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História Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Minha família!


Escrita por: Werliane

Capítulo 26 - Minha família!


Fanfic / Fanfiction Sem desculpas, apenas mais uma chance! - Minha família!


Conhecia bem aquela voz, nem precisaria me virar imediatamente para saber que se tratava da irmã de Henrique. Tivemos vários problemas no passado, Melissa me culpava por ter "abandonado" Henrique, por ele ter passado anos morando fora, foram escolhas que pertenciam a mim, não podia ficar esperando ele a minha vida toda, por mais que eu amasse eu era jovem, tinha planos, gostaria de ter construído uma família com ele, mas a vida não segue o roteiro que planejamos. Respirei fundo e me virei, ficando cara a cara.
- Bom dia, Melissa! Sei que não esperava me ver, mas preciso falar com seu irmão tenho certa urgência.
- Meu dia tinha começado muito bem, meu pai está melhor, minha mãe com a fé renovada e meu irmão em casa, mas você tinha que estragar tudo com a sua presença. Mariana, você que não é mais bem vinda nessa casa, você sabe que não gostamos da sua presença, eu sinceramente não sei o que meu irmão vee em você, tantas mulheres bonitas, independentes, atraentes e disponíveis querendo ficar com ele.
- é... Você tem razão, eu também não sei o que ele ve em mim, mas talvez ele sinta, sinta amor, você conhece esse sentimento?
- claro que eu conheço, assim como conheço o ódio, sinto ele por você, por sua culpa meu irmão foi embora e não voltou, por sua culpa ele foi infeliz e tudo isso por causa desse amor que ele sente por você é agora por esse seu filho bastardo que nem você sabe quem é o pai, está tentando convencer meu irmão a assumir uma criança qualquer apenas para segura-lo.
o sangue ferveu e quando vi eu tinha acabado de dar um tapa em sua face. 
- Nunca mais na sua vida insinue que eu sou algum absurdo sobre minha índole, nunca mais na sua vida fale do meu filho, você não o conhece, ele é apenas uma criança, eu não preciso ter como motivo o meu filho para que Henrique fique comigo. - Melissa massageava o rosto assim acredito que tínhamos nos alterado o máximo possível para que fossemos ouvidas, logo a mãe de Henrique aparece no local.
- Mas oque está acontecendo aqui? Mariana aconteceu alguma coisa? E você Melissa até quando vai tratar- lá assim?
-me desculpa, eu acabei me descontrolando e batendo na sua filha, mas ela me tirou do sério, também sei que não sou a presença mais agradável e que estão passando por uma situação complicada, mas eu preciso falar com o Henrique é urgente, eu não viria se não  fosse.
- claro, não tem que se preocupar, você pode vir quando quiser, nada que aconteceu entre você e o Henrique interfere na nossa vida, sempre foi e será bem vinda não por Melissa mas por mim e meu marido que somos os donos dessa casa. Venha comigo vou te levar até o Henrique.- saímos em direção ao quarto onde Henrique estava, Melissa me fuzilava com os olhos cheios de ódio, ao passar por ela.
- Mariana, esse tapa ainda vai te custar muito caro- saindo do local.
- não ligue para as bobagem dela, vem.- chegamos até a porta-Filho, você tem uma visita- assim que a porta se abriu Henrique me olhava confuso- Mari, aconteceu alguma coisa?
As palavras encontravam dificuldades para saírem, eu apenas caminhei até ele e o abracei, talvez aquele seria nosso último toque, eu não tinha certeza- eu vim porque preciso falar com você, eu não posso esperar.
- mãe, a senhora pode nos dar licença? - claro que sim-, a porta se fechou e agora era apenas eu e ele.
- estou ficando aflito, aconteceu alguma coisa com o nosso filho? Ele está melhor? Mari me fala por favor.
- eu vou te contar tundo. -nos sentamos em sua cama respirei fundo e tomei coragem. - a quase quatro anos atrás, na noite da nossa confraternização pelos 10 anos de formatura, eu nunca vou me esquecer daquela noite em que eu te reencontrei, quando eu ainda acha que te odiava, mas não, era amor, o amor que nunca morreu, bom depois saímos da festa, fomos para o seu hotel e nos amamos, eu não me arrependo de ter transando com você, depois cada um foi para seu lado e eu fiquei sabendo que você havia ido para o Haiti, mais uma vez eu tinha te perdido, o tempo foi passando meu corpo foi mudando, eu comecei a me sentir mal e tudo que eu menos poderia imaginar era que poderia estar grávida, a gente não se preveniu naquele noite, era tanta saudades que nem  lembramos, depois do ocorrido isso me passou despercebido. Bom eu descobri que estava grávida, todas as opções de qualquer eventualidade doença foi descartada, tomei coragem e eu mesma fiz o pedido de exame, bom quando o resultado saiu ainda relutei em acreditar, as únicas pessoas que sabiam era minha irmã e meu cunhado, aos poucos fui me acostumando com a ideia de ser mãe e quando o Bernardo nasceu eu me apaixonei por ele instantaneamente, era um pedacinho nosso do nosso amor. Não tinha a quem recorrer, não sabia como iria reagir quando descobrisse, pensei que nunca mais nos veríamos, era um segredo meu. Porém quando eu te vi no hospital meu chão sumiu, pensei que tinha descoberto, eu me desespero quando soube que o Bernardo iria ser operado, eu fiz você cometer um crime, operar seu próprio filho, mas você era o melhor, eu não poderia ter contar eu nem sabia por onde começar, mas tudo deu certo, ele ficou bem, depois aos poucos nós fomos nos aproximando, você é o Bernardo criaram o afeto no mesmo dia em que se conheceram, depois só cresceu, a gente foi se envolvendo novamente e eu a cada dia me sentia mais e mais culpada por não te contar a verdade, entenda que não foi por maldade, mas se me rejeitasse eu aguentaria, mas eu não suportaria ver o meu filho ser rejeitado, Henrique eu sei que nunca teve a intenção de ter uma família, mas o Bernardo não foi planejado, ele simplesmente aconteceu e foi o melhor presente da minha vida. Você tem todo o direito de me odiar, de não me querer, mas eu sei que você ama o Bernardo. O Fabrício me revelou do teste de DNA, não estou brava muito pelo ao contrário, se você fez é porque mesmo sem saber sempre sentiu que ele fosse seu filho. E agora mais do que nunca nos precisamos de você, Henrique o Bernardo... Eu vim porque ele foi diagnosticado com Leucemia aguda, eu não sei o que fazer, eu não sei como lutar sozinha, eu preciso de você, ele precisa de você.
Henrique apenas levantou da cama em que estava sentado, seu rosto estava manchado por lágrimas e eu não conseguia controlar mais as minhas. Precisava de uma resposta, e ela não demorou Henrique aproximou-se de mim e me abraçou, fui esmagada e meu sofrimento escorria intensamente pelos olhos, não era apenas o impacto da doença, mas o sentimento de impotência e a absurda vontade de refazer o meu erro.
- eu amo você Mariana eu amo o Bernardo, eu não te odeio, você me deu a maior  resposta do amor que sente por mim, e eu não tiro sua razão ou medo de me falar da existência do Bernardo, eu já errei tanto com você eu já te fiz sofrer tanto, agora eu que eu sei vou ser o melhor pai que ele poderia ter, nos vamos superar tudo, se ele precisar do meu coração eu darei, vocês são a luz da minha vida. 
- me perdoa eu só tive medo.
- para você não tem que me pedir perdão eu te amo, eu sempre vou te amar.


Saímos do quarto após a nossa conversa, Mariana estava com o teste do exame, minha família não poderei contestar ou dizer que poderia ser um equívoco, chamei meus pais na sala, gostaria de contar a eles, queria dividir a alegria sobre a paternidade e também a angústia sobre o quadro clínico, qualquer ajuda poderia ajudar, talvez, não quero pensar nisso.
Assim que desci as escadas meus pais e minha irmã me esperavam, Mariana me acompanhou.
- bom eu os chamei aqui, pois preciso dar algumas notícias- todos me olhavam curiosos.
- primeiro- olhei para Mariana, o teste estava em minhas mãos- esse teste de DNA eu colhi escondido da Mariana, como eu havia comentado eu me sentia pai do Bernardo e acabei desconfiando e com a ajuda de uma amigo consegui fazer o teste, foi tudo as escondidas não queria que ninguém ficasse sabendo até o resultado sair, ele saiu e eu tive que viajar para cá, bom o resultado revelou que Bernardo é o meu filho, mãe, pai vocês são avôs.
- meu filho que alegria, eu finalmente sou avó, eu pensei que nunca ia conseguir isso de vocês. Obrigada Mari, olha obrigada por essa alegria.
- olha para vocês, um filho? Mas por que só agora essa notícia? Preciso conhecer meu neto não sei quanto mais tenho de vida, vocês precisam trazer ele aqui.
- pai, mãe as coisas não são simples assim, não julguem a Mariana ela teve suas razões, o Bernardo não pode viajar agora, nosso filho, bom ele estava doente quando sai de lá e os exames diagnosticaram Leucemia, eu ainda não sei ao certo o quadro clínico, mas preciso entrar com o tratamento o quanto antes, são várias etapas ele não pode viajar agora, precisa de cuidados ele só tem três anos, é frágil, indefeso, mas corajoso e carinhoso. Eu preciso ir, eu preciso cuidar dele, esperam que me entendam.
- vamos todos, eu quero conhecer, precisamos é meu único neto, eu estou doente preciso vê- lo.
- o senhor não pode sair assim, está em tratamento a pouco passava mal.
- Henrique você é meu filho e não meu médico, comunico que vou sim, não estou te pedindo permissão, estamos falando do seu filho, eu quero conhecer e eu vou.
- tudo bem não vou contestar a vontade de vocês, podem ir, devem ir mas antes procure seu médico. Eu não posso ficar tenho que ir hoje, junto com a Mariana.
- minha opinião não conta, eu vou com nossos país, mas não por você Henrique, nem por essa criança, eu não estou feliz com essa notícia, eu não quero e não me sinto tia desse bastardo.
- Milena, não fale assim de meu filho, um dia terá os seus e vai se arrepender.
- quem vai se arrepender é a Mariana, ela me bateu hoje, apenas por dizer umas verdades a ela
- nenhuma mãe por pior que seja seus filhos ou o que eles comentem aceita uma pessoa qualquer falar oque pensa sobre eles, mesmo sendo sua mãe e sabendo que você é fria, amarga eu suportaria ver alguém te distrata, você parece não ter coração, não precisa gostar da Mariana, mas a respeite, respeite o filho dela seu sobrinho.
- ahh, como são ingênuos parece que estão cegos, ela só fez isso de propósito, ela sempre quis ter o Henrique, ela não se conforma dele ter preferido tudo menos ela.
- está bem enganada Milena- puxei Mari e peguei na sua mão que por sinal estava trêmula e fria- eu sempre preferi ela, não me arrependo de ter ido embora, aprendi muito, mas se pudesse corrigir meu erros nunca teria deixado ela partir, nunca teria ficado um dia sem ela, e se eu tiver que escolher entre ela e você não tenha dúvidas sobre qual seria minha opção, mesmo você sendo minha única irmã.
- é oque vocês vão ver. bom vou me retirar espero, bom não espero nada até o reencontro no Rio.
- peço desculpas, Milena é rancorosa nem tudo o que ela fala deve ser levado em consideração.
- sem problemas, eu não me abalo.
- quais são as outras notícias?
Olhei para Mariana- bem nem ela sabe mas eu e a Mariana vamos morar juntos, e quando tudo estiver bem nos casamos.
- Henrique, porque não me disse isso?
- eu não tive coragem, mas senão quiser não tem problema.
- é claro que eu quero...
- quando voltam para o Rio?
- Ainda hoje, minhas malas estão prontas, já estamos de partida.
Nós despedimos de meus pais, minha irmã não apareceu para a despedida, chamamos um táxi e ligeiramente chegamos aos aeroporto, nosso voo estava nas últimas chamadas, só deu tempo de fazer o check in e adentrarmos na aeronave, o avião decolou, Mariana estava visivelmente abatida, física e emocionalmente, ela deitou a cabeça em peito e alguma lágrimas silenciosamente escorreram por seu rosto, afaguei seus cabelos carinhosamente e depositei um beijo em seus lábios, minutos depois ela adormeceu, velei seu sono por toda a viagem. Horas depois estávamos pousando, Mariana havia despertado.
- nossa quanto tempo eu dormi?
- a viagem toda meu amor.
- você deveria ter me acordado.
- estava cansada, não quero que se sobrecarregue, vamos dividir nosso tempo e tudo vai dar certo.
- não quero sair de perto do meu filho.
- eu estarei com ele, confia em mim. Saímos do avião e pegamos um táxi até o hospital, Vera havia ficado tomando conta de Bernardo. Assim que chegamos  nos dirigimos ao quarto, Mariana entrou primeiro.
- oi?
- mãe você voltou- disse a abraçando.
- como foi de viagem? Porque meu pai não veio? Ele não gostou de saber que estou doente? Ele não vai me querer mais?- disse chorando.
- ei, shii, não fala isso calma, seu pai te ama.
- mas então porque ele não veio?
- é quem disse que eu não estou aqui?- Bernardo me olhou, seus olhos cheios de lágrimas me mirou como se eu fosse o que ele mais esperava. Me aproximei da cama e instantaneamente nos abraçamos, ele oficialmente era meu filho, o melhor abraço do mundo era ela quem tinha, braços pequenos, mas cheios de calor, cheio de magia e que me acalmou, me transmitia paz e me dava poderes.
- você é meu pai de verdade.
- você sempre foi meu filho, mas agora eu tenho certeza que tem um pedaço de mim em você.
- pai, eu amo você!
- eu também te amo meu filho, desde a primeira vez que eu te vi eu soube oque é amar você.
- você não vai ficar bravo com a mamãe não é? Ela não mentiu por mal, só teve medo de você não me amar.
Mariana estava visivelmente emocionada, então a puxei pra um abraço, sentei na cama e coloquei Bernardo no meu colo e assim consegui abraçar ambos, minha família!
Após esse  momento deixei Mariana e Bernardo no quarto e fui ao encontro de Fabrício, como era noite quase não tinha pessoas ou reuniões para que ele participasse, então peguei o elevador em direção ao andar que estava localizado sua sala, assim que cheguei caminhei em direção a mesma e bati na porta.
- pode entrar.
- boa noite Fabrício!
- boa noite Henrique, entre e se acomode, a quanto tempo chegou?
- cheguei a pouco, estava com o Bernardo e a Mariana.
- ah sim, como está?
- bem na medida do possível, eu vim aqui pois eu gostaria de agradecer pelo o incentivo que me deu em colher o teste, sabe que se fosse por mim demoraria para tomar essa coragem, mas você incentivou, eu também gostaria de agradecer o convite para fazer parte dessa equipe, senão fosse por você estaria vagando pelo mundo e não teria conhecido meu filho, Fabrício muito obrigado por tudo que tenha feito por mim e por minha família.
- Henrique, cara imagina você não tem que me agradecer de nada, sempre foi um amigo e excelente profissional, fiz questão de trazer você para junto de nossa equipe, pois sabia que faria a diferença, e fez a princípio achei que você e a Mariana não dariam certo, mas deu e eu fico feliz por vocês terem se acertado, ter deixado a mágoa no passado e estarem seguindo em frente, e estarei junto auxiliando no que for preciso para a cura do Bernardo, não sabe como estou angustiado e esperando que isso acabe logo. 
- obrigado! Não sabe como me parte o coração  observar meu filho debilitado, saber que o cabelo dele vai cair, que terá dias de crises, que  o tratamento é dolorido, mas qualquer sinal de vida me faz ter fé que ele vai superar, eu tenho tanto para fazer com ele ainda, para ensinar, parâmetros divertir eu preciso recuperar o tempo ausente.
-assim como fiz com a Mariana eu te ofereço licença médica para cuidar do seu filho, pode ficar afastado o tempo que for necessário.
- agradeço, mas não quero me afastar algumas crianças precisam de mim, apenas peço para que minha carga horária seja reduzida prefiro atender pela manhã, não posso deixar a Mari sozinha nessa, vejo que o estado emocional dela está mais que abalado.
- não quero ser antiético, mas ela se desesperou de uma forma eu não conseguia controlar, ela se culpa por não ter conseguido diagnosticar. Somos médicos não sabemos de tudo.
- quero ficar a par do tratamento do Bernardo, amanhã quero ter uma conversa com a Louren.
- bem, estou aqui para oque precisarem, o tratamento não será dos mais brancos mas tenho fé na ciência.
- eu também tenho, gostaria de conversar mais, porém preciso cuidar da minha família.
- conversaremos amanhã.
Me despedi de Fabrício, sai de sua sala e peguei o elevador em direção ao andar que Bernardo estava internado, quando adentrei ao quarto notei que ambos dormiam, Mariana dividia um pequeno espaço na cama com meu filho, não poderia acorda- lá, então agasalhei ambos me sentei na poltrona passei toda a madrugada passei o restante da noite observando o sono de ambos e tomando coragem para oque estava por vir.
 



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