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História Segredos. - Dois.


Escrita por: DWRPerlman-

Notas do Autor


Aí gente <3
Estamos de volta. Espero que gostem! Essa fic ainda está começando mas, espero realmente que gostem!
Boa leitura <33

Capítulo 2 - Dois.



Eu não entendia qual era a daquele cara ter que ficar no mesmo quarto que eu, mas tentava não trombar com ele. Pelo menos ele não dormia todo dia lá e quando dormia, não era tãaao ruim. Ele geralmente não enchia meu saco e pelo menos, não roncava.

A maioria do tempo ele só ficava jogando no celular ou dormindo mesmo. Ele não desgrudava da minha irmã mesmo, então eu também ficava livre e salvo se ficasse quieto lá.

Meu plano vinha funcionando eu acho, em grande parte. Não estava ficando mais fácil quer dizer, minha mãe estava mais tentando falar comigo e dando nos meus nervos, mas até agora tudo vinha saindo como tinha que sair.

Fora pelo fato de que eu não tinha arranjado um emprego ainda. Isso era bem ruim.

Não dava para esperar que fosse fácil, sei que não era algo tão simples, mas sabe, eu tinha que manter as esperanças. Não vim para cá a toa, não vim para cá para ter que morar com a minha mãe.

 Eventualmente eu acabei respondendo meu pai. Estava tudo bem com ele pelo menos, mas ele ficou meio bravo pela demora.

Não demorou muito até ele começar a despejar perguntas em cima de mim de novo, ai tirei mais um tempo. Não queria me magoar mais ou brigar mais com ele do que já tinha.

Sabe, ele podia não me aceitar de volta mas sabia que eventualmente ele ia entender. 

Eu espero.

Vejo Ryan entrar pela porta e Z passar pelo corredor, os dois rindo.

O cheiro de bebida invadiu todo lugar.

— Uff — Ryan se joga no colchão —  e ai?

— Huh?

— Brendon não é?

— É — Levanto uma sobrancelha. — Noite boa, huh? 

— É. Por que você não foi na festa?

— Huh? Que festa? 

— Eu disse para Z te chamar. Vinte e um anos do meu melhor amigo.

— Ela não disse nada mas faz todo sentido. Não converso com ela.

— Poxa, seria muito legal se tivesse ido. Bastante bebida, gente e tudo mais… Se você gosta dessas coisas.

— Eu definitivamente não gosto e não ligo. 

— Tem que ligar não é? Ou você não sai de casa?

— Não saio e nem quero e você está bêbado. Fale sozinho ou com a parede.

— [...] mas e seus amigos?

— Ficaram na minha cidade.

— Você não morava aqui?

— Não né? Z não te falou?

— Huh, ela não gosta muito de você mesmo e eu não pergunto. Temos mais coisas para fazer.

— Achei que ela ficava enchendo seu saco sobre mim, se eu estava enchendo seu saco ou não…

— Ela fica mas enfim, não considero muito. Gosto de você. Nunca me fez nada de ruim.

— Gosta de mim? 

— Sim, você parece legal.

— Nunca nem falei com você.

— Mas parece legal. Eu entendo, meus pais também são separados, bem chato, só não sabia que você era daqui.

— Não?

— É, Z sempre disse que os pais dela não conversavam mais e que ela tinha um irmão mas achei que era só bem ruim. 

— Não, eu me mudei. Tive que vir para cá. Fui colocado para fora de casa, na verdade, então…

— O quee… — ele parece chocado — colocado para fora porque? Achei que estava aqui para ficar com a família.

— Claro, por que eu amo a minha mãe e minha irmã.

— E não ama?

— É uma longa história…

— Sinto muito que você foi jogado para fora. Bem ruim. Espero que seus pais ficam bem.

— Não vão, mas tudo bem. Já aceitei isso faz tempo. Só quero sair logo daqui.

— Huh, eu entendo. Amigos podem ajudar, devia ter ido.

— Eu odeio isso. Não gosto de álcool exatamente e essa coisa toda.

— Bom, eu gosto. Eventualmente. — Ele se mexe na cama — Enfim, poxa, você devia ter ido. Você é bem legal.

— Você só está bêbado.

— Enfim. E desculpa estar roubando seu quarto e tal. Costumava ser quase o meu.

— Você nunca vai para casa?

— Nah, de vez em quando. Eu realmente gosto da sua irmã e de ficar aqui.

— Ah, bacana. 

— Meus pais são muito, sabe, controladores e superprotetores e tudo mais. Não gosto muito. Eu preciso de muito espaço as vezes, de um tempo para mim, e eles realmente gostam dos meus amigos e da Z, então...

— Você não disse que seus pais eram separados?

— Yeah, eles são… meus pais biológicos pelo menos. Eu vivo com a minha mãe e o meu padrasto.

— Ah.

— Ele é como um pai para mim, então é como se fossem meus pais. Sem contar que nem lembro direito do meu pai biológico… eu devia ter uns 3, 4 anos. Por ai.

— Hm.

— Sinto muito por tudo sabe cara, mas dá uma chance. Sua mãe e sua irmã são incríveis, as vezes você só esqueceu disso.

— Eu acho que você não pode falar com tanta certeza disso assim.

— Mas eu sei que se você der uma chance as vezes as coisas acabam bem. Eu realmente gosto do meu padrasto, ele é bem como um pai para mim mesmo e eu sei que ele gosta de mim. Ela é sua mãe, de verdade, Não importa o que aconteceu, tenho certeza que tem como resolver. 

— Da onde você surgiu mesmo?

— Ah cara, só dizendo sabe… eu costumo conhecer quando a pessoa é ruim e você não é… sei lá, nada realmente não pode ser resolvido entende? Quer falar sobre isso? 

— Não, definitivamente não. E você também devia parar, vai se arrepender de ficar falando as coisas quando está bêbado assim.

— Mas eu não quero dormir agora.

— Fala com a parede ué.

— Tá acordado até agora porquê?

— Eu sei lá, mas vou dormir agora, então…

Não sei qual era a do Ryan, de verdade, porque com certeza ele não costumava ser tão extrovertido assim.

Na maioria do tempo ele não falava comigo, só ficava na dele todo envergonhado provavelmente pelas “ceninhas” que eu fiz sobre ter que dividir o quarto com ele e coisa assim.

De certo modo conseguia entender que ele via que não era real, o que era bom. Ele estava bêbado, claro que era por isso que ele tinha arranjado coragem para puxar uma conversa, mas era realmente legal saber que pelo menos alguém ali conseguia ver que eu não fazia aquilo de propósito.

Porque eu não fazia. Não mesmo.

Era, bem, rancor e tudo mais, mas eu não falava aquilo por que queria falar, falava por que era o que eu achava que eu era obrigado a falar para me sentir bem.

Não queria ser babaca com ele. Não importava de me dividir o quarto com ele.

Mas eu não conseguia de nenhuma forma facilitar as coisas pras traidoras que estavam comigo.

Eu me sentia tão errado de estar ali… grato, mas realmente errado de certa forma. Doia fazer isso.

Eram as memórias talvez? Porque para ser sincero não dá para negar que isso tudo trazia as coisas de volta para mim. A noite as vezes eu não conseguia parar as lágrimas. 

Minha vida era boa, era feliz… lembrar da dor que minha mãe causou em mim, do amor que eu tinha por ela e que ela destruiu… 

Quantas vezes ela me abraçou pensando em sair logo, transar com o cara qualquer do trabalho dela? Desejando fugir com ele e não voltar para casa, me deixar lá olhando pela janela preocupado com ela ainda não ter chegado em casa do trabalho…

Isso doia, doia mesmo, porque eu costumava amá-la de verdade. Eu via o quanto isso machucava meu pai, o deixava frustrado, e sinceramente eu não sei como ela teve coragem.

Acho que o sentimentalismo alcoólico do Ryan estava passando para mim, então eu só me obriguei a dormir, ouvindo os roncos dele ao fundo já super profundos.

Aparentemente a bebida tinha acabado com ele.



Notas Finais


E aii gostaram?
Sei que tá no começo ainda mas, se curtiram aaaaaa fico muito feliz!!
Comentem e facoritem se acharem que devem e falem comigo <3
Vou amar saber, de verdade.
Beijo gente
Vocês são minha vida.


Love always
~dann-


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