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História Segredos - Revelações


Escrita por: Imagine_versos

Capítulo 2 - Revelações


Fanfic / Fanfiction Segredos - Revelações

Domingo, dia 22 de Maio, 16h23, Starbucks coffee.

  • Summer

  — Então, como foi está sem mim esses dias? — Perguntou Chris, convencido.

  — Normal. Terminei por fazer o que eu sempre faço. Desenhar — Disse tranquilamente. — E eu não morri, além do mais, só foram dois dias — Sorri, divertida.

  — Muito obrigado por jogar na minha cara que não precisa de mim — Fingiu decepção.

  — Pelo contrário — Toquei sua mão que descansava em cima da mesa. — Eu preciso de você. Muito. E não digo isso só por dizer, eu digo isso por quê você sempre esteve comigo. Eu sempre contei com você pra tudo, então, nada mais justo que você se achar por eu precisar de te — Sorrir agradecida 

— Eu sempre vou estar contigo, machimelo — Sorriu mostrando suas covinhas. — Nada mais justo que eu te agradecer por ser essa garota meiga e atenciosa, na maioria das vezes — Soltou um riso e fui obrigada a rir também. — Quer pedir algo? — Perguntou.


  — Sim, um capuccino.

  Ele chamou o garçom, o mesmo anotou nossos pedidos e saiu em seguida.

  Enquanto Chris observava o cardapio, eu o observava. Ele sempre esteve comigo, sempre foi um amigo que todos gostariam de ter, e eu estou muito agradecida por ser única em sua vida. Ele sempre me tratou como uma irmã, claro que, no começo eu senti uma leve atração por ele, mas foi substituído por um amor de irmãos. Eu o amo e acredito que ele também me ama.

  — O que foi? — Perguntou, depois de notar que eu o olhava.

  — Eu só estava pensando — Sorri sem graça. — No quanto você é legal comigo, e que, no começo da nossa amizade, eu não pude deixar de sentir uma pequena atração por você — Revelei, corando envergonhada.

  — Você nunca me disse isso — Cerrou os olhos. — Que se sentiu atraída por mim. — Pensou um pouco e depois contínuo — Claro, como não pude perceber. Eu sou um gato e você se sentiu atraída por minha beleza — Rio divertindo-se.

  — Por favor, não me julgue, eu era boba na época.

  — Como poderia te julgar? Não te culpo por eu ser um pedaço de mal caminho — Sorriu convencido. — Já que estamos em momento revelações, tenho que te dizer que na época, eu também era meio que, atraído por você. No começo eu só me aproximei para poder te "pegar" — Fez aspas com os dedos. — Mas depois percebi que você era diferente, e que não merecia que eu fosse um tremendo babaca.

  — Nossa, que imbecil! — Exclamei.

  — Eu sei, eu era assim, mas mudei por sua causa. Você me mostrou que posso ser diferente sem ao menos perceber.

  — Fico feliz por ter te ajudado. E espero que tenha aprendido que mulheres não são brinquedos e muito menos uma diversão.

  — Eu sei. Soube disso desde que te conheci — Sorriu maroto.

  Aquele sorriso que me derretia.

  — Aqui estão os seus pedidos — O garçom veio com o nossos pedidos e os colocou na mesa. — Com sua licença — E saiu andando.

  — Bom... Como anda suas aulas de ballet? — Mudou de assunto.

  — Estão indo normalmente. Eu amo o que faço, então acho que isso torna o ballet algo muito especial pra mim.

  — Que bom. E quando eu vou assistir você dançar de novo?

  — Creio que em breve, Chris — Digo, encerrando o assunto

  Eu e Chris saboreamos nossos capuccinos e ficamos conversando besteiras aleatoriamente. Sem perceber, já era tarde.

20h34

  — Tenho que ir, amanhã tenho aula, não quero arriscar acordar tarde.

  — Vamos, então — Disse e foi pagar a conta.

  Eu e o Christian fomos caminhando e conversando animadamente até minha casa. Quando chegamos na porta, me virei, ficando de frente para ele.

  — Chegamos — Disse.

  — É notável — Falou brincalhão.

  — Uma vez idiota, sempre idiota — Sorri. Ele me encarou e eu não disse nada.

  — Summer — Chamou-me sério. Aí vem bomba, quando ele fica sério assim é porque não é algo bom. — Eu preciso te dizer uma coisa, gostaria que soubesse só no final do ano, mas isso está me matando por dentro. 

  — Fala logo, está me deixando preocupada — Disse apreensiva.

  — Não sei qual é a melhor forma de te contar isso, então vou ser direto. No final do ano eu irei embora — Falou.

  Mau processei a informação e meus olhos já estavam marejados.

Como assim ele vai embora?

  — Como assim? Você vai se mudar!? — Me alterei.

  — Não necessariamente. Eu irei fazer intercambio por um ano no Brazil, mas logo voltarei.

  — Brazil? Um ano? É muito tempo... E-eu, e-eu — Minha voz falhou. Não saiu nada, tinha tanta coisa que eu queria dizer, mas nada saia.

  — Fale algo — Pediu, tocando minha bochecha com sua mão macia.

  — Boa noite, Chris — Sorri fraco. Beijei sua bochecha suavemente e entrei em casa. Subi as escadas correndo, tranquei a porta do meu quarto e me joguei na cama, chorosa.

  Porquê você vai embora?

  Porquê irá me deixar outra vez?

Segunda-feira, 23 de Maio, 06h00, em casa.

Summer

  Acordei cedo e fui tomar banho para ir ao colégio. Me vesti, coloquei meu batom matte roxo e deixei meu cabelo em um coque frouxo. Borrifei o perfume em mim duas vezes e peguei o celular que estava em cima da cômoda e desci com minha mochila nas costas. Encontrei meus pais sentados há mesa tomando café.

  — Bom dia, amores — Beijei a bochecha de cada um.

  — Bom dia, querida — Disse mãe.

  — Bom dia, filha — Falou pai.

  Sentei-me na cadeira e preparei meu café, fazendo dois sanduíches com pão integral e pegando um suco de manga.

  Na mesa estava um silêncio ensurdecedor. Eu não falava nada, minha mãe não falava nada e meu pai também não. Então quem sou eu para quebrar o silêncio? Quando terminei o café, despedir-me dos dois e fui para o colégio.

07h13

  Enquanto alguns alunos riam e conversavam animadamente, eu estava sentada na última fileira de cadeiras da sala.

   Eu observava cada um daquelas pessoas. Algumas magras, outras fortes, alguns altos, outros baixos, cabelos curtos ou longos, olhos azuis ou verdes. Eu não me encaixava naquele padrão e eu gostava daquilo, em não ser comparada com ninguém. Odiava que me comparasse com pessoas vaidosas. Não me acho feia, pelo contrário, sou muito bonita, mas sou diferente daqueles que são bonitos e jogão na cara dos outros.

  Escutei o sinal tocar e o professor de Química entrar na sala.

  Sr.Darcy era muito bonito, arrancava suspiros das meninas. Moreno, alto, forte, cabelos lisos castanhos e olhos azuis. Ele não dava atenção para as cantadas das garotas da sala, o mesmo já deixou bem claro que só está ali à trabalho. Mas elas escutam? Não! Acham que algum dia iram visgar o professor.

  — Abram o livro no capítulo quatro, por favor — Disse, com sua voz grave e rouca, arrancando suspiros das meninas e estalo de língua dos meninos.

  Todos abrimos os livros contra gosto e voltamos nossa atenção para o Sr.Darcy.

  — Quem gostaria de ler? — Perguntou.

  Todas as meninas levantarão as mãos, menos eu e claro, os garotos.

  —...Já que todas querem ler, eu irei escolher — Passou os olhos por toda a sala e por uma fração de segundos seus olhos encontraram os meus.

  Não me escolhe!

  Não me escolhe!
 
  Não me escolhe!

  — Srt. Reymond.

  Ele me escolheu.

  Encarei o professor e ele estava me encarando de volta. Ficamos nós encarando. Ele esperando que eu falasse algo e eu caindo naquele mar de olhos azuis.

  — E-eu, e-eu — Pisquei meus olhos freneticamente. Minhas mãos estavam suando, passei-as na minha calça nervosamente. — E-eu — gaguejei de novo. Eu queria falar algo, eu realmente queria, mas aquele atenção toda estava me deixando maluca.

  — Você está bem, Summer? — Indagou preocupado. Mas eu só consegui escutar como o meu nome saia de sua boca. Suave e rouca. — Se não quiser ler, não tem problema, posso mandar outra pessoa.

  — Eu não quero ler, Sr.Darcy — Disse extremamente baixo.

  — Tudo bem. Você pode ler Srt. Martínez? — Perguntou pra Débora.

  — Claro, professor — Sorriu maliciosamente.

  Argh! Débora? Sério isso Darcy? Tantas pessoas e o senhor só conseguiu pensar nela? Certo, concentre-se, Summer. Você não irá mais ler.

  — Uffa — Soltei inaudível.

10h00

  O sinal tocou avisando o final da aula. Fui para o meu armário, guardei as minhas coisas e tirei de dentro meu diário. Sei que é ridículo uma menina da minha idade ter um diário, mas eu preciso desabafar, algo que não faço constantemente.

  Fui para o refeitório, peguei meu lanche e sentei em uma mesa afastada da multidão. Olhei para a porta e vi o Chris entrar com seus colegas. Seus olhos encontraram os meus e ele colocou suas mãos no bolso da sua jeans vindo em minha direção.

  Sabe aquelas cenas de filmes do colegial? Em que o badboy está indo em direção a nerd em câmera lenta, arrancando olhares de todas as pessoas dali, até dos meninos? Então, era isso que estava acontecendo. Quando ele chegou perto, parou em minha frente, sacou do seu bolso um envelope, me entregou e saiu andando.

  Quê? É melhor nem discutir.

  Guardei o envelope na minha bolsa e voltei a comer meu lanche.

  O sinal do fim do intervalo toca e faço meu percurso de volta para a sala. Sento-me no lugar de costume e a professora de filosofia entrar, começando sua aula sobre Aristóteles.

11h50

  Guardei minhas coisas e fui saindo da sala, quando sinto um braço me segurar.

  — Leu a carta?

  Viro-me para o dono da voz e dou de cara com meu melhor amigo.

  — Ainda não, mas irei ler mais tarde — Disse.

  — Posso passar na sua casa hoje? Queria conversar melhor com você, sabe, sobre aquele assunto.

  — Tá bom. É, já está indo? — Perguntei, olhando para o aperto em meu braço.

  — S-sim — Disse me soltando. — Quer companhia?

  — Sim — Limitei-me a dizer.

  Fomos andando e conversando. Algumas vezes o silêncio dominava, ficava meio desconfortável, mas ele sempre encontrava algo para quebra-lo. Cheguei em frente à minha casa e me virei para ele em silêncio.

  — Tchau — Disse.

  Ele coçou a nuca.

  — Tchau, até depois.

  Me virei e andei até a porta com o coração apertado. Porquê eu queira tanto que ele viesse atrás de mim? Quando me virei de novo ele não estava mais lá. Sentei-me no primeiro degrau da escada e desabei ali mesmo.

  — Eu vou perde-lo outra vez — limpei uma lágrima solitária.

  Uma rajada de vento passou e desmontou meu coque frouxo, fazendo com que meu cabelo fosse parar em meu rosto. Apertei meu casaco ao corpo e estremeci um pouco. Tirei o cabelo do rosto e um papel tampou minha visão. Tirei e encarei a folha.

  — Meu desenho! — Exclamei pasma.



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