História Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Hospital

Pov Mariana

Depois da noite em que Henrique dormiu em meu apartamento, nossa relação começou a se estreitar ainda mais, tinha se passado uma semana, assumimos o nosso relacionamento no hospital e para a família, minha irmã estaria chegando de viagem esse fim de semana, vou organizar um jantar, ela já está sabendo de tudo, mas quero tenha um contato mais pessoal com Henrique, sei de suas diferenças, entretanto nada que não possa ser corrigido. O que me preocupa foi a reação da família dele, nunca tive problemas com os pais, porém minha "cunhada" é praticamente impossível de manter uma convivência, até hoje me culpa pelo Henrique ter ido morar fora do país, como se fosse uma escolha minha. Estou indo em direção a escola de Bernardo a pouco a professora me ligou pedindo que o buscasse, ele está febril. 

Assim que cheguei estacionei meu carro, desci do mesmo e caminhei até a sala.

M: Bom dia!- disse para a funcionária-sou a mãe do Bernardo, vim busca-lo

F: Bom dia! Queira me acompanhar.- segui a mesma até a localidade em que Bernardo estava, chegando na porta percebi que a estava com a professora titular.

F: Professora a mãe do Bernardo chegou!

Prof: olá Dra. Tudo bem?

M: oi, tudo bem! Desculpe a demora, mas estava no hospital é um tanto distante. O que houve com o Bernardo?

Prof: estamos na nossa aula e ele começou a de sentir mal, vômito, percebi que ele estava febril. Porém ele anda um pouco apático.

M: Percebemos esses sintomas anteriormente, meu marido o pai dele que é pediatra coletou alguns exames a princípio a única anomalia é uma anemia, não consigo compreender esses sintomas. Vou levar ele direto ao hospital e verificar o que há de errado.

Prof: ele está deitadinho no cantinho da leitura- adentrei na sala e logo vislumbre meu filho, sua aparência era de cortar o coração.- Bernardo, sua mãe veio te buscar.- ele abriu os olhos e me olhou docemente, caminhei até ele.

M: Meu amor, a mamãe veio te buscar. Você está com dor?- minha mão em seu rosto verificava a febre.

B: só um pouquinho- ele se levantou e me abraçou, aproveitei a oportunidade para pega- lo em meus braços.

M: vamos ao hospital, eu e seu pai vamos cuidar de você.

B: tá bom!

Me despedi da professora e da funcionária e caminhei para fora da local até onde meu carro estava, destravei o mesmo e aloquei Bernardo no seu devido lugar, depois foi minha vez de adentrar ao veículo e dirigir até o hospital. Chegando no mesmo caminhei até o consultório de Henrique, ele estava atendendo um paciente, aguardei a consulta terminar, não demorou muito e a porta se abriu revelando Henrique, uma menina e os pais da mesma, assim que meu viu com Bernardo no colo sua face era de espanto e nervosismo.

Paciente:Até mais doutor é muito obrigada por ter curado minha filha.

H: espero que esteja aqui no próximo mês para o acompanhamento, não precisa agradecer, fiz mais que minha obrigação.

Os casal saiu com a garota e Henrique veio a minha direção.

H: Amor, o que houve?

M: Henrique o Bernardo não está bem!

H: meu filho?- Bernardo levantou o rosto.- o que você tem?- adentramos no consultório.

M:a professora dele me ligou, disse que teve vômito e febre, quando cheguei ele reclamou de pouca dor, mas a febre continua- eu estava aflita.

H: vem com o papai- disse pegando Bernardo do meus braços e o depositando na cama.- conta para o papai e a mamãe oque você tem?

B: minha barriga dói, sinto vontade de vomitar, mas tenho sono, meu corpo também está doendo.

H: tudo bem, hoje você vai ficar um pouco mais no hospital, vamos te dar um remédio e verificar seus exames.

M: preciso avisar ao Fabrício que vou ficar com o Bernardo.

H: calma amor! Você está muito nervosa.

M: Henrique não me peça calma quando o assunto é o Bernardo.

H: eu sei, também estou, mas tudo vai dar certo.- Henrique examinou Bernardo,fez a receita de remédios e de internação, pegou o mesmo no colo e a outra a mão segurou a minha, saímos do consultório e seguimos até a enfermeira chefe, no caminho encontrarmos Fabrício.

F: Bom dia! Oque houve com o Bernardo?

H: febre, vômito e dor, precisa repetir os exames fiz o pedido de internação.

F: isso mesmo, bom Mary você está dispensada para ficar com ele o tempo necessário, vou verificar meus pacientes e já vou te visitar Bernardo.

Caminhamos até o posto, Carol a enfermeira chefe atenciosamente atendeu nosso pedido e organizou o quarto. Enquanto estávamos nos acomodando Bernardo foi medicado e o sangue colhido para análise , a febre tinha abaixado e ele dormia, Henrique e eu velavamos  o seu sono, fomos interrompidos por Fabrício.

F: olha os pais corujas- rimos pelo seu tom de voz, ele estava tentando nos distrair.- desculpe a intromissão mas como ele está.

M: não precisa se desculpar, se não fosse por você eu e o Henrique íamos ficar assim o dia todo.

H: a febre abaixou, tudo aparenta estar bem, estou esperando os exames.

F: Henrique eu preciso falar com você. Mary me dê licença vou roubar o Henrique.

M: desde que você me devolva tudo bem- risos.

Fiquei com Bernardo no quarto enquanto Henrique acompanhou Fabrício para fora do quarto, não sei qual era o teor da conversa.

Pov Henrique.

Assim que saímos do quarto acompanhei Fabrício até sua sala.

F: Henrique, desculpa ter tirado você de lá, mas precisamos conversar.

H: algo de errado?

F: Henrique o resultado do DNA saiu e você não leu até agora, sabe que não poder ser o médico do Bernardo caso o resultado seja positivo.

H: eu sei,mas não tive coragem é como se eu estivesse enganado a Mary e tem o estado de saúde do Bernardo, quero esperar a volta da antiga pediatra dele, confio nela, sabemos que a Rosana não é a mais confiável.

F: eu quero que resolva logo essa situação.- meu celular começou a tocar com certa insistência.

H: com licença, preciso atender o telefone celular- era minha irmã, sai da sala para atender.

Ligação on#

H: alô Milena.

Mi: Oi meu irmão, preciso que venha urgente para cá, nosso pai piorou e pede para lhe ver.

H: Milena, por que só me avisou agora, minha situação é tumultuosas, meu filho está doente.

Mi: ah Henrique faça me o favor. Essa crianças nem é seu filho, seu pai sim precisa de você, esteja aqui amanhã.

H: não vou discutir com você. Vou viajar essa noite e você por gentileza não ouse falar do meu filho. Agora vou desligar.

Ligação off.

Desliguei o telefone celular e voltei para a sala de Fabrício. Avisei que precisaria viajar e que deixaria o caso de Bernardo para que ele fizesse a leitura dos exames, nos mais tardar ficaria dois dias fora. Agora era a hora de falar com a Mary. Caminhei até o quarto de Bernardo, chegando lá o mesmo estava acordado e Mary o alimentava.

H: vejam só quem acordou.- seu sorriso iluminou o resto do meu dia.

B:oi pai!

M: Amor a febre passou, olha como o nosso menino parece estar melhor.

H: Ainda bem- a abracei- precisamos conversar.- saímos do quarto.

M: o que houve? Algo de errado com os exames?

H: não ainda não, na verdade não estão prontos, vou ter que viajar.

M: como assim?

H: meu pai Mary, está mal e eu preciso ir, mas o Fabrício vai fazer a leitura oficial dos exames e eu volto com dois dias no máximo. Desculpa te deixar agora, mas eu tenho que ir.

M: eu sei, e o Bernardo vai melhorar, e vamos te esperar.

H: só não esquece que eu te amo.

M: nunca vou esquecer. Quando você vai?

H: hoje à noite. Qualquer coisa me liga, por favor.

M: claro!

H: vamos falar com o Beny.

Entramos no quarto e eu contei o motivo de minha viagem para meu filho, ele compreendeu e se animou com a ideia de ter uma avó e avô e também mais uma tia. Antes de sai me despedi do mesmo com um abraço.

B: pai, promete que você vai voltar logo?