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História Selva de Vidro - Sinfonia


Escrita por: PervassWorldd

Capítulo 10 - Sinfonia


Sinfonia ♫

 

        ChanYeol beijou a face de BaekHyun como se estivesse beijando sua boca. A língua molhada tocando a testa, as bochechas, o queixo, o lado esquerdo e o direito lentamente espalhando sua saliva pela pele quente que parecia arder contra sua língua. Os lábios deixaram um longo selar sobre os olhos pequenos, sentindo os cílios acariciarem sua boca em um afago que lhe pareceu muito engraçadinho.

 

Ansiava comer o garoto cor-de-rosa não apenas sexualmente, mas, se possível fosse, queria abrir o próprio corpo e colocar BaekHyun dentro de si, deixa-lo sentir suas vísceras, seu sangue e sua carne. Seu amor não era manso, o céu ressoando em paz, era desespero, um vendaval dentro de seu peito.

 

        — ChanYeol... — BaekHyun lamuriou quando a boca alheia beijou-lhe na pontinha do nariz, passando a língua de cima a baixo. Gemeu languido, profundo, como se ele mesmo disse: rasgue-me e se meta dentro de mim. ChanYeol suspirou, malditamente apaixonado.

 

BaekHyun puxou os cabelos negros do maior com força, deleitando-se com o rosnar gutural que encheu seus ouvidos antes de ter a boca beijada outra vez. Eram furações, desejos mesclados em pressa, não havia espaço para calmaria. O beijo rude parecia ascender ainda mais o tesão que os consumia, como se a cada vez que os lábios se encontravam em um toque quase grosseiro, profundo e profano o fogo era ateado sobre suas peles os fazendo desejar queimar mais e mais, destroçando-os em meio ao sentimento que, de tão intenso e visceral, parecia quase irreal. 

 

— BaekHyun. — Os lábios colidiram beirando a violência, produzindo sons molhados todas as vezes em que as línguas, sedentas por contado, se enrolavam fora das bocas, chupando-as, mordendo-as, escorrendo saliva pescoço a baixo. Tinham fome, almejavam fundirem os corpo o quanto antes e a dor causada pela pressa era muito bem vinda.

 

        ChanYeol rompeu o contado das bocas deixando que seus dedos esfregassem os lábios inchados e molhados, vidrado na forma como a saliva escoria pela boca pequena, descendo pelo queixo, melando o pescoço em uma bagunça que fazia o pau pulsar. BaekHyun retribuía o olhar a altura, ele era outro rei afinal, fazendo o leão dentro de si curvar-se em uma santa adoração.

 

        Segurando o queixo de ChanYeol daquela forma que exalava poder e propriedade BaekHyun lambeu a saliva que escoria pelos cantos da boca do Park, como se ele não quisesse desperdiçar nada. Tinha gula, BaekHyun queria muito, queria tudo e o que não era dele afinal? Se tratando de ChanYeol BaekHyun possuía tudo, do começo ao fim, do ruim ao bom. Gemeu quando ChanYeol segurou seu rosto com as duas mãos, mordendo seus lábios como se estivesse mastigando um pedaço de carne muito saboroso.

 

        — Eu posso amar você, BaekHyun?

 

BaekHyun sabia que seu corpo não era o que de fato o maior estava pedindo enquanto os dedos longos puxavam para cima a camisa que trajava, as falanges tocando sua pele durante o processo de o despir, arrepiando-o com esse mínimo contado. ChanYeol pedia seu coração. BaekHyun sorriu, aquele maldito sorrisinho doce para caralho, dizendo, de um jeito meigo pra cacete que destoava do ambiente que exalava profanação:

 

— Você não deveria pedir o que já é seu, Park. — A voz certamente possuía o toque do inferno mesmo que o paraíso estivesse brilhando nos olhos cor de mel. ChanYeol não teve tempo para admirar o corpo nu de BaekHyun em cima do piano negro, com um movimento certeiro o garoto cor-de-rosa deitou-se de bruços sobre a madeira, a mão  esquerda apoiada nas teclas, melodias jogadas para todos os lados,  enquanto a direita metia-se dentro da calça de moletom que ChanYeol usava, puxando o pau para fora, perto o bastante de seus lábios, tanto que o maior podia sentir a respiração apressada sobre o falo duro. — Meu coração já é seu. — Olhando para cima, buscando pelos olhos negros, sussurrou. Os olhos mel diziam muito, não deixavam espaço para questionamentos. 

 

Enquanto BaekHyun lhe entregava amor dentro daquele olhar sua boca lhe presenteava com o prazer.

 

 BaekHyun meteu o pau teso dentro da boca sugando a glande melada de pré-gozo, sentindo o gosto azedo mistura-se com a própria saliva. Real e cru era dessa forma que gostava e desse jeito que faria. ChanYeol esmurrou o piano que tremeu em resposta, o som da madeira arrasando sobre o piso criando uma bela sinfonia em conjunto com o barulho da felação. BaekHyun sorriu presunçoso, esfregando o pau em sua face, a cabecinha avermelhada pingando em sua pele.

 

— Eu gosto que seu pau tenha tantas veias Yeol, parece uma constelação. — O sorrisinho doce estava lá outra vez, um disfarce para o diabo.  ChanYeol matinha os olhos abertos, revirando-os a cada segundo, sentindo que mais do que a boca mamando seu pau os olhos mel lhe enchiam de prazer, de tesão. Nada se comparava com os olhos de BaekHyun, com a forma em que eles lhe cantavam aos gritos, aos sussurros, cheios de gemidos, de sumos, de sentimentos que as palavras, pequenas feito elas, não seriam capazes de explicar. — Sempre gostei de olhar as estrelas e agora eu posso prova-las com a ponta da minha língua. — De forma a provar o que dizia lambeu as veias lentamente, os olhos sempre atados ao de ChanYeol como se houvesse ali uma linha invisível que os mantinha atados. Extraordinário.

 

Se para alguns o amor vinha com calmaria, dentro de uma brisa suave que rompe a quietude, uma nuvem que não promete chuva, o amor que ChanYeol e BaekHyun compartilhavam era barulho puro, o trovão mais intimidante, o rugido de um leão dentro de um selva em chamas.

 

BaekHyun olhava para o maior enquanto sugava-lhe o pau demoradamente, apreciando o fato de estar sendo observado por aquele que desejava ter toda a atenção. ChanYeol revirou os olhos quando BaekHyun mordeu delicadamente a glande, lambendo o pré-gozo que descia pelo falo duro. O rosa dos cabelos contrastava com o mel dos olhos puxadinhos, esses que piscavam balançando as portas do inferno, criando uma onda entre o quente e o adorável, fazendo o Park desejar se afogar dentro dessa perigosa dualidade. 

 

ChanYeol estava prestes a proferir um palavrão, mas o xingamento ficou preso em sua garganta no exato momento em que BaekHyun envolveu suas bolas em um aperto firme enquanto enfiava a língua repetidamente na fenda de sua glande, descendo o corpo para que pudesse meter os testículos dentro da boca, o barulho da sucção batalhando com o som das teclas sendo esmagadas. Cacete, o estômago de ChanYeol torceu, o pau vazando e vazando. Não queria gozar, não ainda...

 

Puxou a cabeça de BaekHyun para cima, longe de seu pau, perto de sua face, o corpo nu formando um U ao curva-se para que pudessem se beijar. Um beijo com gosto de porra e testículos. As línguas se chocavam fora das bocas, lambendo lábios, pele e queixos. Queriam desesperadamente perder-se um no outro, no desejo regado a amor que vibrava dentro de seus peitos, escorrendo para todos os lados.  

 

BaekHyun mordeu o lábio inferior de ChanYeol antes de quebrar o contado das bocas, movendo-se para que pudesse sentar-se sobre o piano, o peito subindo e descendo rapidamente, de um jeito que deixava claro que estava sendo difícil respirar. Os olhos mel queimavam enquanto o fitava, cheios e pesados, o reflexo da lascívia, da profanação. A pele clara de seu corpo brilhava por conta do suor que escoria por ali, ChanYeol podia vê pequenas gotículas no pescoço, nas dobras de seus braços, na carne silente de sua barriga. As coxas roliças espalhadas sobre o piano como um banquete servido, o interior molhado de suor e de porra, essa que escorria pelo pau ereto no meio de suas pernas, os pelos rosados de sua virilha saltando aos olhos, o toque de Deus sobre o caos do diabo. O garoto menor estava uma bagunça do caralho e ChanYeol não sentia vontade alguma de arrumá-lo, queria, no entanto, arruína-se junto a ele.

 

— Eu quero que acabe comigo, BaekHyun. — ChanYeol implorou, abaixando-se para lamber as coxas fartas, sentindo os pelinhos na ponta da língua. Isso o excitou para um caralho. Deixou que sua boca sorvesse a mistura de suor e pré-gozo, gemendo quando sentiu o gosto da porra de BaekHyun. Lambeu as estrias rosadas aos lados das coxas, subindo pelo quadril, como se estivesse nadando nas curvas desenhadas feito ondas do mar, uma que se chocava contra si sem misericórdia pronta para inunda-lo. Se afogar, ChanYeol queria se afogar em BaekHyun sem pretensões de voltar a superfície para respirar. — Porque eu vou acabar com você. — O aviso veio acompanhado de dois tapas, um em cada coxa. Proferiu um palavrão ao vê a pele clara ganhar as marcas de seus dedos, como se soubesse que o garoto cor-de-rosa estava tão marcado quanto a si próprio. Deixou um terceiro tapa, esse mais suave do que os anteriores, no pau de BaekHyun. Os dedos dos pés do garoto menor se curvaram enquanto seu corpo se contorcia. Ele gemeu manhoso, sexy pra porra.

 

        — Faz de novo! Faz de novo, ChanYeol! — BaekHyun implorou quase chorando,  balançando o corpo a fim de fazer o pau mover-se de um lado a outro, deixando claro onde queria receber o tapa. BaekHyun gemia e mordia os lábios com tanta força que chegou a causar fissuras na carne fina.

 

        — Desgraçado do caralho. — Dispôs outro tapa contra as coxas, o som estralado deixando-os ainda mais excitados. ChanYeol quase não conseguia acreditar em como o tesão parecia come-lo de dentro para fora, instigando o leão a rasgar sua pele para chegar até BaekHyun, destruindo seu mundo com o timbre de um gemido. — Filho da mãe. — Mordendo a língua para conter seus instintos ChanYeol estapeou levemente o pênis de BaekHyun, deixando que seus dedos apertassem a glande melecando seus dígitos de porra, para logo depois esfregar a palma de suas mãos nos pelos rosados da virilha alheia. Os olhos negros se reviraram em puro deleite. A costa do menor se curvou e o gemido manhoso que proferia entregava o quando estava gostando disso. — Você é extraordinário BaekHyun, e o jeito que acaba comigo só pode ser amor. — A fala saiu doce, os dedos movendo-se entre os pelos púbicos, os olhos nos mel de BaekHyun, bebendo de tudo o que ele lhe entregava.

 

ChanYeol sabia, sentia em todos os cantos de seu corpo, pela forma como BaekHyun mordeu os lábios olhando para si, que o modo com o qual acabava com aquele garoto também só poderia ser amor. Subiu com os dedos pela barriga do garoto cor-de-rosa assistindo-o se contorcer sobre seus toques, contornando as auréolas dos mamilos rosados antes de belisca-los, sentindo-os endurecer em baixo de seus dedos. Suspirou, entregue pra caralho. Arrastou as unhas sobre os mamilos entumecidos vendo BaekHyun gemer, o estômago se contorcendo, enquanto se permitia comtemplar a imagem alheia. BaekHyun tinha o poder de tirar-lhe qualquer resquício de concentração e lucidez, de sufocá-lo com vontades que enchiam-lhe a boca, a alma.  

 

        — Eu preciso chupar esse seu pau, pirralho. — ChanYeol sussurrou, torcendo os mamilos com força, bruto. BaekHyun xingou, um filete de pré-porra escorrendo da cabeça de seu pau. — Tão sensível você, bebê. — Provocou, abaixando-se para lamber os mamilos, revirando os olhos quando BaekHyun puxou seus cabelos esfregando sua cara contra o peito plano onde apenas os mamilos se despontavam agora molhados, vermelhos e sensíveis.

 

ChanYeol desceu a boca pelo corpo de BaekHyun lambendo e chupando toda a carne que encontrava. Cheirou os pelos cor-de-rosa, descendo para o interior das coxas roliças, gemendo com o aromo de suor e BaekHyun. Cheiro de macho, cheiro do seu pecado, de sua libertação. Gostoso pra caralho, tanto que ChanYeol sentiu seu pau babar ainda mais apenas por está esfregando a cara nos pelos pubianos daquele maldito garoto.

 

— Sou louco pelo fato de você ser todo cor-de-rosa, mas cheirar como o inferno. — Se o inferno tivesse um cheiro certamente cheiraria a BaekHyun. Com a boca próxima do pau do menor ChanYeol respirou fundo, os olhos negros como uma noite perversa pronto a engolir o garoto sentado sobre o piano. — Até o cheiro da sua porra é gotoso, BaekHyun.

 

        BaekHyun gritou, espalmando as mãos contra a madeira quando ouviu o que ChanYeol disse ao passo em que teve o membro engolido pelos lábios grossos. A cabeça girava enquanto sentia a língua descer por seu falo, sugando sua glande e lambendo as veias saltadas de seu pau. BaekHyun gemia, dizendo o nome do maior sem intervalos, engasgando com a própria saliva enquanto assistia a felação, os olhos do Park presos em si ao mesmo tempo em que lhe chupava, engolindo seus testículos, maculando sua carne. A sensação era quase violenta, não permitia que respirasse devidamente e voltava a se engasgar tossindo e gemendo ao mesmo tempo. ChanYeol era afobado durante o sexo oral, chupando-o com tanto gosto e vontade que BaekHyun nada poderia fazer além de gemer e quase chorar.

 

        — Yeol! — Resfolegou, o corpo tremendo em um quase espetáculo em cima do piano, as unhas rosadas arranhando a madeira com tanta força que pequenas lascas da tinta ficaram em baixo delas.

 

        ChanYeol puxou BaekHyun para a beirada do piano, descendo a boca do falo para os testículos, a língua esfregando o períneo antes de chupa-lo. BaekHyun soltou um gemidinho fino, manhoso pra caralho.

 

        — Fica de quadro, BaekHyun. — Como se estivesse diante de um microfone ChanYeol segurou o pau do garoto cor-de-rosa, esfregando a glande em seus lábios enquanto se embriagava com os olhos mel atados aos seus. — Quero enfiar a minha cara nessa sua bunda.

 

        BaekHyun piscou, afetado. A voz rouca de ChanYeol pingava tesão, respingando em sua alma. Os olhos negros fitavam o garoto menor como se estivesse prestes a devora-lo ao passo em que carinhosamente parecia querer deitar dentro seu coração. Esse olhar de ChanYeol, enquanto ele ainda segurava seu pau, fez o estômago de BaekHyun gelar, do jeito mais piegas possível, entregando-lhe as utópicas borboletas.   

 

        Sorrindo, aquele sorriso que faria o próprio diabo cair em adoração, BaekHyun colocou-se de joelhos sobre o piano ficando de costas para ChanYeol, a mão de dedos finos e delicados descendo pelas costas até encontra a própria bunda. O garoto cor-de-rosa não possuía filtros, não mascaravas suas vontades, cada um de seus atos era regado à liberdade. BaekHyun sorria, dançava, existia entregando a ChanYeol sua tão esperada alforria.

 

        ChanYeol nunca havia sentindo-se tão livre em sua vida, nada se comparava ao que sentia enquanto tinha os olhos presos aos olhos de BaekHyun.

 

        — Me chupa gostoso, Yeol. — mordiscou o lábio inferior, abaixando o corpo lentamente como se tivesse todo o tempo do mundo na palma de suas mãos, envolvendo ChanYeol em seus feitiços, levando-o para dentro de seu mundo que, no momento, exalava cheiro de porra em vários tons de rosa. BaekHyun abaixou o tronco, a bunda empinada no ar, as mãos separando as nádegas deixando o ânus rúbeo apto para ser admirado. — Mete sua língua dentro de mim senhor Park. – O apelidinho provocador encheu o quarto, um tiro certeiro no coração de ChanYeol.

 

        ChanYeol nunca imaginou que sentiria a boca encher-se de água, de vontade, para chupar a porra de um cu. Cacete, não existia uma parte daquele garoto que não o deixasse insano, fazendo-o venerar um corpo que não era o seu, um corpo comum, tão másculo quando o próprio, mas que diante de seus olhos, no centro de seu mundo, era o desenho perfeito da perdição. Cada cicatriz, pelo, marca, sinal, pinta e estria no corpo de BaekHyun descreviam o tesão de ChanYeol, seu amor mais singelo.

 

        Com o coração correndo dentro do peito abaixou-se o suficiente para que pudesse beijar as solas dos pés do garoto cor-de-rosa em um ato tão simplório que apenas poderia externalizar a devoção de ChanYeol para com BaekHyun. Seguiu os beijos pelos tornozelos, bebendo dos suspiros de garoto menor. Você pode sentir o meu amor, BaekHyun?

       

        — Não existe nada em você que eu não ame. — Colocar algo tão real para fora chegava a deixar ChanYeol muito emotivo, ainda mais quando percebia que apenas havia descoberto o que era o amor nos contornos do garoto que estava de quatro para si, tão entregue e livre como sua música favorita. Suspirou sobre a pele da nádega esquerdar, beijando os dedos que ainda mantinham a bunda aberta, antes de tira-los dali colocando os próprios dedos sobre a carne macia. BaekHyun suspirou um gemidinho. — Adoro até mesmo a sua ruína. — Segredou, correndo os dedos pela pele alheia enquanto o coração corria dentro do peito deixando-o zonzo. — Tudo aquilo que não é perfeito em você dê para mim, eu quero tudo. – Os dedos longos rumaram para o ânus, brincando com os anéis enrugados. BaekHyun resfolegou, completamente ansioso, antecipando aquilo que o destruiria.

 

        — Yeol... — Gemeu quando a língua molhada lambeu seu ânus, rodeando-o pelo lado de fora, brincando com sua sanidade. — Merda, ChanYeol!

 

        ChanYeol sorriu, satisfeito pra caralho. Não conseguindo conter a si mesmo meteu a língua dentro de BaekHyun, movendo o rosto  —  máximo possível — para dentro das nádegas cheias, sufocando-se da forma que tanto ambicionou. BaekHyun rebolava a bunda em sua cara, fazendo com que o seu tesão crescesse mais e mais, queimando-o de um jeito insano. Nunca havia se sentido de tal forma durante o sexo, como se fosse explodir a qualquer segundo, adorando e queimando, colocando tudo de dentro de si para fora em um sopro, à tempestade que encharcava o leão, inundando sua selva. Sentia-se vivo, vibrando emoções, avido para sentir o próprio corpo enquanto sentia o de BaekHyun. Podia experienciar cada segundo, os toques, os suspiros, as trocas de olhares como se estivesse fazendo música, traduzindo seus sentimentos na forma como se movia, como era movido. Acima do seu corpo físico sentia que sua alma era alcançada.

 

        — Rebola na minha cara, BaekHyun. — As mãos grandes seguravam o quadril do garoto cor-de-rosa com força, movendo-o sobre sua língua, fartando-se com a carne quente. Chupava e penetrava o ânus já molhado por sua saliva, subindo com as sugadas para o períneo, pegando tudo o que podia.

 

        — Mete a porra desses dedos em mim, ChanYeol. —BaekHyun pediu, a voz saindo embargada, a face enterrada na madeira abafado suas palavras.

 

        — Pede com carinho bebê, eu faço o que você quiser.

 

BaekHyun não viu, mas pelo tom rouco e sacana sabia que o sorriso prepotente e lindo para um caralho adornava os lábios grosso do Park.

 

        Surpreso ChanYeol assistiu BaekHyun mover-se sobre o piano ficando de frente para si outra vez, a bunda mais para fora da madeira do que apoiada nela. Sorrindo, quebrado ChanYeol em inúmeros pedaços, fazendo dele um devoto fiel, BaekHyun apoiou os pés nos ombros largos, deixando-se ainda mais abertos para ele, a visão do paraíso queimando em profanação.

 

        ChanYeol poderia gozar apenas por vê BaekHyun tocando o próprio pau enquanto puxava os pelos rosas de sua virilha, gemendo para si, os olhos mel brilhando em devassidão, exibindo-se para os olhos negros como um pequeno show, uma linda poesia que escorria tesão por todos os lados, dentro e fora de ChanYeol. O colar com o pingente de guitarra entre os lábios como se estivesse comendo o coração de ChanYeol, e, de certa forma, era o que ele queria. Que BaekHyun o devorasse, consumindo-o até que estivesse dentro dele, sentindo-o de dentro para fora, nadando em seu sangue, em sua alma.

 

        — Mete a porra desses dedos dentro de mim agora, Park. — Com os dedos dos pés BaekHyun acariciou a face de ChanYeol, passeando pela derme quente e molhada de saliva e suor, brincando por seus lábios úmidos e entreabertos. Caralho, ChanYeol estava tão afetado. — Agora! — Uma ordem que reverberou dentro do peito de ChanYeol, deixando-o completamente insano.

 

        Não precisou de mais nada para meter, de uma vez só, dois dedos dentro de BaekHyun, sentindo o cu apertado querendo expulsá-los. Cuspiu em seus dedos antes de voltá-los para o ânus alheio, metendo em BaekHyun na mesma velocidade em que ele bombeava o próprio pau. Era o ritmo deles afinal, o tesão em meio ao caos.

 

        O ânus rúbeo esmagava seus dedos enquanto os olhos mel destroçavam seu coração. Sentia-se perto do limite mesmo que não estivesse se masturbando. Assistia inegavelmente maravilhado seus dedos saindo e entrando em BaekHyun, socando-o com vontade, apreciando a forma como os anéis iam tornando-se mais avermelhados, alargados e inchados.

 

        — Porra, BaekHyun. — Gemeu quando o ânus foi fortemente contraído em volta de seus dedos, puxando-o mais fundo dentro dele, tão forte que seus dedos chegaram a doer. Revirou os olhos, apreciando a dor quase ardida.

 

        Sem nada dizer afastou-se do corpo menor tirando suas calças e sua blusa, ficando nu diante de BaekHyun. Fitou-o demoradamente assistindo os olhos mel viajarem por seu corpo, vendo em si detalhes que transcendiam seu físico.  Conseguiu ouvir o coração batendo em seus ouvidos no momento em que BaekHyun lhe fitou com os olhos   molhados feito uma chuva prestes a cair em um dia quente. O menor havia notado o novo detalhe em sua tatuagem. O leão agora sustentava um belo par de olhos cor-de-rosa.

 

        — Você tocou em mim como ninguém nunca o fez, BaekHyun. — ChanYeol apenas disse em resposta, quase sem fôlego pela forma como o garoto menor olhava para si. Amado, BaekHyun sentia-se fodidamente amado e era dessa forma que ele olhava para ChanYeol.

       

        ChanYeol não era mais cético a respeito do amor. Entendia, de certa forma, que todas aquelas músicas piegas — e às vezes um tanto cafonas — carregavam em seus versos sua verdade singular da paixão. Como poderia duvidar se enxergava o amor de BaekHyun na forma como ele o fitava, se sentia por de baixo da pele, em lugares que antes da invasão de tal emoção permaneciam mortos, beirando a inexistência? Era real, tão malditamente veraz que fazia cair por terra qualquer convicção que pregava em sua vida antes de amar BaekHyun.   

 

        BaekHyun cursou-se sobre ChanYeol que estava em pé em sua frente, beijando os olhos rosados do leão, dizendo com esse pequeno gesto o que sua voz não era capaz de explanar. Não havia necessidade de palavras, tudo o que o amor poderia significar estava dentro do olhar que o garoto cor-de-rosa entregava a ChanYeol. Você pode sentir o meu amor, ChanYeol?

 

        Em um movimento quase delicado BaekHyun puxou o Park pela cintura com as pernas, beijando os ombros largos, descendo os lábios para os mamilos amendoados, chupando-os demoradamente, brincando com a ponto da língua sobre os montinhos enrijecidos. ChanYeol urrou apreciando o choque de tesão que percorreu seu corpo.

 

        — Porra!

 

        Colocou BaekHyun sentado sobre as teclas do piano, o som estridente enchendo seus ouvidos, competindo com o barulho de seus corações correndo solto pelo cômodo. Os olhos quentes estavam lá novamente, conduzindo ChanYeol para dentro da tempestade, entregando a ele a inocência de seu amor em meio a lascívia de seu desejo. BaekHyun cravou as unhas rosadas nos ombros largos quando ChanYeol enfim o adentrou com o falo duro, fazendo-o sentir o quando de porra ele já havia vazado, tornando o escorregar para dentro de si muito mais fácil. As unhas desceram pelas costas largas, ferindo a pele alheia ao passo em que suas paredes internas ardiam como o inferno em torno do pau de ChanYeol.

 

        — Yeol, eu, merda! — Um gemido escoria para fora de seus lábios em todas as vezes que tentou dizer algo. Um som tão bonito e sensual que certamente o Park jamais o esqueceria.

 

ChanYeol beijou os lábios inchados, lambendo-os com vontade enquanto BaekHyun moveu o quadril indo para frente e para trás, a bunda raspando nas teclas a cada movimento criando sons esganiçados, esmagando seu pau sempre que se contraia, dançando com seu corpo feito uma coreografia bonita, daquelas que certamente apenas os anjos seriam capazes de executar. Naquele instante acreditou que o sexo deveria ser a forma mais direta que o homem possuía de tocar o céu à medida que chegava perto de mais das portas do inferno.

 

 As unhas rosadas desciam por sua costa, arranhando-o ao ponto de tirar sangue, lhe presenteando com uma dor quase divina. Gostava dela — da dor — pois junto a ela vinha o descontrole liberador de BaekHyun e tê-lo movendo-se contra seu corpo, em seus braços, por sentimentos tão crus, beirando ao animalesco, fazia o leão dentro de si sentir-se em paz.

 

        Os corpos se chocavam a cada novo impulsar de ChanYeol, penetrando o carne alheia talhada por marcas e suor com uma rapidez sufocante. Era forte e frenético. BaekHyun gemia, rebolando contra seu falo ao passo em que contraia sua entrada, deixando o ato muito mais intenso.

 

        ChanYeol beijou os machucados sobre a face de BaekHyun sussurrando o quanto ele era lindo pra caralho, e, meio envergonhado, confessou que o fazia sentir a merda das borboletas no estômago. O garoto cor-de-rosa sorriu achando tão bonitinho a deslacrarão cheia de palavrão do Park. BaekHyun sussurrou de volta o quanto achava ChanYeol lindo, até mesmo as partes que ele não gostava eram ridiculamente lindas para si. Os gemidos manhosos e roucos se misturavam criando uma melodia única, enquanto pulsavam um no outro, misturando seus cheiros, entregando seus corações.

 

        — ChanYeol... Isso! — BaekHyun gritou quando teve a próstata acertada, o corpo muito perto do limite, suas coxas tremiam de um jeito quase doloroso, o ânus ardia a cada nova investida para dentro de si. O quadril impulsionando-se repetidamente, buscando o prazer certeiro enquanto rebolava. ChanYeol puxou-o pela cintura, não usando mais o piano como apoio e sim suas mãos. Impulsionava o corpo para frente enquanto BaekHyun rolava em seu colo, jogando a bunda de um lado a outro. — Yeol... — BaekHyun passou as mãos em volta do pescoço alheio, ouvindo o chocar dos corpos de forma clara, sua bunda indo e voltando.

 

        Enquanto fundiam seus corpos precisavam está com os olhos presos um no outro, fartando-se dos sentimentos que somente um olhar poderia sustentar. Ónix e topázio. A música e a dança. ChanYeol e BaekHyun. Eles não preenchiam os buracos vazios dentro de suas almas — porque eram completos por si só mesmo que aos remendos — eles se trasbordavam em meio ao incêndio que não carecia ser apagado, iluminando, com pequenas chamas de fogo, os caminhos que os fariam curar o que fosse preciso, aceitando as cicatrizes, as imperfeiçoes.

 

        ChanYeol quase não podia acreditar quando sentiu lágrimas rolaram por suas bochechas. Nunca imaginou que poderia chorar durante o sexo, mas cacete, de alguma forma sentiu tudo dentro de si ruir e abraçar a liberdade. O leão não rugia, ele ressonava em um silêncio tão significativo que nem um som seria necessário para preenchê-lo, porque ChanYeol já transbordava diante dos olhos mel.

 

        — Eu sei ChanYeol, eu sinto isso aqui dentro de mim também. — Jogou o quadril para frente, contraindo o corpo, beijando as bochechas molhadas do Park enquanto os próprios olhos estavam cheios de lágrimas não derramadas. — Olhe para mim. — Era um pedido infundado visto que os olhos negros estavam inteiramente focados em si. — Veja meus olhos, meu corpo, minha alma. — Suspirou, mordendo os lábios quando a chuva veio sobre sua face, inundando-os com aquele sentimento quase irreal de tão aterrador. —Você tirou música de dentro de mim, de todas as partes, até mesmo daquelas que estavam quebradas, perdias por ai.

 

ChanYeol sorriu, um sorriso que BaekHyun ainda não tinha visto. Era doce, apaixonado como se os olhos negros estivessem descobrindo o amor. E no fim, de fato, era exatamente o que acontecia dentro da selva de vidro de Park ChanYeol. Ali ele, mas do que vê, sentiu que não seria mais um rei solitário, pois tinha entre seus braços aquele por quem queria reinar, desfazer-se e se montar outra e outra vez.

 

        — BaekHyun. — Foi tudo o que ChanYeol conseguiu dizer ao coloca-lo sobre o piano outra vez, lambendo a pele do pescoço pálido sentindo-se sumir no calor do corpo alheio. — Goza pra mim, BaekHyun, goza enquanto esmaga o meu pau.

 

        Eles não conseguiriam durar muito mais, os corpos imploravam por libertação. BaekHyun veio primeiro assim que ChanYeol sugou-lhe o mamilo direito deferindo um tapa em sua coxa antes de segurar seu pau bombeando-o com destreza. BaekHyun gozou se debatendo contra ChanYeol, o sêmen melando sua pele e a mão do Park, tremendo em seu pequeno momento de glória. 

       

        — Puta merda, BaekHyun.

 

        A cena lhe foi tão excitante que se sentiu fraco para continuar retardando seu orgasmo, o aperto em torno de seu pênis era torturante, uma fisgada quase dolorosa em seus testículos.  ChanYeol gozou proferindo palavrões em meio ao  nome de BaekHyun, colocando-o deitando-o sobre o piano para que pudesse ir mais algumas vezes para dentro dele, encontrando o alívio que esteve procurando desde que podia se lembrar.

 

        O olhar que trocaram dispensava qualquer tipo de declaração no momento, as genuinidades de seus sentimentos estavam impregnados no calor de seus olhos.

 

        Não se contendo, agora sentia-se livre em todas as denominações e direções, deixou um beijo casto no topo da testa suada do garoto cor-de-rosa, sussurrando para ele aquilo que não mais conseguia manter preso dentro de si:

 

         — Eu te amo, BaekHyun, amo como nunca amei ninguém nessa vida. — Uniu as testas, olhos mel nos negros feito uma noite estrelada, pequenas estrelas cadentes brilhando no horizonte. O leão se curvou, em silêncio, em paz, em casa. — Eu te amo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

        Foi em uma manhã de sexta-feira, o céu brilhava em um tom bonito de azul, o vento cheirava a terra molhada depois de uma chuva, quando BaekHyun conseguiu dizer aquelas palavras que estavam entaladas dentro de sua garganta, implorando a cada vez que abria a boca para coloca-las para fora. Ele sabia que não precisava dizê-las, ChanYeol tinha ciência de seus sentimentos uma vez que o demostrava por meio de seus atos, mas essas singelas palavras, assim como a música, não existem para ficarem guardas.

 

        Fazia pouco mais de duas semanas que o relacionamento havia evoluído, transmutado para um patamar que os enchia de graça. Claramente agiam como um casal para a porra de qualquer lugar em que iam, mesmo até dentro do campus. Todos os olhos se voltavam para o garoto baixinho medito dentro do uniforme de lidere de torcida que andava de mãos dadas com o Park para todos os lados. Viam a forma com a qual o coreano, que um dia foi tão fechado e arrogante, deitava a cabeça no colo do garoto dos cabelos rosa sempre que estavam na lanchonete, rindo de alguma trivialidade que o menor lhe dizia aos sussurros como se ninguém mais no mundo existisse. Presenciavam os olhos negros reluzir quando ele olhava para aquele pequeno garoto que parecia tão malditamente poderoso como se ele fosse o escudo de ChanYeol, quem o segurava na palma da mão.

 

        Sim, eles estavam juntos, ChanYeol havia dito para quem o perguntava, antes de deixar claro, em um tom que ia da ameaça para um aviso poderoso, que quem mexesse com o Byun estaria morto em suas mãos, ninguém duvidava, não quando a face do coreano talhava-se na feição do perigo. BaekHyun sempre ria todo bonitinho dizendo que ele era um garoto crescido que sabia se cuidar, mas ele gostava disso, de todo o carinho nada contido que vinha do Park, do jeitinho dele é claro.

 

        — Eu sei que você é forte pra um caralho e tudo mais Baek, mas vamos combinar que você não cresceu muito né. —  ChanYeol sempre ria quando o garoto menor lhe socava em resposta, todo indignado que só ele. — Deixe-me cuidar de você e cuide de mim também. — As mãos seguravam o rosto sereno, mirando os olhos prontos a se afogar no mel. — Amor também é sobre se deixar cuidar, mesmo quando você é o Super-homem, mesmo quando você é incrível pra caralho e não precisasse de mim, mas me quer aqui, por perto, dentro, só pela razão de querer.

 

        Quem diria que Park ChanYeol um dia estaria proferindo dizeres do que seria o amor enquanto fitava o seu amor?

 

        BaekHyun mordicava os lábios em uma timidez tão malditamente adorável que ChanYeol não aguentava muito tempo antes de lamber as bochechas coradas, os olhos revirando quando BaekHyun soltava uma coisa bobinha que o quebrava por dentro daquele jeito gostoso, quente como o inferno, suave como um furacão.

 

        BaekHyun cantarolava La Isla Bonita da Madonna enquanto ChanYeol sussurrava a batida da música em uma combinação singular, rindo hora ou outra quando perdiam o ritmo. ChanYeol havia descoberto de fato que existia ritmo até mesmo na falta dele, assim como descobriu que seu mundo era muito mais feliz quando a risada esquisita e meio infantil de BaekHyun enchia seus ouvidos, indo fundo dentro de seu coração.

 

“Em meio à natureza selvagem e aí que eu quero esta.”[1] — BaekHyun cantarolou olhando para ChanYeol, acariciando o leão dentro de seu fitar. O maior caminhou para o seu lado, beijando-lhe com os olhos antes de lhe beijar com a boca, selando os lábios em um contado íntimo, cheio de pequenas declarações, as mãos correndo por sua pele na urgência que possuía de se sempre sentir seu calor, querendo mais, cada vez mais.

 

— “Eu me apaixonei por Byun BaekHyun.[2]” — ChanYeol cantou, alterando a letra, atingindo BaekHyun feito um meteoro, sua majestosa estrela cadente. Ele juntou as mãos, deixando que a palma macia de BaekHyun sentisse os calos ganhar espaço em sua pele. O coração de BaekHyun parou antes de bater muito rápido logo em seguida. A forma como ChanYeol o segurava pelas mãos e lhe fitava com os olhos negros tão bonitos fazia BaekHyun acreditar que ele era a única coisa no mundo que ChanYeol queria ver, ouvir e tocar. Sua presença divina, imperfeita, mas real. Pele, carne, ossos, sangue e vísceras.

 

— Eu te amo ChanYeol. — Num fôlego só soltou. Um tiro certeiro no coração de ChanYeol, girando seu mundo em um grandioso Fouetté[3].  BaekHyun colocou as mãos no peito largo do Park, movendo-a para onde sabia está os olhos cor-de-rosa do leão tatuado na pele amendoada. — Eu te amo Park ChanYeol, não como você ama a música, não como eu amo a dança porque esse amor eu posso descrever, mas o amor que eu sinto por você é indescritível. Não sei como dizer o quanto te amo, sempre que penso em alguma palavra boa o bastante ela parece pequena de mais. — Um carinho dentro olhos cor-de-rosa enquanto ele se perdia dentro dos olhos negros. — Assim como eu dancei na barriga da minha mãe antes de nascer eu dancei para você mesmo sem música, apenas com o som das nossas vozes, dos nossos corações. Eu amo você. — O sorrisinho adorável estava lá outra vez e ChanYeol soube que não importava quantas vezes o testemunhasse sempre acabaria nocauteado por esse maldito sorriso.

 

— Seu desgraçado do caralho. — ChanYeol levou uma mão ao coração — a que não estava segurando a mão de BaekHyun — como se dessa forma ele pudesse dar um jeito em tudo o que sentia ali dentro. Um furacão de sentimentos, solto feito à música que saía de si, vivo até mesmo dentro do silêncio.Vai sei fuder, BaekHyun.

 

BaekHyun começou a rir, quase gargalhando, de puro nervoso e também por achar fofo pra caralho o desespero de ChanYeol. Não sabia o que esperar, nem o que sentiria quando dissesse essas palavras, mas, certamente, foi infinitamente maior e melhor, como provar do paraíso na ponta de sua língua.

 

ChanYeol passou as mãos pelos cabelos completamente nervoso, descrente de que ele havia se tornado o cara que perde a linha de pensamentos por pouca merda. Mas caralho, não era pouca merda, era muita merda, era tanto que ChanYeol já se via compondo uma música bonita de amor, descrevendo em cada maldita estrofe os tons de rosa que via no garoto lindo que ria em sua frente, tão nervoso quando a si próprio, amando tanto quando ele amava. Sem ar, preso dentro de seu pequeno momento extraordinário.

 

Em um ato movido pelo desespero ChanYeol empurrou BaekHyun no gramado, vendo ele lhe fitar todo bonitinho enquanto ainda ria. Jogou-se em cima dele, uma mão de cada lado de sua cabeça.

 

— Diz essa merda de novo, BaekHyun, diz.

 

— Dizer o que, Yeol?

 

— Não brinca comigo, pirralho. — Um aviso, os lábios estavam tão próximos que poderiam se tocar. ChanYeol passou o nariz pela pele de BaekHyun sentindo o quanto ele estava quente. Cheirou seus cabelos, mergulhou para dentro dos olhos cor de mel encontrando dentro das orbes tudo aquilo que carregava dentro do peito. Um apaixonado de merda mesmo, mas que se foda, ChanYeol realmente era um.

 

— Você vai me beijar se eu dizer, senhor Park? — Aquele maldito sorrisinho que faria qualquer um duvidar se o paraíso não seria um disfarce para a perdição brilhou nos lábios rosados. Os dedos bonitos acariciam a face de ChanYeol que quase fechou os olhos e ronronou feito um gatinho perante tanto carinho. O leão ria junto ao garoto cor-de-rosa. Sua selva nunca havia sido tão colorida.

 

— Eu faço a porra do que você quiser. — barganhou, o leão tal qual um filhotinho implorando.

 

— Eu posso querer muitas coisas. — Arqueou a sobrancelha cor-de-rosa como se estivesse prestes a pedir pelo país das maravilhas.

 

— Não importa, que se foda, a porra do que você quiser você vai ter.

 

BaekHyun queria afogar ChanYeol na esperar só mais um pouquinho, mas desistiu quando sentiu ele deitar o corpo enorme em cima do seu, fazendo-o sentir o coração alheio bater contra a própria carne, enchendo-o até trasbordar. BaekHyun também era um idiota apaixonado afinal.

 

— Se eu puder ter você não preciso pedir mais nada, eu, você a música e a dança fazem o meu país das maravilhas real, me faz real, porque, no fim contos de fadas sempre terminam, e eu não quero que eu e você tenhamos um fim. — Os olhos mel derramaram pequenas lágrimas que descerem pela lateral de seu rosto até beijarem o gramado. — Eu te amo, eu te amo, eu temo pra um caralho ChanYeol.

 

ChanYeol gemeu resignado, tocado, afetado.

 

— Eu te amo, seu desgraçado caralho.

 

Os lábios se encontram enquanto se perdiam um no outro.

 

 

 

 

 

 

        ChanYeol estava há uma semana constantemente lembrando BaekHyun de que na próxima quarta-feira, pelo fim da tarde, ele deveria cancelar qualquer compromisso para irem treinar para o festival. BaekHyun já havia praticado com os caras da banda algumas vezes, eles foram todos muito amigáveis e eram realmente bons no que faziam. Jasper até confidenciara — quando o Park não estava perto — que a presença de BaekHyun durante os ensaios havia deixado tudo mais leve, eles podiam sentir que a música fluía de ChanYeol de outra forma, não mais uma raiva banhada na tristeza, agora existia uma paixão libertadora em tudo o que ele tocava.

 

        Sentou-se na beirada do palco do salão II. A acústica ali era realmente muito boa, talvez por isso ChanYeol quisesse usar esse local. Sabia que apenas o pessoal do departamento de música costumava reservar o salão II. Silenciosamente os outros departamentos fugiam dali para evirar brigas.

 

        BaekHyun brincava com o pingente de guitarra entre os dedos quando ouviu o instrumental de (I've Had) The Time of My Life.[4] Inicialmente pensou que a música estivesse dentro de sua cabeça, mesclando-se aos seus pensamentos, até que deu-se conta de que o som estava alto de mais para está apenas dentro de seus pensamentos. Desconfiado levantou a cabeça procurando a origem do som e simplesmente gelou quando o viu na porta do salão, um pouco distante si, mas perto o bastante para vê que ChanYeol, assim como Johnny Castle[5] na fatídica cena de Dirty Dancing[6] estava inteiramente vestido de preto. Camisa preta aberta mostrando a cabeça do leão tatuada em seu peito, os olhos cor-de-rosa brilhando em meio ao mar negro, calças pretas e sapatos sociais pretos.

 

        Não, não era possível. BaekHyun quase não podia acreditar. Se ele não podia, ChanYeol muito menos. De onde estava o Park tinha certeza que BaekHyun era capaz de sentir o nervosismo saindo dele feito ondas, e a cada passo que dava em direção a BaekHyun tremia ainda mais, da cabeça os pés.

       

        ChanYeol sentia-se um tremendo idiota, daqueles que sempre julgou ser patético pra caralho, cheios de atitudes que beiravam o ridículo por não serem reais, mas ali, enquanto andava para BaekHyun com o coração batendo tão rápido que poderia escutá-los em seus ouvido  sentiu-se real pra caralho.

 

        Não importava que fosse clichê, uma cena digna de um filme de romance completamente piegas, mas era real, seus sentimentos, sua vontade de entregar seu mundo nas mãos do garoto que lhe fitava tão bonitinho que ChanYeol quase chorou bem ali em frente a ele. Queria sim, de muitas formas, ser esse cara, o cara que colocava um sorriso no rosto do garoto que ele amava. Movendo as pedras no caminho para entregar a BaekHyun um mundo melhor onde ele se sentiria especial, porque, caralho, para ChanYeol ele era pura preciosidade, e, sem pestanejar, mesmo que fosse uma completa catástrofe, queria faze-lo feliz.

 

        — O que você está fazendo, ChanYeol? — BaekHyun perguntou embasbacado.

 

        — Eu vou dançar com você, BaekHyun. — Sorrindo nervoso ChanYeol disse, a testa brilhando com o suor gelado. Estava tão malditamente nervoso que talvez acabasse desmaiando. Riu meio desesperado meio apaixonado. O amor é de fato uma coisa inexplicável.

 

        — Mas você não dança. — A testa se franziu, indignado.

 

        — Eu achei que o amor não existia e olha só para mim. — Os lábios grossos se abriam em um sorrisinho, movendo-se enquanto era movido por BaekHyun. — Estou aqui olhando o garoto que eu amo dentro do uniforme de lidere de torcia que o deixa lindo pra caralho.

 

        — Não faz isso comigo ChanYeol, não faz. — BaekHyun pediu talvez mais nervosos do que o Park, mexendo o corpo de um lado a outro em buscar de acalmar todos os pedacinhos de seu corpo, de sua alma. — Eu vou explodir de amor. Puta merda.

 

        — Não tem problema, eu te monto logo depois meu amor. Agora dança comigo. — Encontrava-se perto o bastante para que pudesse puxa-lo pela cintura assim como mandava a coreografia. — “Agora eu tive o melhor momento da minha vida. Não, eu nunca me senti assim antes.” [7] — ChanYeol sussurrou junto com a música, os olhos negros devoram os mel. — Você é meu melhor momento BaekHyun, meu garoto cor-de-rosa.

 

— Você é o momento, Yeol. — Com os olhos marejados BaekHyun respondeu, movendo seu corpo junto a ChanYeol em uma dança que era apenas deles, dispensando perfeições, almejando realizações.

 

        Com uma destreza invejável BaekHyun seguia a coreografia, em um ritmo que acompanhava as batidas da música enquanto ChanYeol era meio duro, sem ritmo algum, embora soubesse os passos a realizar. BaekHyun sorriu, aquele sorrisinho tão lindo que exalava amor para todos os lados. Existe ritmo até mesmo na falta dele.

         

“Esperei por muito tempo, agora finalmente encontrei alguém pra ficar ao meu lado” [8] — BaekHyun moveu os lábios junto com a música deixando ChanYeol guiar seu corpo em cada pequeno passo, sentindo-se tão único que talvez não exististe ninguém mais no mundo, nem mesmo ChanYeol, que por certo estaria morando dentro de si nesse exato momento, dançando com sua alma, movendo-se dentro de seus remendos, adorando-o enquanto o adorava. — Quando você aprendeu a coreografia? — A curiosidade brilhava em seus olhos, se questionado como o maior tinha agido sem que ele notasse.

 

— Foram muitas noites tentando, eu sei que ‘tá uma merda porque não sou mesmo bom nisso. — Confessou, um sorrisinho nos cantinhos de seus lábios.

 

— Eu não quero perfeição, eu quero você o mais real e cru que puder me dá, somente assim sinto verdade em cada movimento, somente assim sinto que somos eu e você. — BaekHyun moveu as mãos para o peito de ChanYeol, tocando o leão tatuado na pele amendoada, uma singela caricia nos olhos cor-de-rosa do felino. — Apenas eu e você.

 

— Mas agora, aqui com você, eu me sinto uma sinfonia, uma dança que me faz te querer para o resto da vida. — Girou o corpo menor, deixando-os cara a cara. — Não quero apenas ser a música que você dança, eu quero dançar com você, BaekHyun.

 

— Obrigado por dançar comigo ChanYeol. — Os olhos castanhos eram duas pequenas estrelas cadentes no mundo de ChanYeol. Olhinhos pequenos, brilhando com as lágrimas não derramadas, cheios de amor.

 

ChanYeol sorriu quase não acreditando que ele estava de fato ali dançando com BaekHyun, aquele que, por tanto e tanto tempo, assentiu dançar com as pontas dos pés dentro de seu coração.

 

BaekHyun perdeu uma batida de seu coração quando ChanYeol se afastou. Assistiu o Park reproduzir, dentro de seu ritmo, o solo do Johnny. Nunca havia presenciado algo mais bonito do que o olhar de ChanYeol enquanto ele dançava para si. BaekHyun prendeu a respiração por tanto tempo que por muito pouco não desmaiou, patético sim, mas o que ele poderia fazer? Naquele instante soube que não precisaria mais mover-se sozinho, o homem que lhe sorria nervoso, mas inegavelmente apaixonado, gritava em cada um de seus atos que estava mais do que disposto a mover-se pela vida ao seu lado.

 

— Você confia em mim para te segurar, BaekHyun? — ChanYeol perguntou tão nervoso que quase não se fez ouvir, mas os olhos negros exalavam confiança não deixando espaço para indagações.

 

BaekHyun não respondeu, seus olhos falaram por si quando, sem hesitar, correu até ChanYeol jogando-se em seus braços na reprodução da cena mais bonita do filme. Os braços fortes o mantinham no ar. BaekHyun sentiu tocar o céu. Era exatamente por esse momento, pela merda desse sentimento, que ambos estiveram procurando por todo esse tempo. Extraordinário apenas, como assistir uma estrela cadente destroçando seus corações.

 

— Eu não acredito, eu não acredito eu não acredito ChanYeol. — BaekHyun repedia enquanto estava lá no alto, os braços abertos prontos a abraçar a vida, rindo e chorando tamanha era a emoção de se vê preso dentro desse pequeno momento que estaria tatuado em sua alma pelo resto de sua vida.

 

— Namora comigo, BaekHyun? — Com o garoto cor-de-rosa ainda no ar pediu.

 

No momento em que ChanYeol colocou o garoto menor no chão ele levou meio segundo para se agachar, mexer em seus all star e ajoelhar-se naquele famigerada posição da proposta, estendendo a mão como quem segura uma anel, mas em sua palma tremula estava o cadarço cor-de-rosa de seu tênis.

 

— Seja meu namorado Park ChanYeol.

 

ChanYeol se sentiu uma completa raridade, justamente aquela que julgava tão improvável. Para ele o sentimento que incendiava seu ser, esse que BaekHyun se fazia tão dono quanto a si próprio, era unicamente amor.

 

        — Mas que cacete — se ajoelhou xingando, os olhos tão marejados quanto os do garoto a sua frente. — Eu quero pra um caralho Byun BaekHyun. — Segurou as palma da mão de BaekHyun, o cadarço em meio as peles. O beijou com os olhos, antes de beijá-lo com a boca.

 

Assim como beethoven criou uma das melhores obras da historia da música sem poder ouvir, ChanYeol havia amado sem acreditar. O leão dentro de si descansava em paz, liberto e não mais solitária, agora o leão tinha alguém para dançar seus rugidos, sua sinfonia.

 

— Você disse que a música era eu, mas a verdade é que a minha música é você BaekHyun, é o que eu sinto por você, eu sou apenas o compositor desse sentimento grande de mais que nem ao menos a sinfonia mais perfeita seria capaz de descrever.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[1] Tradução livre do trecho de "La Isla Bonita" música da cantora e compositora estadunidense Madonna, contida em seu terceiro álbum de estúdio True Blue (1986)

[2] Tradução e alteração livre do trecho de "La Isla Bonita" música da cantora e compositora estadunidense Madonna, contida em seu terceiro álbum de estúdio True Blue (1986). A letra original diz: “Eu me apaixonei por São Pedro”

[3] O fouetté é uma palavra francesa que significa “chicote”, em referência a perna que é jogada e ajuda o bailarino a girar. O fouetté é considerado um dos passos mais bonitos do ballet e, possivelmente, um dos mais difíceis.

[4] "(I've Had) The Time of My Life" é uma canção tema do filme Dirty Dancing (1987), composta por Franke Previte, John DeNicola, e Donald Markowitz.

[5] Johnny Castle é um personagem do filme Dirty Dancing  de 1987, protagonizado por Patrick Swayze.  

[6] Dirty Dancing  é um filme estadunidense de 1987, do gênero drama romântico e musical, dirigido por Emile Ardolino.

[7] Tradução livre do trecho de "(I've Had) The Time of My Life", canção tema do filme Dirty Dancing de 1987.

[8] Tradução livre do trecho de "(I've Had) The Time of My Life", canção tema do filme Dirty Dancing de 1987.

 


Notas Finais


Não tenho palavras para me expressar no momento, finalizar Selva de Vidro me fez sentir que estou novamente de volta dentro da minha própria pele. O sentimento é extraordinário.

Só tenho a agradecer por todo mundo que esperou, eu não sei nem como dizer o quanto o apoio de vocês significa para mim. Então o que vocês acharam?????? Estou MORRENDO para saber, quem quiser compartilhar sou amar ❤️

Obrigada meus anjinhos, até outra historia, há muito que eu quero compartilhar por aqui ainda.

E pra quem quiser amigar e só me chamar @PervassWorldd https://twitter.com/PervassWorldd,


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