September 16th
Pela primeira vez em um domingo, eu acordei cedo sem ninguém me chamar ou acordar.
Talvez eu já soubesse o que estava por vir.
Levantei com uma certa - lê-se com muita - preguiça, calçando como sempre minhas confortáveis e quentinhas pantufas do Iron Man e vou até o banheiro, iniciando todas as minhas higienes matinais.
[...]
Desci as escadas, encontrando o Tae sentado no sofá, com uma latinha de refrigerante e um pacote de Sucrilhos ao lado.
- Bom dia Tae - Me sentei ao seu lado, pegando um pouco de Sucrilhos colorido e o comendo.
- Bom dia... - Disse, com os olhos grudados na tv, que passava o novo episódio do anime favorito do mais velho.
- Ein, cadê nossos pais? - Perguntei, olhando pra janela, vendo o nosso quintal vazio, com só o pequeno e antigo balanço vermelho. Que estava ali, esquecido a anos.
- Não sei, parece que não chegaram ainda! - Assim que deu o comercial, ele me olhou, fazendo uma cara de safado - A noite parece que foi boa... - Rimos alto e com isso eu revirei os olhos, batendo levemente no ombro do loiro ao lado.
- Baka...
E no fim, ficamos praticamente a manhã toda assistindo aquele anime - do qual eu não sei o nome e, muito menos o que se passava nele -.
Algumas vezes Tae gritava ou jogava Sucrilhos na tela da tv, me olhando com uma expressão tipo: "Assim que acabar eu limpo tudo".
E quando isso acontecia, eu soltava baixas risadas, dizendo um "Tudo bem, não precisa se preocupar".
Ouvimos o barulho da porta ser destrancada e rapidamente olhamos pra porta, vendo nosso pai entrar.
Sua expressão era cansada, os olhos inchados e vermelhos e bom, ele estava sozinho.
- Ah, meninos... Vocês estão aí! - Se sentou em sua poltrona, deixando de lado o grande moletom cinza, olhando diretamente pra gente, com o olhar triste. - Eu preciso contar uma coisa...
--x--
Jin on:
Acordei assustado, com o barulho do meu celular tocar alto.
Peguei o mesmo, no pequeno criado mudo ao lado da cama, vendo na tela a foto de Jungkook e os botões pra atender.
- Jungkookie, oi... - Esfreguei os olhos com a mão livre, me sentando na cama, lembrando mentalmente que eu deveria limpar meu quarto.
- "Jinnie... Eu... Pode vir aqui em casa?" - Suspirei fundo, me espreguiçando, vendo o pequeno e preto gato se aproximar, subindo em cima da cama e aconchegando-se entre minhas pernas.
- Aconteceu alguma coisa? - Comecei a fazer carinho no pelo macio de Xiumin, mordendo o lábio inferior preocupado.
- "Sim... Por favor, passa aqui em casa!" - A voz do mais novo começou a ficar embargada e provavelmente ele havia começado a chorar.
- Chego aí em alguns minutos!
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