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História Segundos - Fantasmas


Escrita por: Lucidium09

Notas do Autor


Desculpem erros. Quase que não escrevo esse hoje. No próximo todos os segredos revelados. Aguardem.

Capítulo 18 - Fantasmas


Fanfic / Fanfiction Segundos - Fantasmas

O London Coliseum sempre foi a maior de todas as casas de espetáculos artísticos da Grã-Bretanha, palco de Óperas e Musicais atuados de formas marcantes e trágicas. Esta noite não seria diferente. Era nisto que Sherlock pensava enquanto era conduzido em um carro para o teatro, Marion estava ao seu lado no veículo conduzido por um motorista aleatório. Seu irmão havia a mandando para se certificar que o pedido dos pais fosse atendido.

Sherlock apoiava o queixo entre os dedos polegar e indicador e apoiava o cotovelo no encosto do carro, enquanto a mulher ao seu lado apenas teclava distraidamente no celular.

- Camarote 5, senhor Holmes. Foi este o reservado para sua família. – Ela o avisou sem ao menos levantar os olhos para ele. Ela riu com algo que leu, teclou uma resposta e completou. – Seu irmão queria saber se estava apresentável hoje. Costuma ir a ópera de lençol senhor Holmes? – Perguntou divertida.

Sherlock fez uma careta azeda sem ao menos se dignar a responder. Afinal ele estava com belo e alinhado smoking, não usava gravata, mas estava extremamente alinhado e elegante. Quando havia se decidido a vingar a morte de Molly, assumiu que não deixaria nenhuma emoção transparecer, voltaria a ser o homem frio e maquinal, travou um objetivo e faria de tudo para alcança-lo, então entraria no jogo de Mycroft, com todas as armas que tinha.

- Qual é a ópera? – Ignorou a pergunta lhe feita anteriormente.

- Fantasma da Ópera. – respondeu curto.

- Nem ópera isso é. É um musical. – Explicou Sherlock acidamente.

- Eu sei, mas foi um pedido de sua mãe, então assumamos que é um belo espetáculo a ser apreciado em família. – Respondeu Marion.

- Uma tragédia envolvendo um triângulo amoroso em dois atos. Belo programa de família... – Desdenhou.

- Sua família é estranha. – Concluiu a mulher.

O resto da viagem foi realizada em silêncio apenas interrompido pelo teclar da assistente de Mycroft. Chegaram no destino. Sherlock desceu do carro e trouxe o casaco para mais próximo do corpo. A noite estava extremamente fria, ele se encaminhou a entrada do Coliseum, todos que entravam estavam muito bem alinhados, sua entrada na casa de espetáculos foi liberada imediatamente, na imensa recepção do teatro viu de longe seus pais e ele, Mycroft, ambos vestidos perfeitamente para a ocasião. Se aproximou do grupo e os cumprimentou com um aceno de cabeça.

- Olhe direito para mim Sherlock! – Ralhou sua mãe frente aquela saudação fria. – Está mais magro e mais sombrio. – Avaliou a senhora Holmes.

- Olá mamãe. Eu estou bem, ou o melhor que possa estar tendo que permanecer no mesmo ambiente de algumas pessoas. – Falou amargo. Mycroft revirou os olhos e começou e se retirar em direção ao lance de escadas que levava aos pisos superiores do teatro e consecutivamente aos camarotes. Wanda olhou a expressão desagradável que Sherlock usava ao acompanhar o irmão com os olhos e resolveu intervir.

- Isso já foi longe demais Sherlock, Mycroft é seu irmão mais velho e sabe o que faz. Está na hora de vocês pararem com essas desavenças! – Sherlock estreitou os olhos encarando a mãe, não a desafiaria ali, mas com certeza faria com que ela soubesse em qual situação Mycroft não tinha feito a coisa certa.

- Vamos Wanda querida, vamos Sherlock, o espetáculo vai começar em breve. – Interviu Timothy, sabia o quanto aqueles dois podiam ser teimosos.

Ao subirem para o camarote 5, local onde poderiam apreciar primorosamente a obra que iria se desenrolar, deixaram de perceber que uma bela mulher trajando um vestido azul royal de saia rodada na altura dos joelhos, decote em U e mangas compridas rendadas entrava acompanhada por um moreno alto com uma barba atraente e vestido de terno negro.

- Vamos as poltronas das primeiras filas senhorita, o local tem uma visão privilegiada. – Disse o rapaz.

- Espero que possamos apreciar devidamente o show e que possamos da mesma forma ser apreciados. – Completou a mulher. – Estou bem vestida para um fantasma Mark? – Perguntou divertida.

- Perfeitamente Molly. Eles estarão no camarote 5. Podemos brincar um pouco de fantasma da ópera se quiser. – Ofereceu o moreno. – Soube que os irmãos Holmes têm medo de fantasmas.

- Tememos o que não compreendemos, típico do ser humano, no caso dos Holmes que racionalizam tudo, esse sentimento pode ser potencializado.

Enquanto caminhavam para dentro do teatro, Molly e Mark discutiam como fariam os irmãos caírem em sua armadilha. “Dividir e conquistar” pensava Molly, tinha que separar os irmãos para poder completar seu plano.

 

O clima no camarote 5 estava pesado, mesmo sobre todos os protestos dos pais, as farpas trocadas por Sherlock e Mycroft já beirava uma discussão séria. Tudo corria de acordo com a primeira ideia de Sherlock, pressionar Mycroft frente aos pais e arrancar dela a ínfima que fosse informação útil, afinal o prazo para o retorno de Caos estava terminando e seu irmão mais velho devia está mais pressionado do que o de costume. Quase no fim do primeiro ato, momento em que a protagonista “Cristine” declarava seu amor ao visconde, Sherlock desviou a atenção um momento para o espetáculo e vislumbrou uma figura sentada na segunda fileira de cadeira, estava um pouco distante, mas podia afirmar que a mulher era extremamente familiar.

O tempo que levou para arrancar, sob protestos, o binóculo da mão de Mycroft e direcionar ao local desejado foi o suficiente para não encontrar nenhum rastro daquela mulher. Só faltava isso, pensou o detetive, agora sua mente conturbada estava lhe pregando peças, pois poderia jurar ter visto Molly ali. Com o binóculo, pesquisou todos os que podia sob a luz precária do ambiente, afinal todas as luzes se direcionavam para o palco.

- Pegue um binóculo para você Sherlock. – Ralhou Mycroft quase infantil e sendo devidamente ignorado.

- Onde estar? Onde estar? – Repetia Sherlock caçando a mulher que lhe rendera uma visão perturbadora. Em um dado momento visualizou, não uma mulher, mas sim, um homem, e seu sangue ferveu instantaneamente. Vira Ausubel, encarando seu camarote com um sorriso cínico nos lábios.

- Estão aqui! – Concluiu Sherlock soltando o binóculo e encarando Mycroft desafiadoramente. – Seus cúmplices, Arcanjo e Ausubel estão aqui!

E assim ouvia-se em todo o teatro a nota final que encerrava o primeiro ato do espetáculo e dava início ao intervalo. Sherlock se levantou as pressas saindo dali deixando para trás um Mycroft perplexo e seus pais confusos. O casal encarou o filho mais velho e este se dignou apenas a pedir que os pais permanecessem no camarote. Sacou a celular e começou a ligar para alguém enquanto também caminhava para o térreo do prédio, local onde as pessoas se reuniam no momento do intervalo.

Sherlock abordava cada pessoa que encontrava pelo caminho, eles estavam ali, Arcanjo e Ausubel, pensou que teria que montar uma armadilha para atrai-los, mas eles tinham lhe poupado trabalho, contudo eles estavam debochando dele, ver aquela mulher tão parecida com Molly ali só corroborava sua tese. Não os deixaria escaparem. Era fato. Em certo momento viu de relance a mulher de vestido azul e cabelos castanhos presos em coque virando um corredor que levava ao outro lance de escadas e ao andar superior, e começou a segui-la.

Do outro lado do salão onde dezenas de pessoas confraternizavam, Mycroft caminhava para o corredor que levava aos banheiros, enquanto pelo celular dava ordens aos seus agentes para que seus pais fossem pegos no camarote e levados em segurança para casa.

Ausubel o encontrou lá e falou displicentemente.

- Oi Mycroft. Não posso dizer que nunca quis fazer isso. Seria mentira! – E falando isso lhe acerta um soco forte o nocauteando em seguida. Do outro lado do London Coliseum, Sherlock era sumariamente despistado pela mulher.

O toque que finalizava o intervalo soou e um mar de pessoas começava a se dirigir aos seus respectivos camarotes e assentos. Sherlock estava frustrado, havia passado meia hora perseguindo alguém que mais parecia um fantasma, aparecendo e desaparecendo ao seu bel prazer. Quando decidiu voltar ao camarote 5 se deparou com Marion lhe encarando interrogativa.

- Onde está o Mycroft? – Ela perguntou rápida enquanto lhe mostrava o celular do superior, encontrado caído próximo a um dos banheiros. Sherlock compreendeu de imediato, aquele joguinho de pega-pega tinha servido para separar os irmãos e Mycroft tinha sido capturado. Mas o porquê ainda era uma incógnita, pois aceitava que o irmão era cúmplice dos planos do Arcanjo e de Ausubel. Agora era imperativo descobrir onde os três se encontravam, mas o teatro era imenso e mesmo com Marion e os demais agentes ali, demoraria muito tempo para encontra-lo. Uma ideia lhe surgiu e comunicou a mulher que o encarava que provavelmente seu irmão estava sendo mantido preso nos bastidores da peça. Viu quando ela e seus comandados se encaminhavam as pressas ao local indicado e facilmente os despistou.

Sherlock sabia ondem eles podiam estar. A perseguição que tinha imprimido a pouco lhe mostrou que seus inimigos conheciam muito bem o local. Sherlock se lembrava também de já ter lido que o London Coliseum possuía uma sala secreta usada especialmente quando a realeza ia assistir a espetáculos, nas demais ocasiões a sala era fechada e sua entrada era furtiva. Local perfeito para manter um sequestrado ou mesmo para ter uma conversa reservada. E era para lá que agora o detetive corria. Queria encontra-los, mas iria fazer isso sozinho.

 

Mycroft acorda e se dá conta que está sentado no chão encostado numa parede, move o queixo com a mão e verifica se não quebrou o maxilar. Podia ver a sua frente uma bela mulher que mais parecia está interessada no espetáculo, que se desenrolava no segundo ato, do que nele. Tentou se levantar furtivamente, mas logo teve o estômago acertado por um soco de Ausubel, que ele não tinha sequer percebido está ali.

- Calma Mark, deixe algo pra mim. – Falou a mulher ainda olhando pro palco. Simultaneamente Sherlock chegava à sala e forçava a entrada. A mulher fez sinal para que Mark abrisse a porta e ele lhe obedeceu, mantendo sempre na mão uma arma engatilhada. O detetive consultou entrou com tudo e foi parado quando se viu na mira do agente.

- Mãos onde eu possa ver Holmes! – Gritou o agente. Numa rápida olhada de 13 segundos Sherlock viu Mycroft caído e visivelmente ferido num canto da sala e a mulher que ele perseguira sentada de costas para eles enquanto olhava o espetáculo. Então o detetive levantou as mãos e se dirigiu a mulher.

- Desistiu da capa Arcanjo?

E ao som da protagonista do musical, que bradava a plenos pulmões o trecho da música Carnaval, onde afirmava que naquele momento todas as máscaras cairiam, a mulher que Sherlock julgou ser a Arcanjo se virou lentamente e deu um sorriso puro e angelical ao dizer.

- Ela não combinava com meu vestido. – Falou a voz de Molly Hooper para um Sherlock completamente atônito.


Notas Finais


O que Sherlock fará estando de frente para Molly?
O que vai ser de Mycroft?
Em algum momento os segredos serão revelado? Sim, no próximo capítulo


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