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História Secrets - Emoções à flor da pele


Escrita por: Wong_E

Notas do Autor


Hey, hey amores! Demorei mas cá estou.
Galere, minha cabeça finalmente destravou em relação ao bloqueio que eu tinha pra escrever no ponto de vista do Bucky e dessa vez consegui escrever boa parte do capítulo na visão dele! YAY! Bom, mas como eu sou perfeccionista ainda acho que minha escrita não está 100%, por isso quero que sejam sinceras e digam o que acharam, o que devo melhorar, se devo fazer isso de novo, etc ok?
Enfim, esse cap pra mim foi um dos mais legais até agora apesar de ser apenas um complemento pro último (pretendo começar a desenrolar o fim da trama a partir do próximo, amém). Tem Stucky, tem entendimento de como nosso Soldado se sente em relação à Wanessa, tem treta ao quadrado e mais algumas coisas que acho que vocês vão gostar e até rir um pouco kkkk
Ok, parei, senão vou ficar tagarelando ainda mais. Vamos à leitura? Espero que gostem ♥
Ps: fantasminhas, apareçam! Gostaria muito de saber o que estão achando e também interagir com vocês ;)
Ps2: tô muito feliz com as quase 5.000 exibições da fic, vocês são demais. OBRIGADA ♡

Capítulo 23 - Emoções à flor da pele


Fanfic / Fanfiction Secrets - Emoções à flor da pele

Bucky 

26 de Outubro de 2014

— Hey, Soldado. Por que parou? — Wanessa questiona parando e se virando na minha direção — Algum problema?

Solto um suspiro pesado e nego com alguns meneios de cabeça. Durante todo o trajeto até esse shopping estou tentando entender o que deu em mim para ter confiado nessa garota. Não sei porque me senti tão confortável na companhia dela para ter contado sobre o meu passado na HIDRA e pra aceitar sua ajuda sem ao menos pensar duas vezes.

— Eu não devia ter vindo pra cá. — respondo entre dentes, ela revira os olhos e se aproxima.

— Ah, fala sério. Nós já estamos aqui no shopping, tá meio tarde pra dizer que não devia ter vindo, não concorda? — pisca algumas vezes, e não posso negar que por um milésimo de segundo eu me vi perdido no brilho esperançoso de seus olhos — Vem, por favor, você pediu minha ajuda pra conhecer as coisas legais do nosso mundo, e como sua personal helper eu...

— Personal o quê? — questiono antes de ela terminar.

— Personal helper. — repete como se fosse óbvio — É tipo uma... como é que eu posso explicar... uma babá, só que em vez de cuidar de você eu vou apenas te ajudar a se familiarizar com tudo o que você perdeu nessas últimas décadas. Eu sei, parece chato considerando que você perdeu muita coisa, mas garanto que vai ser bem legal e que vai se divertir. Confia em mim, eu só quero te ajudar.

Analisei sua expressão enquanto assimilava suas palavras para saber se não estava mentindo, e como aconteceu antes tudo que vi foi um semblante sem nenhum traço de falsidade. Nenhum outro integrante dos Vingadores, além de Steve, demonstrou interesse em me ajudar ou sequer conversar comigo por mais de cinco segundos, e eu não esperava que justo Lewis fosse ser quem teria esse interesse e muito menos quem me transmitiria tanta confiança em pouco tempo de convivência.

— Tudo bem. — murmuro somente, lhe arrancando um sorriso que de tão radiante me deixou até com raiva. Como ela pode sorrir e agir com essa empolgação por estar ajudando alguém como eu?

— É assim que se fala! Vamos, vamos comprar os bilhetes. Qual filme você quer ver? E a pipoca, prefere doce ou salgada? Eu gosto mais da salgada, mas a doce também é muito boa.

A medida em que tagarelava tudo isso ela simplesmente pegou na minha mão robótica e começou a me puxar em direção à escada rolante sem nem esperar por uma resposta.

— Eu não sei! — exclamei pisando no degrau em movimento.

Wanessa se virou de frente para mim com uma careta de estranhamento, e ao ver que eu não estava brincando ergueu as sobrancelhas e voltou a falar:

— Bom... tem um filme que eu vi na semana passada e acho que você vai gostar. Se chama Lucy, a protagonista é bem parecida com a Natasha inclusive. — riu brevemente — Eu não vou dizer como é a história pra não perder a graça, mas pode ser esse?

Como eu não fazia idéia de quais eram os demais filmes em cartaz e não estava muito afim de procurar saber, concordei com a cabeça e respondi:

— Pode.

De novo ela sorriu demonstrando empolgação, e dessa vez involuntariamente eu me deixei imitar sua atitude de uma maneira mais contida. Por conta da distração e por ainda estar me encarando Wanessa não viu quando a escada chegou ao fim, e quando isso aconteceu ela levou um susto e cambaleou para trás. Num reflexo eu segurei sua cintura e a puxei contra mim para evitar que caísse de costas, fazendo com que nossos corpos ficassem colados por um tempo que julguei como sendo longo demais. Sem querer eu inalei o ar com um pouco mais de força ao sentir seu perfume invadindo minhas narinas, pois o aroma misto de morango e framboesa impregnado em sua pele foi o mais agradável e entorpecente que já senti.

— Ob... obrigada. — falou quando a soltei, suas bochechas estavam coradas e seu tom de voz demonstrava constrangimento.

— De nada.

Saí de perto da escada para que as pessoas pudessem subir e só então notei os olhares que caíam sobre nós. Alguns eram maliciosos, outros sugestivos e uns ferozes, mas os que mais me deixaram irritado e ao mesmo tempo envergonhado foram os dois primeiros.

— Ham... — Lewis pigarreou e me lançou um olhar cruzado — A... a bilheteria é pra lá. Vamos?

— Sim. — acatei sem olhá-la nos olhos e a segui em meio ao emaranhado de gente, ignorando totalmente minha razão que gritava para eu ir embora e me afastar dela enquanto isso ainda seria possível.

****

02/03/2015

Eu nunca fui de ficar relembrando nenhum dos momentos que passei com Wanessa, seja antes ou depois de ter me envolvido com ela, mas depois do que aconteceu conosco eles tem sido as únicas coisas que dominam a minha mente.

Eu não consigo deixar de pensar por nem um segundo sequer na nossa discussão e no modo como tudo terminou. As palavras duras e impensadas que dissemos um ao outro ficam se repetindo na minha mente e fazendo eu ter ódio de mim mesmo por estar me sentindo assim.

Desde o começo eu sabia que não devia ter me envolvido com ela, que deveria ter feito de tudo para afastá-la antes que esse sentimento surgisse entre nós, mas eu simplesmente não fui capaz de fazer algo que sempre foi tão simples para mim. Sempre tive facilidade em espantar qualquer um que tentasse se aproximar, me lembro que desde os anos 40 eu era assim, porque é que justamente com ela tinha de acontecer o contrário?

Bufei de frustração por estar pensando nisso tudo e levantei da cama. 15:32 era a hora marcada no relógio do criado mudo, e como eu não tinha nada para fazer e não queria ficar trancado no quarto remoendo essas lembranças resolvi que o melhor seria ir até a academia e treinar em qualquer um dos simuladores.

Vesti uma camiseta, calcei meus tênis e deixei o quarto, dando uma rápida olhada na direção da porta do quarto de Lewis. Estava fechada e a luz apagada, sinal de que ela não passou por aqui. Ela sempre esquece a luz acesa quando sai de algum lugar, aprendi isso com o nosso tempo de convivência.

Deve estar no ambulatório, afinal ontem ela recebeu o último coquetel de antibióticos e ainda deve estar fraca. — concluí mentalmente enquanto caminhava para o elevador. Se não fosse por Steve eu não teria ficado sabendo de tudo que aconteceu com ela durante esses oito dias que passaram. Depois da nossa briga nós não nos vimos e nem nos falamos, o que, para mim, é o melhor que podia ter acontecido. Não quero mais fazê-la se decepcionar comigo e sofrer com isso, tenho certeza que se continuarmos distantes não vai demorar muito para ela esquecer de tudo que houve entre nós e focar nas coisas que tem pra resolver e que não conseguia apenas por minha causa, por tomar partido dos meus problemas e deixar os próprios de lado.

Eu estava absorto nesses pensamentos quando as portas do elevador abriram e Steve entrou no mesmo, esboçando um pequeno sorriso ao me ver recostado no fundo.

— Achei que não ia sair do quarto hoje. — comentou parando ao meu lado — Tudo bem?

Assenti brevemente e cruzei os braços.

— Sim. Eu só estava com dor de cabeça, e agora que passou resolvi ir treinar.

Ele apenas levantou as sobrancelhas e desviou o olhar, permanecendo em silêncio por longos segundos. Me escorei novamente na parede do elevador e esperei até ele dizer o que queria, coisa que aconteceu poucos instantes mais tarde: 

— Você não vai mesmo procurá-la, né?

Droga. Mesmo que eu queria é impossível não lembrar da Lewis. Sempre vai ter um infeliz pra ficar me importunando com alguma pergunta sobre ela.

— Não. — sibilei sem muita paciência — Ela foi bem clara quando disse que era melhor a gente se afastar e eu concordo.

— Ela perguntou por você. — ele revelou logo após minhas palavras, mas não demonstrei muita empolgação. — Queria saber se você estava bem, se não tinha feito nenhuma burrada e também se...

— Se? — questionei ao ver sua hesitação em prosseguir.

— Se você não estava mais se encontrando com a mulher do bar.

Passei minha mão humana pela nuca e segui para fora do elevador ao lado de Steve quando ele chegou ao andar da academia.

— Eu não entendo. — pronunciei com certo escárnio — Por que ela quer saber dessas coisas se nós não estamos mais juntos? Não faz sentido.

Rogers soltou uma breve gargalhada e apoiou uma mão no meu ombro metálico, o fitei de cenho franzido aguardando uma explicação pela atitude debochada.

— Ela gosta de você, Buck. É normal que ainda se preocupe com você e sinta ciúmes.

Foi a minha vez de rir, mas não de alegria ou outro sentimento do tipo. Foi uma risada sem graça, que saiu sem querer quando me dei conta de algo que jamais achei que aconteceria.

— Não acredito que você está me dando conselho sobre uma mulher. Quando foi que Steve Rogers começou a entender desse assunto?

Ele riu outra vez e balançou a cabeça em negação, enfiando as mãos nos bolsos da blusa enquanto dizia:

— Sabe, agora eu lembrei de uma conversa que tive com o pai do Tony no dia em que recebi meu escudo... — uniu as sobrancelhas como se não lembrasse do resto — Ele me disse algo mais ou menos assim: quando você achar que sabe o que se passa na cabeça de uma mulher você estará perdido. Eu achei que a Peggy seria a mulher mais complexa que eu iria conhecer, mas agora que estou com a Nat vejo que me enganei e que não faço idéia de como lidar com ela.

— Apesar de não me lembrar dele eu tenho que concordar, ainda mais ele sendo um Stark e sabendo como lidar com as mulheres muito mais do que você. Você sempre foi péssimo pra interagir com o sexo feminino, me surpreende ter conquistado só as mulheres mais difíceis. — ironizei, Steve me fitou com uma careta de indignação.

— Puxa, obrigado. É bom saber que você recuperou sua sinceridade de antigamente.

— Ah, que isso. — bati de leve em seu ombro — Não precisa me agradecer, amigos são pra essas coisas, né?

Enquanto eu zombava do meu velho amigo nós chegamos à academia, mas paramos antes de entrar ao ouvirmos vozes e barulhos vindos do tatame, uma das vozes sendo reconhecida imediatamente por mim.

— Achei que não teria ninguém aqui a essa hora. — Steve comentou abrindo a porta devagar.

Logo que eu adentrei o local atrás dele confirmei minha dúvida em relação a dona da voz conhecida: era mesmo Wanessa quem estava ali, lutando com seu ex namorado da SHIELD que eu não lembro o nome. No momento em que percebeu nossa chegada ela baixou a guarda por um segundo e fixou seus olhos nos meus, e se aproveitando disso seu oponente lhe deu um soco no abdômen que a fez cambalear para trás e grunhir de dor. Por um instante eu quis correr até lá e revidar, mas me controlei ao perceber que tal atitude seria ridícula. Era somente uma luta, e numa luta não se deve desviar a atenção por nem um milésimo de segundo sequer.

— Qual é, TNT? Cansou, foi? — o agente questionou com deboche, atraindo novamente a atenção dela.

Antes que ele pudesse pensar em se defender Lewis se recuperou e acertou um chute com a ponta do pé em sua costela esquerda, o fazendo se encolher e exbravejar um urro de dor. No mesmo instante ela tomou impulso e entrelaçou as pernas em torno do pescoço dele, o derrubando com facilidade e imobilizando de modo a torcer seu braço direito para trás. Lembro-me que ela tentou usar esse mesmo golpe mais de uma vez durante os treinos que fizemos juntos, no entanto nunca conseguiu finalizá-los já que eu sempre fui mais rápido e a joguei no chão antes.

— Ainda acha que eu tô cansada? — ela indagou entre os dentes forçando a torção. Um pouco mais de força e o braço dele seria quebrado em três partes, mas não que eu esteja incomodado com isso.

— Não, eu não acho. — balbuciou em resposta — E eu... preciso do meu braço intacto, se não se importar.

No segundo seguinte Wanessa o soltou com um sorriso presunçoso nos lábios e levantou num pulo, voltando a olhar para mim com a mesma expressão de indiferença. Agi do mesmo jeito, não demonstrei nenhuma reação em vê-la e nem que estava preocupado com sua saúde, apesar de ter estranhado o fato de ela já estar lutando desse jeito e principalmente o modo esnobe com o qual está agindo. Pelo visto o efeito dos antibióticos passou e ela está mais disposta do que nunca, e com a melhor companhia também.

— Como vai, Mitchel? Fazia tempo que você não vinha pra cá. — Steve disse ao agente, me fazendo lembrar o nome dele.

— Bem, obrigado, Capitão. Eu...

— Ele veio porque eu o chamei. — Lewis tomou a frente, seu olhar provocativo ainda fixo ao meu. — Faziam semanas que eu não o via, e como ele voltou pra Nova Iorque ontem decidí chamá-lo pra vir até aqui e acabou que fiquei com vontade de lutar enquanto conversávamos.

— Entendo. — Rogers assentiu olhando brevemente para mim.

Eu sabia que era uma provocação, que ela estava falando tudo isso apenas para me atingir de alguma maneira, por isso controlei a vontade de deixar a academia para trás e continuei me portando como se não estivesse sentindo nada.

— Bom, agora que já conversamos e que você me deu essa surra tá na minha hora. — Mitchel disse atraindo o olhar de Wanessa — Me acompanha até o estacionamento?

— Sim. — informou se voltando para nós — Nos vemos depois, Cap.

— Até mais. — respondeu.

E ela simplesmente saiu a passos largos antes mesmo de seu amigo a acompanhar, passando bem ao meu lado sem dizer nada ou ao menos olhar na minha cara. Fechei as mãos em punho, apertei os olhos e sibilei um palavrão em russo, não me importando com o fato de que o visitante indesejável ainda estava conosco e ouviu.

— Olha, amigo... — ele falou, o fitei com uma carranca por me chamar de amigo — Ela vai me matar se souber que eu te contei, mas isso que ela acabou de fazer é uma encenação pra você ficar com raiva. É só o jeito que ela encontrou pra tentar te afastar, vai por mim.

— E porque você tá me dizendo isso? — questionei entre os dentes.

— Porque sou eu quem vai ter que aguentar a fúria dela se ela continuar agindo desse jeito. — devolveu como se fosse óbvio, troquei um olhar de confusão com Rogers que o obrigou a explicar: — A Wanessa é a pessoa mais complicada e fechada que eu conheço, e uma das poucas coisas que eu aprendi sobre ela nesses anos de convivência é que quando ela está com essa ignorância toda é porque, no fundo, ela está sofrendo com alguma coisa e não quer que ninguém perceba. Eu não sei se é pelo fim do namoro de vocês ou por tudo que ela tem passado e guardado pra si mesma, mas de verdade ela não tá legal.

Parei para pensar por alguns instantes no que ele havia dito e em como tudo fazia sentido. Lewis nunca se abriu comigo para dividir seus problemas, todas as vezes em que eu a questionava sobre como estava se sentindo ela sempre dava um jeito de desviar do assunto e me convencer de que estava tudo bem, mesmo que no fundo eu soubesse que não estava. E eu nunca insisti pra saber a verdade, diferente dela que não me deixava em paz até eu dizer tudo que me incomodava.

— Mitchel?! Vamos! — Wanessa gritou aparecendo na porta, e seu tom de voz autoritário causou um susto em nós três.

Olhei dela para seu ex a tempo de vê-lo engolindo em seco e se colocando em movimento rumo à saída da academia, mas antes de chegar a porta ele parou ao meu lado e sussurrou somente para eu ouvir:

— Você é o único que a entendeu de verdade e com quem ela não se sentiu uma idiota quando falou sobre sentimentos, ela mesma me disse essas coisas uma vez. Tenta se aproximar como amigo dessa vez, ela tá sentindo falta de conversar com você.

Não tive tempo de responder visto que no instante seguinte ele se pôs a correr atrás de Lewis. Steve se aproximou enquanto eu ainda estava olhando para o lado de fora da porta e estacou ao meu lado, suspirando pesadamente antes de comentar:

— É, meu amigo. Pelo visto eu não sou o único que escolhe só as mulheres difíceis.

— Pois é. — assumi dando de ombros — Só que você não foi um egoísta que pensou apenas em si mesmo. No fim sou eu quem não sei lidar com elas, muito menos com a Wanessa.

— Você não é egoísta. — contrariou com vigor — O seu problema foi que se deixou levar pela empolgação do que estava acontecendo e não parou pra pensar no que estava sentindo de verdade por ela. Você sempre foi muito impulsivo e imaturo quando se envolvia com as garotas, mas isso não quer dizer que seja egoísta. No máximo era e ainda é um imbecil.

O encarei com as sobrancelhas erguidas.

— É assim que você tenta me ajudar? Me chamando de imbecil?

— Não. — deu de ombros — É que eu guardei essa frase por mais de 70 anos e esse foi o momento perfeito para usá-la, então não podia deixar passar. Foi mal.

Pela primeira vez nessa semana eu consegui dar uma gargalhada de verdade, com vontade e ânimo mesmo. Estava sentindo falta de conversar com Steve como quando éramos aqueles dois garotos desconhecidos do Brooklyn, e essa foi a primeira vez desde que nos reencontramos onde pude relembrar os poucos momentos dessa época das nossas vidas que ainda restam na minha memória.

— Eu estava sentindo falta disso. — revelei quando a risada morreu, ele parou de rir aos poucos e suspirou

— Eu também. Achei que você nunca mais fosse voltar a ser como o Bucky das antigas.

Me calei por alguns segundos e fitei o chão.

— Acho que só voltei por causa da Wanessa. No fim foi ela quem me ajudou e eu nem me dei conta disso.

— Então vá até ela e concerte as coisas. — sugeriu decididamente — Se ela foi capaz de insistir pra que você confiasse nela e a deixasse te ajudar faça o mesmo. Insista.

Eu nem precisei ponderar para decidir que era isso que faria, pois desde que ouvi o que Mitchel contou eu me convenci de quebrar a promessa que fiz a mim mesmo de me afastar dela. No entanto, quando abri a boca para informar minha decisão a Rogers fui interrompido por Stark, que irrompeu para dentro da academia soltando uma de suas frases de duplo sentido:

— Quando o JARVIS disse que vocês estavam sozinhos aqui eu achei estranho, mas agora vendo os dois pertinho assim tô achando que interrompi alguma coisa. Eu interrompi? Podem me dizer porque eu...

— Cala a boca! — o cortei rispidamente.

—  Nossa, calma aí velhote, quanto mau humor. Acho que a Lewis tá te fazendo mais falta do que eu imaginava, hein.

— Algum problema, Tony? — Rogers indagou para tentar amenizar a situação.

— Não, nada de mais, só vim pessoalmente avisar que a srta. Potts e eu estamos embarcando pra Dubai daqui a pouco. — informou com seu típico jeito presunçoso, que fez eu me sentir ainda mais irritado — Vamos ficar lá por algumas semanas, a Expo Stark vai começar amanhã e eu decidí de última hora que quero marcar presença nos primeiros dias do evento em solo estrangeiro.

Steve arqueou as sobrancelhas e balançou a cabeça em concordância, enquanto que eu não demonstrei a menor importância no que ele disse.

— Ok. Eu tomarei conta de tudo por aqui.

— Ah, mas disso eu tenho certeza. Você é o mais velho, tem obrigação de ser o mais responsável também. — olhou na minha direção — E quanto a você, Soldado, sem querer eu ouvi o finalzinho da sua conversa com o Dorito e se me permite gostaria de te dar um conselho...

— Não, eu não permito. — recusei, porém foi inútil visto que ele tornou a falar:

— Indiferente, vou dizer mesmo assim. Por mais que eu odeie admitir o Picolé tem razão, você devia ir atrás da Miss Morte e tentar... conversar pra ver se ela se acalma um pouco. A garota tá numa TPM brava, tenho até medo de um dia ela pirar de vez e pôr a minha Torre abaixo com uma das bombas remotas que usa nas missões.

— Ela não é nenhuma louca, Stark. Só está passando por um momento difícil, respeite o espaço dela. — foi Rogers quem disse, o tom de voz brando como sempre. Às vezes eu sinto ódio dele por ser desse jeito, como ele consegue aturar esse idiota que não sabe o que diz com essa calma toda?

— Mas também não é uma pessoa normal, e se continuar nesse momento difícil não demora muito pra ficar louca de pedra. Eu tenho um amigo que é psiquiatra e tem uma clínica muito boa, tô pensando em chamá-lo pra conversar com ela caso o nosso amigo aqui não dê conta do recado.

Pronto, essa foi a gota d'água. Senti meu sangue ferver pelo modo debochado com qual ele falou de Lewis e avancei em sua direção disposto a fazê-lo engolir as próprias palavras e o maldito sarcasmo.

— Você não tem o direito de falar assim dela e muito menos de palpitar no que eu devo ou não fazer! Cuida da droga da sua vida superficial e para de se meter na dos outros!

— Bucky! — Steve me segurou antes de eu chegar a Stark, que me fitava com uma sobrancelha erguida — Para com isso, se acalma!

— Deixa, Dorito. Eu já me acostumei os xiliques imprevisíveis do seu amiguinho, sem problema. E além do mais eu sei que é duro ouvir a verdade quando se é um canalha, faz a gente ficar com raiva mesmo.

Me desvencilhei facilmente do controle de Rogers e com a mão normal desferi um soco no maxilar de Tony logo ao fim de suas palavras, que o pegou de surpresa e o fez tombar para trás pela força que usei.

— Espero que se acostume com isso também, porque se debochar da Wanessa de novo ou me comparar com você vai ser muito pior.

Dito isso, eu deixei a academia para trás ignorando totalmente o que ele e Steve resmungavam para mim. Fazia tempo que eu queria dar esse soco na cara dele, mas nunca chegava as vias de fato graças a Lewis que sempre me fazia ter auto controle e não levar suas piadas maldosas para o lado pessoal. Se Stark vai querer se vingar de mim pelo que fiz pouco me importa, nunca pedi a ajuda dele e não ia deixar ele se sair bem só porque é quem está, tecnicamente, me ajudando nas questões burocráticas. Foi demais ouví-lo falando dela de modo tão maldoso e cínico, das outras vezes eu até consegui relevar e me conter já que os comentários eram quase sempre sobre mim e não tão sérios, mas vê-lo chamando ela de louca com tamanha seriedade era algo que eu não podia deixar barato. Ela faria o mesmo por mim, aliás sempre fez, e agora chegou a hora de retribuir isso e tentar consertar os erros que cometi.


Wanessa

Que bom que não demorou pra me atender, não teria tempo de ficar esperando a sua vontade. — Coulson disse logo atendi, revirei os olhos e bufei.

— O que você quer? Eu não tô com paciência pro seu sarcasmo e muito menos pra enrolação.

Uma risada irônica se fez ouvir do outro lado, seguida de um estalar de língua que me fez xingá-lo em pensamento. Eu odeio quem tem essa mania, e esse ódio aumenta ainda mais quando estou de mau humor.

Posso perguntar o que está te deixando irritada desse jeito?

— Não, não pode. — devolvi com azedume — Vai direto ao ponto, por favor.

Tudo bem. — acatou seguido de um suspiro. Eu fui grossa, sei disso, mas infelizmente não é algo que posso controlar. — Quero que venha até a SHIELD amanhã, preciso conversar sobre um assunto que só nós dois temos conhecimento.

Armei uma careta de confusão diante do pedido.

— Que assunto? Não me lembro de ter nenhum segredo com você.

O seu segredo não é comigo, era com o Fury. — contou, em vão já que continuei boiando e em silêncio — O pen drive, Wanessa!

Ah, agora sim eu entendi. Mas espera aí...

— Como você sabe disso? O Fury deixou bem claro que ninguém na SHIELD sabia sobre esse assunto.

De novo Coulson riu, mas dessa vez de uma maneira mais escarnecida, como se eu tivesse dito uma bobagem das grandes. Se estivéssemos cara a cara eu já tinha jogado algum objeto nele.

É sério que você achou que eu não sabia sobre esse assunto? Fui eu quem te indiquei para a missão de guardar o pen drive, Lewis. O Fury pensou na Hill e na Romanoff, mas desistiu depois que eu o convenci de que elas seriam as mais óbvias e concordou que você seria a agente ideal. — exclareceu com um tom de voz presunçoso, soltei um palavrão em tailandês pela raiva que senti. Se Fury não estivesse morto eu o xingaria de todas as maneiras possíveis agora, não acredito que ele me disse toda aquela baboseira de não contar para ninguém dessa droga de pen drive pra no fim eu descobrir que Coulson sabia de tudo desde o início

— E o que você quer saber, exatamente? — foi o que perguntei.

Venha até aqui amanhã e eu te digo. — devolveu como se fosse óbvio — Tenho que desligar, te vejo amanhã às 9h.

E simplesmente desligou como se não tivesse mais nada a me dizer. Soltei um grunhido exasperado e joguei o celular com força na cama, sem me importar com o fato de ele ter quicado e se espatifado no chão. Hoje é o dia em que eu acordei com a macaca — sabe-se Deus porque —, e como sempre acontece nesses dias tudo está conspirando pra deixar meu mau humor ainda pior. Não sei se é um efeito colateral da última dose de antibióticos que tomei, se é o prenúncio de que meu período menstrual está próximo, se é por causa do pesadelo que tive essa noite — bem pior do que os outros, só pra constar — ou tudo isso junto e mais um pouco, mas a real é que hoje eu poderia matar alguém fácil fácil. Bastaria a pessoa me tirar um pouquinho do sério pra ver.

Passei as mãos pelo rosto e me dirigi para o banheiro afim de finalmente tomar um banho depois da luta com Thomas, que a propósito não me ajudou em muita coisa. Claro que foi bom colocar a conversa em dia com meu velho amigo e relembrar como é treinar com ele depois de tanto tempo, no entanto não consegui fazer o que mais queria: desabafar sobre o que estou sentindo. Eu juro que tentei expor minhas frustrações e conflitos internos, mas na hora uma vozinha surgiu na minha cabeça e me lembrou de que todos os meus maiores traumas seriam trazidos a tona e eu ficaria fragilizada se fizesse isso, e como detesto a idéia de parecer fragilizada simplesmente deixei pra lá e o convenci de que estava tudo bem.

Fiquei pensando nisso tudo pelos quase 20 minutos que levei para tomar meu banho. Me sequei, passei o pente pelo meu cabelo molhado e vesti a muda de roupa que havia deixado sobre a pia — camisa azul bebê e short marrom, respectivamente —, e no exato instante em que peguei meu secador de cabelo ouvi três batidas na porta, segundos antes de a voz sensual de Natasha se fazer ouvir:

Lewis? Está aí? Preciso falar com você.

Quase suspirei de alívio, pois pela força das batidas eu cheguei a pensar que fosse outra pessoa. A única que não quero ver na minha frente e muito menos no meu quarto.

— Sim, Nat. Só um segundo. — informei indo atendê-la.

Abri a porta num único movimento e me deparei com outra pessoa bem diferente de Romanoff estacada do outro lado. Sem pensar duas vezes eu fiz jeito de fechá-la outra vez, entretanto fui impedida quando a criatura colocou a mão metálica na maçaneta e empurrou a porta no sentido contrário. Sim, era Barnes quem estava ali, para o meu azar e para o seu também. A Natasha me paga!

— O que você quer? — perguntei duramente, ele suspirou pelo nariz.

— Conversar.

Ri sem humor e neguei, voltando a empurrar a porta na cara dele.

— Nós não temos nada pra conversar. 

— Ah, nós temos sim. Eu tenho que falar com você e não vou sair antes de fazer isso.

Dizendo isso o ex-Hidra simplesmente me afastou como se eu fosse uma boneca e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si em seguida. Fiz uma carranca nada feliz e sibilei com a voz áspera:

— E quem disse que me interessa o que você tem pra dizer? Vai atrás daquela piranha que você tanto defende e me deixa em paz, ela sim deve ter muito o que conversar e fazer com você.

— Para com isso! — exclamou num grito, que me causou um pequeno sobressalto e o fez arregalar os olhos — Me desculpa, eu não queria... você me tirou do sério com essa pergunta.

Cerrei os olhos e entreabri os lábios, incrédula com a cara de pau do infeliz.

— Ah, então a culpa de você perder o controle é minha? — bradei — Agora sim tá na cara que você se importa com aquela vaca, ou não teria se exaltado por eu ter falado dela!

— Eu não me importo com ela, Lewis. Não tô nem aí pra ela, o que aconteceu foi um deslize e eu me odeio toda vez que lembro dele! — proferiu aos quatro ventos, suas narinas estavam dilatadas e os lábios tensos.

— E você veio aqui pra dizer isso? — indaguei com indiferença — Porque se foi perdeu seu tempo, não estamos mais juntos e você não me deve satisfações do que fez ou fará daqui pra frente.

Barnes desviou do meu olhar, respirou profundamente e balançou a cabeça em negação antes de responder:

— Não. Eu vim pra te pedir desculpas e dizer que errei.

Enruguei o cenho.

— Isso é alguma brincadeira?

— O que? — ele disse confuso — Por acaso eu tô com cara de quem está brincando?

— Não, claro que não, você é a última pessoa capaz de fazer uma brincadeira. — debochei — Só acho ridículo o que você está fazendo, nada disso combina com você.

Vi James armar uma careta de perplexidade diante da minha afirmação, coisa que não me tocou nem fez eu sentir remorso. Tudo bem que eu fiquei um pouquinho mexida quando ouvi aquelas coisas e principalmente por ele estar tão perto de mim, mas a raiva que estou sentindo me impede de deixar tais coisas virem à tona.

— Ridículo? Eu vim te pedir desculpas e é isso que você me diz? — questionou, sua voz era uma oitava mais alta.

— Você não tem porque me pedir desculpas. — devolvi no mesmo tom — Se está se sentindo culpado por alguma coisa não me interessa, agora vai emb...

— Eu não vou sair daqui enquanto a gente não parar com essa discussão! — me interrompeu olhando nos meus olhos — Eu sei que você não tá bem e só quero te ajudar, Wanessa.

Meu olhar oscilou de feroz para confuso e eu fiquei sem saber como agir por alguns segundos. Não consegui formular uma resposta que soasse convincente como gostaria, portanto o que resolvi dizer foi:

— Eu não preciso da sua ajuda, estou bem.

Mas é claro que ele não acreditou e insistiu mais um pouco, se aproveitando que eu estava momentaneamente mais calma.

— Não, não tá. Você não fica desse jeito sem motivo, conheço muito bem a minha garota pra saber disso. Se abre comigo, conta o que tá acontecendo pra te deixar assim.

Sua garota? — questionei escarnecidamente — Eu nunca fui sua garota. O que nós tivemos não foi sério pra você me chamar assim.

— Pra mim foi! — exclamou — Foi o relacionamento mais sério que eu tive na vida, só que não consegui demonstrar isso.

Eu quase, quase me deixei levar pela falta que estou sentindo dele depois dessa confissão, mas como hoje é o dia em que nada me amolece é claro que eu tinha de continuar do contra e ignorar a vontade de beijá-lo.

— Tá meio tarde pra mandar essa, hein, mas não se preocupe. Eu jamais cobraria esse tipo de atitude de você, sei como é difícil pra pessoas como nós demonstrarmos o que sentimos.

Bucky mudou seu semblante fechado para um de raiva ao mesmo tempo que veio na minha direção, me fazendo recuar para trás por medo do que ele faria. Ai minha Nossa Senhora das mulheres que desafiam ex assassinos, me ajuda.

— Quer saber? Cansei de tentar falar, não adianta, eu vou é fazer o que já devia ter feito mesmo que você me odeie ainda mais.

Parei de caminhar quando minhas costas se choraram contra a parede e apenas o observei colar nossos corpos sem conseguir fazer nada para impedir. Tão rápido me prensou contra a parede ele segurou minha nuca com a mão normal e pressionou os lábios contra os meus ferozmente, tentando deslizar a língua pra dentro da minha boca para eu me entregar ao beijo. No início eu fiquei possessa com a atitude, o estapeei repetidas vezes e tentei escapar de seu controle, entretanto desisti quando ele segurou meu pulso direito com a mão metálica e com a outra puxou meu cabelo sem nenhuma delicadeza. Assim não dá, seu cachorro! Eu tô com raiva de você e vir com essa pegada é golpe baixo. — foi o que passou pela minha mente no momento em que eu parei de resistir e sucumbi ao desejo que estava sentindo. Passei a mão livre por trás de seu pescoço e abri a boca para nossas línguas se encontrarem, o que aconteceu de maneira ávida e muito mais enlouquecedora do que quando estávamos juntos.

Não sei por quanto tempo me deixei levar pelo efeito devastador que o o beijo dele estava — mais uma vez — me causando, só sei que em determinado momento eu caí na real e me dei conta de que não deveria estar deixando ele me levar pra cama. Exatamente, nós já estávamos caminhando às cegas na direção da cama e James já estava até tentando tirar o meu short, e se eu não desse um fim a esse amasso iria me arrepender muito do que aconteceria depois.

Sendo assim, para me vingar dele e também acabar com sua empolgação, o que fiz foi morder sua linda boca sem dó. Eu mordi mesmo, como se estivesse mordendo um pedaço da carne do churrasco de domingo, não sei como não arranquei seu lábio tamanha foi a força que usei nos dentes. Bom, eu não arranquei nenhum pedaço, entretanto fiz com que ele gritasse de dor e se afastasse imediatamente de mim.

— Por que você fez isso? — perguntou limpando o sangue que saía do corte, dei de ombros e ajeitei minha roupa.

— Porque eu já estou satisfeita, e se era só isso que você queria pode ir.

— O que? — pronunciou incrédulo — Eu achei que...

— Que nós tínhamos voltado e que a discussão ia acabar em sexo como acontecia? — adiantei, ele não respondeu — Não, eu só retribuí esse beijo porque você me incitou e me pegou desprevinida, mas as coisas entre nós não mudaram.

Tudo bem, são duas desculpas esfarrapadas, é claro que eu o beijei porque quis e não nego que faria de novo, mas vamos deixá-lo acreditar na outra versão por hora.

— Tudo bem, eu vou te deixar em paz então. — falou decidido e seguiu até a porta. Ai, merda, não era isso que eu queria.

— Espera... — pedi impensadamente, ele parou e olhou por sobre o ombro. — Eu... não estou num bom dia hoje, não queria ter te tratado daquele jeito.

— Foi por isso que eu vim até aqui, pra você descontar a sua raiva de algum jeito. — sorriu de canto e abriu a porta — Não desisti de ter a conversa que quero ter com você, só vou respeitar o seu tempo. Se quiser conversar civilizadamente e desabafar estarei aqui.

Civilizadamente? Ele me chamou de barraqueira, foi isso mesmo?

Fiquei com sangue nos olhos pela frase de duplo sentido e lancei nele a primeira coisa que encontrei pela frente — um porta-retato com uma foto nossa que estava sobre uma cômoda, por coincidência —, porém o infeliz pegou o objeto no ar com maestría e olhou para a foto por alguns segundos.

— Eu gostei muito desse dia. — comentou com um sorriso, revirei os olhos e fingi indiferença.

— Que bom.

Bucky deu uma última olhada para a foto e então se voltou para mim, balançando o porta-retrato ao questionar:

— Posso ficar com ela?

Eu queria ter dito que não, que era a minha foto preferida das poucas que tiramos, entretanto o que saiu pela minha boca foi um firme e sonoro "sim". Ele esboçou um sorriso sem graça, segurou na maçaneta e em seguida deixou o quarto para trás, me deixando ainda mais perdida e furiosa do que antes. Filho da mãe desgraçado.

Sentei no chão, encolhi minhas pernas e apoiei a cabeça nas mãos. Por tudo que é mais sagrado, esse não é o mesmo Bucky que estava comigo há uma semana atrás, alguma coisa nele mudou nesses dias e foi pra melhor. Ou pra pior, porque desse jeito que está agora eu não vou conseguir manter a promessa de afastá-lo pra não o machucar ainda mais.

— Droga! Eu odeio você, Barnes! 


Notas Finais


E então? Gente, eu me empolguei pra escrever e quando vi o capítulo já tinha mais de 6k ahsgahgjajsh juro que tento escrever menos e tirar algumas coisas quando os capítulos ficam muito grandes, mas não dá, sempre acaba surgindo alguma idéia que eu tenho que pôr kkkk
O que acharam dos momentos Stucky? Me inspirei em CATFA pra escrever os diálogos deles sobre as mulheres, tanto que tem a referência ao filme na hora em que o Capitão cita a frase que o Howard disse quando eles estavam falando sobre a Peggy (eu mudei a frase propositalmente pra condizer com a cena, caso alguém tenha ficado em dúvida). Enfim, espero que tenham gostado da cena em geral ♡
Thomas bancando o cupido e dando conselho pro Bucky: alguém esperava ver isso? Kkkk
Sobre a treta entre ele e o Tony: escolham seu lado, #TeamStark ou #TeamBucky? Isso vale pro Steve também, ficar em cima do muro não pode hahahah
Ai ai, e pra finalizar, fui boazinha e coloquei um momento "tapas e beijos" do casal (que eu sei que vocês gostam haha) ♥ me amem, porque nem separados esses dois não vão deixar de causar *-*
Well, por hoje é só. Gostaram? Eu espero que sim, fiz com muito carinho como sempre u-u
Beijoss e até o próximo ★


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