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História Seguir em frente - Aquele da festa careta


Escrita por: malu_15

Notas do Autor


Oi, pessoal! Chegamos aos 10 favoritos da fic em dois dias :) não sei exatamente se essa frequência é boa ou não, mas só de pensar que já tem pelo menos 10 pessoas lendo minha história já fico muito feliz!

E em comemoração, aqui vai um dos primeiros capítulos que eu imaginei e foi um dos que eu mais gostei de escrever. A primeira pré-treta da fic... Hahah, aviso logo que eu gosto de treta das grandes. Espero que gostem. Boa leitura. xx

Capítulo 3 - Aquele da festa careta


Ao chegar em casa, tomei um banho quentinho, coloquei meus pijamas (lê-se camisa larguinha e boxer) e me enrolei nas cobertas. Ainda era cedo para dormir, o relógio marcava 20 horas mas o dia tinha sido cansativo e decidi descansar um pouco. Ou pelo menos foi o que achei que faria, porque depois de uns dez minutos meu celular começou a tocar insistentemente. Olhei o visor, era Thomas.

- Oi Tom. - falei sem entusiasmo. 

- Mai! Me desculpa... Onde você tá? Eu tive problemas com o voo e acabei de chegar em Londres. Deu tudo certo?

- Eu imaginei. Deu tudo certo sim e eu estou em casa. 

- Eu to passando aí. Beijo. - ele disse sem esperar resposta e desligou a chamada.

Sabia que ele iria demorar pelo menos uma hora pra chegar então continuei na posição que estava na cama e acabei adormecendo. 

...Eu não conseguia parar de rir dele. Sério, parecia que ele conseguia achar graça em todas as coisas do mundo e ao mesmo tempo tinha aquele olhar forte como se conhecesse todos os meus segredos... 

Percebi que estava sonhando quando senti alguém sentar ao meu lado na cama. Deveria ser Thomas porque ele estava com a minha cópia das chaves desde a semana passada e ainda não me devolveu. Tive a certeza quando ele abraçou e beijou-me a bochecha. É bom tê-lo por perto, me sinto protegida. 

- Oi - falei com a voz rouca.

- E aí. Tá com raiva de mim? Já expliquei que não tive culpa e eu não faria algo assim com você e...

- Não. - o interrompi- Tá tudo bem, Tom. Na ida consegui um motorista com a ajuda do sr. Jhonny e na volta vim de carona. Liguei pro seu
celular e não chamou, aí pensei que você poderia ter tido um contratempo e logo resolvi dar meus pulos. Não poderia chegar atrasada logo no primeiro dia. 

- Que bom. Eu trouxe japa pra você, deixei na mesa da sala. Eu to cansadão depois de praticamente um dia viajando então eu tô indo pra casa... Só passei pra saber como você estava. - ele me deu um beijo na testa e se levantou-  Ahhh! Eu ia quase esquecendo. Amanhã tem uma festa daquelas caretas mas eu preciso fazer presença e não tô afim de ir sozinho. Quer ir comigo? 

- Ai, você adivinhou, né? Eu tô com fome mesmo e respondendo a pergunta, o que eu não faço por esse velho amigo, heim? - sorri - eu vou.

- É... Ahm.. Amanhã eu te ligo então. Boa noite. Tchau.
... 

Acordei quase na hora do almoço e como nunca tem comida pronta aqui em casa, pedi comida árabe no delivery. Mamãe me ligou e ficamos conversando por horas, ela me contou como estavam as coisas no Brasil e disse que logo viriam me visitar. Não posso dizer que não sinto saudades de casa, porque estaria mentindo, mas essa minha vontade de independência sempre teve voz forte

. Fiquei o resto da tarde assistindo um filme (maravilhoso, diga-se de passagem) chamado "Questão de tempo" e lembrei da festa que tenho que ir com Thomas, daí fui procurar uma roupa no closet para vestir. Meu estilo, na maioria das vezes, é mais básico. Gosto de calça jeans, tênis e blusas largas com uma estampa legal. Por causa dos meus humildes 1.75 metros de altura não sou muito fã de salto alto.

Meu irmão Lucas é casado com uma estilista famosa lá no Brasil e ela sempre me presenteia com vestidos da grife dela. São maravilhosos, mas como não uso muito, tenho vários guardados para as ocasiões em que não tenho a escolha de não usá-los e essa era uma delas. Depois de provar alguns, decidi usar um pretinho nada-básico que tem um tecido brilhoso. Reto e sem detalhes na frente, com a costura marcando minha cintura e na parte de trás tinha um grande "U" que deixava minhas costas à mostra. 

Logo comecei a me arrumar, pois Thomas disse que passaria para me buscar às 21h e eu ainda tinha que ter o trabalho de fazer uma maquiagem digna de traje esporte fino sem ter muita prática. Depois de duas horas eu já estava praticamente pronta. Complementei o look com uma sandália nude -de salto, infelizmente- e uma clutch. Estava colocando o perfume quando meu celular vibrou com uma mensagem do Tom avisando que já estava me esperando em frente ao prédio. 
...


- Uau! Você está linda, Mai. - ele disse quando entrei no carro

- Ainda bem. Isso deu trabalho pra caramba. - mostrei a maquiagem caprichada e os meus cílios postiços- e você também não está de se jogar fora, heim?! - falei. Ele estava vestido em um smoking azul marinho bem escuro e o cabelo estava com gel e penteado pra trás. 
 

Coloquei umas músicas animadas para tocar enquanto não chegávamos no local da festa. Eu costumo acompanhá-lo nesse tipo de evento porque ele fala que "chegar sozinho queima o filme". Normalmente são festas caretas, com aquele som ambiente, jornalistas querendo uma foto na porta, jogadores, presidentes dos clubes e por aí vai. 

Assim que entramos, fomos levados  à uma roda com dois homens e três mulheres que eu não conhecia. Thomas me apresentou como sendo dois jogadores do Liverpool e suas respectivas esposas acompanhadas de uma prima de uma delas. Eles conversavam de forma íntima e eu estava pensando em como eu estava por fora da conversa mas meus pensamentos foram interrompidos quando senti uma mão quente pousar sobre minhas costas nuas. Virei a cabeça pra ver quem era e bem... os cachinhos são inconfundíveis.
 
Tetê! Louquinha! -ele disse ao mesmo tempo que foi puxando pra um abraço- de onde ele tirou esse tetê?

Oi, David! - falei - não sabia que você viria. - Ele abrir a boca para falar quando Thomas virou e o encarou por alguns instantes com uma cara de poucos amigos. Antes que a situação ficasse constrangedora, decidi apresentar os dois.

- Tom, esse aqui é o David. David, esse é o Thomas. Vocês já devem ter se cruzado em algum jogo por aí, eu presumo. 

- E aí, cara. - David falou e estendeu a mão enquanto Thomas se limitou a apertá-la e dar um sorriso forçado sem mostrar os dentes. Por que diabos ele está agindo assim?!
 

Não entendi a sua reação e mandei discretamente um olhar feio para ele. Pedi licença às pessoas da roda e chamei David pra me seguir enquanto ia buscar algum coquetel com álcool. Minha garganta estava seca.

- Acho que seu namorado não gostou muito de mim. - ele disse

- Namorado? Não, ele não é meu namorado.

- Hum... Desculpa perguntar, mas então por que ele agiu daquele jeito? Me pareceu ciúmes.

- Ciúmes? - dei uma risada- É que ele acha que eu não sei me defender sozinha e.. sabe.. bom.. você entendeu. - Eu não ia dizer a ele o que o Thomas realmente achava.

- Quer sair daqui? - ele falou mudando completamente de assunto - conheço um jardim no lado de fora que tem uma vista linda para o céu. 
...

Nos sentamos em um banco ao lado dos pinheiros que ornamentavam o local e realmente a visão era linda. O céu estava estrelado como poucas noites em Londres. A conversa com David era boa. Ele me contou sobre como estava a vida desde que voltou a jogar no Chelsea como se eu fosse uma antiga amiga. Isso me deixou a vontade pra falar sobre a minha também. Até toquei no assunto do meu namoro e como aquilo ainda me machucava. Ele contou que também passou por um relacionamento ruim recentemente e sabia como era ruim esquecer. Notei como os olhos dele brilhavam em sintonia com a lua, como tudo no rosto dele era milimetricamente perfeito e como a boca dele ficava entreaberta quando ele terminava de falar e esperava minha resposta. Um silêncio se fez e eu podia jurar que aquilo era um tipo de prelúdio para um beijo até ouvir meu nome sendo chamado por Thomas. Droga.

- Maitê -ele falava e sua voz estava mais grossa que o normal- Vamos embora.

David olhou pra mim e pela primeira vez eu vi seu semblante enrijecer.

- Eu vou perguntar qual é a desse cara agora. - ele disse baixinho para mim enquanto ia se levantando

- Não precisa disso -segurei seu braço- já está tarde e acho que está na hora de ir mesmo. - falei e depois dei um beijo em sua bochecha -  a noite foi ótima. A gente se vê, né?

David não falou uma palavra sequer e eu decidi ir andando mesmo assim. Não dirigi a palavra a Thomas quando passei por ele e fui na frente até onde o manobrista estava e fiquei esperando ele trazer o carro. Não quis fazer cena na frente do David mas aquela atitude do Thomas me deixou extremamente aborrecida. Ficamos em silêncio até o carro chegar. Eu estava pronta pra soltar os cachorros.

- Você vai me explicar agora o que foi aquilo?! - falei já com a voz alterada.

- Eu não gosto daquele cara. - ele se limitou a dizer.

- Não gosta daquele cara? - repeti o que ele falou- Desde quando, Thomas? Ele foi super gentil comigo enquanto você estava entretido naquela conversa de merda com aquele pessoal irritante e também se não fosse por ele ontem eu não sei como teria voltado pra casa e...

- Peraí. Então quer dizer que ele foi ele te trouxe pra casa? E você deixou? Porra, esse cara pegou o bonde andando e já quer sentar na janela mesmo!

- Do que você tá falando? Eu estava na porta da empresa sozinha porque não deu pra você ir me buscar e era pra eu negar uma carona naquele frio? Era? Qual é o seu problema?! - a discussão estava ficando séria

- O meu problema é você. Todos os caras que deram em cima desde que a gente se conheceu você fez questão de dar um fora mas com ele não, né? Já pegou até carona. Por que será, heim?

- Você está começando a me ofender, Thomas! - ele parou o carro e só então percebi que já estávamos na porta do meu prédio - Quer saber? não vou ficar escutando essas idiotices. - abri a porta e desci sem olhar pra ele.
...

Continua (...)
 


Notas Finais


E aí, geeeeeeeente? Gostaram? Posso afirmar que nos próximos capítulos só tem babado, confusão e gritaria! Hahaha
Não se esqueçam de comentar, por favor, esse feedback é muito importante! Beijo


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