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História Segredos Da Floresta. - Haechan. - 01. Barulhos.


Escrita por: PontoDaIlusao

Notas do Autor


Olha aí, demorei mais voltei

Vocês que me aguentem agora e de novo hehehe

Capítulo 1 - 01. Barulhos.


Fanfic / Fanfiction Segredos Da Floresta. - Haechan. - 01. Barulhos.

(P.O.V Luana) ◖Quarto◗  

◇Quinta-feira◇

※03:21※


Respirei fundo, olhando para o teto. Mais uma vez não consigo dormir.

Me encolhi ainda mais na cama ao ouvir outro grito, toda noite é a mesma coisa, os gritos, os passos...

Parece que só eu ouço esses murmúrios, mesmo que na presença de outras pessoas, parece que ninguém mais ouve.

Minha vó, Amélia, diz que preciso me acostumar com o lugar, só assim vou parar de escutar esses sons.

Acho que tudo o que rolou nesses últimos dois meses está me deixando louca! Só pode ser isso.

O que aconteceu? Vou tentar resumir; há dois meses atrás, minha mãe, Laura, infelizmente foi uma das muitas vítimas de mais um confronto de policiais contra os bandidos.

Depois de uma semana, minha avó materna veio me buscar para eu ir morar com ela e meu primo, Yuri, em Wellington, Nova Zelândia.

Arrumei um trabalho em uma lanchonete, é um pouco longe de casa, mas tudo bem, minha bicicleta me ajuda bastante. Ainda não arrumei dinheiro suficiente para comprar um carro, habilitação eu tenho, só falta a grana agora.

Essa nova casa fica distante da vizinhança, é bem lá no fundo e, bem de frente com a varanda do meu quarto, é localizada uma grande floresta, ela é assustadora, é de lá que ouço esses barulhos esquisitos.

Bom, deixa eu dizer algumas coisas sobre minha pessoa (1° foto); sou brasileira, tenho 20 anos, meu pai nunca quis me conhecer e, sinceramente, nem faço questão de que isso aconteça.

Fiz alguns amigos aqui, sendo eles:

Emily Collins, uma americana que virou minha melhor amiga e sempre tenta me arrastar para os barzinhos e boates, mas prefiro ficar em casa mexxxmo.

Nakamoto Yuta, este que mais parece um personagem de anime, gosto de chamá-lo de "príncipe japonês". O mais velho me deixa bem sem graça com seus elogios, sorrisos sugestivos e as indiretas bem diretas que me lança. Sei que tudo não passa de brincadeira de sua parte, mas mesmo assim fico constrangida.

Jackson Wang, um chinês bem doido e divertido. Sempre que estamos juntos, nossos neurônios somem, vão embora. Não que eu tenha muitos né.

Kim Jungwoo, é um coreano muito doce, até a voz é mansa, mas não se engane, ele é muleque piranha, se bobear, quer pegar até você. Mas mesmo assim, é um grande amigo, ótimo em dar conselhos amorosos, um bom comediante, eu diria. Se estiver triste, ele é o cara certo para te alegrar.

Esses meus amigos me chamam de "hamster" ou "esquilo", pelas minhas bochechas gordinhas e minha altura, - 1,50 -. Minhas bochechas ficam ainda maiores quando estou brava.

Terminei o ensino médio ano passado e, como foi realmente puxado, resolvi me dar um ano de descanso, faculdade só ano que vem.

Me virei pela enésima vez, tentando achar uma posição confortável para que o sono me possua de tal forma que nem o som mais alto desse mundo me acorde.

- Que merda! - Bufei. Preciso descobrir a origem desses gritos, porque não é possível uma coisa dessas.

Sentei na cama e baguncei os cabelos - que já estavam bagunçados -.

"É uma péssima idéia, tente dormir, coloque fones no máximo, mas não vá até a floresta!" - Era isso o que meu subconsciente me dizia/gritava, mas minha curiosidade é maior que o medo e angústia.

Calcei os chinelos e me aproximei da grande porta de vidro. Pelo movimento das árvores, sabia que estava ventando, ou seja, estava frio e eu não trajava algo adequado para esse clima.

Coloquei a mão na maçaneta e, quando fui abrir, alguém tocou em meu ombro, me fazendo gritar. O grito foi abafado pelas grandes mãos de Yuri.

- Calma, vai acordar a vó. - O empurrei, me encostando na porta. - O que estava fazendo?

- Yuri do céu... Não faz mais isso. - Riu soprado. - Eu... Bom... - O que é que posso dizer?

- Ia fugir?

- O que? Não, claro que não. - Balancei a cabeça. - Escutei um barulho nessa maldita floresta e-

- De novo com isso?

- Nunca ouviu nada? Certeza? Po-

- É o vento, Lu. - Segurou meu rosto. - Não tem nada lá, para com essa loucura. - Abri a boca para o contrariar. - E outra, existem animais ali, eles fazem barulho, isso é normal, ok? - Suspirei.

- É... Tem razão. - Beijou minha testa.

- Não consegue dormir, não é, hamster? - Neguei. - Vamos beber um cházinho com leite bem quentinho, assim o sono vem mais rápido.

- Uma boa idéia. - Me puxou para sairmos do quarto e fomos para a cozinha. - E o que o senhor faz acordado a essa hora?

- Digamos que eu acabei de chegar. - Colocou a água para ferver.

- É o que? - Peguei as xícaras. - Nem vi você saindo.

- Saí pelo quarto. - Esse meu primo viu. - Vantagens de ter um quarto tão próximo do chão.

- Tu é foda viu. - Esperamos a água ferver.

- Isso é o que acontece quando se tem amigos rolezeiros como os meus.

- Vocês são doidos de sair uma hora dessas.

- Vai me dizer que nunca deu uma fuga por aí?

- Eu não. - Peguei o açúcar e a garrafa de leite. - Sou uma garota de família.

- De família, sei. - Riu frouxo.

- É sério. - Desligou o fogão e trouxe a leiteira para perto das xícaras, despejando o líquido dentro.

- Vou fingir que acredito nesse papinho. - Coloquei os sachês nas xícaras, depois do leite.

- Ai, ridículo. - Guardei as coisas.

- E quando é que tu vai sair um pouco? - Umideci os lábios. - Só fica dentro de casa, não sai com seus amigos.

- Não gosto de sair e sabe muito bem disso. - Esperei a bebida esfriar um pouco.

- Pois devia, é jovem, tem que aproveitar a vida.

- Estou aproveitando muito bem ela, obrigada.

- Indo do trabalho para a casa e vice versa? - Suspirei. - Isso não é vida, Luana.

- Todos curtem a vida á sua maneira, Yuri. - Respirou fundo.

- Sei disso. - Segurou minhas mãos. - Mas não quero que minha prima viva assim, não mesmo. - Olhou em meus olhos. - Por favor, viva bem.

- Falando assim até parece que está se despedindo, credo. - Rimos.

- Real. - Pegamos as xícaras e fomos para a sala, sentando no sofá e ligando a TV. - Está gostando daqui?

- É legal, bem receptivo, paisagens incríveis, um bom lugar. - Sorriu.

- Que bom que está feliz. - Deitei a cabeça em seu ombro.


~Quebra do tempo~ ◖Quarto◗  ◇Quinta-feira◇

※16:00※


Acabei de sair do banho, hora de trabalhar. Procurei uma roupa apresentável e a vesti (2° foto).

Prendi meu cabelo em um coque despojado, passei perfume, desodorante, um rímel e pronto.

Peguei minha bolsa, colocando o necessário dentro e saindo do quarto.

- Já vai? - Minha vó disse ao me ver na sala.

- Vou sim, vózinha. - Andei até ela e beijei sua bochecha.

- Não gosto nada de te ver trabalhando lá, chega muito tarde, é perigoso.

- Que nada, dona Amélia, o perigo sou eu. - Pisquei.

- Luana, a única coisa que bate é o dedinho no sofá, minha filha. - Deixei minha indignação transparecer, a fazendo rir.

- Que barbaridade.

- Barbaridade? Para alguém te puxar para dentro de um carro e fazer maldades é dois palitos.

- Isso é verdade, vou ter que concordar com a senhora. - Abri minha bolsa. - E é por esse motivo que carrego isso. - Mostrei meu canivete azul para ela.

- Não acredito... - Colocou a mão na boca. - Filha... Esse é o canivete que minha mãe me deu, é uma relíquia de família, passada de geração em geração.

- Sério? - Assentiu. - Olha... Não tinha idéia disso.

- Cuide bem dele, ok?

- Claro, digamos que ele é meu xodó. - O guardei. - Enfim, tenho que ir, vó.

- Vai lá, querida. - Beijou minha testa. - Toma cuidado hein. - Fui até a porta, a abrindo. - E não volte tarde!

- Pode deixar. - Saí de casa e caminhei até onde estava minha bicicleta. - Preciso pintar você, né? - Subi nela.

Comecei a pedalar numa velocidade agradável, sei que meu trabalho só começas às 17:00, mas preciso chegar mais cedo para colocar o uniforme e preparar as mesas, sem contar que é longe.

Depois de mais ou menos uns trinta minutos, finalmente cheguei e prendi a bicicleta no local das bicicletas - óbvio, né -.

Entrei no estabelecimento, vendo Yuta limpando o chão.

- De príncipe japonês, virou faxineiro. - Me olhou.

- Boba. - Rimos. - Chegou cedo, como sempre. - Andei até ele.

- Pois é. - Abaixou a cabeça, me dando um beijo no canto dos lábios, me deixando vermelha, nada fora do comum, convenhamos.

- Está cheirosa. - Falou rente ao meu ouvido. - Gosto desse cheiro, é bom... - Aleluia arrepiei.

- P-para de palhaçada. - Riu, se afastando. - V-vou me trocar.

- V-vai lá. - Imitou a forma que gaguejei.

- Idiota. - Passei por ele, tentando amenizar essa ardência que estou sentindo. Esse homem me deixa louca, credo, que delícia.

Entrei na salinha dos funcionários, vendo Emily acabando de se vestir.

- Oi, Mily. - Me olhou.

- Oi, minha esquilo favorita. - Vesti o uniforme (3° foto, só os aventais). - Amiga?

- Fala. - Guardei minha bolsa no armário.

- Seu primo está namorando? - Franzi o cenho.

- Namorando? Não que eu saiba, por que?

- Nada... Só curiosidade. - Olhei para a mais velha.

- Conhecendo bem Yuri, sei que ele não é muito de relacionamentos sério.

- Entendi. - Suspirou.

- Por que esse fascínio por ele de repente?

- Que mané fascínio, apenas pintou uma curiosidade, oras. - Cerrei minimamente os olhos.

- Sei. - Fomos para o balcão. - Gosta dele?

- Não! Claro que não! - Desviou o olhar. - Só... Talvez... Uma atração? - Abri a boca.

- Não creio. - Coloquei a mão na boca. - Minha melhor amiga gosta do meu pr-

- Cala a boca! - Foi para a cozinha. - Atende aí os clientes, ok?

- Wow... Quem diria hein. - Revirou os olhos.


~Quebra do tempo~ ◖Lanchonete◗  ◇Quinta-feira◇

※23:50※


- Obrigada, voltem sempre. - Sorri para os clientes.

- Dia puxado hein. - Jungwoo disse, colocando a mão em meu ombro.

- Pois é. - O olhei. - Bem puxado.

- Amanhã é dia de pagamento hein povo. - Jackson soltou.

- Glória a Deus! - Jungwoo levantou as mãos para cima.

- Como esperei por isso. - Mily disse, indo para a salinha.

Fechei o caixa e caminhei até o local dos funcionários, tirando o uniforme, o guardando no armário.

- Acho que Yuta gosta de ti. - E lá vamos nós de novo.

- Nossa, do nada? - Peguei minha bolsa. - Que idéia é essa?

- Todo mundo já percebeu, Luana.

- Para de graça, ele só brinca.

- Ah, qual é! Que tipo de brincadeira é essa? Ele gosta de você. - Revirei os olhos.

- Melhor eu ir. - Beijei sua bochecha, tendo que ficar na ponta dos pés. - E tira essa idéia da cabeça.

- Apenas fatos. - Saí da sala e dei de cara com Yuta.

- E aí, hamster.

- E aí, príncipe japonês. - Apertou minhas bochechas. - Isso dói, sabia?

- Desculpa, não deu 'pra resistir, elas são muito fofas. - Segurou meu rosto. - Quer que eu te acompanhe?

- Estou de bicicleta.

- Posso te carregar.

- Minha casa é longe.

- Vou poder passar mais tempo contigo.

- Vai ficar tarde para que volte para casa.

- Um bom pretexto para eu passar a noite com você. - Tentador...

- Se beijem de uma vez. - Jungwoo passou por nós.

- Estou tentando viu Jungwoo, mas ela é difícil. - Sorriu.

- Ou talvez ela não te queira.

- Para de negatividade, Jackson.

- Eu tenho que ir. - Me afastei, começando a andar para fora da lanchonete.

Quando fui me aproximar da bicicleta, um rapaz passou correndo por mim, fazendo minha bolsa cair e tudo se espalhar no chão.

- Desculpa. - Se abaixou para pegar e percebi que carregava um colar na mão.

- Sem pro- Oh... Céus... - Quando olhei para seu rosto, seus olhos estavam vermelhos... E... Brilhavam... Era fascinante. - S-seus... Olhos...

- Desculpa, tenho que ir. - Se levantou e correu para a direção oposta.

- EI! SEU... Colar... - De nada adiantou, ele já tinha sumido de vista, mais rápido que o normal. - Estou ficando louca, só pode ser isso.

Juntei minhas coisas e coloquei na bolsa. Peguei seu colar e o observei bem, era prata e tinha uma cruz pequena na ponta. Decidi guardar, se eu desse sorte, amanhã esse garoto asiático poderia voltar à procura do colar, certo?

O enrolei no braço, como se fosse uma pulseira e me aproximei da bicicleta, tirando as correntes.

Por que será que ele tinha olhos vermelhos? Nasceu assim? Acho difícil. Lentes? Uma boa e a mais plausível justificativa de todas.

Melhor eu voltar logo 'pra casa, antes que fique tarde e minha vó me mate.


(P.O.V Haechan) ◖Floresta◗  

◇Sexta-feira◇

※02:39※


Merda! Mil vezes merda!

Por que aquela garota tinha que estar na frente?! Ela viu meus olhos, que porra! Por que minha moto foi estragar justo agora?!Além disso, perdi meu colar, definitivamente, não é meu dia, não mesmo.

- Que foi, cara? - Passei a mão no rosto.

- Nada, 'tá tudo certo, Mark.

- Certeza?

- Absoluta. - Olhei para a garota que estava amarrada. - O que vamos fazer com ela, Taeyong? - O alfa respirou fundo.

- Vamos matar. - A ruiva arregalou os olhos.

- Que pena... Ela é tão bonita. - Johnny passou a mão em seu rosto assustado. Ele acha todo mundo bonito.

- Realmente. - Jaehyun se pronunciou.

- Sabem das regras, ela nos viu, nos descobriu.

- Temos que ser mais cuidadoso da próxima vez. - Soltei.

- Tem razão. - Taeil suspirou. - Mas tem certeza de que é a única maneira? Ela é tão jovem...

- Sei que não gosta disso, mas ouça, pode ser perigoso deixar ela solta. - O líder disse. - Essa menina pode contar para alguém e será o fim, eles vão nos descobrir antes mesmo de recuperarmos as forças.

- É... - Olhou para um canto qualquer.

Taeil sempre fica mal quando temos que matar alguém que viu nossa transformação. Não o culpo, também não fico muito contente - apesar de me sentir bem fazendo isso -, mas não tem outra escapatória.

- Onde vai, Haechan?

- Preciso andar um pouco, esfriar a cabeça. - Antes que eu pudesse me afastar, Mark me impediu.

- Toma cuidado, ok?

- Pode deixar. - Me soltou e continuei meu caminho.

Quando percebi que já estava longe o bastante, peguei meu cigarro. Hábito horrível, eu sei, mas é a única maneira que achei de me acalmar.

Enquanto tragava algumas vezes e soltava fumaça, senti um cheiro bom... Era um animal...

- Esquilo? Meu preferido. - Preferido do meu lobo, isso sim. Tirei a camisa, sem condições de rasgar outra.

Me preparei e fechei os olhos, sentindo a transformação, não doía mais como antes, sentia apenas um desconforto.

Minhas unhas cresceram e viraram garras afiadas, meus dentes viraram presas pontudas e o pelo cresceu. Senti uma sensação incômoda e abri os olhos, prontinho, um lobo perfeito, podem aplaudir.

- Demorou pouco dessa vez. -Procurei pelo esquilo e o achei comendo nozes. - Olá, amiguinho. - Sussurei.

Em silêncio me aproximei e, antes que o animalzinho pudesse fugir, dei o bote. O devorei com vontade.

Nós lobisomens, não comemos animais em forma humana, é nojento, o gosto é horrível. Por isso temos que nos transformar em lobos, a degustação é bem melhor.

Quando terminei a refeição, ouvi um barulho de longe, mais como um galho seco sendo pisado. Só um minuto... Pisado?

- Caralho... - Comecei a correr em direção dos galhos pisados. Quando cheguei, pude ver uma silhueta humana correndo. - Hoje DEFINITIVAMENTE não é meu dia. - Voltei para a minha forma original e corri até a pessoa.



Continua?


Notas Finais


E aí, gostaram?

Devo continuar? Ou não?

Gostam de fic sobrenatural?

Enfim, até o próximo capítulo, dependendo do repertório da primeiro capítulo.

Bjs, amo vocês anjos
Seus lindos


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