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História Seguir em frente - Aquele da confiança


Escrita por: malu_15

Notas do Autor


Geeeente, sabe uma pessoa morrendo de ansiosidade para postar esse capítulo? aqui vos fala :) só ia postar mais tarde, mas não sei que horas vou chegar em casa então decidi colocar logo!

Ps: esse na foto com a Maitê é o Thomas, pra quem não sabe. Alguém imaginava ele assim???
Ah, e as fotos da capa sempre terão a ver com o capítulo, ok?

Chegamos as 800 visualizações!!!!!! Quero agradecer a todas as minhas leitoras lindas que acompanham a fic <3 obrigada! vocês são fod*!

É isso aí. Sem mais delongas, um capítulo com muita manteiga, se é que vocês me entendem... hahaha
Boa leitura. xx

Capítulo 11 - Aquele da confiança


Fanfic / Fanfiction Seguir em frente - Aquele da confiança

 

E lá estávamos nós. Eu e o despertador. O despertador e eu. Pela primeira vez na vida, eu acho, nós estávamos de bem em plena segunda-feira. Será que eu tô sonhando? Acordei tão cedo que daria tempo de tomar o café da manhã em casa, se tivesse comida, lógico. Como sempre saio atrasada e compro meu café no starbucks perto da empresa, não tinha nada para comer. Tudo bem, né.

Vesti uma calça jeans preta rasgada no joelho, uma blusa branca de manga cumprida e um casaco jeans por cima. Coloquei meu Adidas de guerra também, claro. Peguei as minhas planilhas e no horário que deveria sair todos os dias, já estava dentro de um táxi a caminho da empresa. 

Ao chegar na SDox, dei de cara com o sr. Arthur que me parabenizou pelo trabalho que venho realizando na empresa. Cara, sabe aquele conceito que eu tinha sobre segundas-feiras sempre serem ruins? Ele não existe mais desde aquele dia que recebi a proposta de promoção aqui. Tudo mudou e pra melhor, claro. A manhã no trabalho foi tranquila, fiquei revisando uns slogans antigos da empresa pois em comemoração aos 50 anos desde sua criação, querem uma nova roupagem que vai do prédio em que trabalhamos até as redes sociais veiculadas, ou seja, tarefa de muita responsa. Eu precisava organizar tudo perfeitamente bem.

Na hora do almoço, fui comer em um restaurante na rua da empresa. Pensei em ligar para Thomas para dar os parabéns, mas fiquei receosa. Deixaria para falar com ele pessoalmente, decidi, então, postar uma foto no meu instagram assim ele veria que não esqueci mesmo que nossa relação esteja desse jeito. Procurei fotos nossas na galeria do meu celular e achei uma de uns dois meses atrás, em que nós dois estávamos em um restaurante próximo ao Fulham Park. 

E hoje é o dia dele. Parabéns, Tom! Saiba que tem alguém aqui que te ama apesar de tudo, ou talvez por tudo, né. #saudades #happybday #eunãoesqueci   

Depois de postar, meus pensamentos pararam em David e eu comecei a pensar qual seria a reação dele ao ver essa foto. Nossa! Dessa vez o parabéns vai para você, Maitê. O prêmio nobel de idiotice do ano. Resolvi ligar para ele e evitar qualquer desentendimento entre nós. 

- Já está com saudade de mim, louquinha? -ele disse ao atender o telefone.

- Um pouco. Na verdade eu queria falar com você... tá ocupado?

- Um pouco, também. Mas posso falar uns minutos. Diz aí, tetê 

- É que hoje é aniversário do Thomas e eu sei que ele foi o culpado por toda aquela confusão entre nós, mas eu não posso esquecer tudo que ele já fez por mim, aí postei uma foto com ele no instagram e vim te ligar para que você não entendesse errado, sabe...

- Hum - ele disse simplesmente

- Hum? Você não tem nada a dizer?

- Você que sabe, Maitê. Eu não quero te privar de ter amigos só que esse cara já deu em cima de você, te beijou, inclusive. -ele falava em um tom calmo, o que achei estranho - você ia gostar se fosse eu no seu lugar?

Merda. Ele conseguiu me colocar contra a parede.

- Ahm... não sei. Mas você tem que confiar em mim assim como eu terei que confiar em você se a gente quiser que isso vá para a frente.

- É, você tem razão. Eu vou ter que desligar, depois a gente se fala. Beijo - ele desligou e nem me deu chance de falar sobre a festa. Shit.

O horário do almoço tinha acabado e eu tive que voltar para a empresa. O que foi bom, pois consegui aliviar meus pensamentos e assim o tempo passaria mais rápido. Me reuni com mais 3 funcionários nível 2 para começar a organizar o novo estilo da empresa. Dei a ideia de pegar os primeiros slogans e matérias de sucesso e fazer tudo novo mas que tivesse um toque especial dos antigos e assim poderíamos lembrar praticamente toda a história da SDOX. Eu pesquisaria as coisas relacionadas ao futebol, que era a área que eu estava atuando, enquanto os outros se encarregariam de suas respectivas funções. 

Agora eu estava dentro do táxi indo para o meu apartamento. Já comentei alguma vez que Londres fica ainda mais bonita no horário em que o sol se põe? Acho que se eu morasse minha vida inteira aqui ainda me surpreenderia com a beleza dessa cidade. Sempre cheia de gente, luzes e alegria. Realmente a terra da rainha é um lugar perfeito para se viver.
(...)

Depois de tomar aquele banho quente que eu amava, fui procurar uma roupa decente para ir ao aniversário. Por fim, coloquei um vestido florido larguinho e nos pés usei uma rasteirinha nude. Eu estava finalizando a maquiagem quando a campainha tocou. Deve ser alguém conhecido, eu presumo, já que o sr. Jhonny não interfonou. Fui até a porta e vi pelo "olho mágico" os cachinhos mais lindos do mundo.

- Oi, cabeludo -eu disse ao abrir a porta

Ele me olhou de cima para baixo umas duas vezes até abrir a boca para falar. 

- Pra onde você vai assim tão linda? - ele me deu um selinho e foi verificar no espelho da minha sala se tinha ficado a marca do batom 

- Para o aniversário do Thomas na casa dele.

- Aniversário do Fuller? Além de postar aquela foto, você ainda vai vestida assim para o aniversário dele?

- Ele não sabe que eu vou, ainda. Na verdade ele não sabe da festa porque é surpresa. A irmã dele me ligou ontem e eu achei que seria uma oportunidade para esclarecer de vez as coisas... -eu disse tentando ignorar sua última fala

- E você nem ia me dizer, né? Eu aposto que aquele cara vai dar em cima de você de novo

- Para com isso, David. Vamos comigo? Assim ninguém fica com raiva de ninguém...

- Tenho uma reunião com meu empresário daqui a pouco e eu não iria nem se não tivesse nada para fazer -ele disse simplesmente

- Ahm... entendi. 
 

Ele sentou-se no sofá ao nosso lado e parecia pensar em algo distante. Fiquei calada o observando até ele resolver quebrar o silêncio.

- Ou! Anda longo, Maitê. Vai. Eu tenho compromisso. -ele disse e eu levantei uma sobrancelha

- Anda logo para onde? Do que você está falando?

- Pega suas coisas e vamos. Ou você acha que eu não vou te deixar lá?

Aquilo parecia ser parte de um sonho. David dando o braco a torcer, isso é sério? Só sei que involuntariamente, corri até onde ele estava e o abracei forte. Ele me respondeu com aquele aconchego que só ele sabe dar. O cheiro de seu pescoço era maravilhoso e eu poderia morar ali pra sempre, sem esforço algum. Para não abusar da boa vontade, peguei logo minha bolsa no quarto e fomos até o carro dele que estava em frente ao prédio. Colocamos o endereço da casa do Thomas no GPS, porque digamos que as minhas explicações não eram das melhores.

- Você tem certeza que quer ir, né?

- Tenho - eu disse com firmeza

- Eu vou logo avisando, se aquele cara tentar algo com você, é bom me dizer, porque eu vou encher aquela cara de mauricinho de pancada até o olho dele inchar- ele parou o carro e a moça do GPS avisou que tínhamos chegado ao nosso destino

- Tá certo, meu bem. Mas não vai acontecer nada, ok? Eu posso te ligar quando for para casa?

- Pode. E vai logo antes que eu me arrependa de ter feito isso.

- Tchau, cabeludo. - eu disse antes de sair do carro

Ao chegar na porta do prédio do Thomas, que era muito luxuosa, o porteiro me reconheceu e logo liberou a passagem. O apartamento dele ficava na cobertura e era extremamente lindo. A decoração era totalmente clean. Toquei a campainha e a mãe dele abriu a porta para mim. Tinham poucas pessoas lá, fora a mãe e Camila, uns amigos do clube que ainda estavam de uniforme, por sinal. Acredito que não tiveram tempo de trocar de roupa. Depois de uns vinte minutos, o porteiro ligou avisando que ele já estava subindo. As luzes foram apagadas e todo mundo se escondeu.

Quando ele abriu a porta, Camila apareceu com o bolo e todo mundo começou a cantar parabéns. Ele teve um susto mas logo deu aquele sorriso enorme que ele tinha e começou a cantar parabéns junto com todos nós. Ele parecia feliz até seus olhos encontrarem os meus. Seu semblante ficou rígido mas logo tratou de desviar o olhar do meu e foi cumprimentar as outras pessoas. Senti-me mal por um momento. 

Depois de cortar o bolo e falar com todos, ele foi até onde eu estava e me puxou para a varanda.

- O que você tá fazendo aqui? -ele disse meio nervoso

- Eu sei que a gente não se fala direito desde o que aconteceu mas eu sinto tanta falta da sua amizade, Tom. Achei que a gente..

- Não tem a gente, Maitê. Sinceramente, eu ainda estou tentando entender o que você tá fazendo aqui -ele dizia enquanto ainda segurava meu braço

- Poxa, Tom. Não faz isso comigo, você é tão importante pra mim -eu disse e comecei a sentir meus olhos marejando

- Você lembra quando eu disse que não ia estar te esperando quando aquele idiota do Luiz te decepcionasse?

- Mas ele não me decepcionou. A gente tá bem, Tom. Eu tô feliz. Pensei que você ia ficar por mim também e..

- Feliz por você? Cara, você não passa de uma garota mimada mesmo! -eu podia jurar que ele estava prestes a gritar 

- Garota mimada? Como você tem coragem de falar isso de mim, Thomas? Você sabe de tudo que eu abri mão -eu disse e as lágrimas já escorriam em meu rosto

- Como VOCÊ teve coragem de fazer o que fez comigo - ele gritava e a essa altura todos já nos olhavam

- Eu não... eu não fiz nada com você -tentei falar entre os soluços- mas quer saber? Eu não vou ficar aqui escutando essas coisas. SOLTA MEU BRAÇO! 

- Ótimo. Some da minha vida! Eu não sei o que você veio fazer aqui mesmo -ele disse por fim

Virei-me sem olhar para trás. As lágrimas embaçavam um pouco a minha vista mas consegui chegar até a saída. Lá na portaria, o senhor que me recebeu mais cedo perguntou se eu precisava de ajuda e com um certo esforço respondi que estava tudo bem. Fui até a calçada e me sentei ali mesmo. A essa altura meu rosto deveria estar todo manchado da maquiagem e eu já não conseguia raciocinar bem. Peguei meu celular e disquei o número de David

- Oi. Tô saindo da reunião agora -ele dizia com aquela voz serena que só ele tinha

- Da..da..David -eu não conseguia formular uma frase. O choro aliado ao frio daquela noite em Londres tremiam meu queixo

- Maitê? Você tá chorando? 

- Só vem me buscar, por.. por favor. 

- Tô chegando aí. -ele desligou a chamada.

Como o Thomas foi capaz de fazer isso comigo? Acho que o cara que eu imaginei que ele fosse nunca existiu de verdade. No fundo era só interesse em mim. Sentei na calçada tentando parar minhas lágrimas e coloquei a cabeça entre minhas pernas. Ele começou a mostrar quem era desde que o David apareceu, desde o dia que eu falei que faria uma campanha com três jogadores e ele não gostou. Por que eu não notei antes? Por que eu me deixei ser enganada assim? Por que?

De repente ouvi um barulho de um carro perto de mim. Logo senti as mãos frias em meu braço. Não levantei a cabeça.

            David P.O.V

- Maitê, sou eu. Vem, vamos embora. -segurei em seu braço mas ela não me respondia. Tive que usar minha força para fazê-la levantar a cabeça. Olhei em seus olhos e só pude ver tristeza ali. As lágrimas que escorriam em seu rosto estavam me machucando por dentro -não sei o que aconteceu, mas vai ficar tudo bem, tá? eu prometo.

A abracei como naquele dia na praia que eu a vi com o mesmo semblante. Caminhamos até onde estacionei o carro e abri a porta para ela entrar. Entrei pelo outro lado e logo dei a partida. Ela parecia querer se recompor e eu dei esse espaço a ela. Ficamos em silêncio durante todo o trajeto até minha casa e eu apenas a olhava de soslaio para me certificar do seu estado. 

Subimos até meu apartamento e senti por ser a primeira vez que ela iria até lá e estávamos nessas condições. Pedi para ela sentar no sofá e fui buscar um copo com água. Acho que foi nesse momento que percebi o quanto ela era importante pra mim agora. Se pudesse tiraria toda essa tristeza do seu rosto e puxaria para mim só para não vê-la assim. Acho que faria qualquer coisa para vê-la sorrindo. Cheguei na sala e ela olhava o chão. A entreguei a água e sentei ao seu lado.

- Bebe tudo. -eu falei, exigente. Ela obedeceu.

- Obrigada. - ela disse simplesmente

- Pode me contar o que aconteceu agora?

- Eu deveria ter te escutado. Eu não deveria ter ido lá. Poxa, como eu queria voltar no tempo... 

- O que houve? Fala logo que eu tô nervoso por te ver assim. 

- O Thomas praticamente me expulsou de lá. Acredita? Ele me puxou para a varanda e começou a despejar um monte de coisa sobre mim. Ele gritou comigo, me chamou de mimada. O pior de tudo é saber agora que ele nunca foi aquele cara que eu imaginei que fosse. Você tinha razão, sabe, era tudo interesse. Tô me sentindo enganada -ela disse entre soluços e eu pude sentir todo o sangue do meu corpo ferver. Calma, David. 

Fui segurar em sua mão a fim de lhe passar algum tipo de proteção e foi então que vi uma marca vermelha em seu braço.

- Maitê. Me diz que esse vermelho no seu braço não foi aquele filho da puta que fez - eu disse, nervoso.

Ela abaixou a cabeça. 

- Eu vou quebrar aquele cara todinho. Não vai sobrar nada naquela cara dele e..

- Não, David. Não faz nada, por favor. Por mim. -ela pediu

- Como você me pede isso? Olha como ele te deixou. Eu não posso deixar alguém fazer isso com você, entende? Não posso. Ela permaneceu em silêncio e eu a puxei para que se encostasse em meu peito. Eu me sentia tão pequeno agora. Tão incapaz.

- Você confia em mim? -eu disse

- Confio.

- Então eu vou cuidar de você. Não vou deixar ninguém te machucar mais, entendeu? Ninguém. Você é minha. Eu te dei a chance de ir embora da minha vida e você não quis. Agora eu não te solto nunca mais, ouviu bem? -ela assentiu com a cabeça ainda em meus braços.
 

É incrível como aquele que mora lá em cima escreve certo por linhas tortas. 

 

CONTINUAAAA (...)


Notas Finais


Geeeeeente!!!! Primeiramente quero dizer que amei a atitude do David de levá-la pra festa <3 Ele surpreendeu, né? tão seguro!

E o que vocês acharam do Thomas? A Mai não merecia isso, felizmente tinha um cabeludo com instinto protetor pra acolhê-la <3 :)))

Me digam o que vocês acharam!!!!!!! Tô ansiosa pra saber! Beeeeeijo


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