqueza.

- Eu deixei o melhor para o final claro. – Lexa sorriu e pegou o celular discando um número e em seguida pôs no viva voz. – Você vai adorar.

- Finn? – A voz era de uma mulher velha e cansada e assim que sua voz soou, Collins tentou se desvencilhar das correntes mais era inútil. Ele chorou e ela sentiu seu espirito sendo destruído. – Meu filho você está aí?

- Estou aqui mamãe. – Respondeu tentando conter as lágrimas. – Escute...

- Finn como você pode fazer algo assim com essa moça Finn? – Questionou sua mãe e a cada frase ele sabia que poderiam ser suas últimas palavras. – Eu sempre disse para você ser um bom garoto com as meninas, o que aconteceu?

- Obrigada West, isso basta. – Disse a morena.

- Não, não faça isso... Ela não tem nada a ver com isso.

- Marta também não tinha e você não lhe deu escolha, deu? – Questionou Woods e voltou-se para o celular. – Matem-na.

O som da rajada de tiros tomou de conta daquele lugar. Anya fechou os olhos tentando não imaginar o que Alexandra teria feito, mas sabia exatamente quem Lexa era quando estava com raiva e não ousaria sequer impedi-la de tal coisa.

- Você fodeu com Clarke. – Disse a morena enquanto escolhia sua próxima arma. – Você a humilhou e eu devo ser sincera com você Finn, eu não esqueci nenhuma vez sequer em que você a chamou de prostituta. Eu imaginei esse momento, e sua morte será o meu prazer, mas você não vai morrer fácil, não... Você vai sofrer como Clarke sofreu e só então eu vou te matar.

Woods tapou a boca de Finn, e com um soco inglês em suas mãos ela acertou um soco em suas costelas. O advogado se contorceu e gritou, e depois dessa mais socos vieram, como se seu corpo fosse um saco de pancadas. As costelas romperam e ainda assim ela continuou.

Anya observava toda a cena de longe, a fumaça do cigarro subia e ela não conseguia tirar os olhos de lá. Queria aquilo tanto quanto Alexandra, ela odiava aquele homem e tudo o que já tinha feito, era simplesmente horrível.

Lexa pegou uma chave de fenda e apunhalou em seu peito, puxou e apunhalou novamente. E a cada vez que rompia sua pele, podia sentir mais com aquilo. Como o sangue escorria pelo corpo de Collins, ele já se sentia desfalecido e fraco demais para se manter acordado, então Lexa pegou o sal, colocou em sua mão e espalhou pelas feridas, fazendo-o acordar e a encarar novamente. Estava assustado e mal conseguia se manter acordado.

- Você não vai morrer agora, quero que olhe para mim quando morrer. – Woods puxou pelo cabelo e o fez encarar. – Quero uma última pergunta para você Finn e você vai me responder ou farei sua morte doer ainda mais.

Finn Collins não conseguiria aguentar por muito tempo, e Alexandra sabia disso, mas ela queria ir até as últimas consequências porque sabia que se pudesse Finn iria até as últimas com Clarke. Ele assentiu mesmo no final de suas forças e Alexandra sorriu.

- Foi minha mãe a principal responsável pela morte de meu pai, não foi? – Woods pegou a faca e a colocou sob as bochechas de Finn. – Diga-me e eu o deixo viver mais um dia.

- Ela... Ela... – A voz parecia não sair e ele estava confuso demais para pensar por si só.

- A ideia foi minha, mas a execução foi planejada por ela. – Disse August erguendo a cabeça com muito esforço para encarar sua sobrinha. – Ela e Elliot, queriam Alexander morto mais do que qualquer um. Edith odiava seu pai.

Alexandra deixou Finn para trás e voltou-se para seu tio, ela ajoelhou e ficou de igual para ele.

- Obrigada tio, ao menos uma coisa certa a ser feita. – A morena sorriu e concluiu. – Por causa disso você não vai morrer, mas vai passar o resto da vida vivo e preso para se lembrar a não mexer com minha família.

- A que custo foi essa vingança? Você perdeu tudo, sua família, sua empresa.

- Não perdi nada tio, só sei escolher meus inimigos bem e os colocar onde eu quero. – Ela se levantou e beijou sua testa. – Não se preocupe, cuidarei de você.

- Lexa? – Anya tirou sua amiga de seu momento prazeroso, e lhe sorriu alegre. – Encontraram Clarke, ela está na casa do pai dela. Pegaram Elliot também, ele está morto.

- Ótimo. – Disse de tudo e pondo suas mãos de volta no gelo, era o único alivio que sentia desde que começou a fazer aquilo.

- Lexa eu estou indo encontrar as garotas. – Anya vestiu a camisa e a jaqueta e encarou sua prima uma última vez, mas ela não saiu do seu mundo, estava focada demais em sua vingança. – Você vem?

- Preciso acabar com minha mãe ou isso não irá acabar nunca.

- Eu entendo. – Anya abraçou sua prima e chorou por ela. – Até mais.

- Se eu não voltar...

- Eu mato você se não voltar.

- Cuide dela por mim.

---X---

Alexandra estacionou na porta da mansão e desligou o carro. Ela pegou a arma em suas mãos, a mesma que seu pai a havia dado meses antes, e hesitou, pensou em sua mãe e em tudo que viveu ao seu lado. Era fato que Edith nunca foi uma boa mãe e nem tentou ser, mas ela a havia colocado no mundo e mesmo que Lexa a odiasse, ela hesitou, por ela, por sua mãe e pela ala de ambas.

A porta abriu e Lexa desceu do Mustang com a arma nas mãos. As luzes da casa estavam acessas, mas não havia movimentação, então Alexandra apenas seguiu para a casa com os ombros arqueados e triste pelo que estava prestes a fazer.

- Mãe? – Chamou assim que passou pela porta. – Está em casa?

- Alexandra Woods. – Um homem surgiu da cozinha com um pano sob o ombro e um sorriso largo em seu rosto. Ele era alto, forte e tinha o cabelo jogado para trás. – É muito bom finalmente conhecer a assassina dos meus filhos.

- Digo o mesmo em conhecer o assassino da mulher que eu considerava como uma mãe. – Lexa retribuiu o sorriso, ela conheceu bem o sotaque italiano do homem e deduziu quem era, o que a deixou feliz de certa forma. – Então, de assassino para assassino, diga-me, o que faz aqui?

- Esperando você é claro. – O italiano voltou para a cozinha e se concentrou em mexer a frigideira que estava no fogão. – Desde que você começou sua caçada mortal ficou impossível sair da cidade, sua mãe decidiu parar de fugir e eu também, sabíamos que viria e que o jogo acabou

- E onde ela está?

- No lado e fora, tem um jardim lá.

- Rosas brancas? – A morena ergueu a sobrancelha ao perguntar.

- Sim. – Respondeu o italiano.

Lexa saiu da sala e caminhou devagar até a porta de vidro que dava acesso ao jardim, mas antes que pudesse atravessar, viu Luca sacar a arma contra ela pelo reflexo e abaixou assim que ele disparou contra ela. O vidro estilhaçou e os cacos voaram para todo lado, e mais balas vieram. Woods correu abaixada tentando desviar das balas e ir de volta para a sala, onde parecia seguro e continuou assim até os tiros cessarem.

- Qual seu problema? – Gritou a morena.

- Você matou meus filhos, matarei você também.

- Eu nunca seria fraca para atirar pelas costas como você, nem covarde para dar as costas a um cano de uma arma. – Disse e se levantou ficando cara a cara com o italiano que tanto lhe odiava. Ela tirou a jaqueta dos filhos e revelou o sangue de seus inimigos, Luca hesitou e ele tremeu ao ver a garota suja de sangue alheio. – Se quiser atirar, atire, mas se for um homem, me enfrente.

Luca pensou, mas seu ódio superou sua razão e ele largou a arma e foi ate Alexandra. Com seus punhos cerrados ele deu o primeiro golpe, mas Lexa abaixou a tempo e tentou uma investida por baixo acertando sua costela. O italiano sentiu o impacto do soco, mas conseguiu pegar Lexa pelo braço e joga-la por cima da mesa. A morena se contorceu de dor, sua ideia havia sido estupida. Luca era mais forte e tinha mais energia que ela. Lexa naquele momento só tinha os punhos machucados e metade de sua força, ainda assim ela tentou levantar em meio aos destroços da mesa, mas Luca a pegou novamente e socou seu rosto.

- Não se preocupe, sua morte será rápida. – Disse e a pegou pela camisa e levantou seu corpo como se fosse um nada. – Quanto antes terminarmos isso melhor.

- Não tenho intenção de morrer aqui. – Woods pegou um pedaço de madeira que havia soltado da mesa e enfiou na perna de Luca que gritou e a soltou no chão com força. – Tenho alguém para voltar.

- Ae, sua putinha... Sua mãe falou. – Luca hesitou e encostou-se no balcão da cozinha, ele retirou a madeira da perna e jogou no chão. – Está grávida de você sabia?

- Grávida? – Lexa parecia confusa, ela não fazia ideia de que suas roupas noites com Clarke haviam lhe rendido uma gravidez. Mas logo a felicidade veio, e sequer notou quando o homem gigante pegou a faca e atirou contra ela. Em seguida ele veio, mas a Woods acordou e desviou do golpe. – Se ela está grávida eu não posso mesmo morrer.

- Mas você vai.

Lexa tirou a faca de seu ombro, girou seu corpo e quando Luca estava em cima demais para notar, gravou-a em seu coração. Ela viu sua vida se esvaindo diante seus olhos e uma lagrima escorreu. Ela tocou seu rosto e o segurou para que não caísse.

- Vá para o inferno. – Lexa o abraçou porque não queria olhar. – E que o diabo abençoe seu caminho.

A morena levantou sentindo a dor de seus machucados e pegou sua arma. Seu trabalho ainda não havia terminado, mas faltava pouco, só mais um pouco para que ninguém mais sofresse. Então Woods continuou seu caminho para o jardim, mas a cada passo era mais doloroso por ela saber a que seu caminho levaria.

Sua mãe estava observando o lago e tinha uma rosa em suas mãos, Lexa apontou a arma e hesitou, as lágrimas vieram e ela não conseguiu conte-las, então abaixou a arma e respirou fundo antes de perguntar:

- Por que fez isso?

- Eu não amava seu pai Lex, isso era uma questão de tempo para acontecer. – Edith voltou-se para sua filha e a encarou. – Era ele ou eu, só me certifiquei de que não fosse eu.

- Éramos uma família. – Sua voz falhou e ela teve de se controlar. – Alguma vez você nos amou mãe?

- Eu tentei, cheguei bem perto inclusive, mas então Marta tirou você de mim e eu não podia competir com ela. – Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela não negou aquele momento triste para sua filha. – Ela era uma verdadeira mãe para você, ela te amava como eu nunca pude.

- Você destruiu minha família, eu amava você e você destruiu tudo. – A dor veio, mas ela era o menor dos seus problemas agora. Sua mãe manteve o olhar firme, mas Lexa não conseguia encara-la como queria, não tinha forças. – Você me pôs no mundo e eu sempre lhe fui grata por isso, no entanto você apenas me rejeitou.

- Você quer que eu me arrependa, você não quer puxar esse gatilho, mas eu não vou fugir mais, estou cansada. Eu sei o que fiz Alexandra e se pudesse faria de novo sem cometer erros, porque eu gostei e eu queria me ver livre de seu pai, das traições dele e a sujeira que eu sempre colocava para debaixo do tapete. – Edith beijou a rosa branca. Aquele era o único elo com o resto de bondade em seu coração. – Faça o que tem de fazer minha filha, porque eu sei que não vou desistir. Tem de ser você, faça.

Lexa empunhou a arma que seu pai lhe deu com as duas mãos e tentou mantê-la firme, mas ela não conseguia fazer o que tinha de fazer. Então Edith lhe deu as costas, ela sabia que seria mais fácil para Lexa daquele jeito, ela encarou as rosas uma última vez e pela primeira vez pediu a Deus para não ir ao inferno. Woods puxou o cão e atirou uma única vez, o estampido lhe tirou de orbita e o corpo de sua mãe caindo no chão a fez desmoronar.

Uma parte de Lexa morreu naquele dia também.

---X---

A viatura da polícia estava bem de frente a casa do lago quando Anya chegou com Costia e Clarke, as luzes piscavam, e o carro de Lexa estava estacionado na entrada da garagem. Na casa as luzes estavam acessas, mas ninguém ousou entrar. Bellamy se aproximou e Anya abaixou o vidro, ela estava pronta para saber o que estava acontecendo, assim como Clarke.

- Os vizinhos ligaram relatando barulhos e tiros, também disseram que tem um cheiro de gás, o cheiro é bem forte, então os bombeiros nos pediram para não entrar ainda. – O moreno se encostou na janela do carro e procurou Clarke. – Você está bem?

- Na medida do possível.

- E Lexa?

- Deve estar lá dentro, estamos esperando os bombeiros...

- Olhem. – Disse Costia apontando para a entrada da casa. – Lexa?

Woods parou na porta da casa, parecia olhar para trás como se conversasse com alguém, então ela pareceu se assustar e correu para fora, então tudo explodiu. Os vidros das janelas, as portas e o fogo estavam por todos os lados.

- LEXAAAA. – Clarke Griffin abriu a porta do carro e correu ao ver o corpo de sua mulher caído no chão. Correu sem se importar e se ajoelhou diante o corpo, ela pôs a cabeça de Lexa em seu colo e tocou seu rosto manchando-o com suas lágrimas. – Por Deus, não morra.

- Você... – Disse Lexa num breve sussurro quase inaudível. Seus olhos estavam perdendo a dor, mas ainda restou forças para um sorriso e então ela desmaiou.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO

- LEX. – Anya ajoelhou diante sua prima e iniciou a massagem cardíaca, o corpo estava desfalecido e o sangue em seus machucados continuavam a sair do corpo e tudo de repente virou nada. Anya não ouviu mais nada, tinha a vida de Lexa em suas mãos e não deixaria morrer. – Você precisa lutar Lex, você é um soldado e soldados não morrem... Não me deixa sozinha por favor, eu preciso de você. VAMOS LÁ, RESISTE PORRA.

O mundo tornou-se cinza para Clarke naquele instante, a vida do seu amor estava se esvaindo pelos seus dedos e ela não podia fazer nada. Griffin apenas sentiu os braços do bombeiro tentando afasta-la do corpo e viu Anya chorar socando o gramado por não conseguir fazer mais nada. Um policial tentou afastá-la, mas ela socou seu rosto. Clarke por outro lado estava paralisada e não conteve as lagrimas. As imagens de Alexandra continuavam voltando cada instante que fechava os olhos e ela não podia acreditar em tudo o que aconteceu, queria sua noiva de volta, queria sua vida de volta.

Chorou, gritou e amaldiçoou todos pelo que estava acontecendo. Costia a pegou em seus braços, mas não havia consolo algum, ainda assim a ruiva a manteve em seu abraço evitando que Clarke se descontrolasse.

- Já chega. – Disse um dos bombeiros que a socorriam. – Perdemos ela.

- Não, não no meu turno. – A mulher se recusou a acreditar naquilo, pegou o desfibrilador, aumentou a voltagem e aplicou o choque. O corpo não reagiu, então ela repetiu o procedimento. – Vamos lá, reage.

Clarke juntou as mãos e rezou.

- Por favor, se você existe. – A loira olhou pro céu. Uma nuvem começava a se formar e em alguns instantes tudo iria piorar. – Ela acreditava em você, então se você existe, por favor salve ela.

Os bombeiros começavam a arrumar suas coisas, dois deles já haviam se afastado. Então mais uma vez eles tentaram, o choque veio e o coração bateu.


Notas Finais


Bom pessoal, teremos mais 2 ou 3 capitulo e chegaremos ao fim da jornada
Espero que vcs estejam se divertindo pq eu estou
E vamos comentando bastante pra tia aqui ficar feliz pq esse deu trabalho viu.


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