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História Secrets Between Neighbors - Somethings Never Change


Escrita por: Sunnyes

Notas do Autor


GENTE
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aqui estou eu uns 3 anos depois pra mais né e decidi encerrar a fic sem colocar epílogo
então tô repostando o último capítulo pra finalizar e avisar que adicionei uns hots aí no meio rsrs só pra não encerrar do nada né
OBRIGADA POR TUDO GENTE

Capítulo 53 - Somethings Never Change


 

O caminho até a casa da minha avó foi silencioso, ninguém ousou dizer alguma coisa. Até porque não havia nada a ser dito. Minha garganta estava seca com a ansiedade. Eu não tinha ideia do que eu iria dizer para vovó, e também não tinha ideia de qual seria a reação dela. Mas o que mais eu podia fazer? 

Estacionei o carro na frente do sobrado e desci. De repente, senti a mão de Armin na minha e ergui meu olhar para ele. Ele me encarou com seus olhos azuis e eu quis mergulhar dentro deles. Ainda estava ansiosa, mas estava com ele. Apertei sua mão e toquei a campainha. Alexy estava logo atrás de nós.

Ellie, a enfermeira da minha avó, abriu a porta e suas sobrancelhas se ergueram enquanto ela fitava eu e os gêmeos.

- Becca, mas que surpresa - Ela sorriu, mas seus olhos demonstraram certa preocupação. - Aconteceu alguma coisa?

- Na verdade - Pressionei os lábios, olhando para Armin e Alexy antes de me voltar para Ellie. - Sim, aconteceu sim.

Não demorou muito para que estivéssemos todos sentados no sofá da sala. Ellie ofereceu chá ou biscoitos, mas não aceitamos, então ela foi buscar vovó.

- Becky, seja o que for - Alexy suspirou, olhando ao redor antes de me encarar - Ainda estaremos aqui pra você, tudo bem?

Não consegui entender exatamente o motivo de Alexy ter dito isto, mas agradeci mesmo assim. Minha avó apareceu na porta da cozinha e eu me levantei. Queria fazer isso sozinha. Lancei um olhar para os gêmeos, que não precisaram de mais nada para entender.
Me aproximei dela, que me encarou, examinando meu rosto.

- Becca, querida, aconteceu alguma coisa? - Ela disse, com sua voz frágil. Aliás, ela era frágil.

- Vovó, eu... - Comecei e pressionei os lábios. Como explicar isso? Mas já estava feito, não poderia voltar atrás, então... Arquei com as consequências. - Eu fiz uma grande burrada.

Ela franziu o cenho e então percebeu os garotos na sala da casa.

- Quem são? - Ela perguntou.

- Vem, vó - Eu a segurei delicadamente pelos braços e a direcionei para a cozinha, onde ela se sentou na mesa no centro do recinto. Ela me encarava com os seus olhos azuis pálidos silenciosamente, curiosa pelo que eu iria dizer. 

- E então? Me conte sua burrada. - Ela pediu.

Eu contei para ela tudo, desde de o início. Quer dizer, quase tudo. Contei que papai queria se mudar fazia um bom tempo mas, depois da nossa discussão, ele decidiu fazer isso o mais rápido possível. Eu contei sobre o aeroporto, sobre Logan, eu contei sobre Armin e ela não fez nenhuma pergunta sequer.

- Eu sei, eu sei - Murmurei. - Sei que foi burrice, sei que foi estupidez, sei que foi irresponsável e que não foi certo. Mas...

Mas o quê? O que fez tudo aquilo valer a pena?

- Mas eu o amo, vovó. - Sussurrei, porque dizer aquilo para outra pessoa que não fosse Armin me assustava um pouco.

- Sabe, Rebecca - Ela começou depois de uma pausa. - Não seria ótimo se eu dissesse que sua mãe fez alguma coisa parecida?

Franzi o cenho, sem entender onde ela queria chegar.

- Mas ela não fez. - Vovó Mary desviou o olhar para suas unhas compridas. - Nenhuma vez. 

Meu coração afundou. Isso significava que vovó não iria me ajudar?

- Mesmo discutindo comigo e com o seu avô o tempo todo, sua mãe nunca fez nada de errado. Ela não chegou em casa bêbada, ela nunca bateu o nosso carro, o que é bom. Mas... Ela nunca se apaixonou pelo garoto errado e veio até mim chorando. Ela nunca brigou com alguma vadia no colégio.

Eu estava paralisada com as palavras dela. Minha avó realmente disse vadia.

- E aí, Rebecca, eu não sei o que aconteceu. - Vovó suspirou. - Ela ficou entendiada, eu acho, e quis fazer parte da polícia. Eu me lembro de ela dizendo que queria "ação".Bem, ela ficou tão focada no trabalho... E acabou como acabou.

Fiquei em silêncio.

- Eu não acho o que você fez certo, querida. - Ela ergueu os olhos para mim. - Mas sinceramente? Não acho que tenha sido exatamente algo errado. Você só está... Vivendo. E o que é viver sem fazer algumas burradas, não é?

[...]

Bom, muita coisa aconteceu depois daquela conversa. Parando para pensar, muita coisa aconteceu naquele ano. Desde o slush que Armin jogou em mim até a noite que passamos juntos. Desde a diretora jogando em nossas caras que não sabíamos como viver até a minha avó dizendo que tudo o que eu fiz foi viver.

Falando nela, vó Mary simplesmente salvou a minha vida. Primeiro, ela ligou para tia Cassandra e explicou a situação. Incrivelmente, tia Cassie não ficou brava. Ficou até aliviada, disse que achava que alguma coisa tinha acontecido comigo. Para falar a verdade, acho que ela sempre soube que eu iria fugir. Vovó também teve uma conversa com Armin, querendo saber "quais eram as intenções dele com a sua neta", e eu e Alexy observamos um pouco de longe enquanto ríamos. Dei carona para os gêmeos até a casa deles (contra a vontade dos mesmos), porque vovó queria conversar comigo e com papai à sós. E aquela conversa não foi fácil. Papai gritou muito, e eu também, enquanto vovó argumentava com ele. Mas no fim, ele acabou aceitando, com a condição de que eu morasse com a minha avó e ela tomasse conta de mim. Afinal, o que mais ele podia fazer? Me sedar e me enfiar em um avião? Enfim, papai entendeu que eu era filha dele, mas não era dele.

Foi meio estranho deixar de ser vizinha de Armin, mas, diferente do meu pai, vovó deixava que ele me visitasse o quanto quisesse, e eu também ia várias vezes até a sua casa. Foi estranho dizer para todo mundo que estávamos juntos, mas ninguém pareceu muito surpreso também. Mas as coisas não mudaram exatamente. Ainda discutíamos o tempo todo, ainda ríamos o tempo todo, mas agora nós beijávamos o tempo todo. Antes de qualquer coisa, ainda éramos amigos, apesar de namorados.

Quanto a Ethan, ele começou a sair com Maia (ninguém pareceu surpreso com isso também), então não insistiu mais em mim. Kentin e Megan começaram a namorar, mesmo que eles não gostassem desse rótulo, porque "não queriam ir rápido demais". Alexy via Will com muita frequência e parecia feliz. 

O ano não demorou muito para terminar, e esse ano começamos a faculdade. Infelizmente, todos nós acabamos nos afastando. Kentin, Megan e Lysandre foram para a mesma faculdade, enquanto eu e os gêmeos fomos para a Falls University. Até onde sei, Ethan foi para lá também. Ah, e Alexy teve de terminar com Will devido a distância. Ele ficou mal por um bom tempo, mas aceitou e agora está bem.
Eu não tenho certeza do que quero ser. Quem sabe a carreira de policial, não me parece tão ruim assim. Se a minha mãe gostava tanto, tenho certeza que eu também vou gostar. Eu continuo sentindo falta dela. Adoraria dizer que sinto menos a cada dia, mas não seria verdade. É algo constante, mas dói menos depois que eu aceitei. Não foi culpa dela. Mas não foi minha também. 

Logan me liga toda semana. Confesso que sou eu quem o obrigo a fazer isso, mas ele não tem escolha. É engraçado ouvir a voz dele mudando, e fico triste por não estar presenciando a mudança pessoalmente, mas eu estou dando o meu melhor. Ele está amadurecendo cada vez mais, e eu estou muito orgulhosa, a não ser pelo fato de ele partir os corações de algumas garotas aqui ou ali. Mas tudo bem, ele está vivendo.

Voltando a Armin novamente... Algumas coisas nunca mudam. Ele sofreu bastante com o fato de não poder mais passar horas com seus jogos, porque a universidade é bem diferente do colégio, mas é claro que ele sempre dá o seu jeito. Afinal, é o que ele quer fazer, programar jogos. Continuo sem entender nada sobre isso. Nós vamos ao cinema às vezes, e é claro, discutimos sobre qual filmes ver. E podemos não ser mais vizinhos, mas somos vizinhos de dormitório. E, para ser sincera, é algo bem mais interessante.

[...]

É horário do almoço e eu estou na fila para comprar alguma coisa para beber. Se tem algo que eu sinto falta em relação a Sweet Amoris é o milkshake, e os preços por aqui também são muito altos. Me contento em pegar uma garrafa.

- Ei, Becca - Escuto alguém chamar e sorrio ao ver Armin vindo em minha direção. 

- Oi - Dou um selinho nele. - Tudo bem?

- Não, eu não entreguei o trabalho da sra. Roberts - Ele revirou os olhos azuis. 

- Por que não?

- Bom... - Ele estreita os ombros. - Talvez eu tenha comprado um jogo novo e talvez eu tenha ficado acordado a noite inteira para zerar ele.

- Só talvez, claro. - Ergo uma sobrancelha para ele.

Alexy está sentando na grama do campus, embaixo de uma árvore, lendo alguma coisa, e vamos até ele, nos sentando ao seu lado.

- E aí, o que está fazendo? - Armin pergunta.

- Só revisando algumas coisas - Alexy mumura. 

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Dá pra acreditar que a gente chegou até aqui? - Armin diz, se apoiando na árvore.

- Não - Balanço a cabeça. - Você principalmente. Suas notas eram péssimas.

Alexy ri.

- Ei - Ele finge estar magoado.

- Mas é, tudo passou rápido demais - Comento.

- No fim, sempre somos nós três, né? - Alexy ergue seus olhos das folhas.

Nós sorrimos.

- É, algumas coisas não mudam - Abro minha garrafa da água e dou um gole.

- Nossa, eu estou morrendo de calor - Armin reclama. - Vou voltar para dentro. Já passei muito tempo ao ar livre hoje.

- Quer se refrescar? - Sorrio para ele, que franze o cenho, confuso.

Pego minha garrafa e a balanço em sua direção rapidamente, apenas para que algumas gotas d'água molhem o seu rosto.

- Não precisa agradecer. - Rio da cara de tédio que Armin faz.

- Quantos anos você tem? Cinco? - Ele revira os olhos, e então olha para alguma coisa por cima de meu ombro. - Ei, o que aquele cara está fazendo?

Viro minha cabeça, curiosa. Quando percebo que ninguém esta fazendo nada estranho, sinto a água gelada nas minhas costas.

- Armin - Repreendo.

- Foi você quem começou. - Ele ergue as mãos, segurando minha garrafa com uma delas.

Como eu já disse várias vezes, algumas coisas nunca mudam. 

Eu o encaro por alguns instantes, focada naqueles olhos azuis que nunca vi tão brilhantes. Me aproximo e, por um segundo, vejo que Armin pensa que eu vou bater nele e se encolhe, mas eu seguro seu rosto com as mãos e o beijo. 

- Ah, arrumem um quarto, vocês dois. - Alexy debocha.

Ele me beija de volta, sua língua me tirando o fôlego. Depois, Armin sorri para mim e me olha nos olhos. Ele não precisa dizer nada para que eu o entenda, basta seu olhar. E ele entende o meu também. Normalmente eu diria que isso é uma coisa de melhores amigos, e é, mas isso não se encaixa mais aqui. Não somos só melhores amigos. Porque isso já mudou há muito tempo.

E mudou para melhor. 


Notas Finais


OOOOOOI
só queria dizer mais uma coisinha
duas na verdade
OBRIGADA POR TODOS OS FAVORITOS NESSA FIC QUE AINDA ACONTECEM, SÉRIO, até eu releio essa fic quando bate saudade KKKKK
e quero dizer que vou voltar à escrever!!!!
vou continuar minha fic Bloodsport (https://www.spiritfanfiction.com/historia/bloodsport-5257068) e gostaria de pedir com carinho pra vocês darem uma lida, sei que muita gente não gosta do Kentin mas a história é beemmm legalzinha (e vai ter umas coisas sexys por lá risosrisos) UM BEIJO UM QUEIJO e encerro aqui ♥


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