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História Segredo Virtual - 2 T: Capítulo 2 Improvisar é se Safar


Escrita por: Alehandro2017

Capítulo 27 - 2 T: Capítulo 2 Improvisar é se Safar


 

Jessica se encontrava amarrada em uma cadeira, de cabeça abaixada em meio a uma sala escura e vazia. A porta da sua frente se abre, deixando uma fresta de luz interagir com seu rosto. Uma mulher com uma enorme capa branca se aproxima dela e logo se posiciona até uma cortina, abrindo-a e deixando a luz do luar adentrar no lugar:

– Você é da organização? Pelo visto estou sendo reprovada.- Indaga Jessica, enquanto tenta se desamarrar com cautela. Lógico que a moça de capa havia notado, mas não interferira.- Talvez velhos não seja o que quer...

– Eu não sou da organização.- Responde com uma delicada voz. A mulher retira o seu capuz e se revela para a outra.- E não te acho velha.

– Há quanto tempo, Rebeca.- Ela sorri para a sobrinha. Apreciava as surpresas que ela gostava de lhe dar, mas essa era com certeza inimaginável.- Está bem gata. Mas acho que me deve explicações. Vai começar um novo jogo ou...

– Na verdade eu vim salvar vocês. Pode se dizer que sou a fodona.- Rebeca ajuda a desamarrá-la com um estilete que tirara da calça-jeans.- Precisam de mim.- Jessica se levanta e abraça sua velha amiga.

– Explique-se direito. Não sou adivinha.

– Dylan está vivo.- A reação da mais velha não poderia ser melhor( ou pior), quase que cai fora da cadeira. As duas se encaram brevemente, enquanto uma questiona com o olhar e a outra apenas a pede para esperar.- Realmente está surpresa?

– Como?...Eu fui uma das primeiras pessoas a vê-lo morto! E depois de todo esse tempo...

– Quem dera eu tivesse descoberto como, mas ele estava em paris até agora.- Um homem alto entra no cômodo segurando um revólver.- Precisamos levá-la de volta, te conto tudo no carro. Este é Alan, meu marido.

– Está bem, você seriamente precisa me contar tudo o que está acontecendo!

– Acho que Rose está com ele.- Anuncia Alan, olhando o relógio de pulso e calculando os minutos.

– Dylan já está aqui? Precisamos achar a Rose!- Todos saem do quarto, indo diretamente para fora da casa.- É sério, Rebeca, eu preciso de respostas.- Eles entram em um carro. suas janelas eram escuras de mais para alguém ver o que estava acontecendo ali.

– É o que todos querem. Talvez a nossa pequena tenha fugido.- Rebeca cria uma hipótese.- A porta de fundos estava aberta e vi alguém correndo para fora, alguém além de você.

 

– Alguém pode ter se machucado gravemente, sabia? A Bianca deve estar arrasada com você estragando tudo, Dylan!- Reclama Rose sentada na ponta do penhasco ao lado de seu pai. A lua refletia na água, dando uma vista encantadora dali de cima. 

– É assim que tudo funciona. Você precisa aprender a causar efeito, precisa que todos temam você.- Orienta.- Eu não iria ferir meus jogadores, eles são importantes por enquanto, sem eles sem jogos. Com certeza seria deprimente abrir mão disto.- Ela vira o rosto para a lua. Impressionantemente dava para ver várias estrelas no céu mesmo as casas não sendo distantes.

– Falei com a Mary hoje, bem que você disse que ela era...mágica.- Diz com empolgação.

– Nunca falei isso, Rose.

– Você me entendeu. E ela nem parece tão velha assim.- Dylan bufa, retira um frasco com remédios de seu bolso e estende para a garota.- O que é isso?

– Confia em mim, não confia?- Ela concorda com a cabeça.- Tome duas dessas por dia. É melhor que não saiba para quê serve, e esconda bem.- Ele olha para trás, e então se levanta. 

– Quer que eu faço o quê?

– Não preciso de você.- Responde com um tom grosseiro.

–Então me trouxe aqui apenas para me dar isto?!- Indignou-se.- Francamente, Dylan, pensei que soubesse causar " efeito ".

– Se você soubesse um terço do que está por vir, eu teria que te matar.- Rose engoli em seco. Ela espera seu pai estar longe para também se levantar.- Todos devem estar preocupados, é melhor ir logo e inventar uma boa história. E se pensou que eu te ajudaria, deveria rever seus conceitos.

 

Flashback on:

– Boa noite, querido.- Diz a linda jovem mãe de três filhos que mais pareciam ter sido de um comercial de TV. Ela beija a bochecha de seu descendente do meio, que estava quase desmaiando de sono, eles tinham a mesma coloração de cabelo. Todos os seus filhos tinham uma diferença de dois anos de idade, nessa época Dylan tinha apenas sete anos, um ano antes do acidente de sua irmã. Bianca já havia despencado na cama agarrada com um ursinho de pelúcia apelidado de " Kerofuji " pela mesma. Todos dormiam no mesmo quarto, e sempre esqueciam de fechar o baú de brinquedos que ficava no pé da cama de Jason,que se mantivera acordado até então, observando seus irmãos fecharem os olhos, mas o seu sono não parecia querer vir. Sofia senta-se na beira da cama do mais velho, ela lhe dá um sorriso e acaricia seu rostinho.

– Eu sou uma pessoa má, mãe?- Pergunta.

– Lógico que não, meu amor, você é meu meninão e cuida de seus irmãos enquanto estou fora. É muito responsável e independente!- Jason força um sorriso.

– Mas...Pessoas malvadas vão para o inferno?- O questionamento a incomoda, e muda de posição para se direcionar melhor a ele.

– Pare de pensar nisso. Você não é malvado, Jason!- Ela levanta-se e dá um beijo em sua testa.- Durma bem.- A jovem dona de casa caminha até a porta e dá uma última olhada em quais sempre seriam seus bebês.

– Eu te amo, mãe!- Diz ao se virar para o outro lado. Sofia sorri novamente e sai do quarto das crianças enquanto o responde.

– Também te amo.- O som da porta se abrindo e batendo fortemente era o começo de uma luta.- Faça menos barulho, vai acordá-los!

– Apenas cale a boca.- Seu marido vai em direção ao quarto jogando suas roupas pela casa até chegar na cama e deitar-se apenas com a vestimenta de baixo. Não haveriam brigas por hoje, " seria um milagre? " pensou. Ela se abaixa para pegar as peças, se depara com uma marca de batom no colarinho da camisa, mas decide ignorar como se não soubesse que o homem com quem é casada a trai com a dona da empresa em que trabalha. Seus olhos são mirados para um desenho de uma família, em cima do sofá, feito por Dylan com apenas ela e seus filhos nele, a sua única razão para continuar seguindo em frente.

Flashback Off:

 

Todos procuravam por Rose e Jessica nas redondezas. A policia já havia chegado, e Bianca dado seu depoimento, mesmo sem especificar nenhum detalhe do homem que arremessara uma pedra em sua direção. Impressionantemente nenhum dos convidados tinha prestado atenção no moço do lado de fora. Alguns dos convidados já haviam ido embora, não queriam permanecer mais nenhum segundo naquele sufoco.

– Pessoal, aqui!- Chama Diogo. Jessica se encontrava deitada no chão atrás da casa, fingindo um desmaio. Todo mundo se aproxima dela, mas Marina em essencial se ajoelha para a examinar melhor. Ela abre os olhos e se apoia na enfermeira para levantar.- Você está bem?

– Acho que cai enquanto corria...- Ela coloca a mão na cabeça fingindo uma tontura.- Onde está Rose?- Lídia e Daniel se entreolham, não querendo preocupá-la mais.

– Lícia acabou de ligar, disse que Rose está com Ágatha. Se assustou e correu para o lugar mais próximo que se sentia segura.- As duas mães se aliviam e se abraçam.

– Já está tarde, é domingo. Deveriam ir dormir, hoje foi um dia e tanto.- Todos concordam e dão uma última palavra com as noivas para então se enfiarem em seu carros. Marina dá um até logo para as anfitriãs, e caminha até a rua seguinte, indo para um beco escuro e imundo. Aquele local nem parecia fazer parte da zona nobre na cidade.

– Temos uma nova criança.- Anuncia enquanto abre uma porta camuflada. Adentrando no local, foi possível ver a carnificina em cima da mesa. Crianças mortas nuas estavam jogadas em um canto da sala, e o sangue delas estavam espalhados por todo o piso branco, junto com marcas de botas do "açougueiro".- Seu nome é Clara.- Ela olha com nojo para um corpo pequeno aberto do pescoço até a cintura em cima de uma maca.

– Faremos isso segunda. Tenho muito para resolver com estas.- Diz um homem alto, limpando seu celular manchado de sangue com um uniforme de quem trabalha em uma fábrica de carnes.

 

Suas mãos se contorciam em frente ao nootbook. Mesmo depois de quase ferir-se em uma linda noite luxuosa e aconchegante, nenhuma inspiração batia em sua porta. Era como uma parede que barrava qualquer gotícula de imaginação. Sua mente não era mais colorida e fantasiosa como em anos atrás, agora havia crescido e percebido que todas as suas ideias mais geniais não passavam de meras cópias de uma obra passada. Bianca invejava sua noiva, ela era uma designe de personagens, sua áurea era tão serena e misteriosa, como uma de suas crianções, a dama de vermelho. Baseada na Girl Blood e a trajetória do grupo de assassinos na cidade, Helena sabia o sucesso que aquela criação faria, mas nunca pudera usar em algum trabalho, por pedido de sua amada, que a reservaria para um futuro desdobramento no enredo:

– Não precisa se força a escrever, ainda mais hoje.- Comenta, enquanto desenhava traços de uma encomenda.- Ser apedrejada não é para muitos.

– Não fui apedrejada.- Ela fecha o aparelho e o deposita sobre a cômoda ao lado.- E preciso me esforçar para terminar o livro.

– É o último volume, todo mundo vai entender o seu cuidado para que ele seja especial.

– Isso está uma merda!- Bianca dirige-se para a cama e se joga nela como se não havê-se há anos.- Não consigo nem colocar uma cena romântica decente. E você sabe que a química deles duraria por bilhões de páginas. Como consegue buscar inspiração?- Helena dá uma pausa para pensar, enquanto colocava seus cabelos loiros para trás.

– Talvez...Procurar algo dentro de si que gostaria de ser visto...Olhar para fotos às vezes resolve...Buscar algo do passado que queira abordar...Musica?Simplesmente não sei, apenas vêm do nada. Tenta lembrar algo de seu passado e colocar na história.- Ela aceita a aposta e pega seu nootbook novamente.

" Cíntia admirava a lealdade de seu irmão, mesmo depois dele tê-la ferido fisicamente, nunca a decepcionara em momento algum. Ao perceber que a vida de sua mãe biológica estava na palma de sua mão, incentivou-lhe a atentar contra a vida da mesma. Ele não sabendo a verdade sobre a troca de bebês era uma vantagem que tinha sobre todos. Mas se isso não desse certo, ainda poderia contar com uma de suas marionetes, o capataz... ".

– Acho que deu certo...

 

" Ex-prefeito de Sanru é encontrado morto em sua cela ", essa era a notícia que estampava a frente do jornal local dessa segunda. Como se não bastasse os acontecimento dos dois últimos dias, mais uma notícia problemática entre as toneladas tomavam conta da cidade indo de boca em boca. E lógico que não seria diferente, a cafeteria estava lotada de pessoas comentando sobre todas essas jorradas de sangue que voltaram a acontecer:

– Como vocês aguentam ficar aqui?- Questiona Rose, com a cabeça entre os braços em cima do balcão. Ao seu lado havia um bolinho confeitado e decorado com a cor laranja e preto. Sobre ele pairava uma abóbora com uma cara maléfica.- Isso por acaso é um bolo sobre uma abóbora pedófila?

– Está chegando o Halloween, e dizem que o novo prefeito gostava dessa data quando morou nos estados unidos.- Comenta Daniel.

– Tudo por doces...- Ela começa a rodar no banco giratório, o que mesmo assim continuava sendo um tédio.- Não tem nada pra fazer!

– Rose, conheça louça, louça conheça Rose.

– Algo divertido.- A jovem levanta-se e olha para o lado, vendo Sofia degustando de seu café enquanto li um jornal em uma mesa próxima da parede.- O que fazer para parar de ser trouxa?- Ela coloca a xícara sobre a mesa e a encara.

– Renascer é uma boa solução.- Rose senta de frente para a moça, querendo que ela responda alguma de suas perguntas.

– Seu braço não havia quebrado?

– Médicos exageram.

– Ok...Por que me encobriu naquele dia?- Indaga, se inclinando para frente.

– Pessoas velhas não nascem velhas. Acha mesmo que eu nunca fugi de um lugar para fazer alguma coisa que não queria que meus pais soubessem?

– Você é um anjo.- Rose pega o jornal e começa a folheá-lo.

– Estou mais perto do oposto.

– Não diga isso. Idosas não podem ser seres humanos tão ruins.

– A idade não importa quando se é um monstro.- Sofia pega sua bolsa do chão e a coloca em seu ombro, demonstrando um pouco de dor.- Vou indo.- A mais nova acena, e é retribuída com um sorriso amoroso. Ela abre a porta e sai do estabelecimento. Mais a frente na rua oposta estava Bianca, sua doce menininha que havia crescido e virado um mulherão, andando sobre seus saltos novos, segurando sacolas de compras de uma das lojas de roupas que haviam acabado de abrir. Não conseguia controlar e nem parar de olhar, era como um sonho realizado, um toque de esperança e desejo. Sentiu as lágrimas batendo nas janelas de seus olhos, e simplesmente as deixou sair para encontrarem o seu sorriso, virando o rosto quando percebera que havia sido percebida.- Minha bebê...

 

Flashback On:

 

– Mãe...- A jovem moça usando um vestido preto olha tristemente para o chão, tentando ignorar seu pequeno garotinho. Ela ajoelha em sua frente, enquanto acorrentava seus pés com uma corrente pregada na parede do escuro e assustador porão.- Você me perdoa? Eu só queria que você fosse feliz...- Ela levanta a cabeça, mostrando seus olhos avermelhados e inchados de tantas lágrimas.

– Está tudo bem, Jason.- Sofia o abraça forte e lhe dá um carrinho para que ele brinque.

– Eu já tenho dez anos, não brinco mais de...- Ao perceber o rosto cansado de sua mãe, ele cala-se, desviando o olhar para uma caixa no fundo do lugar.- Pode chamar o Dylan para brincar comigo?

– Seu irmão está ocupado.- Sofia se levanta e caminha para a escada.

– E a Bianca?

– Vai ser melhor assim, querido. Melhor para todos.- Estava sozinho a partir de agora, E teria que aprender a conviver assim. Era uma ameaça para seus irmãos após matar seu pai.

– Não me deixe aqui. Não quero ser esquecido como um móvel velho.- Jason começa a chorar, mas ao olhar para a escada, sua mãe já havia saido e o trancado ali. Ela se senta no chão e deixa seu corpo apoiado sobre a porta. abaixa a cabeça sobre os braços cruzados em cima dos joelhos e despeja sua dor. Dylan se aproxima encarando seu gesto.

– Por que está chorando?- Sofia estende seus braços para o pequeno, que aceita o pedido de abraço e se joga entre eles.

– Não se preocupe, você é muito novo para essas coisas...

Flashback Off:

 

As crianças saiam correndo e gritando euforicamente para fora da escola. Miguel vinha em meio a cavalaria, com a cara amarrada. Uma garota de longos cabelos pretos segura em seus ombros e o remexe. Ele olha para trás e sorri:

– Oi, Clara. 

– Aonde você esteve no recreio?

– Procurando sinal no celular.- O garoto retira seu celular do bolso ao sentir ele vibrar. Após ler a mensagem, uma crise de risos é cometida. Clara o encara com um olhar cansado. Não era e nem seria a primeira vez que ela perdia a oportunidade de conversar por causa de uma mensagem de alguém que nunca havia visto.- Eu sei que você quer falar algumas bobagens e tal, mas eu tenho que ir. Tchau.- Ele segue pela direita, a direção aposta a qual a menina teria que ir. Clara arfa e começa a sua trilha para casa. Miguel enfim conseguiu responder as mensagens, e ao chegar perto de uma árvore sentou-se embaixo dela, assim podendo enxergar melhor a tela.

Dylan: É sério que quer me encontrar?

Você: Moramos na mesma cidade, não deve ser difícil nos encontrarmos.

Dylan: Bem, sabe onde fica aquela antiga fábrica de roupas abandonada? Eu moro algumas ruas depois.

Você: Não vai me levar pra um covil de assassinos, né?

Dylan: kkkkkkkkk, pq assassinos estariam em uma velha fábrica de roupas quando podem estar nos subterrâneo, é algo tão mente pequena de se pensar

Você: Vamos decidir logo

Por sua vez, a caminhada de Clara estava sendo bem prazerosa para ela, ver como o vento sopra em sua face, levando as folhas tão delicadamente. E a ação das pessoas se comunicarem eram como um presente que não poderia esperar melhor, quem a via de longe nunca esperaria algo assim dela. Ao olhar para trás viu vindo em alta velocidade, uma van preta que ainda em movimento para ao seu lado. A porta do veículo é aberta por um homem com máscara de bandido, que tenta puxá-la para dentro.

– Socorro!- Grita, seguido por mais gritos e tentativas falhadas de se soltar. Um moço alto que ouviu seu desespero, chutou o braço do sequestrador, e antes que pudesse fazer algo amais, o veículo partia deixando uma grande onda de poeira para trás; Clara o abraça.- Obrigada!

– Está tudo bem agora, criança.- Ele retribui o abraço, enquanto pessoas chegam para perguntar sobre o ocorrido. Após darem explicações, os dois se despedem.- Preciso ir.

– Obrigada, sério. Qual é o seu nome?- O rapaz loiro sorri para ela, virando um pouco a cabeça para a direita.

– Meu nome é Dylan.

– Então lhe devo minha vida, Dylan.- Clara reverencia.- Meu salvador.

– Não há de quer, doce princesa.- Ele retribui a ação e pega sua mão para beijá-la. Então se vira, tirando seu celular do bolso e indo em direção ao sol.

 

Marina acabara de se retirar do quarto de hospital aonde Sara repousava desacordada por anos. Até que uma pequena porta abriu debaixo de sua cama. Uma mão negra se arrastava para fora, seguida de um braço e então o rosto de um homem se iluminava com o sol que refletia pela janela. Ele levanta-se e retira uma siringa com algum líquido dentro do bolso. Após ter certeza que ninguém passava pelo corredor, aplicou a injeção no braço da mulher. Quando terminou, rapidamente se abaixou para voltar da onde tinha vindo, mas a porta se abriu antes que pudesse retornar. Carla o olhou receosa, não sabia como perguntar o motivo daquele homem estar abaixado ao lado da cama:

– Olá.- Disse o rapaz. Levantando e mostrando a siringa.- Deixei ela cair embaixo da cama.- Antes mesmo de se atrever a perguntar sobre o uniforme, ele já começou a informar.- Na verdade é minha folga, mas sempre veio ver os pacientes.

– Obrigada por cuidar da minha prima.- Ela abre espaço, e ele então se retira. Carla puxa uma cadeira encostada na cadeira para perto de Sara.- As coisas estão um pouco complicadas.- Seus dedos se movem até a mão dela, e a acaricia.- Sinto sua falta...Ficar aqui falando me faz pensar se você consegue me ouvir. Mas se consegue, espero que saiba que eu te amo.- Marina dá batidas na porta que estava ligeiramente aberta. 

– Desculpe incomodar, mas é que o horário de visitar está para terminar...- Orientou.

– Só preciso de mais alguns segundos.- A enfermeira concorda com a cabeça e vai para fora. Carla se levanta e se aproxima da face de Sara.- Você sempre amou reviravoltas, histórias sobre assassinatos. Agora eu sei que nada é tão fantasioso quanto a vida real. E sinceramente, eu preciso desabafar sobre tudo o que houve antigamente.- Ela começa a rir de si mesma falando com uma pessoa que não abria os olhos há anos.- Acho melhor falar com um padre e infernizá-lo com um mais um passado assombroso.

 

– Por que duvida que eu te amo?- Indaga, Leonardo, em frente a sua casa, sendo laçado pelos braços de sua namorada em volta de seu pescoço.- Até já dei provas o suficientes.

– Tipo qual?- Rose sabia varias, apenas queria ser lembrada de mais algumas.

– Acho que te aturar já é prova de amor o bastante.- Ela dá um cascudo nele e dá alguns passos para trás.- Desculpa novo por não ter ido no noivado da sua tia, mas você já viu as minhas razões.

– Diarreia é perdoável, digamos assim.- Rose dá um selinho no garoto, para então dar meia volta e marchar como um soldado.- Tchau, Leo.- Ele acena mesmo sem ela vê, e parte para dentro de casa, pensativo sobre seus motivos para continuar seguindo em frente, e como as coisas são tão insignificantes já que vamos morrer, mas bem, coisa que todo mundo pensa de vez em quando, e logo abandona e começa a viver o dia se entretendo com coisinhas desnecessárias. Ao fechar a porta, a primeira coisa a se deparar é um espelho de chão no centro de sua sala. Seu reflexo mostrava o quão assustado estava por um mísero espelho colocado em sua casa, mesmo morando sozinho esse não era o motivo pelo qual estava com aquela reação. Ele pega um vaso de flores e taca no vidro, fazendo com que seus cacos caiam e desfaçam sua imagem. Leonardo ajoelha-se, então olha ao redor, procurando alguma pista ou algo que o levasse a saber quem sabia de seu segredo, e o porque de está cutucando sua ferida mais profunda, mas não havia nada e nem ninguém, apenas ele naquela casa escura e repleta de segredos.

 

Sofia usava em lindo roupão amarelo, fino e dourado, enquanto penteava seus cabelos loiros em frente a uma penteadeira. Já ouvindo alguém caminhando do lado de fora, pediu para entrar mesmo antes de ser perguntada:

– Olá, Sebastian.- Cumprimenta, admirando sua beleza no espelho.

– Está gostando daqui, Ágatha?- Ele senta na cama, fazendo uma cara gentil.

– Claro que estou, vocês são muito simpáticos.- Ela sorri e abaixa o braço por um instante após sentir uma leve dor.- Espero ser útil em breve, quando eu melhorar um pouco mais.

– Deveria ter deixado o gesso.

– E perdido a chance de me olhar gloriosamente penteando o cabelo em frente a esse majestoso espelho? Nunca perco uma cena dessas da minha vida.

– Então gosta de se sentir em um filme...- Ele a observa da cabeça aos pés. 

– Como se ninguém gostasse...É bom se sentir seguro, e me sinto assim na casa de vocês.

– Você está segura. Pode ter certeza disso. Eu e Jessica estamos a toda disposição.

– Eu sei.- Sebastian se levanta para ir embora, caminhando até a porta e quase a fechando, mas antes que concluísse a ação é interrompido por uma fala.- Ah, já ai me esquecendo. Avise a Dylan que quero conversar com ele.- Ao olhar para a mulher, percebia sua expressão inocente enquanto ainda escovava os cabelos, os dois sabiam que não enganavam um ao outro. A porta então fechou-se, e uma sombra saia de trás de uma cortina.

– Eu já estou aqui.- Disse Dylan, segurando um gatilho na mão. A mãe anda até o homem, com uma expressão séria.- O que foi? Emagreci demais para me esconder atrás da cortina? Mas isso seria um fato.

– Você nunca se cansa desse joguinho imbecil?

– Não é apenas um joguinho bobo, Sofia.- Ela lhe dá um tapa, marcado fortemente sua mão em seu rosto.

– Todo mundo aqui já se ferrou o suficiente, e ninguém aguenta mais esse seu inferno particular. Deixe todos em paz de uma vez, não precisamos de mais matança. Chega de tanto fascínio pela Sara.

– Isso não é pela Sara!- Impõem.

– Eu realmente devia tê-la matado. E ainda farei isso.- Dylan levanta o gatilho, o mirando ao lado da cabeça de Sofia.

– Não se atreva a atrapalhar tudo o que construí. Esse jogo é a coisa mais fascinante que já tive na minha vida, e o levarei para o túmulo. E Se precisar, eu mato você.

– Não tenho medo de morrer.- Expressa colocando autoridade na voz.

– Esse será o seu erro.

 

Continua..



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