História Segredos - Imagine Taehyung - Obrigada por ser meu amigo!

3 meses depois...

O tempo foi passando e eu fui percebendo que realmente gosto do Taehyung. Mas não entendi o fato de eu gostar de algum que me despreza, que já falou várias vezes que me odeia.

Sem contar os meninos tentando ser meus amigos, o Yoongi até não, pois fez uma prova e passou, agora está fazendo faculdade e trabalhando com o meu appa na empresa. Mas os outros não sai do meu pé. Parece que não entendem que não quero amigos e que eu não aguento mais o desprezo que o Taehyung tem sobre mim?

Eu mudei muito com essa pressão que os meninos tem sobre mim, minhas notas pioraram pois aqui os trabalhos são em duplas e eu me nego a fazer, não estou tendo paciência com ninguém.

Com isso, na reunião de pais, a professora conversou com o meu appa. Falou que eu estava esquisita, não tenho paciência com os meus colegas e quando o mesmo me perguntou, eu explodi e fiquei de castigo.

Foi a melhor forma que encontrei para não contar para o mais velho.

Appa: S.n? Filha, você tem aula!

S.n: Não quero ir appa! Minha cabeça doi!

Appa: Outra vez? *ele puxa o cobertor e eu me sento* Faz dias que você tem essa dor de cabeça, vou ter que te levar ao médico.

S.n: Não precisa appa! Não se preocupe...

Appa: Você é minha filha! Eu vou me preocupar com você sempre! Vai se arrumar para irmos ao médico.

Assenti e ele beija minha testa. Me levantei, tomei um banho, vesti uma roupa (mídia do capítulo) e penteei meu cabelo. Peguei meu celular e uma bolsa, fui até a cozinha e vi que meu appa tinha feito o meu café, bolinho e leite com chocolate.

S.n: Appa? O senhor não tem que trabalhar?

Appa: Sim, tenho. Mas você é mais importante!

Sorri e o abracei. Assim que tomei o café, sai com meu appa e fomos para o hospital. Faz dias que venho sentindo dores fortes de cabeça e depois que pesquisei sobre o que eu podia estar sentindo pelo Taehyung, resolvi não pesquisar mais nada.

Quando chegamos, meu appa resolveu as coisas com a enfermeira que ficava na recepção e depois esperamos o médico me chamar.

Dtr: Jung S.n? *levantei e fui, com meu appa, até a sala* Então, o que está acontecendo com a mocinha?

Appa: Faz uns dias, uma semana mais ou menos, que ela vem me reclamando de dor de cabeça.

Dtr: Tomou algum remédio?

S.n: Tomei, mas não deu certo. Sempre que tomo, logo começa a doer outra vez.

Dtr: Uma semana?

S.n: Acho que tem mais.

O médico suspira e começa a escrever.

Appa: O que o senhor acha que pode ser?

Dtr: Pode ser várias coisas, graves e também pode ser apenas uma dor chata, mas vou passar alguns exames. Depois venham me mostrar, para que eu possa passar remédios ou dar um encaminhamento.

Appa: Esta bem!

O médico entrega alguns papéis para o meu appa e o mesmo lê, antes de irmos. Primeiro ele me pediu um exame de sangue, então fomos tirar o sangue.

Enf: Vai ser só uma picadinha, ok?

Assenti e fechei os olhos, eu já tirei sangue, faço isso três vezes por ano para exames de rotina. Então foi tranquilo!

Appa: Enfermeira, para que serve a tomografia?

Enf: Usamos ela para ver se a pessoa tem tumor ou câncer.

S.n: Ele pediu appa?

Appa: Pediu, mas fica tranquila! Você vai ver que é nada essa dor de cabeça.

Assenti e ele beija minha cabeça, depois limpar minhas lágrimas. Depois de tirar o sangue, a enfermeira me pediu para acompanha-la. Fomos até uma sala, a mais velha pediu para mim trocar de roupa e tirar os meus assessórios. Fiz isso rápido e depois fomos até uma sala enorme, que tinha uma máquina bem grande. Eles me pediram para deitar em uma máquina que estava ali, depois saíram. Até que a máquina ligou e eu percebia que eu ia entrar naquele negócio enorme.

S.n: APPA!

Me levantei e fui até a porta, batendo. Eu estava com muito medo, então fiquei desesperada. Logo, meu appa entra e me abraça.

Appa: Shiii... o appa está aqui!

S.n: Eu não quero fazer esse exame! Eu estou com medo!

Enf: Calma princesa! Não vai acontecer nada, isso não machuca!

Appa: Ela nunca fez exames assim. *ele se separa e segura meu rosto* S.n, pode ir, appa vai te esperar aqui de fora.

S.n: Eu não posso fazer outro?

Appa: Filha, eles querem ver o que está causando suas dores de cabeça.

Ele me levou até aquele aparelho medonho e assim que deitei o mais velho beija minha testa.

S.n: Vai doer?

Appa: Não! Fica tranquila!

S.n: T-ta!

Eles me deixaram sozinha outra vez. Quando ouvi a máquina ligar, fechei os olhos bem forte e algumas lágrimas caíram no canto do meu rosto. Foi quando senti um beijo na minha testa.

Appa: Acabou princesa! *abri os olhos e me sentei para abraça-lo* Minha mocinha corajosa! Vamos vestir roupa, vamos?

Assenti e fomos vestir, depois que me arrumei, ficamos esperando o resultado e o médico chamar. Eu me encolhi na cadeira de espera e meu appa me abraçou. Ficamos ali quietos, eu estava pensando e imaginando como seria da minha vida depois de descobri um tumor na cabeça.

Enf: Podem vim!

A mesma aparece com alguns envelopes e vamos com ela até a sala. Sentamos, esperando o médico ver os exames e minha vontade de chorar estava quase não cabendo em mim.

Appa: Então doutor?

Dtr: Nos exames nada. Não é enxaqueca... *ele termina de guardar os exames* A mais ou menos 3 anos, minha filha mais velha começou a me reclamar de dor de cabeça. Ela ia na psicóloga e eu falei que eu ia levá-la para fazer exames depois da consulta. Foi quando a psicóloga falou que a minha filha estava chorando a noite toda e chorava a cada 5 minutos. Naquele tempo, tínhamos perdido o cachorro dela e os dois eram grudados então ela sofreu muito. S.n, você anda chorando? *neguei com a cabeça* Segurando o choro?

Olhei para o meu appa e meus olhos encheram de lágrimas.

S.n: Sim.

Dtr: Então essa dor só vai parar quando você para de segurar e colocar para fora o que te machuca. Fora isso, está tudo bem!

Assenti e abracei minhas pernas, escondi meu rosto e chorei. O médico passou um remédio mais forte para dor de cabeça e depois fomos embora. O caminho inteiro foi silencioso, meu appa parecia chateado, o que me fez chorar mais e minha cabeça lantenjar. Assim que chegamos, corri para o quarto chorando e deitei na cama. Não demorou para mim sentir uma mão passando nas minhas costas. Fui me acalmando com o carinho.

Appa: Quer que eu marque um psicólogo? *neguei com a cabeça* Quer que eu ligue para sua omma?

S.n: Não, não quero saber dela também.

Appa: Quer que eu chame os seus amigos?

S.n: Eu não quero amigos!

Appa: Então conta para o appa o que está acontecendo.

Sentei na cama e limpei minhas lágrimas, depois fiquei encarando minhas mãos.

S.n: Sabe por que minhas notas despencaram?

Appa: Por que você se nega a fazer trabalho em dupla?

S.n: É. Eu não faço trabalho com alguém, pois as pessoas aqui são diferentes das do Estados Unidos. Aqui todos querem ser seus amigos, lá era cada um por si. Eu não quero amigos appa! Eu quero ficar sozinha! Mas os meninos insistem, mesmo eu falando várias vezes que não quero ser amiga deles. Para piorar um menino me odeia e não me quer no grupo deles.

Appa: Ignora ele princesa! Seja amiga dos outros meninos, uma hora aquele garoto vai ter que te engolir.

S.n: O problema é que o desprezo dele machuca appa! Eu gosto dele! Como eu faço para fazer isso parar?

Meu appa me olha assustado e depois me abraça.

Appa: Oh meu bebê, por que não me falou antes?

S.n: Porque sou um peso, o senhor está tentando construir uma família e eu não quero atrapalhar mais.

Appa: Mas meu bem, você não atrapalha! O appa é que está adiando isso, ok? Não esconda mais nada de mim!

Assenti e o abracei.

S.n: Obrigada por ser meu amigo!

Appa: Eu que te agradeço por confiar em mim! Agora, você tem que conversar com esse menino. Pergunte o porque dele te odiar.

Assenti e escondi meu rosto na curva do pescoço dele.

S.n: Eu te amo appa!

Appa: Também te amo filha!

Eu chorei no ombro dele e o mesmo ficou calado, passando a mão nas minhas costas. Eu tenho o melhor appa do mundo!

Continua...?