P.O.V Felps
- Amor... – Ouço a voz do Cellbit ao meu lado
- O que? – Digo sem querer com um tom rude e choroso
- Desculpa. Não fica bravo comigo, por favor – Ouço sua voz triste
- Mas... – Levanto a cabeça e olho para ele – Eu não estou bravo com você
- Não? – Ele me olha confuso
- Quer dizer, um pouco, talvez... – Digo respirando fundo
- Não fique, por favor, amor, não foi culpa minha, eu não sabia que ele... – Ele tenta falar mas o corto antes que termine
- Cell, e se eu e a Aileen nos beijássemos na sua frente? Como você se sentiria? – Seguro seu rosto assustado
- Destruído – Ele diz olhando para baixo
- E como você acha que eu estou? – Levanto seu rosto o fazendo olhar em meus olhos
- De-desculpa ... – Cell fala triste me abraçando forte e eu correspondo ao abraço, não consigo ficar bravo com ele
- Amor... – Deito sua cabeça na curva de meu pescoço e faço carinho em seus cabelos – Eu sei que você não queria, que você nem percebeu ele secando durante o jogo inteiro, que nem imaginava que ele iria te beijar – Paro e me levanto – Porra, só que é foda namorar alguém tão bonito, como você, quando parece que de uma hora pra outra o colégio inteiro resolveu virar gay e todos querem o teu namorado...
- Felps eu não te deixaria por nenhum deles, você sabe disso – Cell me olha de baixo ainda sentado no murinho
- Eu sei... – Digo e ele se levanta abraçando minha cintura e eu o aperto em meu abraço – É que sou ciumento, não gosto nem de pensar em você com outro a não ser eu, e quando ele te beijou, quando tua mão se soltou da minha, quando teus olhos se encontraram com os ele – Suspiro pesado e ele me aperta – Foi como se meu pior pesadelo tivesse se tornado real, e a raiva que eu senti por ele ter experimentado o gosto da tua boca, me tomou de um jeito que não consegui segura-la, a final, acho que, quem tem que pedir desculpas sou eu...
- Que? Por que? – Ele me olha assustado
- O jogo era sem regras, ele podia fazer isso – Digo triste o olhando
- Não amor, não podia, ele viu que eu estou com você, que a gente namora não é segredo nenhum e da pra ver a quilômetros, ele mereceu aquele soco – Cell diz tentando me consolar, o aperto em meu abraço e ele sorri – Estamos bem? – Ele pergunta me olhando
- Claro que sim meu amor – Sorrio e ele me devolve o sorriso e fazendo biquinho logo depois
- Não vai me beijar? – Ele pergunta ainda com o biquinho todo bonitinho
- Não – Rio e ele desmancha o bico
- Por que? – Cell diz triste
- Porque eu quero te beijar assim – O levanto de repente pegando o mesmo no colo, suas pernas se trancam em volta da minha cintura e ele me olha sorrindo, que visão linda dele, o beijo, é tão bom beija-lô, indescritível, o beijo acaba e fico olhando para ele ainda em meu colo com a luz amarela do poste iluminando partes do seu rosto, mostrando sua cara ainda pintada com o batom em forma de gatinho, coisa mais linda que já vi, nossa, eu sou muito apaixonado por ele, meu amorzinho...
- Não é possível que até aqui tem esses viadinhos de merda – Ouço uma voz masculina brava atrás de nós, Cellbit desmancha o sorriso e se solta do meu colo, me viro e seguro e seguro sua mão escondendo o mesmo atrás de mim
- Algum problema por acaso? – Digo sério olhando para o sujeito, alto, pouco mais musculoso que eu, aparentava ter a nossa idade com mais 3 amigos
- Todo, vocês estão enfeando a festa com essa demonstração de “amor errado” de bixinhas – Um de seus amigos fala bravo
- Não há nada de errado em eu amar ele e demonstrar isso, se vocês estão incomodados vão embora – Digo encarando-os
- Ta confiante de mais para o meu gosto viadinho, minha mão ta coçando para dar uma lição em vocês dois – O primeiro cara fala cerrando os punhos
- Tenta – Digo confiante, não poderia deixar transparecer alguma fraqueza diante do Cell, tenho que proteger ele de qualquer coisa que queira machucá-lo, sempre.
- F-felps – Cell aperta minha mão com medo
- Calma amor, eu posso apanhar o quanto for, mas não vou deixar que encostem um dedo em você – Digo confiante
- Vamos ver então – Ele fala vindo para cima de nós, “jogo” Cellbit para longe tentando afastá-lo, antes que o cara possa fazer algo dou um soco em sua garganta o fazendo se afastar tossindo sem ar
- Agora sim a gente vai quebrar a sua cara – Ele fala tossindo, ele e seus amigos vêem em minha direção novamente
- Parem com isso agora – Rezende e Wolf entram na minha frente parando eles – Saiam da minha casa agora, antes que eu chame a policia – Rezende fala – Agora!
- Isso ainda não acabou. – Ele fala e vai embora junto com seus amigos, respiro aliviado, Cell corre me abraçando
- Desculpa gente, eu nem sabia que eles estavam aqui – Rezende fala meio sem jeito
- Tudo bem – Digo, olho para meu amor abraçado apertando a minha cintura e com o rosto em meu peito – Você ta bem? – O envolvo em meus braços, ele apenas assente com a cabeça
- Vamos embora? Por favor... – Cell pergunta baixinho ainda com o rosto em meu peito
- Tem certeza amor? – Pergunto e ele assente novamente, seguro seu rosto e lhe dou um selinho demorado, ele sorri minimamente e segura minha mão
- E os outros? – Cell me pergunta olhando para trás
- Depois a gente avisa eles por mensagem que fomos embora – Pego meu celular e disco o numero de uma agencia taxista
- Vai chamar um taxi? – Ele pergunta e eu faço que sim com a cabeça
O taxi não demora muito e logo chega, me sento na janela e Cell a meu lado, passo o endereço do colégio ao taxista e ele logo inicia a corrida, abraço Cell de lado e ele se aconchega em meu tronco segurando minha mão
- Obrigado – Ele diz me olhando
- Pelo o que? – Digo confuso olhando o mesmo
- Por enfrentar aqueles “valentões” e me proteger deles – Cell sorri meio envergonhado
- Eu sempre vou te proteger lembra?Sempre.
P.OV Guaxinim
- Ele já estava de olho nela desde que chegamos, mas não achei que ele poderia, que teria a coragem de me trair – Pk diz triste com a cabeça em meu ombro, já estamos aqui a uma meia hora acho
- Olha pelo lado bom, ele mostrou que não te merece, nem te respeita. Pk você não pode mais ficar com ele – Digo e ele desencosta do meu ombro
- Você tem razão, não consigo mais agüentá-lo, essa foi a gota d’água – Pk diz decidido – Ele não merece nem uma lagrima que eu derramei por ele, já chega disso tudo!
- É assim que se fala – Falo animado
- Obrigado Guaxa, por... me ouvir, e por estar aqui quando eu mais preciso – Ele me abraça, afinal parece que eu vou ser somente isso mesmo, um amigo.
- Não precisa agradecer nada, tudo que eu quero é te ver contente – Digo sentindo o cheiro de sua pele, tão bom, ele me olha, nossos olhares se cruzam, fico preso em seus olhos, nossos rostos estão tão próximos que posso sentir a sua respiração, olho para sua boca, tão convidativa, ele se inclina um pouco para frente e fecha os olhos segurando meu maxilar e me beijando em seguida
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