1. Spirit Fanfics >
  2. Segunda Temporada: A Belieber >
  3. Capítulo 16: Adeus!

História Segunda Temporada: A Belieber - Capítulo 16: Adeus!


Escrita por: MariFeeernandez

Notas do Autor


Esta Fanfiction é de autoria de Mariana Monteiro Fernandes.
Todos os personagens são de uso livre, mas as personalidades, acontecimentos e escritas são de MINHA autoria. Plágio é crime!
Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Esta é uma obra de ficção e faz apologia ao uso de álcool, drogas. Apologia ao sexo e violência.
Se você não está familiarizado com o conteúdo e não se sentir confortável, busque algo que combine com o seu perfil.

Capítulo 19 - Capítulo 16: Adeus!


Fanfic / Fanfiction Segunda Temporada: A Belieber - Capítulo 16: Adeus!

Los Angeles — 01/08/2018 01:37 AM

 

— Justin, eu não consigo te carregar — sacudo ele na porta da nossa casa.

— Eu poderia atirar em você e arrastar seu corpo sangrando até o lado de dentro — falo pensativa e seu rosto reprimi um sorriso.

— Seu filho da puta, você está acordado — bato em seu peito e ele gargalha.

— Seus peitos estão lindos nesta posição — fala e sai do carro com dificuldade.

— Vá se foder, Drew — passo para dentro de casa.

— Por que bater punheta se eu posso te foder? — Me abraça por trás e agarra os meus peitos.

Tiro suas mãos de mim de forma ágil me irritando e o empurrando.

— Não — falo puta.

— Você não vai me usar! — Entro no meu quarto e bato a porta com força.

Respiro fundo diversas vezes para não ir até seu quarto lhe dizer umas boas verdades e ainda dar algumas socos na sua cara deslavada.
Quem ele pensa que é para colocar as mãos nos meus seios sem antes se perguntar se era o que eu queria.
Tudo bem que era o que eu queria, mas nós não estamos juntos, o corpo é meu e ele tem que ter o mínimo de respeito por ele.
Eu estava grávida de uma filha dele, ele precisa me respeitar, droga.

Tomo um banho me livrando de toda maquiagem, roupa de festa, saltos altos e a pinta de mulher fatal.
Guardei absolutamente tudo em meu closet, vesti uma camisola e fui até a cozinha beber um pouco de água para tentar amenizar o nó que está em minha garganta.

— Katie? — Leila me assusta e ponho a mão no coração.

— Você está bem? — Me pergunta e eu assinto.

— Justin me ligou, ele parece alterado, vim dar uma olhada nele — concordo por saber exatamente porque ele ligou.

— Ele está bem, não se preocupe. Não hesitou em fazer uma cena no meu evento de caridade e, muito menos em ir a uma cidade vizinha se drogar e beber — ela assente meio confusa por toda a minha raiva.

— Você não parece muito irritada por isso, é a minha presença? —Leila pergunta e eu nego sorrindo.

— Claro que não, querida — me aproxima e tiro uma espécie de fio vermelho dela a deixando desconfortável.

— Apenas vá ver o seu garoto, eu estou bem — aperto sua mão e ela concorda.

— Mas ele é o seu garoto — nego e ela sorri se afastando.

Faço um chá de hortelã e vou para o quintal observar a noite.
O céu está bem estrelado e me pego como uma criança avaliando qual daquelas estrelas é a minha filha
Me lembro que quando tinha uns oito anos de idade o meu tio-avô morreu, eu fiquei arrasada, eu o amava com todo o meu coração, me lembro de chorar muito em seu enterro porque o idiota do meu irmão havia me dito que nunca mais eu poria meus olhos no titio Ulisses.
Eu tinha apenas oito anos de idade, nunca tinha enfrentado nenhuma perda, não fazia ideia do que aquilo significava, mas tenho a imagem nítida na minha cabeça até hoje dele deitado em seu caixão suntuoso, — com certeza era um caixão de luxo — ele vestia um terno azul marinho, tinha uma expressão muito serena, mas existiam algodões espalhados por seu nariz e orelhas, como se a qualquer momento algo pudesse sair de dentro dele, isso com certeza me deixou ainda mais impressionada com a morte.
Me lembro de exigir que todas as pessoas que eu amava me garantissem que nunca iriam morrer, nunquinha mesmo e vovô, sempre tão sábio, me puxou para uma conversa,
Ele me disse que quando as pessoas deixam a nossa vida é porque elas já ensinaram a lição que precisávamos aprender. Ela já marcaram a nossa vida e podem partir em paz.
Me lembro de questiona-lo sobre titio Ulisses nunca ter me ensinado nada além de gostar de Frank Sinatra, discos de Vinil e de contar estrelinhas, mas sem apontar... Isso me daria verrugas na ponta dos dedos.
Meu avô riu e me disse: “Viu, Ulisses lhe ensinou tudo o que você precisava saber. Agora, neste exato momento, ele está olhando por nós, ele sempre cuidará de você, Petit, mas agora ele está contando estrelas de pertinho, ele se transformou em uma.”
Meu avô me apontou uma estrela e me disse que aquele era o Titio-avô Ulisses e que não teria verruga nos dedos se apontasse apenas para a estrela dele e eu sempre lembraria dele quando ouvisse Frank Sinatra, tocasse um disco de Vinil e contasse estrelinhas.

Eu demorei dezessete anos para conseguir entender o que meu avô havia me explicado com oito.
Angel me ensinou tudo o que precisava ensinar e descansou. Se ela não tivesse feito parte da minha vida, provavelmente eu nunca teria parado de mentir, ser egocêntrica, fútil e viveria um eterno inferno com Bella me perseguindo.
É doloroso me despedir dela, mas Angel veio como uma lição de Deus, é doloroso admitir isso e doloroso saber que nunca vi seu rosto, doloroso saber que precisei perder uma filha para enxergar o monstro que havia me transformado, mas foi necessário.
Nem tudo que Deus faz em nossas vidas é só alegre e bom. Nós necessitamos algumas vezes de aprender pela dor, porque infelizmente enquanto Ele tentou ensinar no amor, não surtiu efeito, mas não é como um castigo divino, Deus não castiga, é colher a semente que você plantou.
Eu plantei coisas ruins e podres na minha hortinha, resultando em uma colheita de tristeza, amargura e sofrimento.
Não precisou ser assim para sempre...
Eu limpei toda a minha terra, plantei novas sementes e espero ansiosamente pelo dia de colher seus frutos.
Diariamente tento ser a melhor pessoa que posso, tento viver a minha melhor versão, para que quando o dia da colheita chegue, eu colha apenas coisas boas e positivas.
Afinal, o Karma existe e é severo!

Termino meu chá e fico mais um tempo observando a noite ao meu redor.

Sinto uma vontade asfixiante de efetuar uma ligação e resolvo seguir meu coração. Entro em casa deixando a xícara na pia e vou em direção ao meu quarto pegar meu celular para ligar.

— Justin você está me machucando, me solta — Leila grita e eu paraliso no corredor.

— Você disse que não ia se drogar e nem beber mais, você está brigando comigo, agressivo e eu não estou entendendo o motivo disto, eu não fiz nada a você — ela chora e eu ouço um baque forte me fazendo engolir seco.

— Você é uma vagabunda, uma prostituta de merda, eu não sei porque ainda perco meu tempo ligando para você, eu não aguento as suas merdas — grita e sinto uma lágrima escorrer.

Quando foi que ele se transformou neste monstro?

Corro em direção ao quarto e abro a porta com tudo o fazendo me olhar chocado.
Leila está encolhida no chão e ela sangra. Meu coração se parte e eu vou até ela ajudando a se levantar.

— Nós vamos ao hospital — informo e ela nega.

— Leila — repreendo.

— Eu só preciso de um banho — pede e eu nego.

— Eu posso lhe dar um banho, outras roupas, mas depois vamos ao pronto socorro — ela concorda e eu a levo com dificuldade até o meu quarto.

— Katherine — Justin grita furioso, mas eu não sinto medo.

Sigo andando sem me dar o trabalho de olhar para trás.
Coloco Leila sentada em minha cama e ela agradece.

— Katherine — Justin entra no quarto em um rompante e agarra meus braços com força.

Olho em seus olhos com repreensão e ele não muda sua pose de macho alfa.
Só porque ele é mais forte que duas garotas acha que eu sinto medo dele, coitado.

— Você vai me soltar por bem ou vou precisar do carro da internação agora? — Pergunto e ele aperta com mais força meus braços, mas reprimo um gemido de dor.

Empurro seu peito com força e com raiva o que o faz me olhar chocado.

— Quem você está pensando que é? — Grito o empurrando.

— Você está agindo como um animal! — Cutuco seu peito com o meu indicador.

Justin é mais alto que eu e muito mais forte, mas com certeza não me intimida.

— Você bebeu, se drogou, ligou para uma garota que só se preocupa com você e bateu nela? E a nossa conversa? — Grito segurando seu braço.

— É bom? — Enfio minhas unhas ali e ele geme de dor.

— Você vai se desculpar e amanhã mesmo vai para a clínica. Eu cansei de você Bieber, cansei do seu comportamento infantil, dos seus surtos, dos seus motivos ridículos para se afundar em drogas para não agir como o adulto que deve ser — o empurro para fora do quarto.

— Você não é a minha mãe — sussurra quando o coloco dentro do seu quarto.

— Exatamente! — Grito o assustando.

— Mas diariamente você age como se precisasse que eu fosse a sua mãe. Você é imaturo, infantil, carente e precisa da minha atenção o tempo inteiro. Quando você se transformou neste cara? Ou você sempre foi ele e eu nunca enxerguei? — Pergunto e ele abaixa a cabeça.

— Acabou! — Falo e ele me olha chocado.

— Acabou a Katherine boazinha, acabou a Katherine que tenta se dar bem com você, que estava tentando ficar com você, acabou! — Seus olhos vacilam, mas eu não paro.

— Você precisa de rédeas e eu vou dar elas a você — informo.

— Amanhã vou procurar o melhor retiro espiritual fundido com tratamento em drogas que este mundo já viu. Ninguém vai ter acesso a você, você não vai ter acesso a ninguém, telefones, computadores ou sinal de fumaça. Você vai se curar, amadurecer e a única pessoa responsável pela sua entrada e saída de lá serei eu. As pessoas se compadecem com a sua cara de menino bom, mas quando você volta para casa se transforma no satanás. Eu sou a única neste planeta Terra que você respeita, obedece e não agride, até agora não é mesmo?! — Aponto para ele.

— Mas...Mas — tenta falar como um garotinho.

— Sem mais! Eu vou te deixar na porta e quando me disserem que você está de alta, irei providenciar sua saída, você vai continuar a terapia, vai se submeter a exames de sangue antidoping até que eu ache necessário e conversarei com Scooter sobre a sua grana junto do seu contador — informo.

— Co-como assim? — Pergunta indignado.

— Dependentes químicos não podem ter acesso livre a grana. Suas contas serão pagas, a casa mantida, seu pai receberá a quantia e, você terá uma pequena quantia semanal em um cartão que não possibilitará saques e que será monitorado diariamente. Você pediu para ser tratado como criança, agora aguente! — Aviso.

— Ah, você sairá apenas com a supervisão de Kaleb — informo.

— Até que você esteja completamente curado, sua vida será assim, Justin Drew Bieber e depois... Só depois, terá sua vida em suas mãos de novo — saio do quarto batendo a porta.

Aviso aos seguranças que não deixem que Justin saia, pegue qualquer carro ou receba qualquer visita sem o meu aval. Eles concordam e eu corro para o quarto.

Leila está sentada em minha cama, na mesma posição, as lágrimas transbordam dos seus olhos sem que ela possa impedir e eu suspiro a abraçando.

— Me desculpe! — Ela soluça e eu a aperto em meus braços.

— Isto nem de longe é culpa sua, querida — aliso seu braço.

— Ele está doente, precisa se tratar e vou resolver isso assim que voltarmos do pronto socorro — informo.

— Eu o amo, me desculpe — ela soluça e eu riu levemente.

— Bem-vinda ao clube — ela ri comigo.

— Argh, eu sei, é impossível não ama-lo, mas será para o bem dele, tudo bem?! — Concorda.

— Justin precisa de limites. Ele já se transformou em um monstro cruel demais e eu não estava dando a devida atenção — assente novamente.

Depois de dar banho em Leila e a colocar em um pijama, olhamos seus ferimentos e chegamos à conclusão de que não precisava de hospital. Perguntei se ela queria prestar uma queixa e ela negou com veemência. Ele merecia mais uma acusação de agressão, mas não posso negar que fiquei aliviada por isso não acontecer.

— Seus braços estão roxos — constata e eu dou de ombros.

— Não é nada demais, vai sumir em breve. Como você se sente? Uma agressão física humilha a gente, nos sentimos expostas, diminuídas e muito machucadas — seguro sua mão.

— Não é nada que eu não tenha passado, Katherine — confidencia sem me olhar.

— Ele te bateu muitas outras vezes? — Eu já sabia a respostas, mas queria ouvir dela.

Não estou sendo cruel, longe de mim, eu só quero aconselha-la, não quero que ela permita que Justin faça isso com ela nunca mais.
Leila precisa ter as rédeas da relação dela.

— Bateu sim, mas não estou falando dele — me olha nos olhos e eu suspiro.

— Um outro namorado? — Pergunto e ela suspira se ajeitando na cama.

— Você pode fechar e passar a chave na porta, por favor — pede e eu concordo me levantando.

Olho o corredor e faço um segundo para ela que concorda indo até o quarto de Justin.
O mesmo dorme como um anjo em sua cama e eu me sinto aliviada voltando para o meu quarto.
Fecho a porta e tranco em seguida indo até a cama me sentando em sua frente.

— Você promete nunca, em hipótese alguma contar isso a qualquer pessoa? — Pergunta e eu assinto — Prometa! — Exige.

— Eu prometo, Leila — a olho nos olhos.

— Meu nome é Mia Williams, eu tenho 27 anos, não só uns 18 como vocês imaginavam — fala e eu arregalo meus olhos.

— Eu fugi, não vou dizer de onde, quando tinha uns 20 anos. Minha mãe se casou com um homem quando eu ainda era muito jovem e ele sempre foi dado a surras, algumas sem motivo e outras as quais ele inventava apenas para me machucar o máximo que pudesse. Minha mãe quase nunca estava em casa, ele tinha um negócio próprio, então sempre tinha tempo para me atormentar, ele dizia que se eu abrisse o meu bico, ia deixar a minha mãe na maior miséria do mundo, eu sempre fui muito ingênua, não queria acabar a vida da minha mãe, ela amava o desgraçado. Um dia, ele agiu diferente. Ele me estuprou e me deu a pior surra que havia dado desde que nos conhecemos. E-eu... — Ela perde a força e chora.

Abraço seu corpo que treme e passo toda a segurança que posso. Não posso derramar uma lágrima se quer, tenho que ser o seu porto seguro.
Beijo sua cabeça e acaricio as suas costas.
Mia se afasta e me olha nos olhos.

— Depois daquele dia que tivemos aquela conversa, eu não consigo resistir a confiar em você, então preciso te contar, preciso contar isso a alguém — assinto.

— Pode me contar tudo o que quiser, jamais vou contar a alguém, vou fazer o que puder para te ajudar — seguro suas mãos e ela nega.

— Katie, eu simplesmente fugi. Eu jamais conseguiria olhar para a minha mãe e aceitar que ele fizesse aquilo comigo novamente.
Eu roubei o máximo de grana que eu pude, peguei algumas peças de roupa e comprei passagem para o próximo local, Los Angeles. Eu cheguei aqui sem conhecer ninguém, não sabia o que fazer. Tentei ser modelo, mas desisti por ele poder me encontrar em alguma foto, os salários não conseguiam arcar com as minhas despesas, então uma garota que trabalhava na lanchonete comigo me indicou para o que eu faço hoje em dia. Sou prostituta em uma boate na cidade vizinha. Com a grana eu consigo pagar minha faculdade, um bom apartamento e viver bem — me conta envergonhada.

— Não é culpa sua, não se envergonhe — acaricio seu rosto e ela chora mais.

— Eu soube que você perdeu uma filha — concordo.

— Ele me engravidou, Katherine, eu era uma garota boba, virgem, que não sabia de nada, eu simplesmente dei meu filho para um casal e nunca mais vi a cara dele. Eu me culpo tanto — soluça e eu a abraço.

— Ok, respire fundo — aconselho e ela faz o que peço.

— Escute bem o que eu vou dizer — assente.

— A culpa de nada disso foi sua. Seu padrasto é um homem desequilibrado, ele arruinou uma parte da sua vida. Entendo perfeitamente que você não tinha condições emocionais de cuidar de um bebê vindo de um estupro, Mia. Você passou por muitas coisas, muito jovem. Eu não imagino como sua vida tenha sido difícil, mas eu estou aqui — concorda e me abraça.

— Você vai deixar de ser a Leila. Ele não tem como encontra-la mais. Eu vou te ajudar a acabar a faculdade e com as suas despesas. Você procura algum trabalho e eu cubro o resto das suas despesas e eu quero que você faça acompanhamento psicológico na Revivere, você pode fazer isto por mim? — Peço e ela me olha incerta.

— Não quero abusar de você e... — Ponho meu indicador na sua boca.

— Será desta maneira — concorda e me abraça apertado.

— Eu estou aqui por você e vou cuidar de você, certo?! — Seguro seu rosto com cuidado por conta dos machucados.

— Você nunca mais, nunca mais mesmo, vai deixar o Justin colocar a mão em você! — Assente.

— Você vai se tratar e se livrar de toda esta culpa que sente, porque ela não é sua — concorda.

— Obrigada, Katie — me abraça.

— Você está sendo a família que eu nunca tive e me sinto péssima por amar o homem que você ama — riu levemente.

— Eu definitivamente não amo este Justin — entende o que eu quero dizer.

— E sobre o seu filho? — Pergunto.

— Ele se chama Tyler — conta e eu sorriu.

— Como sabe disto? — Pergunto.

— Eu amamentei ele, sei até onde ele mora — confidencia.

— Você não sente vontade de vê-lo? — Suspira.

— Eu gostaria de tê-lo de volta — me olha nos olhos.

— Isto é possível? — Pergunto e ela nega.

— Eles o adotaram, acredito que não há o que eu faça que possa o trazer de volta para mim — confidencia.

— Podemos ver um advogado, o que acha?! — Concorda.

— Agora descanse, certo?! — Assente.

— Aonde você vai? — Fala com medo.

— Vou procurar clínicas para Justin — concorda.

— Você está com medo — assente envergonhada.

— Eu vou pegar minhas coisas e ficar aqui com você — concorda.

Pego o notebook, meu celular e me ajeito na cama ao lado de Mia.
Ela se aproxima e eu acaricio seu cabelo até que ela durma.
Leila, que na verdade é Mia, teve uma vida muito difícil. Eu a enxergo como uma garota de 18 anos ainda. Sua carinha de menina, suas roupas de menina e sua doçura me fazem admira-la ainda mais por não ser amargurada com a vida de merda que teve até agora.
Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para que Mia tenha o seu filho de volta e para que sua vida seja boa de agora em diante.

Justin realmente me assustou hoje. Ele tinha um olhar sombrio, como se não existisse bondade nele ainda. Eu vi o que aconteceu com a cara de Mia e ouvi sua voz completamente modificada pela raiva.
O meu Justin, não bate em garotas, nem aperta os meus braços, o meu Justin não se droga ou bebe exageradamente e o meu Justin de forma alguma se comporta como uma criança rebelde, normalmente não.
Ele precisa de uma intervenção forte e eu farei isso não importa o quanto ele me odeie.

Encontro algumas clínicas lindas, com alternativas excelentes de tratamento e que trabalham a espiritualidade cristã.
Anoto todos os seus números em meu celular, desligo tudo e me aconchego para dormir com o sol a pino já.
Mia me abraça e eu aperto sua mão, ela realmente está com medo.

 

 

 

Acordo com uma gritaria desnecessária, parece que fechei meus olhos por apenas cinco minutos e me obrigo a sentar na cama.
Justin grita com Leila, droga, Mia da soleira da porta e Mia apenas chora como um bebê.

— Calado! — Grito por cima da sua voz grossa.

— Leila você não passa de uma vaga...

— Psiu — fala e ele tenta gritar de novo.

— Xiu — ele resmunga.

— Eu disse calado — sua cara se fecha e ele sai do quarto.

— Vá se aprontar — Mia assente.

— Pegue algo no meu closet — concorda.

Saio do quarto e vou atrás de Justin.

— Que horas são? — Pergunto e constato que dormi apenas uma hora.

— Por que você mal dormiu? — Me sento ao seu lado na cama.

— Eu me sinto mal — confessa.

— Por ter se drogado, bebido e batido em Leila? — Pergunto e ele nega me deixando brava.

— Me sinto mal por ter segurando os seus braços, eles estão machucados — passa os seus dedos pelos roxos.

— Você deveria sentir vergonha em estar me dizendo isso — o olhos nos olhos.

— Mas eu sinto! — E ele chora.

— Eu coloquei as mãos na mulher que eu amo — sussurra e eu suspiro.

— Justin, você machucou a Leila de verdade ontem, não só fisicamente, verbalmente também, você se drogou de novo, você bebeu em excesso, você quase estragou algo em prol de crianças na África, você invadiu o meu espaço pessoal, você passou de todos os limites — assente chateado.

— Eu quero que peça desculpas honestas a Leila, quero que faça a sua mala e me espere para irmos conhecer as clínicas — concorda incerto.

— Você não vai me esquecer em uma delas ou algo do tipo, vai? — Gargalho e ele enxuga as lágrimas.

— Vou ligar para você todos os dias — me comprometo.

— Eu vou sair dessa, certo?! — Assinto e entrelaço nossos dedos.

— Você vai sair dessa, cara — beijo sua testa.

 

[...]

 

Depois de ligar em todas as clínicas, eu escolhi apenas duas para visitar.
Eu conversei com os pais de Justin, com Madison e Ryan, com Scooter e nosso advogado.
Expliquei como tudo seria e eles concordaram comigo pelo bem da saúde de Justin.
Eu sentia arrepio em estar no mesmo ambiente que Scooter, mas é necessário, então passei por cima de tudo pelo bem de Justin.

Nosso advogado pessoal se comprometeu a analisar com Mia uma forma de trazer seu filho de volta, Jasper precisa de alguma ajuda em meu escritório, então a contratamos com um bom salário para faculdade, despesas e viver de forma confortável.

Ryan e Madison se comprometeram a visitar Justin todos os domingos na clínica e eu me senti menos culpada por precisar ir embora.
Nós precisamos de espaço um do outro ou isso nunca mais dará certo de novo.

Depois de olhar toda a clínica Justin olha para mim e concorda com a cabeça partindo meu coração.
Hora da despedida.

Depois de instalado em seu quarto e que pego seu celular ouvimos a todas as instruções.

— Você não pode ligar por pelo menos um mês — me informa e eu olho para Justin desesperada.

— Mas eu preciso — peço e ele nega.

— Ela vai te persuadir a vir busca-lo se você o fizer — conta e eu seguro as lágrimas.

— Ele não pode receber visitas por este período também — as lágrimas transbordam.

— Ei, assim você vai ressecar, calma — Justin me abraça e acaricia minhas costas.

— Desculpe — peço e ele nega beijando minha testa.

— Vou deixar que vocês se despeçam e já venho para que você vá embora — concordo.

— Ok, instruções — falo me afastando e secando as lágrimas o fazendo rir secando as suas.

— Você sabe que não é minha mãe, certo?! — Rimos.

— Eu sou a única que você obedece — faz um mais ou menos e rimos .

— Se comporte, se esforce e dê o seu melhor por este tratamento. Eu confio em você, Bieber, sei que vai sair desta logo — concorda e me abraça.

— Eu te amo — falo e ela ri levemente.

— Eu também te amo — beija a minha testa.

— Vá salvar as crianças Somalis, eu estou orgulhoso de você por ido para lá, as suas fotos estavam lindas, se cuide, pelo amor de Cristo e quem sabe um dia não possamos nos encontrar para tomar um suco? — Riu e beijo sua bochecha.

— Você ainda vai ser meu marido, qual é?! — rimos e ele me beija.

É um beijo de despedida e eu choro durante todo o beijo.
Eu já sinto saudades antes que ele se afaste e isso é uma droga.
Eu não quero deixa-lo aqui e nem ir embora.
Por que é tão difícil, Deus?

— Eu realmente, realmente, realmente, realmente amo você e quero que saia desta logo — falo como uma ameaça.

— Ok Bieber, farei isto por Angel — sorriu e lhe dou um selinho.

— Se cuide, certo?! — Assinto.

— Eu te amo — fala como um segredo.

— Não esqueça que me ama e não me odeie mais — imploro e ele ri.

— Eu vou precisar de um pouco de tempo para que o ódio passe completamente, talvez isto nunca aconteça, mas sempre vou te amar, cuidar de você e querer ser seu amigo — concordo.

— Seja feliz! — Me implora e eu soluço.

— Eu vou ser — concorda e beija a minha testa.

— Vou esperar minhas ligações quando puder receber — sorriu.

— Meus pensamentos não sairão de você — falo e ele sorri.

— Nem os meus de você, Bieber — Justin fala com amor e eu choro ainda mais.

— É hora de ir senhorita Chermont — o enfermeiro informa e eu choro mais.

— Adeus, Kit Kat! — Acena.

Eu nunca sai de um lugar tão devastada.
Precisei de uma hora para conseguir acalmar minhas lágrimas, quando elas se foram a minha vontade era de entrar lá e acabar com este tratamento estúpido.

Ele me disse Adeus, realmente acabou.

 

Continua... 


Notas Finais


Meu coração tá partido :´(
Justin e Katherine vão se cuidar agora, Justin precisa muito mais, como será este reencontro um dia?
Ansiosos pela volta da Katie para a Somália?
E o Theo?
Será que Justin não vai mais dar trabalho? hahahahaha
Não deixem de comentar
Uma ÓTIMA semana para vocês, a minha rotina recomeça amanhã, estou em final de semestre na faculdade, então as coisas estão uma correria, tenham paciência comigo.
Se cuidem!
NÃO DEIXEM DE COMENTAR!
AMO VOCÊS <3

REDES SOCIAIS:

Twitter: @Aphrodit3s
INSTAGRAM PESSOAL: @fernandesmariana_
Facebook: https://www.facebook.com/mariana.monteirofernandes.5
Grupo da fic no facebook: https://www.facebook.com/groups/424346807724932/
Grupo da fic no WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/AMB5kZ06USb4w6uDMWDhpL
MEU NÚMERO DO WPP SÓ: #11#99522.9194#


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...